Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 3
Amizades, Desavenças e Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Mais um capítulo.
Espero que gostem.

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796123/chapter/3

P.O.V Mônica Souza

Ainda estou muito estressada com o ocorrido. Parece que o DC não gosta mais de mim, e que prefere ficar com o Toni do que comigo, que sou a namorada dele! Certo que não é bom ficar de grude o tempo inteiro..., mas ser ignorada assim? É realmente um pé no saco!

— Nossa amiga, sinto muito, mas olha pelo lado bom... – Diz Maga depois que eu desabafo com ela o que eu estou sentindo.

— Qual o lado bom? – Pergunto completamente sem entender onde teria algo bom nisso.

— Bem, er... É, parece que não tem mesmo. Desculpa, Mô. – Confessa cabisbaixa.

— Ah, tudo bem. Deixa para lá. – Dou um meio sorriso, não gostando de ver que ela havia ficado meio caidinha por não conseguir me fazer ficar mais tranquila. – Para ser sincera..., estou pensando em terminar com o DC.

— Sério? Mônica, pensa bem! Não se precipite, talvez uma conversa arrume tudo. – Diz ela com olhos bem abertos.

— Não, Maga. Sinceramente não irá dar. O DC e eu já estamos brigando muito ultimamente. Sabe..., eu não tô afim de ser deixada para escanteio.

— Mô... – Começa preocupada comigo.

