Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 12
A Verdade Vem À Tona


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Mais um capítulo.
Espero que gostem.

Boa Leitura!!!



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P.O.V Cebola Menezes

— Obrigado por aceitar quebrar um galho para nós, Jessica. – Digo com um sorriso e ela retribui.

Jessica havia aceitado tocar baixo para nós, no nosso ensaio, já que o Cascão estava ainda se remoendo por conta do acidente da Cascuda.

— Disponha. Eu não tinha nada para fazer mesmo. – Ri ela.

— Vamos do começo, então? – Pergunta Do Contra, que por incrível que pareça, estava mais legal comigo.

As vezes penso que nossa inimizade surgiu mais por conta da Mônica. Não me lembro dele ter feito algo a mim ou eu a ele, sem que fosse por causa dela. Enfim, voltando ao ensaio!

Depois de ensaiarmos umas duas músicas, com solos fodões do Castiel, e com a cantoria show do Lysandre. Uma loira entra animada junto com uma garota de cabelos brancos na garagem do DC.

— Gente, vocês não vão acreditar!!! – Grita entusiasmada a loira.

— É algo incrível! – Completa a outra. Realmente, as duas pareciam bem animadas.

— Falem logo. – Diz Castiel revirando os olhos. A loira apenas mostra o dedo do meio para o ruivo que tenta não rir.

— Meu querido paizinho conseguiu uma vaga para vocês tocarem no Show de Rock da cidade vizinha, e todos sabem que os vencedores ficam famosos, então... – Antes dela terminar, Castiel e Do Contra comemoram como se fosse a melhor coisa da vida deles.

— Rosa, você é incrível! – Diz Do Contra a abraçando no ar.

— Sossega, moço! Tenho namorado. – Diz ela brincando e todos riem.

— Mas sério, isso é incrível! Muito obrigado, Rosa. – Diz o Castiel com o maior sorriso.

Confesso que essa notícia é incrível, mas duvido ganharmos. Não que eu não ache que somos bons, mas acabamos de criar a nossa banda, Winged Skull. Não estamos em sintonia perfeita ainda.

— É semana que vem a competição? – Pergunto e ela concorda.

— E na outra, é a competição na escola. – Completa Monique animada.

— E é bom vocês arrasarem nas duas! Afinal, pretendo ser produtora de vocês. – Fala Rosa brincando e todos riem.

— Acho que não temos como negar, você conseguiu uma coisa difícil de se conseguir. – Castiel diz e todos concordam.

— Uhuuu!!! – Comemora rindo.

