Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 25
O Caos Reina!


Notas iniciais do capítulo

Olá, capítulo novo! Desculpem a demora.

Boa Leitura!!!



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P.O.V Mônica Souza

— Mas o que está acontecendo?!

Eu estava sem entender nada. Havia acabado de sair da sorveteria, ao qual, eu havia parado para me refrescar, pois o tempo estava muito quente com um dia tremendamente ensolarado. Só que assim que eu coloco meus pés para fora do estabelecimento, percebo que o dia quente havia desaparecido, deixando em seu lugar, um clima frio com várias nuvens negras cobrindo todo o céu.

O vento gelado me invade me causando sensações desagradáveis, arrepios e até um mal pressentimento. Era como se uma sensação de morte me invadisse. Olhando ao meu redor, esquecendo do clima, percebo uma cena que nunca tinha visto em toda a minha vida. Parece cena de filme de fim do mundo, várias pessoas correndo de monstros. Sim, monstros! Várias criaturas horrendas e asquerosas estavam perseguindo e matando as pessoas. Eram demônios inferiores!

— Socorro!!! – Essa voz é do Cebola. Meus olhos se fixam em meu amigo que tentava correr de um monstrengo.

Sem hesitar, corro com toda minha velocidade e ataco o monstro, o enchendo de vários socos e chutes. Conjuro rapidamente minha arma, que era o sansão gigante, para assim, finalizar aquele demônio. Como o demônio estava com sua atenção no Cebola, consegui o pegar de surpresa sem que ele revidasse.

— Você está bem, Cebola? – Pergunto estendendo a mão para o meu amigo.

— Estou. Não tive tempo para invocar minha arma e muito menos para utilizar o ponto que a Monique me deu. Se não fosse por você, estaria ferrado. – Diz aliviado se levantando após segurar a minha mão. – Mas é perigoso ficarmos aqui! Vamos nos esconder em algum lugar!

— Certo. De fato, é a melhor ideia no momento.

P.O.V Denise Dutra Frias

— Meu Deus! Esse é o bafão do século. Não! Do Milênio!!!

Eu moro num apartamento que se localiza no sexto andar de um prédio. De longe estava vendo vários bichos medonhos fazendo travessuras e atacando as pessoas. Isso iria render muito no meu blog!

— Quem diria! Fotos exclusivas do Armagedom, baby!!! Vou arrasar nesse verão!

Logo escuto um barulho vindo atrás de mim junto de um bocejo, Xaveco devia acabado de acordar de sua soneca da tarde.

— Denise o que está... – Antes que ele termine sua pergunta, seus olhos se espantam ao olhar as ruas. – Que merda é essa?!?!?!

— Isso aqui é o Armagedom acontecendo!!!

Xaveco me puxa logo fechando às janelas e cortinas. O garoto se vira com um olhar de raiva e chocado pelo ocorrido, mas não sei se era pela loucura lá fora ou por conta da minha tranquilidade gravando e fotografando tudo.

— Ai, lindo. Qual a razão da agressividade??? – Pergunto confusa. – A casa está protegida por demônios inferiores, a Monique passou para todo mundo esse detalhe. Aqueles bichos não vão invadir aqui.

— Mesmo assim não podemos ficar expostos, Dê. É perigoso!

De súbito, escutamos barulhos na porta, era como se alguém tivesse querendo invadir a força. Escutávamos gritos de dor, provável que por conta do feitiço de proteção que a Monique havia feito.

O silencio surge. Eles desistiram?

— Eles pararam. – Fala Xaveco.

— Não sei, fofo. Isso não está me cheirando...

Antes que completasse minha frase, escutamos um forte impacto na porta, o brilho leve de proteção que havia ao redor do apartamento havia sumido completamente.

— Ela não disse que íamos estar seguros?! – Xaveco estava desesperado.

— Ela disse que estaríamos se fosse só demônios inferiores!

Logo um demônio arromba a nossa porta vindo puto em nossa direção. Ele parecia um demônio inferior normal, mas talvez não tenha sido ele quem quebrou a proteção... O demônio era verde e todo gosmento, porém de estatura pequena, lembrava um pouco o demônio que enfrentamos no acampamento, só que mais fraco.

