Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 24
O Despertar!


Notas iniciais do capítulo

Olá, capítulo novo!

Boa Leitura!!!



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P.O.V Castiel Salvatore

Havia chegado na Festa de Halloween fazia algum tempo, mas minha atenção se volta para Rosalya e Monique quando entram. Rosa usava uma fantasia de noiva cadáver – vestido rasgado com partes curtas e partes longas na cor branca, um véu com uma coroa de flores branca meio acinzentada para parecer envelhecido, luvas brancas rasgadas com aspectos antigos, salto alto também brancos, cabelo solto e para completar algumas manchas de sangue falso na fantasia, no cabelo e no pescoço –, que combinou perfeitamente com seu cabelo branco platinado.

Confesso que a Rosa estava bonita com aquela fantasia, mas meus olhos estavam na loira que eu havia me apaixonado. Monique trajava uma fantasia de Anjo Da Escuridão, com vestido curto preto – estilo vitoriano – e asas também pretas, uma meia arrastão e coturnos pretos, na maquiagem ela havia borrado propositalmente os olhos e o batom da mesma tonalidade que o resto do visual. A cor clara dos olhos dela com o cabelo loiro fazia tudo ficar destacado.

Ela estava maravilhosa... E eu não podia nem ao menos me aproximar.

— Está mó gatão, ein. – Diz DC se aproximando de mim, reviro meus olhos.

Ele devia estar zoando por eu estar com um blazer branco aberto sem nada por baixo, uma calça branca com cinto vermelho, chifres e rabo de diabo vermelhos, e ainda segurando um tridente vermelho.

— E você está bem comedor, não é? – Rebato por ele estar fantasiado de zumbi.

— Claro. – Diz ele rindo. – Vou ir atrás da minha caçadora de zumbis.

Do Contra sai, provavelmente indo procurar a Maria Fernanda. Olho ao meu redor e vejo Lysandre vindo em minha direção, ele estava fantasiado de esqueleto, mas daquele estilo de caveira mexicana.

— Por que não vai lá falar com ela? – Sugere apontando com a cabeça para Monique que me olhava a cada minuto disfarçadamente, ela estava bebendo um ponche e conversando com a Rosalya.

— Ela não quer. – Respondo mal-humorado.

— E desde quando o famoso ruivo rebelde segue as regras? – Rebate tentando me encorajar.

— Por acaso está sabendo de algo que eu não sei? – Pergunto confuso, e ele ri descontraído.

Atualmente Lysandre estava mais tranquilo, dava algumas risadas, sorrisos e até as vezes rebatia o que eu falava. Deve ser verdade aquilo de quanto mais tempo você passa com as pessoas, mais elas confiam e se soltam.

— Rosa e eu combinamos de empurrar vocês dois. – Ele diz e começa a sair, indo para a mesa do ponche.

— Eu mereço... – Sussurro para mim mesmo, mas também achando engraçado me deixando até feliz por ter alguém me ajudando a amolecer aquela orgulhosa.

Ando discretamente na direção dela e vejo que Rosa dá uma desculpa esfarrapada qualquer para que a amiga ficasse sozinha.

— Como está nessa noite? – Sussurro atrás dela, chegando bem perto, ela dá um mini pulo se arrepiando pelo meu contato.

— Castiel... – Diz ela olhando em meus olhos.

— Não me expulsa! Estou cansado de ver esses zés ninguém te comendo com os olhos e não poder dizer que você é minha. – Resmungo a fazendo rir.

Eu sabia o que ela pensava e porque ela ria... A revelação dela como Andarilha para ela mesma acabou a deixando ocupada, fazendo com que a mesma não pudesse se sentir mais uma humana..., mas hoje..., ela poderia ter momentos que acharia nunca poder ter novamente.

— Não vou te expulsar. – Ela diz e revira os olhos corada.

— Ah, não? – Digo me aproximando dela com um sorriso malicioso, acaricio o rosto dela com meu polegar.

— Não. – Ela me olha e dá um soco no meu estômago me fazendo me contorcer. Ela ainda assim era forte, ainda mais com os poderes livres. – Isso é por mostrar esse peitoral para qualquer uma. E isso... – Ela me puxa pelo meu blazer para me beijar. – É por não desistir de mim.

— Nunca, minha princesa.

P.O.V João Santos

Em um minuto, estava Mônica e eu dançando uma música qualquer na pista de dança da Festa de Halloween, todos se divertindo e curtindo a festa, mas no outro..., todos estavam correndo e gritando, alguns machucados, uns caídos no chão tentando se levantar. Mônica havia conjurado a arma que a Monique a dera que era uma réplica do coelho Sansão que ela possuía desde pequena, mas em um tamanho muito maior.

Por algum motivo minha arma não aparecia... O que me fazia me sentir inútil já que estava proibido de usar meus poderes.