— Agora vamos voltar ao ensaio. Temos muito a treinar. – Diz Lysandre e voltamos a ensaiar, com Monique e Rosa nos assistindo.

~~~~~*~~~~~

Parte das minhas suspeitas estavam corretas. O atropelamento da Cascuda parecia sim, ter sido armado, mas ainda preciso de provas concretas. Apenas o Xaveco ter visto um carro igual ao que o Cascão descreveu, não é o suficiente para concluir tudo.

— E o que você pode fazer, Cebola? – Pergunta Denise, curiosa como sempre. Estava na casa dela, pois por conta de tudo o que aconteceu, precisávamos fazer algo.

tentando bolar um plano...

— Xi!!! Já vi então que tudo vai pro ralo. – Diz ela rindo.

— Quer parar de zoar, Denise? O assunto é sério. – Repreendo-a.

— Desculpa, Monamour! É que seu histórico de planos “infalíveis” não é muito confiável, né? É mais fácil confiar em deuses gregos do que nos seus planos.

— É isso!!! – Digo interrompendo a matraca. – Denise! Você tem o número do Toni?

— Tenho s-sim. Por quê?

— Vamos simplesmente grampear o telefone dele.

— O quê? Você tá doido? Isso é fora da lei! Nem mesmo eu posso me prestar a esse tipo de coisa, meu bem! – Diz ela.

— Ué! Não era você que queria fama e dinheiro em cima desse caso? Simplesmente vamos estar facilitando as coisas para você. Ou você vai dar para trás agora, "monamú"? – A desafio.

— É chato dizer isso, mas essa você ganhou. Ninguém vence me desafiando!

É ótimo conseguir atingir o ego das pessoas de vez em quando, ainda mais quando se trata da Denise.

— Mas como você vai conseguir essas coisas, hein, espertinho?

— Eu tenho todo um equipamento e programas de computação para hackear computadores e celulares. O futuro dono do mundo precisa estar bem informado e preparado para tudo! – Digo convencido. – Venha! Vou te dizer o que irei fazer, e como você e o Xaveco vão me ajudar. Por falar nisso, onde ele está?

— Ele disse que precisava fazer algo especial, mas não sei bulhufas nenhuma. Enfim, me conta o babado, quero saber o que terei que fazer para depois passar as "infos" para ele.

P.O.V Selene Schlüter

Eu não entendo como um pirralho conseguiu ser tão forte. Sei que faz tempo que eu me encontrei com ele, mas aquela força, aquela aura, não pode ser dele. Algo está errado, muito errado.

Mudando o assunto, a Dona Morte me disse que algo vai acontecer daqui uns meses e que o melhor é que eu fuja, mas eu não posso, não sem o Dimitry. Se for para fugir para se esconder, tem que ser com ele! O problema é que o mesmo me odeia e vive me ignorando, ainda mais agora que ele fica de papo com aquela mundana, Melissa. Poderia matá-la, mas ele saberia que teria sido eu, sendo assim, me odiaria ainda mais, se é possível, é claro.

— Gabryll, venha logo! Estou com fome seu escravo lerdo! – Grito irritada e logo ele aparece.

Confesso que ele continua lindo mesmo sendo um subjugado. Gabryll tem músculos bem definidos, cabelos pretos, olhos verdes, pele pálida. O único problema, é que ele pode ser o mais lindo de todos, mas nunca conseguiu conquistar meu coração.

As vezes tenho pena dele, pois mesmo ele sabendo que eu não o amaria, quis se tornar meu subjugado, para me servir de todas as maneiras que eu quisesse, me proteger.

— Madame, estou aqui. – Diz se ajoelhando a minha frente.

Ele parecia fraco, mais fraco que o normal. Gabryll me ama e eu não o amo, assim como acontece e já aconteceu comigo. Sei como dói, não posso tratá-lo tão mal..., ele sempre esteve comigo me servindo, me protegendo...

— Que bom que veio. – Digo com um sorriso feliz e ele me olha com amor.

O que separa ele dos outros subjugados, é que o amor dele é verdadeiro e não parte da ligação. Meu coração se tornou tão frio pelo decorrer dos anos, que até esqueço que não é o certo ser tão fria com quem te ama de verdade, mesmo que você não sinta o mesmo...

Me alimento dele e depois o dou o carinho que ele tanto espera receber. Sempre o retribuo com isso, me chame do que quiser, vadia, má, sem coração. Mas se há uma coisa que eu faço, é retribuir favores para aqueles que me fazem, do melhor jeito e do jeito que cada um desejar.

— Eu te amo... – Sussurra e acaba por desmaiar. Aquilo foi estranho, dentre todos os anos juntos, ele nunca desmaiou.

— Gabryll! – O chamo e nada.

Resolvo por fim dar meu sangue que cura seus ferimentos magicamente. Ele ficou um dia inteiro desmaiado, e quando despertou, parecia que tinha visto um fantasma. Gabryll senta e pega nos meus ombros, parecia assustado e temendo o pior.

— Madame, você precisa sair desse lugar! Ir para o mais longe. Não é seguro! – Diz e eu compreendo o porquê de seu desmaio. O lorde dos vampiros, o único mais antigo que eu, havia chamado Gabryll para que o mesmo me alertasse.

— Quanto tempo temos para sair? – Pergunto e Gabryll me olha triste, ele sabia que eu havia perguntado para que eu tivesse chance de convencer o Dimitry.

— Um mês... – Sussurra triste.

— Ei..., eu não irei te esquecer! Você vem junto, mesmo se o Dimitry aceitar. Você é o meu único amigo, sempre me protegeu, sempre esteve do meu lado. – Falo olhando para o lado com vergonha.

Sei que parece mentira, mas nunca o deixaria, ele está comigo a muito tempo, quase metade da minha vida como vampira. Fora que mesmo não o amando, tenho uma ligação forte e um certo afeto pelo mesmo.

— Se você diz, eu acredito. – Fala e eu o abraço. Depois de alguns segundos o solto, o mandando ir descansar, pois ele precisava recuperar suas forças.

Eu não posso parecer fraca, ainda mais na frente dele. Não sou uma menininha indefesa, sou uma vampira poderosa e cruel. Ele pode já ter me protegido várias vezes, mas ainda assim, me protejo muito bem sozinha.

P.O.V Melissa Chieses

Estou indo a casa do Dimitry. Confesso que acho estar ficando apaixonada por um estranho que me ajudou em um dia qualquer, e ao qual, não sei muita coisa. Bem, mesmo assim não me importo, pois o que sinto por ele, vem crescendo a cada dia que se passa.

Seu calor, seu estilo, sua face, sua verdadeira identidade, tudo isso e muito mais me fascina. Eu ouso dizer que estamos até “ficando”, mas não quero criar muitas expectativas.

Em meu caminho ao bairro de Dimitry, vejo alguém se aproximar de mim. Quando reparo quem é o ser, logo o reconheço.

— Sabia que sair a essa hora da noite, sozinha, é bem perigoso, mocinha? – Pergunta Lysandre sério.

— Não me diga, Lysandre. – Falo em tom sarcástico. – Acontece que sei muito bem me cuidar.

— Não duvido. Mesmo assim, conselhos são sempre bons de dar de vez em quando. – Se justifica.

— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua, né, lindinho?

— Só observo bem as coisas. Até mais.

Vejo Lysandre se afastar, com as mãos nos bolsos andando bem tranquilamente. Sinceramente ele é de fato outro garoto interessante e bonitinho, apesar de sinceramente, eu o achar muito sério, até com os seus amigos.