Conjuro minha arma que era uma pistola de purpurina, ao perceber minha conjuração, Xaveco também chama por sua arma que era uma espada de esmeralda mega brilhante e linda. Até diria que estava com inveja daquela lindeza, mas prefiro muito mais soltar purpurina.

— Bora arrasar, baby!!! – Exclamo começando a atirar com a arma no bicho que parecia sentir uma queimadura. Eu sei que tem algo a mais na purpurina, mas aí eu já não saberia dizer o que.

Xaveco logo avança com rapidez e agilidade, era como se aquela espada fornecesse mais do que apenas um meio de sobrevivência, pois nunca o vi tão “heroico”. A purpurina da minha pistola que entrava em contato com o bicho o deixava desnorteado e distraído, sendo assim, meu Xavequinho conseguia utilizar sua espada perfeitamente rasgando o demônio algumas vezes fazendo jorrar um sangue preto, mesmo que a lâmina da espada cortava o demônio, ele conseguia se regenerar.

— Cuidado! – Me alerta Xaveco rapidamente me puxando pela minha cintura me fazendo colar em seu corpo e desviar do jato de ácido que o demônio havia lançado.

— Obrigada. – Sussurro vermelha pela pegada dele. Xaveco além de ter pensado rápido suficiente para me salvar, ainda me segurou de um jeito que me fez me derreter toda por ter me trazido para perto dele com tanta “pegada”.

Assim que voltamos nossa atenção ao bicho, percebemos que ele começa a rir e abrir suas “mãozinhas”, atrás dele, na porta da entrada do que uma vez era meu apartamento, começa a aparecerem mais e mais demônios como ele e também de outros tipos.

— Agora só um milagre... – Sussurra Xaveco com seus olhos oscilando de raiva e de medo. Raiva por não poder dar um jeito de vencer e medo de que acontecesse algo conosco.

— O que é isso? – Pergunto quando surge uma luz poderosa atrás de nós. A luz destrói a parede da janela que dava para a vista da rua.

Logo que a parede é destruída, uma grande esfera de energia luminosa aparece e desintegra todos os demônios presentes naquela sala. Uma figura imponente, trajando uma espada e uma armadura prateada brilhante surge em nossa frente. Era Ângelo! Ele havia nos salvado!

— Denise, Xaveco, segurem-se em mim! – Ordena Anjinho.

— Sei que você quis fazer uma entrada triunfal, mas não precisava destruir metade da minha casa, né, lindo?

P.O.V Do Contra Fagundes

— Como diabos fomos nos meter aqui? – Pergunto ainda confuso com como o Castiel e eu fomos parar no meio de um cemitério.

— A última coisa que eu me lembro é que estávamos naquela loja de instrumentos. – Diz Castiel, e eu concordo com a cabeça.

Olho ao meu redor vendo que aquele era o cemitério do nosso bairro. Haviam várias lápides, túmulos. Entretanto, o mais bizarro estava o tempo. Vento gelado, raios e trovões pelo céu, aquele cheiro forte de podridão. Olha eu sempre amei cemitérios, mas dessa vez, esse seria o último lugar que eu gostaria de estar.

— Temos que sair daqui. – Castiel diz, mas antes que nos movêssemos, escutamos barulhos de terra sendo revirada.

Ao nosso redor, mãos saiam para fora da terra. Os mortos estavam levantando de seus túmulos!

— Como isso é possível? – Pergunta Castiel após ver dezenas de mortos vivos levantando e caminhando lentamente em nossa direção.

— Só existe alguém capaz de criar um exército de zumbis. Viúva! – Após eu mencionar esse nome, escuto uma risada invadir minha mente. Eu sabia sobre ela, pois a Mônica havia me contado.

Olho para meu amigo rebelde percebendo que ele também havia escutado o mesmo que eu. No céu, junto de um clarão, surge ela, a Viúva, um dos filhos de Umbra.

A Viúva é uma menina magra, alta e com pele clara. Veste um vestido preto com partes brancas na frente, uma faixa preta na cintura e duas ombreiras estufadas. Sua cabeça é coberta por um véu cinza. Possui cabelos lisos, longos e negros.

— Mas que porra é essa?! – Castiel não conhecia sobre os Filhos de Umbra, então não me surpreendo em ver confusão estampada em seu rosto.

