Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 11
Que Dia Mais Estranho!


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Mais um capítulo.
Espero que gostem.

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796123/chapter/11

P.O.V Cebola Menezes

— Você quer parar de pôr a culpa no Cascão? – Exclama irritada Magali para Mônica. Era a primeira vez que a vejo com raiva e falando severamente com sua melhor amiga.

O sol já havia sumido, o que dava início a noite.

— Quem mandou não aparecer. – Dá de ombros Mônica.

— Poxa, eu já disse que ele me avisou que teve um problema. O que custa entender? Tão difícil se colocar no lugar do outro? Ainda mais de um dos seus amigos? – Diz Magali tentando se acalmar, mas ainda assim estava irritada. – Além do mais, eu estou no lugar dele no baixo.

— Mesmo assim falta o teclado. – Argumenta Mônica.

— Claro. Você quer um som pop. – Ironiza Castiel.

— Cala a boca, novato! – Mônica realmente estava fora de controle e ninguém em sã consciência, conseguia entender esses surtos.

— Quem você pensa que é para me mandar calar a boca? – O ruivo diz com raiva.

— Paro com essa briga sem sentido?! – Digo e a dentuça me olha com ódio.

— Será que eu tenho que mandar todo mundo calar a boca e se concentrar? – Ironiza.

Percebo que o Castiel se controlava para não jogar algo na cabeça da morena.

— Quer saber? Eu to fora! – Fala o ruivo pegando suas coisas. – Não vou ficar recebendo ordens de uma dentuça mala.

— Do que você me chamou? – Explode Mônica.

No momento Magali, DC e eu só observávamos a cena, completamente sem saber o que fazer. Afinal, não dava de entender o porquê da Mônica estar dando tantos pitis.

— Além de dentuça, é surda? – Ironiza rindo.

— Você vai ver! – Juro que estava com dó do garoto quando a Mônica se dirigiu para bater nele, mas simplesmente quando ela acertou o coelho na cara dele, o mesmo começou a rir descontroladamente. Como assim? A força da Mônica parou de funcionar?

— Isso não fez nem cócegas. E é sério? Um coelho azul de pelúcia? – Continua a rir e DC o acompanha, já eu fico com uma cara de: “O que está acontecendo?”.

— Quer saber? Quem está fora sou eu! Vamos Maga. – Diz a garota de cabelos escuros tomando partido pela amiga.

— E quem disse que a Maga quer sair? – Me meto, pois a Magali não me parecia ter aceitado sair da banda.

— Eu vou sair, Cê. – Diz ela com um sorriso carinhoso.

Aquele sorriso deixou bem claro que a garota de cabelos longos só iria sair por causa da melhor amiga, mesmo que a mesma tenha armado todo aquele barraco.

Depois que as duas saíram, eu suspirei e encarei os meninos. Castiel e Do Contra estavam conversando sobre fazer uma nova banda, mas dessa vez, só de garotos. Jurei que estavam me deixando de lado até que o ruivo lança um olhar em minha direção.

— O que acha da ideia? – Pergunta e eu olho para Do Contra que pela primeira vez estava sorrindo.

O dia não para de ficar mais estranho ainda. A Mônica alterada por nada, Magali ficando com raiva, Castiel me incluindo nas coisas, DC me dando um sorriso. O que está acontecendo com o dia de hoje?!

— Eu topo, mas quem seria tanto da banda? – Pergunto.

— Nós três com as mesmas funções, daí mais o Lysandre que seria o vocalista e se o Cascão topar, ele será o baixista. – Explica Castiel.

— Mas o Lysandre canta? – Arqueio uma sobrancelha.

— Canta e compôs. Ele é muito bom! Além disso, eu o convenço a cantar rapidinho com a ajuda da Melissa. – Fala dando um sorriso.

— Desde quando você tem tanta intimidade com a Melissa? – Pergunta DC rindo.

— Eu? Não tenho. A Mo que tem, e mesmo que ela não queira me ajudar por bem, será por mal. – Senti a malicia em sua voz.

— Então fechou! – Exclamo animado com a ideia.