— Fica atrás, João. Eu te protejo! – Grita Mônica acertando em alguns demônios voadores. Estava cheio de Wendigos, demônios de inúmeras espécies, mas todos demônios inferiores. O bom de matar esses seres, é que eles sumiam.

— Turma se agrupem! – Grita Monique. Sua fantasia já havia sumido dando forma para sua forma de Andarilha dos Sonhos.

— Alguns dos nossos saíram para proteger os outros. – Diz Mônica.

— Certo. Não saiam da formação. Eles não são espertos, mas são muitos. – Ordena Monique.

Castiel estava do lado dela segurando uma guitarra que podia ser usada como uma motosserra, confesso que era muito irado ver ele arrancando as “cabeças” dos bichos com aquela arma.

A Magali segurava um cetro que lançava magia, fazendo muitas vezes os bichos ficarem congelados para que Cascão com um guarda-chuva metralhadora pudesse acabar com eles. Como se não bastasse, a Maga conseguia fazer proteções e a arma do Cascão também virava um escudo.

Cebola usava um tablet que podia criar o que ele quisesse, ou seja, ele podia criar armas distribuindo para a turma e também para ele mesmo, onde ele criava granadas “antidemônios” e metralhadoras que atiravam sozinhas nos Wendigos. Ele era realmente bom usando aquilo, pois conseguia controlar suas criações evitando que machucassem as pessoas.

Os últimos que meus olhos encontraram foram a Rosalya portando um chicote de Electrum brilhante, além de ser uma arma que poderia ser considerava “sexy”, a garota usava como se treinasse a vida toda. Ao lado dela, Lysandre lutava com sua espada de obsidiana parecendo um perfeito cavaleiro medieval com uma postura formidável.

— Eles estão atrás de alguém? – Pergunta Magali observando cada movimento dos inimigos. Eu estava no meio e todos da turma, presentes na sala, ao meu redor.

— Provável que do João e do... Castiel. – Diz Monique logo criando uma lâmina de luz que corta um Wendigo ao meio.

— Temos que sair daqui!!! Tem muitos! – Grita Cebola usando rapidamente seu tablet criando vários cavaleiros enormes que socavam os demônios, Mônica cria um minitornado com o Sansão e lança num aglomerado de Wendigos que se preparavam para atacar.

— Eu seguro eles! Corram para fora e fechem a porta!!! – Ordena Monique em um tom sério, mas todos protestam.

— É suicídio! – Exclama Rosa.

— Eu não morro... – Resmunga a loira. – E mesmo assim, não irei me matar. Vou abrir um portal, mas preciso que saiam daqui ou serão sugados juntos. Destruam os que estão lá fora, e eu cuido dos daqui. Vão! – Grita afastando todos os demônios e Wendigos do salão. Não dava para discutir.

— Corram! – Grita Mônica confirmando a ordem de Monique.