— É um dos Filhos de Umbra. São sete crianças que foram injustamente amaldiçoadas por Berenice, por achar que eles tinham matado sua filha. – Explico.

— Ainda não entendi nada, mas não me importo. – Logo ele conjura a sua guitarra/motosserra partindo para cima dos “zumbis” decepando suas cabeças.

Conjuro minha marreta gigante partindo para cima da Viúva. Eu sabia que o Castiel estaria tranquilo matando os zumbis e não precisaria da minha ajuda, mas ainda assim, se eu não parar a Viúva, ela só irá invocar mais e mais mortos.

Quando chego perto dela tento a acertar com minha marreta, que por sorte é grande e longa o suficiente para chegar nela mesmo que a mesma estivesse flutuando. Entretanto, eu não a acerto, pois aquele ser a minha frente rapidamente desvia.

Perante meus olhos, a Viúva some, provavelmente ficando invisível. Logo, inúmeras lápides começam a flutuar. Percebo que aquilo era um péssimo sinal.

Começo a correr rapidamente para desviar de todas as lápides que vinham rapidamente em minha direção, sem entender direito começo a subir cada lápide que vinha no ar, usando-as como escada para em fim ficar frente a frente com a Viúva que estava novamente visível. Sem esperar mais nada, acerto a marreta com tudo nela a fazendo parar no chão. Pouso levemente um pouco longe dela depois que minha manobra sinistra, mas funcional, tenha terminado.

— DC! – Chama Castiel.

Quando olho para o meu amigo rockeiro, percebo que o mesmo estava do meu lado olhando para a horda de zumbis que pareciam ter triplicado. Eles não pareciam famintos, mas sim irritados.

— Temos que atacar ela quando estiver distraída... – Sussurra Castiel, e eu confirmo com a cabeça.

Ele continua a cortar os mortos com sua arma, e eu começo a esmagar todos aqueles zumbis usando minha marreta. Parecia que eu estava jogando aquele jogo de bater com a marreta na cabeça dos bonequinhos que sobem.

Quando pensamos que estava tudo tranquilo, uma bola enorme de zumbis juntos começou a se formar ao longe do cemitério. Era impressionante ver aquilo, mas também desagradável, pois era uma pilha enorme de corpos podres, ossos a mostras e tudo mais.

— Corre! – Grito para Castiel assim que vejo que a bola começou a girar em nossa direção.

— Merda.

Logo Castiel e eu começamos a correr por entre as sepulturas. Eu conseguia ouvir o barulho que aquela coisa fazia ao pegar mais e mais velocidade para tentar nos atingir. Olho para trás percebendo que aquilo iria nos acertar.

Sinto um impacto que me faz fechar os olhos e rolar a alguns metros, mas não era um impacto parecido com o que eu pensei que sentiria por milhões de zumbis. Abro lentamente meus olhos vendo que estávamos dentro de uma bolha de magia numa cor dourada brilhante.

— Monique! – Exclama Castiel e quando olho para frente, vejo que a loira estava em sua forma de Andarilha encarando a Viúva.

A bola de zumbis havia desaparecido, virado poeira no ar, mas mesmo que nosso grande problema anterior tenha evaporado, mais e mais zumbis começavam a aparecer, se agrupando para voltar a nos atacar.

— Mantenham os zumbis ocupados! – Ordena Monique assim que a bolha a nossa volta sumiu.

Como ordenado, Castiel e eu lutávamos contra os zumbis, ao mesmo tempo que Monique começava a lutar no céu com a Viúva. Conseguia sentir o vento que a luta delas causava junto com o poder que criava ondas pelo cemitério.

— Seus truques psíquicos não em afetam, Viúva! – Grita Monique que aparentemente parecia imune com todas aquelas ondas de energia.

Durante o ataque de um dos zumbis, me abaixo desviando ao mesmo tempo que acerto a marreta em suas costas. Observo de relance a Viúva estava começado a arremessar psiquicamente pedaços por pedaços de uma cerca de metal, Monique desviava como se fosse no filme de Matrix.

Queria tanto poder sentar para assistir aquela luta, mas mal posso piscar que vem outro zumbi. Eram muito e pareciam que eles estavam se “consertando” mesmo depois que os eliminávamos.