— Às vezes acho que teria sido melhor, ter continuado a esperar pelo Cebola. Ele pelo menos era carinhoso. – Digo cabisbaixa.

~~~~~*~~~~~

Depois que a Maga foi falar com o Cascão, acabo por andar pela escola. No pátio, em um dos bancos, vejo João parecendo pensativo, então me aproximo dele.

— Ei, acorda! – Digo e ele acaba se assustando, quase caindo. Seguro minha risada, permanecendo séria.

— Ah. O-Oi, Mônica. – Fala ele.

— Desculpa, não queria te assustar. Tudo bem com você?

— Mais ou menos. Não dormi muito bem essa noite, sabe...

— O que aconteceu? Você sofre de insônia?! – Questiono preocupada.

— Eu tive um pesadelo terrível. Tinha sangue, dentes de monstro, e eu ouvia uma voz sussurrando meu nome. Parecia que eu estava vivendo um filme de terror onde eu era o protagonista.

— Meu Deus, que bizarro!

— Eu não consegui, nem foi por causa de medo, mas sim de ansiedade. – Afirma João coçando a cabeça. – Apesar de ser muito assustador o sonho, tudo pareceu muito familiar, muito... normal até.

Após João falar isso, repentinamente sinto uma mão no meu ombro e salto para frente de susto.

— Ai!! – Grito.

— Calma, sou eu, Mô! – DC diz tentando me acalmar. – Tá assustada com algo é?

— Eu vou entrar na sala. Até mais, Mônica. Até logo, DC. – Se despede João timidamente, logo entrando na sala de aula que está em nossa frente.

— Eu acho bem legal esse garoto. – Fala DC.

— É, até ele tá me dando mais atenção atualmente do que você.

— Com cer... Pera aí! Como é?! Mônica, o que foi? Eu te fiz algo?

— DC, eu... Falamos mais tarde... Não aqui, não agora.

— É por causa da briga de ontem? Mônica, por favor...

— Eu vou no banheiro. – Começo a me dirigir em direção ao banheiro, sem olhar para trás.

— Espera, Mônica...

— Ah loka! Que babado! Vou até postar no facebook que o relacionamento do ano está indo pro saco! – Diz Denise, que aparentemente tinha surgido do nada, depois que eu dei as costas para o DC.

— Cala a boca, Denise!

Escuto ambos discutindo, mas nem interfiro. Minha relação com o DC precisa ser ajustada, e com certeza farei isso hoje!

P.O.V Castiel Salvatore

Jogo meu cigarro fora, quando percebo a loirinha misteriosa se aproximando da escola. Pego a mochila que estava no chão e corro pra onde ela está, logo agarrando o braço dela, a mesma se vira me dando um soco, que por pouco não desvio.

— Eita! Que maneira perigosa de me cumprimentar, hein? – Digo de maneira debochada com um sorriso maroto.

— Você de novo! O que cê quer, hein? – Pergunta ela, tirando o braço que eu estava segurando.

— Gostaria de saber o porquê de você ter agido daquela maneira ontem. – Digo em um tom mais sério.

— E-eu não sei do que está falando. – Ela tenta disfarçar.

— Você sabe sim! Quando eu andava no bairro, te vi entrando num carro, e você estava muito preocupada.

— Isso não é da sua conta!!! – Grita ela brava, com olhos lacrimejando.

Eu sempre fui muito insistente e curioso, afinal, são poucas vezes que eu me interesso por algo ou alguém, mas ainda assim, percebi que aquele não era o momento de importuna-la. Logo, dou as costas para ela.

— Caso queira desabafar. Venha até mim. – Digo simplesmente e ando na direção oposta do colégio.

— Ei! Você vai cabular aula logo nos primeiros dias?

— Vai sentir saudades? – Dou um sorriso maroto, ela bufa se dirigindo a sala de aula. Eu, logo saio da escola sem olhar para trás.

A conversa de minutos atrás vem a minha mente... O modo como eu agi. Nunca fui alguém de fazer amizade com qualquer um, muito menos oferecer um “ombro amigo”, mas acabei de fazer isso com uma garota que mal conheço. Mas não posso negar..., essa garota é diferente e muito, muito interessante.

Bem, o jeito agora é relaxar escutando algumas músicas na frente da escola.

P.O.V Laura Styles

Havia encontrado minha mais nova amiga, Maria Fernanda, quando tocou o sinal para o intervalo. Depois de alguns minutos um garoto topetudo, usando uma camisa preta e calça da mesma cor, veio até nós. Como é mesmo o nome dele? Ah sim, Do Contra.

Estava em silêncio, enquanto os dois conversavam e riam. Cá pra nós..., que garoto estranho. Vi que ele tinha discutido feio com aquela garota chamada Mônica antes de iniciar às aulas e agora, no intervalo está de boa conversando com a Maria.

— Então você curte Nirvana? Que raro, a maioria dos rockeiros que conheço que gosta da antiga geração, só curte Guns, nada mais. E olha que acho Guns meio chato.

— Eu curto vários tipos de rock. Sou bem diferente da maioria das pessoas. – Diz Do Contra dando de ombros. – O pessoal devia olhar mais para o outro lado da moeda. Ter uma visão diferente do comum. Acho que sou uma das poucas pessoas que é assim, pelo menos nesse bairro aqui.

— Ou seria você que gosta de dar um de diferentão, só pra se aparecer? – Brinca Maria com um sorriso.

— Hunf. – Do Contra revira os olhos.

Em um determinado momento da conversa, surge um garoto loiro, um pouco bombado e bem bonito por sinal. Olhando bem, acho que me lembrei desse cara. É o mesmo que tinha esbarrado comigo ontem e que foi muito mal-educado por sinal.

— E ae, Toni! Beleza?

— Beleza, né? Tudo tranquilo. Muito calmo por sinal. – Toni olha para mim e logo me lança um aceno com um singelo "oi".

Será que esse menino não se lembrava de mim?

Resolvemos nos sentarmos um uma das mesas do pátio. Maria e DC continuavam conversando no lado direito, enquanto esse Toni e eu ficamos "isolados" na frente deles. Tiro um livro da minha bolsa, mas ao mesmo tempo percebo o Toni ficar me encarando de lado por alguns segundos.

— Ei, agora tô lembrando de você! Você é a guria que me esbarrei ontem.

— E não vai nem pedir desculpas? – Digo ainda lendo o meu livro.

— Eu não sou muito de pedir desculpa sabe, mas... – Sinto sua mão alisando minha coxa esquerda. – Acho que posso abrir uma exceção...