A última coisa que vejo quando saio pelas portas duplas que se fecharam depois de todos saírem, foi Monique começando a conjurar algo que parecia ser o portal. Ela pronunciava palavras em uma língua indecifrável. Seria a língua dos Andarilhos?

~~~~~*~~~~~

— Ela está demorando demais. Já faz duas horas! – Diz Castiel impaciente. Todos nós eliminamos os que haviam fugido do salão e estávamos esperando na frente da porta trancada por magia.

— Não se preocupe, Castiel. Ela é forte! – Diz Rosa, a mesma estava preocupada, mas queria ser firme.

— Haviam muitos daquelas coisas lá dentro, deve ser demorado chutar a bunda de cada um deles. – Diz Cebola tentando ser lógico e também tentando acalmar o rebelde.

— Você está bem? – Pergunta Mônica sentando ao meu lado. Eu estava mexendo na arma improvisada que o Cebola havia criado, a arma desaparecia lentamente.

— Eu estou... Só não entendo porque minha arma não veio. – Respondo, e ela parece incomodada.

— Monique achou melhor bloquear a arma por ter poderes mágicos, assim te manteria seguro de você mesmo. – Explica Mônica, e eu concordo com a cabeça.

Não demonstrei nada, mas no fundo estava com raiva e me sentindo descartado de tudo, me sentindo apenas uma princesinha indefesa, o que é bem broxante. Eu sou poderoso! Mas não posso usar nada...

As portas se abrem lentamente revelando uma Monique humana vestindo trapos do que um dia fora uma fantasia. Castiel chega a tempo de segurá-la antes que ela caísse exausta no chão.

— Você está bem? – Pergunta Rosa quase gritando por levar um susto ao ver a amiga naquele estado.

— Só estou fraca. – Ri fracamente. – Tive que abrir e manter o portal por bastante tempo, mas todos foram sugados.

— Estaremos seguros por quanto tempo até eles voltarem? – Pergunta Cascão com um pouco de medo.

— Alguns dias... Semanas... É difícil ter certeza, afinal, eles estão aparecendo em grande quantidade porque alguém está abrindo portais. Por hoje estamos seguros. – Explica calmamente, mas dava para perceber que sua voz falhava.

— É melhor deixarmos ela descansar. – Diz Magali, e todos concordamos.

— Toma! – Diz Cebola jogando uma chave de carro para Castiel.

O carro aparece magicamente estacionado na rua, após Cebola terminar de fazer sei lá o que no tablet. Era um Audi TT preto.

— Ele vai sumir em mais ou menos trinta minutos, mas é mais confortável para levar vocês dois para um lugar confortável, pois a Monique precisa mesmo de total repouso.

— Obrigado! – Agradece Castiel com um aceno de cabeça.

— Espera. – Diz Monique. Ela cria um pouco de mágica e entrega algo que parecia uma espécie de comunicador redondo para Cebola. – Como sua arma é difícil de se usar quando está correndo, você pode usar isso colocando na sua têmpora. Você fala o que quer e logo vai aparecer, mas só aparece coisas que você já criou através do tablet.

— Obrigado, loirinha. – Diz Cebola olhando apaixonadamente para o novo “brinquedinho”.

— Disponha. – Ela ri.

O casal logo sai de carro. Aos poucos nossa turma vai se separando até restar só Mônica e eu.

— Você não precisa me acompanhar até minha casa. A Monique disse que por hoje está tudo bem. – Digo, e ela dá de ombros.

— Eu estou lhe acompanhando porque o caminho é quase o mesmo da minha casa e eu não quero andar sozinha na rua a essa hora usando uma fantasia de Alice No País Das Maravilhas. – Confessa ela, e eu me dou por vencido rindo.

Conversamos quase o caminho todo, apenas paramos quando ela chegou na esquina em que nossos caminhos se separariam.

— Obrigada pela companhia. – Ela se aproxima e me dá um beijo na bochecha. – Até amanhã.

— Até... – Sussurro corado, Mônica sai saltitando para o caminho de sua casa. – Na verdade Mô, espera!

— Hum?! O que há, Joãozinho? – Ela para e vira me encarando profundamente.

— E-eu... não sei o que vai acontecer daqui em diante... – Um sentimento de vergonha tomava conta de mim, mas eu tinha que fazer aquilo. Coloquei minha mão esquerda colada no meu braço direito e eu não conseguia encará-la, mas continuei falando. – E sabe, nesse meio tempo, nas últimas semanas tem acontecido tantas coisas que até agora tento digerir...

— Eu entendo, mas João, saiba que você não está sozinho nessa. – Fala ela levantando meu rosto. Não tinha notado ela se aproximar e repentinamente vejo nossos corpos tão próximos um do outro, seus olhos castanhos brilhavam como as estrelas do céu. – Sei que inicialmente a turma pareceu ter te isolado, mas saiba que a Melissa, a Monique e eu estaremos aqui por você.

— Mônica...

Sem me segurar, a abraço firmemente. Meus olhos lacrimejam e choro em seus ombros enquanto sinto seus braços alisando minhas costas.

— Eu nunca passei por tantas coisas novas desde que cheguei a esse bairro, entende? – Saio do abraço ainda a encarando com minhas mãos acima de seus pequenos ombros. – Minha vida sempre foi tão normal, tão parada e do nada, tantas revelações surgem... – Me viro novamente, caminhando em direção oposta a dela. – Poderes, situações sobrenaturais, amor...

— Amor?! – Ela fala rindo.

— Sim, eu sei que estamos nos dando muito bem, mas sabe, eu me apaixonei por você desde o primeiro dia que nos encontramos naquela escola.

Um silêncio reina no ar durante alguns segundos, mas retomo o meu ponto rapidamente.

— Eu sempre admirei você desde que te vi. Sua personalidade forte, sua liderança em diversos casos, principalmente a maneira que você enfrentou aquele tal Marco Frederico. Seu companheirismo e fidelidade com os amigos é algo raro nesse grande mundo de hoje.

— João...

— Também te acho linda. Amo seus cabelos curtos, sua pele branca e fina como seda, seus olhos cor de mel caem como uma luva com seu rosto lindo. – Volto a encará-la e percebo ela levemente boquiaberta. – Mas ao mesmo tempo que admito o quanto te admiro por tudo isso, eu tenho que... me afastar de você. De tudo. E para sempre.

— O quê?!