— Abaixa! – Ordena Castiel, bem a tempo de me abaixar, ele decepa a cabeça do zumbi que estava pronto para me agarrar.

— Valeu! – Agradeço brevemente voltando a me concentrar.

Mesmo com nossa luta desenfreada, eram muitos. Logo nos vimos encurralados contra um muro, os zumbis abriam e fechavam a boca fazendo seus dentes baterem e rangerem. Eu sempre gostei de coisa de zumbi, mas não quero morrer nisso.

— Kritkite ant žemės! – Assim que Monique pronuncia essas palavras, todos os mortos ao nosso redor despencam no chão, virando pó.

Castiel e eu olhamos para a lua, percebendo que Monique parecia estar cansada de usar seus poderes, por mais que não havíamos percebido antes, ela estava usando sua magica para fortalecer nossos golpes de modo que assim, teríamos mais chances.

— Estou cansada de seus jogos! – Ao mesmo tempo que dava de ver a ira nos olhos da Andarilha, também dava para ver empatia, pena. – Paralyžius!

Com uma mão mirada na direção da Viúva, a criança cai no chão quase imobilizada. Era um feitiço de paralisia, mas ainda assim, a Viúva conseguia se mexer um pouco.

— Culpa e ódio serpenteiam a sua volta.

A cada passo que Monique dava, objetos levitavam e tentavam a acertar, porém, quando chegavam perto, uma barreira invisível destruía tudo que ousava a atingir.

— Posso sentir seu medo, mas não se preocupe, criança. Nada mais vai lhe afligir.

Mesmo quando Monique para na frente da criança, ela continua a lutar, mas sem ter sucesso, os objetos continuavam a vir, destruídos uns atrás dos outros.

— Hoje, seu sofrimento acaba. – Diz colocando a mão direita na cabeça da Viúva que parece agora finalmente relaxar.

Um longo raio cai na cabeça da Viúva, fazendo com o que véu dela queime revelando seus olhos brilhando luz. A cabeça inclinada dela para cima, fazia com que aquela luz dos olhos pudesse iluminar tudo. Após um longo e estridente grito, consigo ver que a Viúva havia voltado a ser uma criança normal, humana.

— Obrigada... – Sussurra a criança logo virando pó.

— O que aconteceu? – Pergunto me aproximando de Monique que parecia exausta, provável que por conta de seja sei lá o que que ela tenha acabado de fazer.

— Ei, você está bem? – Pergunta Castiel se aproximando da loira, acariciando a bochecha da mesma.

— Estou... Só foi cansativo ter que libertar a alma daquela criança. – Explica ela, Castiel logo puxa a namorada pra um abraço.

— Ainda não entendi bem o que aconteceu.

— Senti que o Castiel estava em perigo, então tive que me teletransportar as pressas para cá. Não posso libertar todos os Filhos de Umbra, mas a Viúva... Meio que eu já a conhecia, conhecia sua dor e sofrimento.

— E então você só quis libertá-la? – Arqueio uma sobrancelha.

— Andarilhos são seres protetores. Sendo assim, sentir a dor que aquela criança passou, despertou um desejo de tranquilizá-la e apagar todas as suas aflições. Pelo menos agora, ela está em paz.

— Entendi. Foi mal, casal, mas eu preciso ir.

— Eu também vou. Preciso fazer outras coisas. – Diz Monique.

— Então vou voltar para o apartamento. – Confessa Castiel, logo ele puxa Monique para dar um beijo breve, mas cheio de intensidade e amor.

Como num piscar de olhos, Monique em sua forma de Andarilha voa com uma super velocidade para o céu, desaparecendo de vista.

— Nos vemos mais tarde. – Digo.

— Certo. Fica vivo!

— Você também.

Dou uma risada por seu comentário, mas logo trato de sair daquele cemitério, em direção a minha casa, pois precisava pegar umas coisas.

P.O.V Maria Fernanda

O caos era visível.

Vários monstros corriam atrás de seres humanos, isso acontecia em todo lugar, qualquer lado que se olhasse. A polícia apesar de ter sido acionada, tinha pouco êxito em deter essas coisas. Inúmeros tiros estavam sendo disparados pelo bairro, então decido correr até minha casa. Porém, no caminho me esbarro em alguém. E esse certo "alguém" não era uma pessoa, mas sim um desses monstros!!!