P.O.V Cascão Araújo

A situação era desesperadora! Aparentemente a Cascuda só possuía alguns ferimentos leves, como os joelhos ralados, mas ainda assim ela estava desacordada.

Acabei nem avisando direito a banda, pois a única coisa que pensava era no que havia acontecido de tarde. Aquele filho da mãe que estava no carro fugiu sem prestar assistência! Se eu pegar aquele cara!!!

Enfim, após isso tudo, havia ligado para a emergência que veio rapidamente para socorrer a Cascuda, a levando para o Hospital. Segundo o médico, ela só estava inconsciente, porém ainda tem chance de adquirir alguma sequela do acidente. A possibilidade era remota, todavia ainda existia.

A culpa era minha! Se eu não tivesse gritado e falado tudo aquilo, nada disso teria acontecido...

— Cascão, você... está bem? – Pergunta Xaveco que estava acompanhado de Titi que colocou uma das mãos no meu ombro.

— Como posso estar bem? É tudo culpa minha, Xaveco.

— Não é culpa sua, amigo. Uma testemunha contou tudo, e assim, viemos o mais rápido possível pra cá. Você não a atropelou! – Diz Titi.

— É, mas...

— Liguei pro Cebola e pra Magali que já devem estar a caminho. – Afirma Xaveco.

— Obrigado, cara. Eu nem avisei direito.

— Cascão! – Escuto Magali e quando me viro em sua direção, a vejo correndo em minha direção, logo me abraçando com lágrimas escorrendo em seus olhos. – Como isso aconteceu?

Acho que todos sabemos como a Magali é sensível e meiga. Mesmo quando o assunto não é com ela, ela se preocupa até mais do que os amigos daquela própria pessoa.

— Mas cara, nos conta. Como isso tudo aconteceu? – Cebola cruza os braços, seu olhar demonstrava certa desconfiança.