— Mônica, você viu o que aconteceu hoje?! Vários demônios nos atacaram em algo que devia ser uma festa para todos nós nos divertirmos. E eu não pude fazer nada para te ajudar, só criei problemas. Não! Eu sou o problema!!! – Aos poucos reúno uma leve quantidade de energia e a direciono a meu peito esquerdo. – Então, saiba que o que vou fazer agora, é para nos...

Antes que eu perceba, um forte tapa acerta meu rosto e eu caio de bumbum no chão.

— Ai!!! – Gemo de dor colocando minha mão na bochecha esquerda. – Isso doeu, Mô!

— E é pra doer mesmo!!! Você tá querendo se matar na minha frente e quer que eu fique parada?! – Fala ela fechando os punhos e cerrando os dentes na minha frente. – Que parte de "nós vamos te proteger" você não entendeu?

— Eu sei que graças a Deus hoje tudo correu bem, mas e depois? Virão cada vez mais e mais demônios e monstros para me matar e eu não quero expor meus amigos em risco. Eu não quero expor você em risco! Vocês não devem passar problemas por uma pessoa que conhecem a menos de um ano.

— Você só fala isso pois infelizmente não cresceu com a gente. Eu, o Cebola, a Maga, Cascão e toda a turma já enfrentamos vários e vários perigos ao longo de toda nossa vida. Por incrível que se possa parecer, desde que você chegou todo o bairro teve mais calmaria em meses do que antigamente tínhamos em semanas.

A olho fixamente enquanto ela me dá um sermão com suas duas mãos posicionadas na cintura. Até brava ela consegue ser incrivelmente linda.

— Se você acha que se matando vai resolver seus problemas está muito enganado! Você quer magoar seus pais? Magoar a Melissa que você reencontrou a pouco tempo? Você quer entristecer todos os seus amigos que você fez aqui? Você quer me magoar? Logo a garota que você diz estar apaixonado? – Sua expressão de raiva logo toma uma feição de tristeza. Seus olhos lacrimejam levemente enquanto ela fala o que está preso em seu coração. – Eu não vou me perdoar se você se matar por se achar um estorvo para mim.

— Eu sou um demônio. Nada além do que um monstro lendário que gosta de matar pessoas!

— Não! – Ela grita na minha frente. – Você é um menino puro que foi destinado a algo que nenhum homem no mundo conseguiria suportar. Me diga... Por que você acha que os anjos te encarregaram dessa missão de carregar esse tal Sairaorg?

— Hãn?

— Joãozinho. – Ela fala se aproximando de mim, logo se ajoelhando e ficando cara a cara comigo novamente. – Você é um garoto especial, puro, amoroso, que foi destinado a ser um herói. Afinal, só alguém tão incrivelmente bom como você poderia ter esse ser pendurado em seu corpo e não se corromper em algum momento por causa dele. Você não é o problema! Você é a solução!!! Você é a salvação para todo esse planeta!

— Mônica...

— E quanto a questão do amor, se você queria me conquistar...

Rapidamente sinto seus lábios envolvendo os meus e sua língua dentro da minha boca fazendo movimentos leves, suaves e macios. Suas mãos e braços envolvendo meu corpo faziam eu me sentir no céu. Fecho meus olhos e coloco minha mão esquerda na parte de trás de sua cabeça. Após alguns segundos, ela completa:

— Saiba que você conseguiu, meu anjo.

— É meu primeiro beijo, sabia? – Falo levemente ofegante.

— Sério? – Novamente sem perceber ela me beija rapidamente me deixando sem reação. Antes que pudesse seguir o ritmo, ela interrompe o beijo dizendo: – Agora sou a dona dos dois primeiros beijos de sua vida. E serei do terceiro, do quarto...

Leves risadas acontecem enquanto nossas testas estão coladas e nossas mãos acariciando o rosto um do outro.

— Isso quer dizer que estamos namorando?! – Pergunto admirando o quão linda ela é sorrindo.

— Se você dizer que sim, estamos.

— Só espero que não se arrependa de namorar um demônio.

— Para de falar isso, seu bobo! – Recebo um leve tapa no peito antes de ser beijado novamente.

Acho que se eu tinha que receber paz, Mônica foi uma das pessoas que foi destinada a trazer isso a mim. Sua presença me fazia me sentir em paz, uma paz que nunca senti desde o que aconteceu no acampamento.

P.O.V Jessica Fernandes

Depois das várias coisas que aconteceram de uns dias para cá, tal como o acampamento, a festa de Halloween, uns dias se passaram com tranquilidade. Cebola vem cada dia mais se aproximando de mim, mas percebo que é algo além de “pegação” que ele quer. Infelizmente sou fechada para esses assuntos, já fui magoada pra caramba no passado e não quero sofrer com isso novamente. Por mais que ele negue, ele ainda é apaixonado pela Mônica e eu não quero interferir nessa situação complicada mais do que já estou fazendo.

— Você é incrível, Jessica. É praticamente imbatível em todos os jogos de Playstation. Como você consegue ser tão incrível assim?

— Anos de prática, bebê. Meu tio trabalha diretamente com a produtora de jogos, aí recebo quase tudo na hora, então fica fácil receber tudo e jogar antes mesmo da estreia oficial do game.

Estava jogando Need for Speed 2 no meu PS4 com Cebola. Como sempre, esse garoto é meu freguês em todos os jogos.

— Tenho que sair aqui agora, estamos jogando a horas. Já é tarde e temos prova bimestral amanhã.

— Jê, espera. Quero falar contigo sobre um assunto.

— O que? É sobre a prova?

— Não! É que..., lembra que eu tinha dito que tinha interesse em você nesses dias? Eu queria saber se você não tem interesse em nos dar uma chance para firmar um compromisso...

Cebola um dia desses, tinha me feito a mesma proposta, mas tinha dito que ainda era muito cedo para alguma coisa e não queria nada com ninguém. Infelizmente, ao pouco que conheço desse garoto, ele é teimoso e um simples “não” dificilmente o faria desistir.

— Amigo, eu já te falei sobre, não? Por enquanto, a gente só tá ficando. Namoro são outros quinhentos...

— Jê, vou tentar falar contigo amanhã no intervalo. Por favor, me espera no pátio do colégio.

— Cebola, eu...

— Tchau!

Cebola desliga a conexão online e não consigo mais me conectar com ele. Eita, bicho teimoso! Bem, minha convicção não vai mudar por uma simples birrinha de adolescente.

P.O.V João Santos