Ele é grande e marrom com listras pretas. Tão fedido quanto o Cascão após um jogo de futebol. Suas orelhas eram pontiagudas, seus olhos eram vermelhos e ele tinha quatro braços com garras pontiagudas. Seus pés tinham forma de raízes e seu aspecto lembrava levemente a uma árvore.

— Olha só o que temos aqui, uma mocinha desesperada. – Sua voz era grossa e ecoava na rua de tão alta.

A minha reação é neutra. O medo paralisava meu corpo, sendo assim, eu não sentia nenhuma parte respondendo aos comandos do meu cérebro. Não conseguia me mover... Seria meu fim?

— S-s-socorro!!! – Grito desesperada.

— Calma, não precisa gritar. Venha, vou te levar logo ali... – O monstro me puxa pelo braço e me arrasta pelo chão em direção a um beco escuro. – Vamos nos divertir muito antes de eu te destroçar inteira.

— Deixe a mulher em paz!!!

Olho uma figura preta que surge das sombras justamente saindo do beco atacando o monstro com um chute naquilo que seria estômago do bicho caso ele fosse um ser humano. O monstro recua alguns passos, colocando um de seus braços no local atingido. Tal figura misteriosa vestia uma roupa preta e usava uma máscara que cobria todo seu rosto, tanto pela frente quanto por trás.

— Não vou te deixar fazer o que quiser, bicho esquisito!!! – Fala o ser apontando o dedo indicador para o monstro que me aterrorizava.

— Maldito humano! Quem é você? – Pergunta claramente irritado o monstrengo.

— Pode me chamar de ninja D, por agora. E você, como se chama? Se é que você tem um nome!

— Todos nós demônios temos uma denominação.

Espera... Demônios?! Ele seria que nem aquele que enfrentamos no acampamento?

— Me chamo Pimply. Sou um demônio de classe quatro, a serviço do grande Sairaorg. – Diz o demônio todo orgulhoso.

— Sairaorg, hein? Então todas essas coisas que estão aparecendo são por culpa dele... – Afirma o auto intitulado ninja D.

Esse é o nome do demônio que estava selado dentro do corpo de João. Então realmente o temor daquele anjo chamado Ângelo se cumpriu...

— Fui invocado pelo meu senhor para espalhar o terror e caos nesta Terra repugnante. E minha primeira vítima será você, seu moleque desprezível!!!

Pimply estende dois de seus braços na direção do ninja D e vários espinhos gigantes saem de suas mãos em direção ao outro, contudo, o mesmo desvia de todos os espinhos dando saltos na direção esquerda e correndo acima dos muros que estavam no beco. O ninja contra-ataca partindo para cima de Pimply, o atingindo frontalmente com seu punho que parecia ser revestido por um tipo de "soco inglês".

— Isso não fez nem cócegas! – Debocha o monstro.

Pimply tenta agarrá-lo com seus quatro braços, contudo, a agilidade do ninja o permite saltar alguns metros no ar dando uma cambalhota reversa antes de pousar no chão.

— Agora é minha vez. Tome isso!

Várias Shurikens são lançadas das mãos do ninja D que perfura o corpo do demônio. Um líquido verde sai dessas feridas causadas pelo objeto cortante e o ser maligno cai de joelhos no chão.

— Isso! Você conseguiu ninja!!! – Digo alegremente a pessoa que me salvou. Eu me levanto indo em direção ao mesmo.

— Então foi por isso que Ele nos pediu para acabarmos com vocês...

Após pronunciar tais palavras, o demônio levanta e consegue tirar todos objetos perfurantes de seu corpo com os quatros braços apenas de uma vez. Após isso, suas feridas cicatrizam e desaparecem como se nunca tivessem existido antes.

— Ele se regenerou!!! – Afirmo assustada levando as mãos à cabeça de desespero.

— Você recebeu ordens para nos matar?! Mas por qual razão?

— Sairaorg sabe que nesse bairro, existe certos jovens que já saíram de diversas situações adversas. E também, sabe que sua contraparte, o tal João, criou afeto por alguns de vocês.

— Então ele tem medo de que João possa tomar o controle de seu corpo novamente. Interessante isso... – Diz o ninja D seriamente.