~~~~~*~~~~~

Ao chegar na mansão do Dimitry, vejo os portões abertos, então entro sem cerimônia. Sinto calafrios quando atravesso andando pela trilha até as escadas que davam para a porta do local. O clima estava pesado, o que tomava conta de todo meu ser, de todo meu corpo. Algo que era inexplicável.

Ao ouvir o Dimitry descendo a escada, sinto meu coração bater mais forte, acelerado. Um nervosismo junto de minha ansiedade se apropria de mim. O garoto me olha com aqueles seus olhos vermelhos sedutores, aos quais fico hipnotizada, porém, ao mesmo tempo percebo que sua face está diferente do que costumava estar.

— Melissa?

— O-oi, Dimy... – Esse é o apelido que havia o dado. – Aconteceu algo? Você parece angustiado.

— Suba, por favor. Venha até meu quarto.

— Desculpa, Dimy, mas a gente ainda está se conhecendo. Não acho uma boa ter relação sexual agora. – Apesar de tudo, sou séria em alguns casos.

— Não é isso. Apenas venha!

Confusa o sigo. Ao chegarmos em seu quarto, o mesmo se vira a mim, me olhando fundo nos olhos. Tudo que faço é encará-lo de volta.

— Você amaria um monstro? – Pergunta me deixando confusa.

— C-como assim monstro? – Gaguejo nervosa. Será que ele seria um psicopata? Serial Killer?

Antes que eu continuasse a supor minhas sugestões da definição de “monstro”, vejo seus caninos crescerem, e abaixo de seus olhos, veias escuras aparecem. Suas asas de morcego, porém, grandes, surgem em suas costas após ele retirar o seu casaco, revelando junto das asas, seu peitoral levemente definido.

— Dimitry, você é...

— Sim, Melissa. Sou um vampiro, um ser das trevas. – Ao dizer isso, ele vira o seu rosto, não conseguindo me encarar. – Essa é a verdade.

— Como isso é possível?

— Isso deve ser muito para você... Provável que nem acreditava nessas coisas antes.

— Eu admito que não, mas... por que me escondeu por tanto tempo?

— Sabe, Melissa... Há anos venho evitando contato com as pessoas. Vivendo sozinho, na escuridão e na solidão. Apesar do que você pensa, já faz mais de um século que não tenho contato com qualquer ser humano. Faço isso para não espalhar essa maldição vampírica que caiu sobre mim, para evitar machucar alguém a minha volta, além...

— Além? – Incentivo-o a continuar.