— Sentem-se. Vou lhes contar tudo.

~~~~~*~~~~~

— E foi isso que aconteceu. – Digo cabisbaixo. – Não pude fazer nada...

— A culpa é minha! Vocês sempre namoraram desde crianças... Mesmo com as brigas, vocês voltavam no final. Só que eu acabei me metendo agora... – Magali aparentava se sentir muito culpava, mas eu logo a abraço.

— Você não tem culpa, Maga... Eu te contei o porquê do rompimento... A culpa é minha pelo modo como eu falei.

— Eu acho isso muito estranho. – Cebola sussurra pensativo.

— Como assim careca? – Pergunto completamente confuso e surpreso pela reação do meu amigo. – Eu vi o acidente com meus próprios olhos.

— Deixa para lá. Devo estar pensando demais. – Diz Cebola tentando me fazer deixar de lado o que ele acabara de dizer.

— E-eu vou pra casa... – Afirma Maga com a mão na cabeça. – Tenho que me acalmar...

— Tudo bem, amor. Vá descansar. – Digo dando um beijo em sua testa, lhe dando um abraço, que ela não retribui.

Consigo entender... O sentimento de culpa dela é o mesmo que o meu... Acho que realmente nos culpamos demais pelas coisas.

P.O.V Monique Lockwood

Eu estou nervosa! Muito, muito nervosa!!!

— Quer parar de andar de um lado para o outro? – Pergunta Castiel rindo.

— Não! Por que você não me disse antes que sua mãe estava vindo hoje para cá? – Agora paro de andar para o encarar com raiva.

— Eu me esqueci, princesa. – Suspira e fecha os olhos.

— Vá se foder! – Exclamo e vejo seu sorriso malicioso surgir.

— Prefiro te.... – Não o deixo terminar de falar, pois saio do quarto.

— Idiota... – Sussurro suspirando e revirando os olhos.

Como eu gostaria de soltar um grito! Gente, eu vou conhecer minha S-O-G-R-A. Ninguém entenderia. Tipo eu nunca namorei com alguém que me apresentaria a sogra, quer dizer, eu nunca namorei!!! Mas isso não é o caso, o caso é que...

E se ela não gostar de mim? Ou não aprovar o namoro? Ou ficar puta da cara porque eu to meio que morando aqui? Ou sei lá... Que porcaria de tantos “ou”!

— Que feio deixar o amor da sua vida falando sozinho. – Cast diz rindo e se espreguiçando.

— Também, só fica falando besteira. – Digo revirando os olhos.

— Faz de conta que você não gosta. – Me puxa e começa a beijar meu pescoço.

— No, I hate. – Digo e ele ri.

— Que tal nós irmos para o... – Bem quando ele ia terminar de falar a campainha toca. – Que droga! Não posso falar nada que me interrompem.

Castiel anda até a porta e logo a abre, revelando, em sequência, uma mulher de cabelos escuros avermelhados, olhos castanhos puxando um leve tom de vermelho, pele clara. A mulher era linda e usava uma roupa de comissária de bordo.

— Cassy! – Exclama ela abraçando Castiel.

— Cassy? – Sussurro e solto uma risada disfarçada, mas que ele percebe, pois me fuzila com os olhos.

— Oi, mãe. – Fala revirando os olhos.

— Olá. – Cumprimento a mulher que me olhava com curiosidade.

— Ela é mais linda do que você falou, filho. – O sorriso dela era tão radiante que era impossível não retribuir.

— Mo, esta é Valérie. Mãe, essa é Monique, minha namorada. – Apresenta o garoto de cabelos vermelhos, meio constrangido.

— Prazer conhecer você. – Ela me dá um abraço, e eu fico meio perdida, sem jeito.

— Igualmente. – Olho para o Castiel e o mesmo dá de ombros.

— Cassy raramente traz alguma garota para casa. A última que ele trouxe, eu não gostei nem um pouco! Ainda bem que eles romperam e que ele te encontrou. – Diz ela.

Não sei porque, mas já gostei dela!

— Que feio, Cassy! Aposto que nem deu ouvidos para a sua mãe. – Falo rindo e ele me olha feio. Não dá nada, estou me divertindo horrores!

— Verdade. Vem, vou fazer um bolo, aí podemos conversar mais. Quero te conhecer melhor. – Valérie vai até a cozinha e começa a preparar os ingredientes para o bolo.

— O pai está trabalhando ainda? – Pergunta sério.

— Está. – Fala a mulher, meio triste por ver a expressão escondida do filho.

— Vou deixar vocês conversar tranquilamente. – Alega o garoto que volta para o quarto.

— Jean-Louis ia adorar te conhecer! – Valérie sorri e eu retribuo.

— Quem sabe outro dia, né?