— E-eu vou ao banheiro. – Me levanto rapidamente tirando a mão dele do meu corpo e me afastando do local segurando firmemente meu livro.

Admito que minha vontade era de dar com meu livro na cabeça daquele loiro metido a besta, mas como não quero estragar meu bem precioso com sangue de um assediador, resolvo apenas me afastar. Ele pode ser bonitinho, mas nada demais.

P.O.V Magali Lima

Já estávamos no décimo “guitarrista” e nada. Não só o DC, mas todo mundo não aceitava ninguém.

— Está bem, Jack. Quando decidirmos algo, ligaremos. – Diz Mônica séria.

— Próximo! – Grita Cebola já irritado, logo o próximo concorrente entra na garagem.

Acho que todos estavam meio assim, irritados, já que escutamos tanto solo ruim e desafinado que ataca até dor de cabeça.

— Oi, sou o Malcon. – Se apresenta um garoto com óculos de graus e magrelo, ele segurava uma guitarra da cor preta.

— Sinta-se à vontade. – Diz Cascão segurando o riso. Digamos que é estranho um cara do tipo do Malcon tocar uma guitarra, ele não parece muito alguém que tocaria um instrumento como esse.

O garoto logo começa a engatar os cabos no nosso amplificador de teste e arrasa. Não estou mentindo, o cara realmente sabia tocar, não incrivelmente, mas depois de todos aqueles anteriores, ele era o melhor.

— Tinha mais alguém lá fora esperando para fazer o teste? – Pergunta DC nem um pouco impressionado.

— Não. Eu fui o último. – Responde o garoto e DC suspira.

— Então, o que resta é lhe... – Antes do DC continuar, um cara aparece com uma guitarra vermelha com preto no ombro direto e segurando com a mão esquerda, um amplificador.

— Espero não ter chegado muito atrasado. – Diz o cara com um sorriso vitorioso. Ele usava uma roupa típica de rockeiro, aquele ar rebelde.

— Claro que não. – DC diz rapidamente.

— Ótimo. Sou Castiel, Castiel Salvatore. – Fala e logo me lembro dele, afinal, ele estuda na mesma sala que nós.

— Malcon, quando decidirmos algo, ligaremos. – Explica Mônica por fim e o garoto sai da garagem.

— Espero que não se importem de eu ter trazido meu cubo, ele é um dos melhores e não gosto de tocar sem ele. – Ri e logo já monta tudo. Aguardando para tocar.

— Vai fundo. – Digo e ele pela primeira vez olha nos meus olhos.

— Pode deixar! Acho que talvez algum de vocês vai reconhecer esse solo, mas enfim, vou começar. – Diz com um sorriso apaixonado, não por uma pessoa, mas pela sua guitarra.

Castiel começa a tocar um solo completamente incrível e com uma execução impecável. Ele era muito bom! Não há alguém que possa negar. Ele tocou todo o solo com os olhos fechados, e toda melodia era uma mistura de amor com rebeldia, a música mostrava sua alma, e sua alma mostrava tamanha paixão pela música.

— Eu não acredito que você tocou esse solo! – Exclama DC, logo que Castiel termina o solo.

— Conhece? – Pergunta Castiel arqueando uma sobrancelha. – Eu realmente não achei que alguém conhecesse.

— Está brincando? Quem não conhece? – Grita Do Contra e todo mundo da banda encara ele por não saber qual era a música. – É, tá, nem todo mundo conhece. – Diz revirando os olhos. – Mas como conseguiu tocar o primeiro solo de Sweet Child O’Mine do Guns com os olhos fechados? – Pergunta ele impressionado.

— É fácil. Aprendi a tocar desde pequeno, a guitarra é como meu membro mais precioso. – Fala olhando para a própria guitarra.

— E parabéns! Você está na banda!!!! – Diz DC e todo mundo solta um “o quê?” surpreso.

— Nós nem votamos. – Retruca Mônica.

— Ele sem dúvidas é o melhor. – DC dá de ombros.

— Mas e o Malcon? – Ironiza ela.

— Sério? – Pergunta DC arregalando os olhos. – O Castiel é mil vezes melhor que qualquer um que já tocou hoje, até melhor que o Cebola. – Fala DC.

Nunca o vi elogiar um cara assim antes, se eu não soubesse das escolhas amorosas do DC, eu chutaria que ele se apaixonou pelo rockeiro.

— Ei! – Grita Cebola em protesto.

— Não querendo interromper o momento crise de casal. Só quero saber se estou ou não na banda! Tenho mais coisas a se fazer esta noite. – Diz frio o garoto, já estando do mesmo modo que havia entrado na garagem.

— Você está! – Digo antes de começarem uma quarta guerra mundial.

— Ele o quê?! – Exclama Mônica me olhando e eu lhe dou um olhar de “ponto final”.

Desde que ela resolveu que quer terminar com o DC, não para de querer desconcordar com ele, em tudo, e isso é irritante, mais irritante que a contrariedade do DC, que pelo incrível que pareça, não está tanta ultimamente.

P.O.V Monique Lockwood

— Quer um drink, madame? – Pergunta sem nenhum pingo de galanteio o cara a minha frente. – Uísque? Vinho?

— Nunca beberia algo oferecido por você. – Rebato.

Que ódio, por que meu irmão tem que ser tão idiota como esse cafajeste? Eu já o havia ajudado! Por que tinha que fazer tudo de novo?

— Está irritada..., devia relaxar. – Diz com um sorriso malicioso.

— Aqui está e não me procure nunca mais. – Digo lhe entregando um envelope e me dirigindo para a porta de saída.

— Você sabe que nem seu Deus irá lhe ajudar se seu irmão entrar em encrencas de novo. – Fala o homem escroto, rindo ironicamente.

Eu paro antes da porta e o encaro com um sorriso debochado.

— Se eu tivesse um Deus, eu até me importaria com o que você diz, mas como eu não tenho, o que basta é eu tentar achar minha sorte. – Dou uma piscada, seguida de uma risada debochada, e logo, saio do local com meu salto agulha.

Às vezes me sinto como aquelas mulheres de antigamente. Sabe aquelas que eram fortes para tudo? Sexys e também, intocáveis acima de tudo?

Pergunto-me porque minha vida é tão trágica, quer dizer, ela nasceu trágica... Por que meu irmão tinha que fazer de tudo para ficar pior? Que saco! Nenhum lugar do mundo posso ter paz! Parece que a cada um passo para frente que eu dou, é mais dois passos para trás.