— O temor de meu senhor não é em vão. Ao ver você desviar de meus espinhos é até imaginável entender o motivo e a razão de meu senhor dar ordens para matar vocês.

— Isso é só resultado de um treinamento ninja que recebo arduamente todo dia. Meu sensei sempre diz para eu não lutar em lugares fora da academia, mas acho que aqui pode ser considerada uma exceção. Além disso, mesmo você sendo um demônio, a velocidade de seus ataques não difere muito de um humano treinado em artes marciais. Logo, não é tão difícil desviar desses seus espinhos, Pimply.

— Não me subestime, garoto. Você não tem ideia do que eu sou capaz.

De modo repentino, o demônio ergue seus quatros braços e vários espinhos enormes surgem flutuando acima de suas mãos, os quais vão na direção do meu salvador sem hesitar. Ninja D novamente saca dois instrumentos, eram correntes com pontas escuras que ao girar no ar, reflete todos os espinhos que vão em sua direção.

— Ainda bem que trouxe minhas nunchakus. Elas estão salvando minha pele. – Confirma ele notavelmente nervoso. – Mas nesse ritmo e nesta quantidade...

O demônio continua a atacar, até que alguns espinhos atingem a perna esquerda do mascarado. O ninja acaba por gemer de dor inevitavelmente baixando a guarda. Aproveitando a distração, Pimply lança espinhos em ambos braços do meu salvador, obrigando-o a largar os instrumentos que o mesmo tinha em mãos. Seu corpo começa a ficar ensanguentado.

— Ninja D!!! – O chamo.

— Não se aproxime, Maria!!! Esses espinhos são venenosos! – Afirma ele gritando para mim.

— Venenosos? – Pergunto em tom alto, preocupada.

— Sim! Meu corpo já está começando a ficar mole e estou zonzo...

— Mesmo que seja habitualmente treinado, você ainda é um humano que só depende de si mesmo. – Alega Pimply gargalhando euforicamente.

— C-Como assim "dependendo de mim mesmo"?

— Eu sou um dos demônios que vem das plantas. Veja que solto espinhos e que meu corpo é parecido como um tronco de árvore. Eu uso a força das plantas ao meu redor para que consiga ter a mesma energia sempre e me reconstituir sempre que desejar.

— Então você deveria impedir que esses demônios continuem a destruir tudo. Logo, você ficará sem energia para tirar das plantas e você inevitavelmente morrerá, Pimply! – Digo.

— Tola! Quando eu digo ao meu redor, me refiro ao mundo que estou.

— Como?

— Eu não preciso apenas da natureza desse bairro. Mesmo se estiver em outro continente, as plantas ainda me fornecem energia. Ou seja, eu mesmo poderia tirar energia das plantas da floresta amazônica, das savanas africanas ou até mesmo de um simples gramado localizado no leste australiano. Resumindo, eu posso tirar energia a ambiente global de qualquer planta orgânica.

— I-Isso é impossível...

— Vocês não podem me matar a não ser que façam algo fatal em mim. O que é, como você disse garota, impossível!

— Tem certeza, Pimply? – Confronta o Ninja D ao se levantar.

O garoto com roupas pretas estava de pé com esforço, mas com uma determinação incrível. Sua roupa toda e seus braços estavam encharcados pelo líquido escarlate que saia de seu corpo.

— Ninja! Não! Você vai morrer! – Grito pedindo para ele parar.

Sem me escutar, ninja D dá um salto muito alto e em pleno ar, saca novamente suas shurikens as lançando em direção ao demônio que ainda estava no mesmo lugar.

— De novo isso? Será que não notou que é inútil utilizar armas humanas contra mim?

— Eu ainda irei terminar a batalha que comecei. Não fará mais das suas, Pimply! Se eu morrer aqui, te levarei comigo, seu maldito.

As shurikens perfuram o corpo de Pimply assim como as anteriores, porém, essas de agora, piscam fortemente num tom vermelho carmesim. Ninja D pousa ao meu lado e mesmo com seu rosto mascarado, é possível ver que ele esboçada um sorriso.

— Quê?!?!

Uma explosão enorme repentina envolve o monstro, me obrigando a proteger meus olhos com minhas mãos. Após a explosão se dissipar, vejo vários de seus pedaços espalhados em várias direções. Antes que pudesse comemorar, percebo que o meu salvador mascarado caíra no chão.