— Verdade, querida. – Vejo-a cozinhar até que uma pergunta dela me faz ficar constrangida. – Mas e você e meu filho? Como anda o amor? – Diz ela com um sorriso malicioso. É..., acho que eu entendi de quem o Castiel puxou a personalidade.

— Como? – Gaguejo corada e ela ri.

— Vocês são adolescentes é obvio que algo já rolou. Não precisa ter vergonha, querida. É super normal. – Fala realmente como se não fosse nada demais. E eu? Juro que nunca fiz um cosplay de tomate tão verídico, quanto agora.

— Eu sei que é normal. – Rio envergonhada e ela me olha com curiosidade.

Juro que essa mulher me pareceu uma mãe para mim. Esse assunto. Sei lá... Nunca tive algo perto de uma mãe para conversar sobre coisas assim. E Valérie parece ser muito legal.

— Mas então?

P.O.V Castiel Salvatore

Estava tocando na minha guitarra até que sou interrompido por uma garota loira, muito atraente, que entra em meu quarto. Ela parecia feliz e aliviada.

— Viu? Deu tudo certo com minha mãe. – Digo e ela concorda com a cabeça, logo se jogando na cama ao meu lado.

— É, você tinha razão. E sua mãe é o máximo! – Confessa e eu rio.

— Você tem sorte. Com minha ex, a minha mãe só faltava pegar uma faca e esquartejá-la. – Vejo o rosto da loira se contrair em uma careta.

— Não quero saber da sua ex! – Diz emburrada, logo solto minha guitarra para depois ficar por cima da loirinha.

— Olha o ciúme, bebê. – Dou um selinho nela a fazendo desmanchar a cara feia.

— Só... não quero saber das coisas do passado. O que está lá, já se foi. Quero o agora! E o meu agora, é com você.

— Eu sei, linda. – Digo e logo a beijo intensamente. – Amo-te.

— Tbm amo-te, palhaço. – Vejo seu sorriso feliz e o retribuo.

Volto a beijá-la intensamente, aproveitando para prender seus pulsos com minhas mãos a cima da sua cabeça. O beijo se intensifica mais, quando eu começo a passar uma das minhas mãos pelo corpo dela.

— Hey, calma! – Sussurra a garota, sem fôlego, me fazendo rir também arfando.

— Por quê? – Pergunto roucamente perto de sua orelha a fazendo se arrepiar.

— Sua mãe. – Olho divertido para ela.

— Eu escutei sobre aquilo que estavam conversando. Aposto que para ela está tudo bem. – Começo a morder seu pescoço.

— Eu não sei... – Sussurra e vejo sua relutância, mas ao mesmo tempo sua vontade.

— Não faz nenhum mal. – Sorrio malicioso. – Pelo contrário, faz muito bem...

— Mas... – Começa, mas não permito que ela termine sua fala, pois a beijo novamente, mas desta vez, ela não me contraria.

— Eu quero você..., apenas você...

P.O.V Mônica Souza

As aulas hoje foram extremamente tensas e corridas. A Magali e eu mal terminamos de apresentar um trabalho para o professor Licurgo e já tem outro do professor Renato. Realmente tá um baita saco! E para piorar, o diretor da escola – que também é o Licurgo – vai dar um anúncio que envolverá apenas nossa sala. Louco do jeito que é, não espero nada menos que mais um trabalho ou uma série de provas.

— Olá, alunos. Olá, Cenourinha. – Licurgo diz dando um tchauzinho para Cebola.

— É Cebola, professor! – Diz o meu amigo em voz alta.

— Enfim, não quero debater sobre legumes. Vim aqui pra avisar que daqui quatro semanas iremos a um acampamento.

O murmurinho foi geral. Ninguém esperava por essa notícia. Admito que fiquei feliz. Apesar de odiar a escola, odeio mais é ficar em casa sem fazer nada.

— E como vai ser isso professor? – Levanto a mão indagando.

— Iremos a um acampamento em uma cidade não tão longe daqui.

— E quanto isso vai custar? – Pergunta Castiel.

— A escola irá arcar com quase todas as despesas, mas os alunos terão que dar no mínimo 20 reais para a contribuição.

— Só isso? Um batom meu custa mais caro. – Diz Carmem.

— Para alguns, isso é muito, queridinha. – Fala Maria Fernanda, mas Carmem parece nem se importar.

O sinal toca e todos saímos. Junto comigo estava Magali e Denise. A ruiva vinha toda empolgada.

— Esse acampamento irá ser top, migz!!! Mal posso esperar!

— Não sabia que você gostava dessas coisas, Denise. – Digo a ela.

— Na verdade, eu to interessada em ver os gatinhos de sunga nadando em um lago. – Diz ela me fazendo rir.

