As Doze Casas Estereotipadas escrita por Miss Siozo


Capítulo 5
Supera - Casa de Câncer


Notas iniciais do capítulo

Chegamos a Casa de Câncer. Agora fica a questão: comédia ou drama?

Boa leitura!



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Shiryu e Seiya foram os primeiros a chegarem à Casa de Câncer. Lá encontraram o guardião ouvindo música de “sofrência” no volume alto e o sagitariano viu que ele estava com um semblante triste. O libriano se virou para o amigo e precisou gritar no seu ouvido, porque se não, não seria escutado:

— O que tá acontecendo?

— Acho que o cavaleiro de Câncer levou um grande chifre! — gritou de volta.

— CHIFRE PORRA NENHUMA! FOI UM BELO DE UM TOCO, CHIFRE NÃO!

— ABAIXA ESSA MÚSICA! — Dragão gritou de volta. — Máscara da Morte, agora iremos terminar o que começamos nos Cinco Picos!

— Terminar porra nenhuma, estou triste! — Diminuiu o volume do rádio, apenas então Pégaso percebeu que ele estava tomando uma latinha de cerveja. — Só porque minha casa é decorada com cabeças as pessoas acham que eu não tenho sentimentos! É tudo “Ain, assassino isso, assassino aquilo”, ninguém nunca pergunta como eu estou, mesmo depois de TUDO o que eu fiz para aquela ingrata da Sam! 

— Foi essa pessoa que te deu uma galhad...quero dizer, toco? — perguntou Seiya.

— Um belo de um pé na bunda, agora eu fico aqui, sofrendo! É isso o que cancerianos fazem, sofrem! Eu posso ter dado o mundo todo para aquela pessoa, mas só por causa de um negocinho eu sou “todo mal”!

— Negocinho? Você mata as pessoas e pendura a cabeça delas na tua casa. Cara, até eu que sou indeciso cheguei a conclusão de que você tem problemas — falava o libriano.

— Porque os rostos nunca me abandonam, mas é assim que funciona minha vida, gente que respira me odeia. Igual vocês dois ai! Posso oferecer uma cerveja, abrir minha casa, mas só porque eu matei umas trezentas pessoas eu não tenho coração! É assim, eu que lute! 

— Foi mal aí, senhor Máscara! Nós estamos em missão e não podemos beber uma contigo — Pégaso o consolava. 

— Está vendo! — choramingou, secando os olhos e arremessando uma  garrafa contra a parede. Um dos rostos acabou gritando de dor. — Sempre solitário! O Aldebaran não larga aquela merda de panela ou então tá dormindo, o Mu só grita comigo, e o pobre Máscara da Morte fica como? Sozinho! O amor da minha vida me largou porque “eu sou dramático”. PFFFF, eu, dramático? Conta outra! Eu sou a pessoa mais de boa e amigável que tem nesse Santuário, mas alguém valoriza isso? Claro que não! Só pensam nas paredes e nas cabeças! E….

Seiya o interrompeu, aquele monólogo estava grande demais:

— Assim, vamos fazer uma coisa? Me deixa passar para Leão, enquanto isso o meu amigo acerta as diferenças contigo na boa?

— Eu? Seiya….

— Sim, tu mesmo Shiryu! Você é libriano e tem saco pra essas coisas — falou a última frase baixinho —  E aí moço? Fechou?

— Ai ai, fazer o quê? Passa logo, fedelho!

O moreno saiu correndo e acenou para ambos. Shiryu suspirou e caminhou até mais perto do canceriano, apoiando a mão em seu ombro.

— Vai, pode desabafar! — Ele esperava não se arrepender de ter dito essa frase.

— Essa moça me levou para o inferno, O INFERNO! — naquele momento houve uma explosão de cosmo por parte do canceriano, o que levou ambos para o yomotsu.

