As Doze Casas Estereotipadas escrita por Miss Siozo


Capítulo 12
A Causa - Casa de Aquário


Notas iniciais do capítulo

Eu sei o quanto esse momento era esperado...
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797005/chapter/12

Os cavaleiros de Cisne e Pégaso chegaram à entrada da Casa de Aquário e já conseguiram ouvir ao fundo uma música. Camus sentiu os cosmos de seu pupilo e do amigo dele, logo bufou e pediu para que eles entrassem. O aquariano nem fez questão de desligar o som que tocava sua playlist indie.

— Pelo visto te descongelaram, né? — o aquariano alisava de leve as unhas para conter o próprio descontentamento — Ele precisava aprender uma lição. Eu deveria punir seus amigos por isso.

— Parece que seu “esquife de gelo eterno” não é tão eterno assim, Mestre. Sinto muito! — respondeu no mesmo tom.

— Não é qualquer coisa que quebra aquele esquife. Se continuar enchendo o meu saco aí que eu te congelo pra morrer mesmo — continuou a falar — Olha que eu estava me questionando se eu havia tomado a decisão correta. Ver você aqui com todo esse afronte apenas confirmou que eu estava certo.

— Você espalhou para todos os seus colegas que eu sou um rebelde sem causa, como queria que eu reagisse? Depois eu que sou o lerdo.

— Continua sendo um lerdo. Qual é o problema de dizer a verdade? Pois é, nenhum — suspirou — Na subida para Aquário, meus colegas viram o meu semblante e questionaram o que aconteceu. Shura disse que é bom dividir o fardo emocional às vezes, isso faz com que a gente se sinta melhor. E eu realmente me senti por algumas horas até sua chegada aqui para atentar contra a minha paciência.

E a “D.R” de mestre e pupilo continuou. Seiya estava de saco cheio, mas não conseguia sair da décima primeira casa, pois precisava da autorização do anfitrião ou passar em algum momento de distração do mesmo. Só que os olhos de Camus eram bem intimidadores, sentia-se congelar com aquele olhar.

Quase vinte minutos passados, Shun chegou ao templo. Sua armadura estava brilhando de limpa e seu semblante estava mais relaxado. Ao ver o clima de treta ali acompanhado pela voz da Lana del Rey ao fundo, cantando “Born to Die”.

— Boa tarde, com licença. 

— Até que enfim você chegou, Shun! — exclamou Pégaso — Eu não aguentava mais ouvir esses dois discutindo filosofias!

— Tenha mais respeito, moleque insolente! 

— Eu só quero passar!

— Vai passar só depois que o Hyoga aprender que não vale a pena ter princípios e que a vida depende de noção e uma fofoca. 

— Senhor Camus, mais do que ninguém, o senhor conhece o seu pupilo e o temperamento dele. Acho que para solucionar o problema dos dois, ambos precisam se ouvir sem ofensas e chegar a um consenso. Um pode aprender com o outro.

— Discurso bonitinho, menino Andrômeda. Parece até que o Shura te deu essa dica — ponderou sobre as palavras do virginiano — Quer saber? Os dois podem passar, preciso me resolver com meu discípulo.

— Muito obrigado! Vem, Seiya — chamou o maior, que o seguia.

— Pégaso, aprenda com seu amigo aí. Toma jeito na vida para não virar um rebelde sem causa! — exclamou quando viu os dois em direção a saída — Vamos tentar conversar na calma e sem deboche, beleza?

— Tá, pode ser. Vou tentar me controlar. Mas eu quero que peça desculpas por me chamar de rebelde.

— Mas você é rebelde, Hyoga. Primeiro era o lance com sua mãe, agora isso. Quer pagar de diferente sempre.

— Eu não superei e nem pretendo superar a morte da pessoa que mais me amou e nunca me julgou. 

— Não vamos continuar com esse assunto outra vez, por Athena! Você se fecha aí no seu mundinho, achando que tá certo sobre tudo e que ninguém vai ser igual a tua mãe. Realmente, ela foi única e insubstituível. Agora se dê a oportunidade das pessoas se aproximarem de ti, continuar com essa rebeldia e soberba toda não vai chegar em um lugar bom. Apenas estará no topo da montanha sozinho e ouvindo o eco de sua própria voz. 

— Eu… nossa, mestre. — Sua boca estava aberta, não sabia o que dizer.

— Arrogância é algo que aprendemos a vencer com o tempo. Vai admitir que já foi um rebelde sem causa?

— Talvez — cruzou os braços e sorriu. 

— Bom, quando eu tinha a sua idade eu já o treinava. O autocontrole é fundamental, mas demonstrar a própria vulnerabilidade para as pessoas próximas é um ato bom. Demonstra toda a humanidade que há dentro de nós, estimulamos a empatia no próximo e os laços se fortalecem. — no fundo outra música tocava, “Demons” da banda Imagine Dragons — Nossa! Essa foi a música perfeita para o momento. Vamos romper essas barreiras, eu não tenho medo do escuro, permita-me entrar em seu coração e melhorar o nosso relacionamento de mestre e aprendiz.

— Mestre… — sorriu. — Posso te abraçar?

Os dois se aproximaram e Camus o envolveu em um abraço caloroso. Cisne sentiu como se estivesse mais leve e ficou com uma intensa vontade de chorar. Hyoga até mesmo se esqueceu qual era sua missão ali nas doze casas. Quando o abraço foi separado, o mais velho passou a mão pelos fios loiros do menor e sorriu.

— Deixa eu arrumar seu cabelo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É maravilhoso quando tudo termina bem, né? Bom, mais ou menos, já que a situação principal ainda não foi resolvida (Saori flechada).
Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Doze Casas Estereotipadas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.