É incrível como em um momento você sente que está tudo bem, que você é “normal”, e no outro momento, é como se você não existisse mais, como se você não fosse mais você mesmo. Mônica foi a única que me fez voltar a ter algum sentido na vida, ela não se importa com o destino que me selaram, mas ao mesmo tempo, eu não sinto que seja certo, eu não mereço alguém como ela... sabendo que me tornei um ser horrendo, esquisito, horrível, um demônio. Algo que nunca imaginei ser!

“Você não se tornou. Você simplesmente sempre foi. Desde antes do seu nascimento.”

Uma voz maléfica e sombria repousa sobre minha mente. Eu fico arrepiado e caio no chão de joelhos. Eu já não tinha controle das minhas pernas! O que raios está acontecendo?!!

— Q-quem é você???

“Ainda pergunta, João? Eu simplesmente sou você.”

— Afaste-se de mim, maldito demônio! O que você quer??!! Saia!!!

“Infelizmente eu não posso. Culpe aos anjos que te condenaram a viver eternamente fundido a um ser poderoso como eu.”

Todo o meu corpo estava doendo a partir de então. Meus braços já não me obedeciam e meu corpo parecia que estava prestes a explodir.

— Maldição!!!!

“Isso, grite, chore... No fim, você é apenas uma brincadeira, uma experiência dos deuses. Nada mais do que isso.”

— Não, e-eu não aceito este...

Gritos de dor ecoavam pela casa. Melissa tinha saído e ninguém estava me ouvindo. Nada. Simplesmente nada.

“João, desde que enfrentou Selene usando seus poderes para batalhar, você quebrou metade da eficiência do selo que tinham me dado.”

— C-como??

“Você naturalmente tem poderes do bem para ajudar as pessoas e isso até dificultou minha saída, mas, desde que você usou eles para ferir as pessoas, você usou os poderes do mal. Com o mal surgindo em suas veias, não tinha nada, absolutamente nada que você pudesse fazer para que minha ascensão viesse a ser interrompida.”

— Não...

“Dor, ódio, infelicidade, tortura. Esse é o meu dever! Simplesmente o caos é o meu prazer, o meu desejo demoníaco. Humanos não são mais que meros ratos criados por Deus para que demônios possam fazer de suas vidas algo catastrófico. Meros seres hipócritas e estúpidos! Seu sofrimento é o meu gozo. Nada escapará. Desde o mais novo até o mais velho, farei com que todos morram, sofrendo com seus piores pesadelos.”

P.O.V Monique Lockwood

— Não pode ser!

Sinto uma presença forte. Uma aura escura está ao redor. É ele! Sairaorg está se libertando novamente! Não! Isso não!!!

— Calma, Monique. – Digo a mim mesma.

Meu corpo começa a brilhar. Ativo meus poderes de Andarilha e me teletransporto até o local onde se encontrava essa energia obscura e poderosa.

— Então de fato era você...

— M-Monique...

Me aproximo de João. Seu corpo estava com feridas grandes. Seu sangue vazava dessas feridas, como se algo o forçasse. Era os efeitos da transformação. Me ajoelho e seguro seu rosto que misturava uma angústia de humano com o ódio do demônio aprisionado.

— João, meu protegido, se acalme.

Aproximo meu rosto do João e o beijo fortemente com a função de sugar a energia demoníaca que saía de seu corpo. Sua boca tinha gosto de sangue, lágrimas, proveniente do desespero que acontecera. Infelizmente era muita energia. Era quase impossível sugar a energia, seu poder estava crescendo muito.

— É impossível, Andarilha!!! – A voz de Sairaorg surge.

— Não, Sairaorg!!!

Uma forte energia sai de seu corpo que me empurra a bater em sua cama que se encontrava ao outro lado do quarto.

— Agora, é impossível. Eu... falhei... Me perdoe, Lúcifer...

Orelhas e cauda branca saem de seu corpo. Seu cabelo cresce, e ocorre uma metamorfose que o deixa em um prateado brilhante. Seus olhos ficam em uma cor de mel intensa e todas as feridas se fecham. Sairaorg estava acordado! Definitivamente acordado. João não existia mais. Olho em sua face. Seu poder era tão grande e imponente que me dava vontade de me ajoelhar. Era como se ele fosse um deus.

— Levantem-se, meus súditos!!!

Suas mãos se estendem e sinto tudo tremer. Um terremoto estava acontecendo. Avisto na janela e vejo várias crateras no chão. O quê? Monstros! Não... Demônios estavam saindo de dentro dessas crateras. As pessoas que estavam na rua estavam gritando desesperadas.

— Agora demos início ao apocalipse original!!! – Grita e depois dá uma risada maquiavélica.

— Você não vai vencer! Já caiu uma vez, irá cair de novo Sairaorg Gremory. – Digo com ódio, e ele me olha com um sorriso malicioso e maldoso.

— Da primeira vez estava sozinho, agora não mais. Não importa quem atravessar meu caminho, eu vou destruir e vencerei. – Diz convencido.

— Não enquanto eu estiver viva! – Rebato.

Andarilhos eram imortais, ninguém poderia matá-los, foram criados para estabilizar os dois lados, para evitar guerras que ocorressem todos os dias. Sendo assim, minha promessa se cumpriria não importa o quanto demore.

— Sua insistência e teimosia não a levaram a nada. Posso muito bem matar seu amado em um estalar de dedos. – Ri maleficamente.

— Não ouse encostar um dedo nele, demônio imundo! – Grito e faço com que os ouvidos dele comecem a sangrar.

— Isso só me fez cócegas. Sua tola. Você não tem poderes o suficiente para me enfrentar. – Fala me jogando na parede com seu poder. Ele faz um sinal com as mãos me enforcando magicamente.

— Posso não ser forte o suficiente, mas conheço alguém que acabaria com você apenas respirando. – Rebato e sinto ele oscilar um pouco. Ele agia como se não temesse Lúcifer, mas eu sabia que ele morria de medo de seu pai, pois o mesmo já enfrentou a fúria de Lúcifer antes, não sendo nada agradável.

— Ele não perderia seu tempo vindo no mundo dos humanos. Assim como não perderia seu tempo vindo proteger você. Ele lhe abandonou! Por que acha que ele iria fazer algo por você? Você não passou de uma diversão para ele.

— Você pode me dizer o que quiser, mas sabe muito bem porque ele te despreza tanto. – Rio e vejo a face dele distorcer de puro ódio. – Até outro dia, Sairaorg.

Logo faço magia para me teletransportar para fora daquele lugar. Perdi aquele confronto, mas não irei perder a guerra!