~~~~~*~~~~~

Mais um dia no meu inferno particular. Será que a morte não seria menos dolorosa? Acabo por rir com esse pensamento, acho que nem na morte encontraria alguma “paz”.

Saio da cama me dirigindo para o chuveiro do único banheiro da casa em que moro com minha tia. Não que ela seja um pé no saco, mas digamos que ela tenta ser gentil, mas só deixa claro que só está cuidando de mim por obrigação e pelo dinheiro que pago a ela.

— Monique, saia logo desse chuveiro! Não sou rica para você poder gastar uma piscina lotada de água! – Grita minha tia batendo na porta.

— Já saio! – Grito e ela, felizmente, para de bater na porta.

Alguns poucos minutos depois, saio do banheiro com uma toalha enrolada em meu corpo. Assim que chego até meu quarto, tiro a toalha e começo a procurar uma roupa.

— Monique, esse rapaz está lhe procurando. – Diz minha tia abrindo a porta bruscamente.

Quando me viro vejo Castiel completamente corado, ele logo desvia o olhar quando viu o estado em que eu me encontrava.

— Tia! Quantas vezes eu digo para não abrir a porta sem bater?! – Reclamo com ódio, pegando ligeiro a toalha que deixei em cima da minha cama.

— Não sei o porquê do constrangimento. Aposto que ele já te viu assim antes. Nenhum cara lhe procuraria se não tivesse o feito. – Diz ela sem emoção, logo indo embora.

Retiro o que disse... Ela realmente é uma das piores pessoas do mundo!!!

— O que faz aqui? – Pergunto ameaçadoramente assim que ele entra no quarto, e eu fecho a porta.

— Você não é ameaçadora apenas de toalha. – Diz ele com um sorriso malicioso. – Ainda mais, sem nada por baixo. – Completa e eu jogo um travesseiro nele.

— Se não tivesse vindo até aqui, não teria me visto nua! – Rebato e ele começa a olhar o quarto.

— Tem razão, mas não é tão ruim. – Ótimo outro sorriso malicioso.

— Vira para lá e não espia. – Mando e ele obedece.

Logo me troco colocando roupas intimas pretas, uma calça de couro preta, uma blusa larguinha de manga curta também escura, e um coturno igualmente preto.

Assim que me viro para ele, juro que vejo o vulto de sua cabeça virando para a frente. Não duvido que ele tenha espiado, mas fazer o que, não vou deixá-lo perto da minha tia. Ela pode até achar que eu faço coisas como ela, mas não sou N-A-D-A como ela.

— Pode virar. – Digo e ele se vira. – Agora me responda, o que veio fazer aqui? – Perguntou friamente e ele cruza os braços.

— Quem você visita quando entra naquele carro escuro? – Pergunta e sua voz parece um iceberg de tão frio.

— Isso não te interessa! – Rebato irritada e ele parece me analisar.