— Ninja! Ninja!!! – O chamo desesperada.

Pego-o no colo e tiro um lenço que havia guardado no meu bolso da calça jeans. Limpo o sangue que tinha em seu rosto com cuidado para não machucar os ferimentos que estavam em seus braços cobertos pelas mangas da roupa.

— Foi muito perigoso, Do Contra! Você poderia ter morrido!!! – O repreendo.

— O quê?! V-você sabia que era eu? – Ele pergunta confuso e surpreso.

— Claro, né. – Tiro sua máscara e lhe dou um pequeno selinho. – Quem mais aqui gosta das artes dos ninjas a não ser você? E mais, quando você disse meu nome, só confirmou o que eu já pensava.

— Você é esperta mesmo, viu? Nunca te contei que praticava ninjutsu.

— Meu filho, eu sempre soube da vida de todos os meus crushs. Você esperava o quê? Que você seria uma exceção?

— Boba. – Diz ele, rindo.

— Não fale mais, você está ferido e envenenado. Vou te levar a algum local seguro...

— Onde vão com tanta pressa? – Escuto uma voz.

Olho para trás e vejo vários pedaços do Pimply, antes espalhados, agora se juntando a um local único e se reconstituindo. Essa não! O que esse monstro realmente é? Em poucos segundos, todo o seu corpo volta, sem nenhum arranhão.

— Acharam mesmo que seus truques baratos poderiam me matar?

— Você! M-mas como? – DC estava desacreditado.

— Admito que foi muito esperto colocar minibombas nos objetos para que eu explodisse, mas infelizmente você perdeu, moleque!

— Bombas?! – Pergunto atônita.

— As minibombas que implantei precisavam de sangue humano para serem ativadas. Foi por isso que me deixei ser atingido naquela hora.

— Agora vou matar o casal e mandá-los juntos ao paraíso! Que ambos morram!!!

— Perdão, Maria! Eu não pude fazer nada...

— Morram!!! – Grita o demônio.

Vários espinhos voam em nossas direções, mas do nada, uma luz extremamente forte aparece em nossa frente e desintegra todos os espinhos lançados.

— Quem fez isso?! – Pergunta o demônio olhando ao redor.

Olho acima de onde veio a luz, vendo Ângelo que empunhava uma espada de cor branca com alguns detalhes que não sei como descrever. Essa espada provavelmente tinha nos salvado.

— Ângelo!!! Que alívio! – Grita DC. – Nunca pensei que ficaria feliz ao ser salvo por alguém.

Ângelo desce ficando em nossa frente. Esse era o anjo da guarda da turma, pelo o que o DC havia me relatado. Meu crush havia dito que desde que eles eram pequenos, Ângelo os protegia de várias situações, e mesmo crescidos, o anjo continuava a zelar por eles.

— Agora sua briga é comigo, demônio asqueroso! – Grita Ângelo.

— Um anjo? Quer dizer que Deus já se prontificou a mandar seus escravos para guerrear? Isso é perfeito! Levarei sua cabeça de presente para meu senhor Sairaorg! Receba a carga total dos meus espinhos mais venenosos!!! – Ri freneticamente o ser maligno.

Diversos espinhos são lançados em direção ao anjo, mas com um simples movimento de uma de suas mãos, Ângelo cria uma barreira. Todos espinhos são facilmente barrados por ela.

— Como é?!

Empunhando sua espada, Ângelo ergue-a para cima a fazendo refletir uma luz forte, me obrigando a colocar minha mão à frente do meu olho esquerdo, virando o rosto levemente.

— Oh Deus, criador de todas as coisas, justo e fiel, usarei essa espada para sua honra e glória. Que você caia e pereça, ser maligno!!!

Mesmo de relance, vejo uma esfera de energia saindo de sua espada numa velocidade que diria ser acima do som, indo em direção ao monstro o atingindo. Aquilo provoca uma explosão ainda maior que as explosões causadas pelas arminhas do DC. Depois que a explosão cessou, não havia sobrado qualquer vestígio do monstro planta. Ângelo guarda sua espada e corre em nossa direção.