Isso é bem típico da Denise. Porém, a Magali estava bastante cabisbaixa. Isso era realmente um quebra-clima. Acho que, mesmo depois de dias, ela ainda carrega a culpa da Cascuda estar internada.

P.O.V Dimitry Manfrini

A escuridão da noite... Nada me faz me sentir mais relaxado do que ver a lua brilhando, as estrelas recheando o céu. Mesmo antes de me tornar esse monstro que sou, sempre admirei a noite. E ainda com ela, tudo fica melhor...

— Como você consegue viver assim, Dimitry?

— Melissa, eu sempre fui muito independente. – A respondo após me importunar sobre morar sozinho.

— Até onde sei você não trabalha e nem tem empregada. Como consegue pagar comida e moradia vivendo nessa mansão sozinho?

Mal sabe ela que me alimento de humanos...

— Digamos que a herança do meu avô me sustenta.

— Tá bem... Vou fingir que acredito. – Ela fala dando uma pequena risada.

— Obrigado por vir me visitar as vezes. – Agradeço enquanto olho a noite pela janela da sala de estar. – Faz tempo que não recebo visitas.

— Mas por que você não sai? É bom se divertir, sair, se socializar. Por aqui, tem pessoas que são muito legais.

— Não gosto muito de me apegar as pessoas. É pior coisa que podemos desenvolver.

— Nossa... Que profundo.

— Enfim, está ficando tarde. – Digo a ela.

— É mesmo. Conversei por mais de uma hora com você, nem vi o horário. Bom, vou ir! Beijos.

Observo ela sair correndo por a fora, como se fosse uma criança. Não sei se era desespero para chegar em casa, ou apenas, a “Melissa espontânea”. Porém, o que mais me chama atenção é a pessoa, ou melhor dizendo, o "ser" que nos observa nas sombras.

— Você gosta de me espionar, não é, Dona Morte?

— Apesar de todo o desprezo que você tem por mim, Dimitry... Me considero como sua mãe.

Pego um copo de vidro e o arremesso em sua direção. Claro que o copo atravessa seu corpo espectral.

— Você nunca será nada de mim!

— Dimitry... – Morte fala balançando sua cabeça negativamente.

— É por sua culpa que sou infeliz!

— Só quero lhe alertar uma coisa: essa menina é amiga de uma turma que já visitei no passado. Eu espero que você não faça mal a ela ou a algum deles.

Sua presença desaparece junto com o vento. Se existe alguém que realmente odeio..., é a Dona Morte.

P.O.V Xaveco Lorota

Tudo que pensava atualmente era nesse acampamento. Se existia uma oportunidade para eu tentar com a Denise, essa era a hora! O problema é que eu não possuo nada de especial. Nem bonito sou! E pelo o que eu conheço dela..., nunca que ela olharia pra um Zé-Ninguém como eu. Então, o que eu devo fazer?

Saio na rua de noite, pensando na vida. Aqui no bairro do Limoeiro já vi de tudo. Fantasmas. Vilões. Mesmo assim não tenho medo, afinal, a sorte de ser esquecido, é que nunca vou ser vítima de nada.

— Psiu, ei garoto. – Me chama alguém.

— Hein? – Olho para o lado, vendo um homem alto com um capuz marrom, encostado na parede. – Quem é você?

— Sou apenas um homem que gosta de oferecer alegria as pessoas.

— E o que você vai querer logo comigo?

Logo vejo em sua mão um papel enrolado com...

— Isso é maconha?

— Sim. Diferente do que muitos pregam. Não é uma droga que faz mal à saúde, e muito menos que vicia.

De fato, haviam pesquisas que diziam que a maconha não era prejudicial à saúde, mas haviam muito mais outras, que alegavam ser.

— Desculpe, mas não. Isso é errado e não quero compactuar com traficante.

— Amigo, são só cinco reais e você estará nas nuvens! Além de que você não vai compactuar comigo. Só iria se tornar mais popular.

Isso logo me chamou atenção.

— Eu vi você cabisbaixo, sem nada pra se preocupar. Aí eu te pergunto, por que não fugir um pouco da rotina? Aposto que é muito chato fazer as mesmas coisas de sempre.

— E como isso iria me deixar mais popular?

— A maconha te deixará mais solto e espontâneo. De um garoto tímido, você irá virar alguém esperto e brincalhão. Até pegador de gatinhas. Elas adoram caras assim!

Reflito um pouco sobre os argumentos desse cara. Realmente ele é bem convincente. E mais, o que uma simples tragada pode me maleficiar?