— Pode não ser da minha conta, mas sei que algo bom não é! E pelo estado de eu ter encontrado sua tia alcoólatra e apenas com uma lingerie de vadia, está na cara que você não tem ninguém para lhe dizer o que é certo ou errado. – A cada palavra que saia de sua boca, ele não demonstrava nenhum sentimento.

— Agora você quer me dizer o que é certo ou errado? – Ironizo e ele continua com seu olhar sem expressão. – E se está querendo saber se sou uma prostituta para você poder me comer, pode tirar seu cavalinho da chuva! – Rebato com muito mais ódio.

— Eu não sou assim! Então não aja como se me conhecesse! – Diz ele me olhando furiosamente.

— Ótimo! Pois é assim que você faz comigo! Você não me conhece e nunca vai me conhecer! Eu não preciso de sua ajuda. – Digo pausadamente e logo ele dá um soco em meu guarda-roupa. – Agora dá para se retirar? – Pergunto com um sorriso irônico.

Castiel apenas sai do quarto sem dizer mais nada, e por fim, escuto uma batida forte da porta da frente da casa. Solto um grito de ódio e depois tranco a porta, pois sabia que minha tia viria e falaria alguma merda para me fazer ficar ainda mais pior.

P.O.V Lysandre Maddox

Faltava cerca de meia hora para a aula começar e eu estava sentado no meu lugar na sala de aula. Estava apenas com meu bloco de notas e pensando em alguma música para ser escrita. De repente, um rapaz de cabelos vermelhos sangue entra na sala pisando duro e anda até a carteira atrás da minha.

— Sei que não devia me intrometer, mas você está bem? – Pergunto para o garoto que me encara sem emoção.

— É, você está certo! Não devia se intrometer. – Ele diz e eu percebo ódio na sua voz, mas não por causa da minha pergunta.

— Brigou com a namorada? – Pergunto e ele me olha confuso.

— Não! Quer dizer, ela não é minha namorada, só é um mistério para mim e acho que para qualquer um que tenta se aproximar. – Confessa olhando para uma garota que recém entra na sala.

— Monique? – Pergunto e ele olha desconfiado.

— Como sabe o nome dela? A conhece? Que eu saiba, ela é novata. – Alguma coisa na voz dele demonstrava nervosismo, mas logo, ele disfarça.

— Não a conheço, apenas sei o seu nome. Mas você tem razão, a algo de misterioso nela, algo... – Deixo as palavras morrerem, é impossível decifrar aquela garota.

— Só queria poder saber o que ela esconde. – Suspira e eu volto o meu olhar para ele.

— Talvez se tentasse ser amigável. – Insinuo e ele ri.

— Eu? Claro, sou o cara mais amigável do mundo! Você mesmo percebeu assim que me perguntou se eu estava bem. – Sua risada aos poucos parou.

— Sou Lysandre. – Me apresento e ele suaviza seu olhar frio.

— Castiel. – Ele diz.

Logo gritos de discussão começam a acontecer.

P.O.V Rosalya Price

Estava no pátio até que vejo várias pessoas correrem para a sala que eu estudo. Aquilo foi muito estranho, pois algumas pessoas que estavam antes lá dentro vieram e chamaram outras daqui de fora. O que está acontecendo afinal?

Começo a andar para lá até que uma garota esbarra em mim e acabamos caindo no chão. Ela levanta e me estende a mão para me ajudar a levantar.

— Nossa, me desculpa. Você está bem? – Ela diz corada e eu dou um sorriso para lhe garantir que estava tudo bem.

— Claro. Não precisa pedir desculpas, isso já me aconteceu. Mas o que está acontecendo ali dentro? – Pergunto sem conter a curiosidade.

— É uma briga, mas não sei de quem tanto. Não consegui entrar lá dentro. – Ela responde e depois disso o diretor aparece.

— Saiam todos da porta. Circulando! – Ele grita e logo a multidão começa a sumir pelos corredores.

— É melhor irmos. – Digo e ela assente.

— Que confusão! – Confessa assim que sentamos num banco perto de uma árvore no pátio.

— Verdade. – Concordo e rimos sem nem ter um motivo concreto para a risada.

— Sou Monique, e você? – Pergunta ela curiosa.

— Rosalya, mas pode me chamar de Rosa. – Digo e ela sorri.

— E você pode me chamar de Mo. Não Moni! Não gosto que me chamem de Moni. Sei lá, é algo que eu não gosto, então, só Mo. – Diz ela fazendo careta e eu rio concordando com a cabeça.