~~~~~*~~~~~

Ele estava livre! Sairaorg Gremory havia se libertado. Eu falhei em minha missão, em meu propósito. Ele estava mais forte do que meus poderes, o selo estava totalmente quebrado e não só trincado.

Enfim, cheguei de volta... Lar doce lar... As Terras Perdidas das Ilhas de Belg, o lugar de onde nasci através da força dessa Ilha inteira, mas que com o tempo acabou parando de emanar magia para criar novos Andarilhos Dos Sonhos. Pouso em terra firme após voar por muito tempo. Eu sei que eu poderia simplesmente me teletransportar, mas preferia voar, pois apreciava toda aquela vista linda.

— Olá, Mandacura. – Digo me aproximando do animal mais poderoso da Ilha, eles sempre sumiam para estranhos, mas por ser uma Andarilha, eles não precisavam se preocupar.

Me ajoelho no chão e acaricio seus pelos/linhas pratas brilhantes e macias, elas eram banhadas de caldo sílico. O formato deles lembrava um pouco uma capivara, mas eles não eram capivaras.

— Poderia me levar a lagoa de caldo? Estou precisando de poder. – Digo, e a Mandacura olha profundamente nos meus olhos para saber se o motivo pelo qual procuro mais poder era algo puro e bom, se não fosse, o animal apenas sumiria.