— DC! Maria! Estão bem, meus amigos? – Pergunta ele.

— Não muito. – DC diz dando uma risada fraca.

— Maldição! Esses espinhos são altamente venenosos. Venha, levarei Maria e você nos meus braços.

— E-espere. E Pimply? O que aconteceu? – Pergunto com medo daquele monstro voltar.

— Não se preocupe. Essa espada possui o poder de destruir um continente inteiro. Ele foi totalmente desintegrado a níveis atômicos. Nem mesmo ele consegue se regenerar disso facilmente. Agora, segurem-se em mim. Vou levá-los a um local seguro onde seus pais e amigos estão.

Após Ângelo nos segurar pelos braços, levantamos voo em direção aos céus chegando à altura das nuvens em poucos segundos. Mesmo nessa altitude era possível ver no solo vários ataques de demônios a seres humanos. Eu oro para que tudo isso acabe logo.

P.O.V Sairaorg Gremory

Ao topo de um monte, sentado em uma cadeira, estava com uma taça, provando o sangue de um humano que eu havia acabado de matar. Materializo uma bola de cristal e vejo que vários demônios estavam fazendo o caos pelo mundo inteiro. Eu me deliciava com o desespero de seres humanos lutando em vão para viver.

Ah, quão boa é essa sensação de viver novamente, e junto disso, trazer o desespero e o caos. Um verdadeiro Inferno agora existia na Terra.

— Meu senhor, como me pediu, mandei todos os demônios pelo mundo. Vários demônios das classes inferiores dois, três, quatro e sete estão destruindo o planeta.

— Excelente, Astaroth! – Exclamo o olhando fixamente enquanto ele estava ajoelhado.

Astaroth era um dos demônios mais poderosos de todo o Inferno. Um demônio classe onze (filho de dois demônios maiores). Sua face humana de cabelos loiros e de média estatura ocultava parcialmente o seu grande poder latente que assustava até mesmo o mais poderoso dos arcanjos. Facilmente ele enfrentaria um Arcanjo sem esforço algum, assim como eu. A classe onze equivale a força dos Super Arcanjos. Sendo um dos mais fortes, depois de Lúcifer e mim, é claro.

— Sabe me dizer se outros demônios aceitaram a oferta?

— Estou no aguardo da resposta de Belzebu. As outras classes de demônios inferiores também aceitaram nossa oferta e estão a caminho. Porém, os demônios médios e maiores ainda não responderam.

— Eles realmente são fiéis ao meu pai. É complicado que venham a aceitar.

— De fato grande Sairaorg, mas devemos esperar a resposta. Mesmo que Lúcifer seja rei no Mekai (Inferno), não sabemos o quanto esses demônios acatam as ordens dele. Como o senhor sabe, a grande parte dos demônios odeiam os humanos. E essa sua oferta é tentadora, mesmo para os sete grandes que são leais a ele.

— De fato. Você também fez aquilo que te mandei?

— Sim. Mandei alguns demônios, monstros e fantasmas de diversas classes darem conta da mortal chamada Mônica, e também, de seus amigos.

— E então?

— Infelizmente, devo admitir que é como o senhor inicialmente previu. Eles realmente sabem se defender e possuem proteção de um Anjo da Guarda e também de uma Andarilha. Além de que seres notáveis como Pimply e Viúva, um dos filhos de Umbra, já foram derrotados.

— Esses mortais possuem grande ligação com o sobrenatural e também possuem uma união muito forte entre si. – Falo enquanto admiro a tonalidade do sangue humano presente em minha taça. – Devemos destruir eles o mais rapidamente possível, pois só assim, minha contraparte humana perderá laços com esses terráqueos. Porém, percebo que algo além disso o aflige.

— Sim. Vim alertar o senhor que além desse que protege esses mortais, vários anjos já estão guerreando pelo mundo afora. Isso quer dizer que Deus já tem consciência disso. Muito provavelmente que daqui a algumas horas, venha um exército de Arcanjos atrás de nós.

— Ótimo! Mais rápido que eu pensava essa resposta do Reino Da Luz. – Alego levantando do trono que estava sentado. – Que venha todo o exército celestial! Dessa vez, depois de milênios, destruirei todos os Arcanjos. Inclusive, Gabriel...


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Notas finais do capítulo

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