O chão tremeu e o cavaleiro de bronze acabou caindo enquanto o canceriano coçava os olhos:

— Ela me jogou no teto pra depois me jogar no chão, pisar na minha cara, me humilhar, faz de tudo! Eu, trouxa, fui levando! Mas esse pé na bunda foi demais, foi ridículo! — virou-se para o jovem. — E do que ela estava reclamando? Você me acha dramático?

— Ai que falta que tá me fazendo o Hyoga! Acho que ele teria as palavras certas para esse momento… mas como ele ainda não chegou eu preciso dizer… Sim, o senhor foi dramático e está sendo agora. Eu acho que você deve, sei lá, viver outro amor, arranjar contatinhos, pegar e não se apegar.

— Eu coloco meu coração nas coisas que eu faço, Shiryu! Eu quero um romance de cinema, quero me casar e ter uns três filhos… e um cachorro. De preferência no mesmo lugar.

— Hoje em dia isso daí é quase missão impossível. Eu finalmente decidi que quero sossegar com uma garota que eu conheci lá no meu local de treinamento. Quando acabar essa treta toda com a deusa, é pra lá que eu vou.

— Quando acabasse essa treta era pra eu ir pra casa dela…— fez uma pausa e caiu no chão. — Buaaá, buaaá! Nunca consigo nada! Não importa o quanto eu dê de mim para as pessoas, elas nunca acham o suficiente!

— Então vai lá tentar se reconciliar, só tenta dar uma segurada nessa tua insegurança aí, porque daí tu vai levar outro toco de novo — quando coçou os olhos percebeu melhor a presença do pouco de luz que havia no local e daí acabou terminando de os abrir — CARALHO! EU TÔ VENDO! COMO ISSO É POSSÍVEL?

— Tá vendo? Dou tudo de mim pros outros, mas eles retribuem? Claro que não — levantou-se e fungou. — Vou falar com ela! — estava determinado. — Agora bora picar a mula que nós dois temos coisas para fazer.

— Isso aí! Boa sorte lá!

Máscara da Morte estalou os dedos e logo apareceram na Casa de Câncer. O anfitrião saiu correndo por onde o “convidado” entrou, quase atropelando o garoto de Andrômeda no processo. Shun arregalou os olhos e voltou para Shiryu:

— O que deu nele? E… AI CÉUS, VOCÊ ESTÁ ENXERGANDO? 

— Pois é! O maluco me levou pro inferno quando estava choramingando por ter levado um pé na bunda. A parte boa foi que eu voltei a ver.

— Ai, Dragão! Você deu bons conselhos? Meu deus, você é péssimo nisso… Será que ele vai ficar bem?

— Sei lá, Shun! Espero que sim. Eu nem sabia o que dizer, até o Cisne seria mais eficiente do que eu! O Seiya me largou nessa fria.

— Falando no Cisne… Ele passou por aqui? Eu não o encontrei na saída de Gêmeos! — puxou de seu bolso um pequeno pedaço de plástico bolha, estourando as bolhinhas para desestressar. — Minha Deusa, será que ele está bem?

— Calma… por que você anda com plástico bolha no bolso, Shun?

— Para eu não roer unha! Shiryu, eu estou preocupado! Você não sentiu o cosmo de Hyoga passar quando estava lutando? 

— Shun, eu literalmente fui para o inferno. Ele pode ter passado. O que aconteceu?

— Ele se jogou no ataque do cavaleiro de Gêmeos porque não queria fofocar! Nossa, nossa….

— Se acalme, ele deve estar bem e provavelmente está em Leão junto com Seiya. Vamos alcançá-los, ok? — Shun assentiu, guardando o plástico e começando a correr com seu amigo até a próxima casa.

Já haviam se passado quatro horas.


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Notas finais do capítulo

Sou canceriana, meu lugar de fala kkkkk Sou dramática? Bastante. Eu apaixonada sou o próprio MDM, ainda bem que não sofro por amor há tempos (obrigada lua em Camus!).
A Sam é uma personagem original criada para esse universo e o Shiryu voltou a enxergar de forma diferenciada do que houve no anime/mangá.
Viva a comédia e até a Casa de Leão! O que será que vem por aí?



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