— Está bem. – Digo sorrindo. – Você me parece uma ótima pessoa para se fazer amizade, espero que possamos nos tornar amigas. – Falo meio tímida ainda sorrindo.

— Eu acho que já somos. Senti isso a partir do momento em que nos esbarramos. – Confessa e não acho que ela esteja mentindo e nem que isso não seja verdade, por incrível que pareça, senti o mesmo.

— É, também acho. – Confesso.

Logo o sinal bate.

— É melhor irmos para a sala. – Diz ela e eu concordo. – Em que sala você estuda?

— Na que teve a confusão. – Respondo rindo e ela arregala os olhos surpresa.

— Eu também! Mas como é que não te vi no primeiro dia de aula? – Pergunta e eu coro.

— Digamos que eu não vim..., estava com meu namorado. – Confesso mais corada do que nunca e ela ri divertida.

— Já entendi, senhorita santinha. – Brinca dando uma piscada.

Assim que chegamos na sala vejo Lysandre – o irmão do meu namorado e também meu amigo, quase irmão de coração – conversando com um garoto.

— Mo, por que não senta perto de mim? – Pergunto e ela me encara surpresa, mas logo tenta disfarçar. – Se quiser é claro, só pensei que se sentássemos perto uma da outra, íamos conversar mais.

— Claro. – Diz ela com um sorriso brilhante.

— Vem, quero que conheça o Lys. – Digo e a puxo até a carteira dele. – Lys-fofo. – Chamo ele e logo ele me olha com um sorriso.

— Rosa! – Cumprimenta com seu tom cavalheiro como sempre. Tanto ele quanto o Leigh são assim, é uma das coisas que eu mais amo neles, sempre educados.

— Essa é Monique. – Digo e olho para ela que estava olhando mortalmente para o garoto ruivo que estava conversando antes com o Lys. – Vocês se conhecem? – Pergunto sem me dirigir a um dos dois.

— Apenas de vista. – Responde friamente ela.

— Em uma ótima vista, com toda a certeza. – Diz ele com um sorriso malicioso.

— Rosa, este é o Castiel, Castiel esta é a Rosalya. – Fala Lysandre tentando tirar o clima tenso do ar.

— Já que estamos apresentados, acho que é melhor irmos sentar. – Diz Monique apontando com a cabeça para a professora que entrava na sala.

— Concordo. – Digo e logo sento em meu lugar que é na carteira do lado da do Lys e a Mo na de trás, que é do lado da do Castiel.

A sorte é que as carteiras não são juntas, senão, aquilo seria a morte certa de um deles.

— Olá meus alunos, eu sou Delanay, a nova professora de ciências. Sou muito rígida em minhas aulas. Então, quero que deem o melhor de vocês! Todas as nossas aulas serão no laboratório de ciências. Alguma pergunta? – Ela pergunta e ninguém diz nada. – Ótimo, agora para a sala de ciências e façam duplas! Como é a primeira aula, deixarei que façam com quem quiserem, mas na próxima vou arrumá-los com duplas complementares. – Explica e depois sai da sala indo para o laboratório.

— Dupla? – Pergunto a Mo e ela concorda com um sorriso.

— Ela parece uma mulher severa... Será que com o marido dela, ela é assim? – Pergunta Monique assim que caminhamos a caminho do laboratório, lado a lado.

— Será que ela tem marido? – Rebato e rimos.

— Se ela tiver..., coitado! – Monique diz e eu concordo.

A aula estava complicada, mas com Monique de dupla aquilo parecia moleza, além de ser engraçado. A professora pareceu interessada na experiência que resolvemos fazer, mas não disse nada, e nem chamou nossa atenção quando riamos um pouco. Talvez ela não seja tão severa como pareceu, mas ainda assim, ela causa um certo medo.

Com tudo isso, até me esqueci de pedir para o Lys o que aconteceu para ter tido todo aquele aglomerado de pessoas na sala antes de começar a aula, mas depois eu pergunto, afinal, ele e o Castiel estão sentados longe de mim e da Mo. Digamos que não tinha lugares pertos, mas é só essa aula mesmo, a outra será bem diferente. Só espero que não seja ruim! E a minha dupla seja bacana...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Até o próximo!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together By Chance 1 Temporada REBOOT" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.