— Além do fato da minha imortalidade, que faz com que nada possa me matar. É um fardo terrível viver vendo todos que você gosta morrerem. – Suspira. – Desde que me tornei vampiro, matei animais para me alimentar. Perdi todos que eu amava.

Dimitry faz uma breve pausa entre sua fala.

— Após te conhecer..., percebi que algo em você me atraía, mas não sabia o que era. E isso me faz ter o desejo de estabelecer um relacionamento com você, mas não seria correto fazer isso, escondendo o fato de ser um ser desprezível. Sendo assim, a razão de ter escondido a verdade e não revelado antes, foi por medo... Medo de te perder... – Outro suspiro, dessa vez mais profundo. – Então olhei pelo seu lado e percebi que não era o certo te esconder esse fato, só por medo. Melissa, te dou a oportunidade de ir embora, para sempre, prometo respeitar sua escolha. Pode ficar tranquila, não irei atacar ninguém que você conheça.

Ouço tudo atentamente. Depois de toda essa declaração, tomo minha decisão. Uma grande decisão.

— Dimitry, eu te amo. – Digo enquanto abraço o seu peitoral nu. – Compreendo o fato de você viver sozinho, e apesar de não passar pelo mesmo, imagino a imensidade de sua dor. Por isso, quero te fazer uma pergunta... Quer namorar comigo?

— Melissa, eu...

Antes que ele respondesse, me aproximo dele acariciando seu rosto para lhe dar um beijo sincero e curto. Depois me viro de costas, jogando meu cabelo para um lado, deixando meu pescoço à mostra.

— Te alimentarei quando precisar...

— Eu... te amo... Mel...

Dimitry me abraça por trás carinhosamente, logo sinto suas presas penetrarem minha pele, a dor era mínima e ao sentir suas sugadas, a leve dor se transforma em uma sensação de prazer.

Era uma decisão precipitada? Talvez sim, mas depois do que vi e ouvi, não quero deixar Dimitry sozinho, nunca mais.

P.O.V Monique Lockwood

Estava caminhando pelo parque para ir a cafeteria que acabara de inaugurar no bairro vizinho. Olhando ao redor, um garoto com cabelo amarelo igual a cor de milho em formato meio peculiar, me chama a atenção. Espera aí. É o Xaveco!

Vejo que ele anda para um lado afastado de onde outras pessoas estavam. Era muito suspeito, o garoto parecia estar querendo disfarçar para que ninguém o veja. Resolvo então, o seguir. Quando vejo o que estava se passando, agradeço a mim mesma por ter o seguido.

Que porra ele está fazendo com um dos capangas da máfia de drogas? Será que ele não sabe quem o cara é?

Sei que eu não devia me meter, pois eu mal conheço o Xaveco, mas ele não parece ser alguém que saiba no que está se metendo, e muito menos, que fica se drogando por aí.

— Xaveco! – O chamo e ele me olha surpreso e envergonhado.

— Monique?! – Exclama. – O que faz aqui? – Tenta disfarçar.

— Agora, tentando ajudar um amigo que não sabe no que está se metendo. – Falo e logo olho para o trouxa do lado do Xaveco. – Me escuta bem, pois não vou repetir. Nunca mais venda nada para esse menino! Se eu descobrir que você vendeu algo. Juro que vou te caçar e te dar um fim igual ao do seu ex-colega.

O cara sai correndo, deixando Xaveco e eu sozinhos, o garoto de cabelos amarelos me encara com raiva. Aposto que falaram bem para ele sobre o produto, mas é uma completa mentira, quem usa só está prejudicando sua saúde.

— Por que fez isso? Você mal me conhece! Só estragou minha felicidade! Estava até me dando bem com a Denise. – Solta as palavras e eu reviro os olhos.

— Não nos conhecemos muito, mas eu conheço esse cara. Sei que você está entrando em algo sem volta! Algo que vai estragar sua vida! Só estou te alertando antes que todos e tudo seja tirado de você. – O alerto, mas infelizmente, o garoto parece nem ligar, nem acreditar no que eu digo.

— Só me deixa em paz! – Diz indo embora.

Algo me diz que ele não vai parar...