~~~~~*~~~~~

Ah, tudo que quero agora é descansar. Limpei a casa inteira, pois minha mãe está no trabalho, e ainda tive que regar as plantas do jardim. Minha vida é bastante corrida em casa, apesar de não parecer.

Depois de tomar um banho, coloco um pijama – mesmo ainda sendo 4 da Tarde – até que vejo uma mensagem do Whats. Abro, e vejo que não é nada mais nada menos que Denise. Mas, quem disse que era pra conversar ou coisa do tipo?

"Olá docinho. Pode passar aqui em casa para fazer aquele trabalho em dupla? Também comprei umas fitas de DVD para assistirmos. BeijoMeLiga"

Não se enganem. De dez casos, vinte são eu fazer o trabalho totalmente sozinho para ela ficar de bobeira se divertindo. Mas como é o único jeito que eu consigo para ficar perto dela e sentir seu cheiro maravilhoso, eu não posso reclamar.

Me troco o mais rápido possível e saio em direção a casa dela. Pego atalho numa direção contrária ao campinho, perto de uma rua completamente abandonada. Quando viro a esquina, tomo um susto, e me escondo sem pensar duas vezes, refletindo:

"Toni? O que ele está fazendo junto com Marcos Frederico?"

Marcos Frederico era um dos homens mais perigosos e procurados de toda a cidade. Suas crueldades, crimes de variados tipos e assassinatos são conhecidos por toda a região. Mas o que diabos ele faz aqui no Limoeiro? E ainda mais falando com o Toni?

Não conseguia ouvir nada, mas algo me chamou a atenção. O veículo estacionado na frente do bar.

— Aquele carro... Onde será que...

*~~Flashback On~~*

Cascuda estava internada no Hospital.

— Tudo que temos são algumas informações do carro capturadas pelo radar. – Diz Cascão soluçando. – Era basicamente um carro vermelho com algumas listras branca e preta nas portas.

— O carro não tinha placa? – Pergunta Cebola com os braços cruzados.

— Tinha, mas por incrível que possa parecer, não conseguimos achar nenhum dado registrado.

— Pode ter chance de que esse acidente foi algo premeditado. – Todos param surpresos com o que Cebola alega.

— Não diga besteiras, Cebola. Por que alguém ia querer fazer uma coisa dessas com a ex-namorada do Cascão? – Pergunto.

— A Cascuda tinha seus problemas, mas nunca foi inimiga de ninguém! – Afirma Cascão. – E agora, ela foi atropelada por minha causa...

*~~Flashback Off~~*

— Impossível! Esse carro bate com a descrição feita pelo Cascão. Será que...

P.O.V Denise Dutra Frias

Não existe nada melhor que xeretar a vida dos meus amigos no face. Já causei tanta treta no meu perfil! Eu noticio tudo o que acontece no Limoeiro, seja por ter visto pessoalmente ou por alguma câmera instalada em alguns lugares. Sou fashion, repórter, multimídia, diva, absoluta, e acima de tudo: busco a verdade!

Escuto o barulho da campainha. Deve ser o Xaveco! Me ajeito para receber meu querido amiguinho – e capacho nas horas vagas – com a hospitalidade que ele merece.

— Oi monamour! Que bom te ver. Entra!

Ele entra cabisbaixo, e isso até me deixa levemente curiosa. Afinal, o Xaveco não é nenhuma fonte de novidades.

— Aconteceu alguma coisa, querido?

— Denise, você me promete guardar segredo?

— Não é bem minha especialidade, né! – Digo dando uma risadinha. – Mas conta aí! Qual a novidade?

— Eu vi o Toni com o Marcos Frederico.

Quem diria que oito palavras iam me fazer quase cair de bumbum no chão!

— O-oi? Fofético, essa afirmação aí é muito séria. – Digo a ele.

— Eu não estou louco, Denise...

— Me conta tudo logo então, gatz!

— Melhor sentar que a história é longa.

Fico perplexa com o que o loiro ovelhinha me relata.

É algo que fugiu de qualquer coisa que eu poderia ter pensado ou imaginado. Mesmo vindo do Toni!

— Então você acha que o acidente da Cascuda foi planejado?

— Certamente.

— Rapaz, isso é...

— Hum?

— Fantástico!!! – Começo a gritar eufórica. – Vai ser a matéria bomba!!! Denise Dutra Frias irá denunciar o paradeiro de um dos maiores bandidos da cidade! Já até imagino meu nome saindo nas revistas! Estarão por todo o estado!!!

— Denise!!! – Grita Xaveco. – Você não vê que o assunto é sério?!?! Não é a hora de dar seus chiliques!!!!

— Foi mal... – Digo abaixando a cabeça.

— Você realmente não tem jeito! – Suspira ele.

— Enfim..., precisaremos de ajuda nesse caso. É algo muito sério! Só nós dois não daremos conta de tudo.

— O que você tem em mente?

— Acho que existe uma pessoa perfeita para nos auxiliar a desvendar esse caso...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together By Chance 1 Temporada REBOOT" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.