Ele começa a andar para que eu o siga. Quando acho que não tem mais como prosseguir ele atravessa uma parede de roxas. Era um disfarce para ninguém saber onde havia a lagoa de caldo sílico. Assim que entro de atrás da Mandacura, não vejo mais ele, sigo a trilha que era traiçoeira, mas consigo chegar ao destino final, a lagoa.

Como estava no meu estado de Andarilha, não estava com roupas e sim com minhas penas que cobriam todo meu corpo. Entro dentro da lagoa que brilhava por ser de caldo sílico e não de água. Eu conseguia sentir aquele poder entrando pelo meu corpo, passando pelas minhas veias. Apenas Andarilhas e Mandacuras eram capazes de entrar nesse caldo sem evaporar por conta do tamanho poder. Um poder que só o equilíbrio poderia obter.

Mergulho por inteirar, agarrando minhas pernas com as mãos para assim esperar que todo o poder fosse recarregado em mim, me tornando mais forte para a guerra que surgiria.

O caldo era muito poderoso, mas mesmo assim ele nunca passava todo o poder para um só, afinal, muito poder requer riscos e pode subir à cabeça.

~~~~~*~~~~~

Já estava de volta ao Limoeiro. Tudo permanecia um caos. As pessoas corriam para fugirem dos demônios inferiores. E eu, eliminava sem esforço cada demônio que cruzava minha frente. Havia protegido a casa de todos da turma, então eles estariam seguros enquanto permanecessem dentro de suas casas, ou até um demônio poderoso aparecer, enquanto fossem só inferiores, estava tranquila a proteção.

Ando até uma campina cheia de flores e grama. Ela era enorme, um espaço vasto sem árvores. Eu sabia que seria ali a guerra, era o único lugar plausível de uma grande guerra acontecer e eu sabia que Sairaorg Gremory se importava com “fazer história”. Ele é o demônio mais orgulhoso e sem coração que foi criado. Ele odeia seu pai, tanto quanto Lúcifer o despreza por sua insolência.

— Seres da balança! Convoco-lhes aqueles que podem lutar para se aliarem a mim na guerra futura. – Chamo erguendo as mãos, meus olhos brilhavam por conta de minha magia de invocação.

Logo vejo mais Andarilhos Dos Sonhos aparecerem. Duendes, ogros, lobos e fantasmas apareceram logo atrás. Eles não eram em grandes quantidades, mas já era alguma coisa.

— Obrigada por aparecerem. A guerra será... – Antes de que eu pudesse completar sinto uma presença familiar atrás de mim.

— Não esqueça de mim. – Diz a voz sombria. Me viro e vejo a encapuzada Dona Morte.

— Se juntará a nós nessa batalha? – Pergunto, e ela volta seu olhar para mim.

— O grupo do Ângelo já está se preparando, sei que não irá se juntar a ele, então achei melhor me aliar aqui.

— Entendo. Quando chegar a hora, espero vê-los todos preparados para lutar contra Sairaorg Gremory ao meu lado. – Digo e todos concordam a seu modo, todos desaparecem e só fica Dona Morte e eu.

— Não se preocupe. Não serão só isso. – Antes que eu perguntasse quem se juntaria a nós, ela se vai.

— Ótimo... – Sussurro e logo escuto barulho de asas atrás de mim.

— Você é a Andarilha de nome Monique? – Pergunta um demônio médio com suas asas negras abertas, ele estava sozinho.

O demônio parecia um humano normal tirando pelas asas, usava uma roupa preta que fazia contraste com sua pele pálida, seus olhos eram pretos e o cabelo cinza prateado.

— Sou, por quê? – Pergunto e ele se ajoelha perante a mim.

— Nosso Rei mandou-me entregar uma mensagem a ti. – Ele olha para o chão como se eu fosse superior e não pudesse me olhar nos olhos, assim como ninguém podia olhar nos olhos de Lúcifer sem sentir aquele medo absurdo, aquele medo que eu nunca senti ao olhar nos olhos dele.

— Qual mensagem? E não precisa se ajoelhar, não sou sua rainha e muito menos superior. – Digo, e o demônio se levanta me olhando nos olhos.

— Ele vai mandar uma tropa para ajudar na guerra e quer que você os lidere.

— O que?! Por que ele mesmo não lidera uma? – Pergunto, e o demônio parece incomodado.

— Eu não tenho essa resposta para lhe dizer.

— Tudo bem, eu aceito. Mas não vou aceitar desordem ou insolência. – Digo, e o demônio deu um sorrisinho.

— Não pensei que aceitaria, pois você é a única não demônio que ele aceitaria comandar em nome dele.

— Quando a guerra começar, espero que todos estejam presentes. – Falo, e ele concorda com a cabeça.

— Com toda certeza. – O demônio me reverencia e depois sai voando até o céu, onde ele provável encontraria um portal para voltar ao submundo.

Dona Morte... Você sempre sabe das coisas antes de todos. Ela sempre preferiu se misturar com os anjos, e eu com os demônios, mas fico feliz de ter uma aliada como ela nessa batalha que virá a ocorrer.

P.O.V Ângelo Trindade

— Maldição, não... – Falo enquanto olho dos céus Sairaorg flutuando pelo mundo destruindo diversas cidades e invocando incontáveis demônios com seu poder.

Gabriel e Miguel estavam realizando chamadas de emergência a todos os anjos dos céus. Um verdadeiro "rebuliço" acontecia nessa dimensão paralela à Terra.

Uma parte de mim se remoía de culpa por não ter deixado que Gabriel se encarregasse de sacrificar o João para que essa ameaça nunca se concretizasse. Contudo, outra parte de mim se enchia de ódio pela Andarilha, por ela sempre estar do lado do indefensável, achando que está sempre fazendo a coisa certa, quando não está! Inicialmente Lúcifer, e agora, a ascensão de Sairaorg...

Acho que nós dois temos certa culpa pelo que vem a seguir...