Vou precisar de ajuda, mas quem? Espera, ele mencionou uma garota não era? A Demi, Damilia, Delise, Denise, isso! Denise! É claro. Como fui burra, era óbvio que é ela, e também é óbvio que ele vai a escutar. Preciso falar com ela! Preciso que ela mude a ideia dele!

Não vou desistir! Não vou permitir que aconteça com o Xaveco, a mesma coisa que aconteceu com meu irmão. Ele não irá cair nesse poço sem fim!

~~~~~*~~~~~

Sinto uma bolinha de papel bater contra meu rosto. Rapidamente vejo que quem havia me mandado foi a Rosa. Ela faz um gesto mostrando para eu abrir o papel. Logo abro e leio as seguintes palavras:

“Que tal fazer uma banda só de meninas? Você toca guitarra, já é um começo. E também, morando com seu crush aposto que aprendeu a fazer vários solos e não só outras coisas ~maliciando~”

Coro e escuto ela soltar uma risada. Idiota! Devolvo após escrever que não sabia e que ela era muito menos inocente que eu. Rosa manda de volta, e eu leio:

“É só pedir para as meninas hoje no recreio, e eu até já sei o nome, ;) THE PRETTY GIRLS!!!!”

Aposto que ela usou esse nome por causa da banda The Pretty Reckless. Falando nessa banda, até sei que música podemos tocar!

“Tá bem. Eu topo. Só espero ter meninas que toquem ou cantem, porque só eu, pode tirar o cavalinho da chuva!”

“Okay, minha guitarrista favorita ♥”

Resolvemos parar de trocar bilhetinhos para evitar que o professor veja, pois se visse, ficaríamos enrascadas.

~~~~~*~~~~~

No recreio, estávamos Rosa, Jessica, Magali, Maria, Denise, Sofia, Laura e eu sentadas em volta de uma mesa qualquer no refeitório.

— E então o que nos dizem? – Pergunta Rosa ansiosa com um olhar pidão.

— Eu tenho vergonha para isso, é uma banda de rock, e ainda mais, não toco lá muitas coisas. Desculpa. – Diz Laura corada. Rosa pareceu triste com a resposta, mas tentou não perder as esperanças.

— Eu toco teclado, guitarra e baixo. – Diz Magali amenamente.

— Ótimo! Você pode ser nossa tecladista ou a outra guitarrista dependendo da música. – Rosa solta o maior sorriso, e eu rio. A animação dela voltou.

— Eu sei cantar até. – Fala Maria Fernanda.

— Manda ver, vamos ouvir. – Falo encorajando-a a cantar.

Dear all of you who've wronged me. I'm, I'm a zombie. Again, again you want me to fall on my head. I'm, I'm, I'm a zombie. How low, how low, how low will you push me. To go, to go, to go, before I lie, lie down dead. — Maria canta, logo me fazendo reconhecer a música, era Zombie de The Pretty Reckless.

— Vou ter um ataque! – Digo e ela ri. – Vai entrar e ponto final! Me apaixonei por sua voz.

— E combinou bastante. Achei que não conhecia a banda. – Diz Rosa.

— Claro que conheço. – Ela dá um sorriso travesso.

— Jessica já está dentro! Ouvimos você quando estava quebrando galho para os boys. – Diz Rosa e Jessica dá de ombros.

— Eu sei que não tem como negar. – Diz ela e todas rimos, afinal, nunca discuta com a Rosa! Quando ela quer uma coisa, ela consegue.

— Eu vou estar na torcida. – Diz Sofia erguendo as mãos.

— Vai ser bom uma torcida. Assim tranquiliza a banda. Fazer cartazes e tudo mais. Vou estar fazendo isso, quem quiser, pode me ajudar. – Diz Rosa.

— Só você. – Rio pela ideia da minha melhor amiga, a mesma me dá uma empurrada de leve com o ombro.

— Agora só falta uma baterista. – Alega Jessica.

— Falta mais não, gatz. Eu sei tocar bateria. – Diz Denise e todas olham para ela, surpresas. – O que? Uma pessoa não pode querer aprender coisas novas? Eu ein!

— Sim, claro que pode, mas é surpresa até para mim que te conheço desde pequena. – Diz Maga, e a Dê ri.

— Mas então, vou entrar nessa banda de nome divo? – Pergunta com um sorriso de orelha a orelha.