~~~~~*~~~~~

Havia chegado ao Reino da Luz rapidamente depois da ordem que fora dada a todos. Estava sentado na beirada da fonte na “praça” central.

— Então a SweetHoney resolveu montar seu exército. – Digo olhando através da fonte das visões em que havia no Reino.

Não esperava outra, ela sempre foi decidida no que faz e sempre lutou pelo certo e justo, mas também sempre pensou no bem mesmo dentro do mal, então eu sabia que ela queria derrotar Sairaorg Gremory, mas também salvar João, coisa que não está na minha meta.

O Reino Da Luz anda agitado desde que soubemos que o demônio havia se libertado do seu selo. Os nossos guerreiros estávamos prontos para uma guerra, para lutar do lado do senhor, a comando de nosso Deus, que apenas olhava a guerra de seu trono e mandava forças para sermos mais fortes.

— Está pensando na guerra e nela, não é? – Escuto uma voz atrás de mim, e eu a encaro.

— Isabella. – Digo a dando um sorriso.

Isabella era um cupido e também minha amiga, não que eu a via todo tempo, pois o propósito dela de unir humanos ocupava muito de seu tempo.

— Sou eu! – Diz ela com as mãos para cima comemorando. – Por causa desse demônio, Deus ordenou que eu voltasse para casa para ficar em segurança. – Ela mostra a língua revoltada. Bella sempre quis lutar, mas como o seu propósito é outro, não poderia participar de nenhuma guerra.

— Eu tenho que pensar em estratégias. A guerra está se aproximando. E não estava pensando nela não. – Digo revirando os olhos fazendo com que ela me olhasse sugestiva.

— Nós dois sabemos que você nunca a esqueceu e sempre quis voltar a ser amigo dela. – Diz Bella, e eu a olho meio cabisbaixo.

— Você sabe que mesmo que eu quisesse voltar a ser amigo dela, eu não poderia. Além do mais, ela nunca vai me perdoar por ter quebrado sua confiança, nossa amizade. – Digo olhando para a fonte, onde mostrava Monique chegando no apartamento do Castiel e sendo recebida pelo mesmo.

— Tá, tá. Você já me disse inúmeras vezes que se voltar a amizade com ela, Deus vai ordenar que você a prenda de novo, porque a considera um “perigo”. Mas e quanto a você? Por que não tenta fazer ele mudar de ideia? Sua amizade poderia voltar e... – A interrompo.

— Lúcifer a ama! Os demônios que o seguem a idolatram como se ela fosse a Rainha deles! Ela está mais forte por conta dos poderes que ele a deu. Você acha mesmo que Deus acharia que ela é digna de ser aliada a um de seus anjos? – Digo com ódio.

Eu amo, meu Senhor, mas por conta do seu senso de dignidade, havia inúmeras coisas que todos somos proibidos de fazer.

— Perdoa-me. – Diz ela se sentando do meu lado.

Ela não sabia dessas coisas e agora que sabe, entendia porque eu não poderia tentar conquistar a confiança dela de volta. Apenas os Arcanjos, Super Arcanjos e eu sabíamos disso, pois se os outros soubessem iriam tentar lutar com ela e perderiam, por conta de seus poderes superiores à de um Andarilho normal.

— Está tudo bem... Quer mel? – Digo a oferecendo o pote que eu estava comendo até agora a pouco.

— Não, obrigada. Mas desde quando você come esse mel? Achei que odiava o gosto. – Diz ela arqueando uma sobrancelha.

— Meio que acabei que acostumando com o sabor...

É... Talvez eu tenha um motivo a mais para comer esse mel... Ele era a única lembrança que eu tinha da minha querida e ex amiga. Aquela que nunca mais poderia ser minha aliada... Aquela que nunca mais voltaria a ser amiga.


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Notas finais do capítulo

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