— Claro. – Rosa abre um sorriso empolgado pelo elogio da Denise. – Então fechou!

A banda ficou: Jessica como baixista, Magali tecladista ou a outra guitarrista, Maria a vocalista, Denise baterista, e eu como guitarrista solo.

Quando as meninas começam a sair cada uma para um lado diferente, eu chamo a Denise. Nos dirigimos até o pátio e sentamos em um dos bancos.

— Qual o problema, fofa? – Pergunta e eu suspiro ganhando coragem.

— Você é bem amiga do Xaveco, não é? – Ela concorda e eu continuo. – Você precisa ajudá-lo. Ele está prestes a fazer a maior burrada da vida dele.

— C-como assim? – Sinto sua voz oscilar de preocupação.

Explico tudo, menos a parte de meu irmão. Ela escuta atentamente e quando eu termino, a ruiva dá um suspiro meio surpresa, completamente sem chão. Denise parecia não conseguir acreditar que ele poderia estar pensando ou até já estar nesse caminho das drogas.

— Obrigada por me avisar, fofiz. Vou ver como posso ajudá-lo, não quero que meu amigo... – Ela não consegue completar, estava ainda espantada.

— Só achei que como vocês são bem amigos, e ele se importa com você, seria mais fácil dele te escutar. Afinal, eu mal sou amiga dele, daí é difícil me escutar e levar em conta o que eu digo. – Ela concorda e logo nos despedimos.

A ruiva alega que iria atrás de um plano para o convencer, e então, eu fico sentada pensando no meu irmão, que era tão próximo de mim na infância e agora... Esquece, Monique! Você não merece ficar triste pelas escolhas dele. Não merece!

P.O.V Denise Dutra Frias

Já vai dar sete e meia da noite, o Xaveco e eu estávamos na casa do Cebola. Ainda bem que o Brasil está seguro e nada acontece de noite, não é mesmo? Mas pelo menos aqui, estamos por conta de uma causa nobre.

— Pessoal, vem aqui! – Cebola diz, preocupado. – Acho que estou rastreando uma possível conversa do Toni nesse exato momento. 

— Eu espero que isso não acabe atingindo o lado mais fraco. Tem certeza que não é melhor deixar a polícia resolver isso? – Pergunta Xaveco nervoso.

— Xaxá, meu secundário fofinho, deixa de medo. O que estamos tentando fazer é algo que pode nos levar ao topo da fama. Imagine nossos nomes ficando conhecidos. – Digo com os olhos brilhando de felicidade.

— Eu sei, mas isso não deixa de ser perigoso. E não começa com esse papo de secundário...

— Dá pra calar a boca vocês dois? O áudio é baixo e ainda possui altos ruídos. – Cebola estava irritado com nossa discussãozinha.

O Xaveco e eu arranjamos uns fones para o Cebola. Além de termos achado, com a ajuda do Franja, programas modificados para computador com o intuito de rastrear números e grampeá-los, ainda assim, como é uma modificação, não funciona cem por cento bem, fora que o risco de nos descobrirem é bem grande. Eu até estou com um pouco de medo, mas é um risco que vale a pena correr! 

— Consegui deixar estável. Agora fiquem quietos. Os dois!

Os ruídos atrapalhavam, mas conseguíamos agora, escutar graças aos fones.

"Está tudo ocorrendo perfeitamente bem. Agora o que preciso é que você faça a sua parte do trato!"

— Essa voz é a do Toni! – Afirmo.

— Então está confirmado, esse canalha está por dentro do acidente da Cascuda... – Cebola afirma fechando os punhos. 

"Fique tranquilo, Toni. Sou uma mulher de palavra. Só espere mais um pouco, são três pessoas que eu preciso pagar."

— O quê? Mas... – Xaveco sussurra.

"Tenho a certeza que tudo vai ocorrer bem! Aquela biscate vai se arrepender por ter entrado no meu caminho.”

"Isso não me importa. Só quero que me pague! Você sabe como o 'chefão' é acirrado com isso."

— Não é possível... – Sussurro ainda sem conseguir acreditar.

Ficamos um tempo quietos, mas só quando o Cebola resolve concluir tudo, é que nossa ficha realmente cai.

— A Cascuda forjou o próprio acidente!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Até o próximo!



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