Resident Evil: Chris Memories escrita por brunobb1


Capítulo 6
Capítulo 6




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Capitulo 6

                Eu me preocupava bastante com o estado de Rebecca. Estaria ela bem naquela salinha sozinha? E se um Zumbi tiver entrado pela porta e lhe devorado como aconteceu com os pobres residentes de Raccoon City e os meus ex-parceiros S.T.A.R.S? Ela ainda era muito nova e bonita, um grande futuro lhe esperava. Ela também era a única pessoa que estava comigo, a única que se preocupava muito com o meu bem estar. Também era preocupante saber que ela passara por muito mais e sobrevivera a todos os perigos! A sua coragem e capacidades eram surpreendentes.  

                Felizmente, ao aproximar-me do compartimento, eu ouço o som do tocar de um lindo piano. Era óbvio que significava a segurança de Chambers, estando ela ainda praticando a musica “Moonlight Sonata”.

                Ao me aproximar da mesma, ela para de tocar. Eu reparo que a sua técnica estava quase perfeita. A música soara igual à original, algo muito difícil de conseguir! Ainda bem que ela parecia descontraída e que tirara este espaço de tempo para melhorar a sua técnica em vez de pensar nos horrores que vira até ao momento, incluindo a morte de Richard Aiken. A música é algo com sentimento, é algo que pode fazer muito mais do que qualquer outra coisa no mundo.  

                -Uau, Rebecca. Está excelente – Eu lhe elogio.

                -Obrigada.

                Um ruído mecânico é audível pouco depois com o terminar da produção da canção, um som que semelhava um movimento rochoso. Mas o que seria aquilo? Olhando para perto da estante de livros, nós vemos que uma passagem se abrira! Qual seria a razão para tal? Teria sido o tema tocado que activara o mecanismo?  Porque haveria tal coisa numa mansão? Tudo parecia demasiado estranho.

                -Fique aqui, eu irei ver o que se encontra lá dentro – Eu digo à jovem, mesmo antes de observar o que continha no seu interior.

                Havia uma pequena estátua, uma que me dava pelo pescoço. Era, principalmente, um suporte rochoso com uma face no seu topo. No bloco estava colocado um emblema ferrugento, fazia-me lembrar do mesmo que se encontrava na sala-de-jantar. A semelhança não deveria de ser coincidência nenhuma, haveria outra entrada com necessidade de ser aberta por um certo número de artefactos? Eu pego neste, fazendo uma certa força para o remover do sítio. De imediato, a entrada que em tempos estivera aberta para aquela pequena área fechara dando origem ao mesmo ruído mecânico.

                -Chris! – Rebecca exclama do exterior – O que se passou?

                Eu não respondo, estava muito pensativo enquanto olhava para o objecto, foi então que uma ideia me surge. Metia sentido, mas as probabilidades da mesma funcionar eram poucas, no entanto, eu já vira tantas coisas neste local que qualquer acontecimento ou ideia é possível. Eu ponho o artefacto no seu inicial local e a passagem dá acesso à salinha novamente. Chambers parecia muito preocupada comigo.

                -Chris! Você está bem?

                -Sim, sim estou. Rebecca, passou uma ideia pela cabeça. Você pode esperar um pouco por mim?

                -Sim, não há problema. Mas por favor, não demore.

                -Certo.

                A minha ausência pouco durara. Voltara para o pequeno bar com o emblema da sala-de-jantar em minhas mãos. Agora o necessário era experimentar a minha ideia e esperar por um resultado.

                -O que é isso? – Esta diz curiosa, não sabendo o meu planp.

                -Ainda não sei bem, mas eu descobrirei em poucos momentos.

                Aproximando-me da figura, eu retiro o artefacto enferrujado e coloco o mais limpo e brilhante. O efeito fora o mesmo, a passagem abrira-se, pelos vistos o reconhecia. Apenas faltava mais uma acção para completar a resolução deste óbvio puzzle.

                A médica não sabia o que fizera, nem tinha uma pequena noção do que pretendia.

                -Chris, o que está fazendo? Não compreendo.

                -Creio que isto seja um quebra-cabeças. Uma boa maneira de esconder algo…eu lhe direi o resto que sei após experimentar a resolução do mesmo.

                Regressando à sala-de-jantar, eu coloco o emblema restante no local do anterior. Após o seu encaixe, nós ouvimos o som de uma balada dada pelo velho relógio. Este abre a zona dos ponteiros, mostrando um pequeno compartimento onde se encontrava uma chave no seu interior. Então isto fora realmente um puzzle! Não compreendia para quê do seu funcionamento, mas estava com intenções em saber.

                -Rebecca…esta casa está construída com um mecanismo de puzzles. Parece que a Umbrella está escondendo muita coisa ao público e creio que estas estranhas criaturas não são a única coisa que eles estão cobrindo.

                -Puzzles? O que você quer dizer? Estou ficando confusa!

                -Num dos corredores desta casa, eu encontrei um local onde estava uma porta bloqueada por quatro fechaduras, cada uma aceitando uma chave com uma especifica forma. Eu encontrei um destes objectos no sótão da cobra e quando coloquei, parece que abri uma das quatro. É óbvio que a companhia está cobrindo mais algo de nós, algo que eles não queiram que seja tornado público! Nós temos que abrir aquela entrada e saber o que se esconde após a mesma – Eu retiro a chave do relógio.

                -E essa chave?

                -Não sei. Espere, está aqui uma nota…ela diz: “097”…

                -Será que se refere ao quarto 097? Eu passei com Richard por essa mesma porta mas essa encontrava-se trancada, não havia maneira de a trancar.

                -Deve de ser isso. Rebecca, eu não tenho  a certeza se você…

                -Se eu deverei de ir com você? – Ela completa a minha fala – Chris, você tem que compreender que eu consigo de tratar de mim sozinha – Os seus lindos olhos azuis demonstravam a sua grande determinação em ajudar-me. Eu não sabia que decisão deveria eu de tomar…Era perigoso demais para ela vir comigo, mas não a poderia deixar naquele Bar o tempo todo!

                -Rebecca…eu sei que você passou por muito mas…eu não quero que você passe por ainda mais, veja mais do que você já viu…esta casa é muita perigosa, algo pode ocorrer a qualquer momento tem que compreender isso. Eu não quero perder mais ninguém…

                Chambers olha para baixo, parecendo pensativa.

                -Chris...você sabe que eu não ficarei longe de você por muito tempo. Eu tenho que fazer algo.

                -Eu sei. Você  vem comigo até ao quarto destinado e ficara lá me esperando. Eu basculharei o local e quando tiver mais alguma informação eu lhe buscarei o mais depressa possível. Está certo consigo?

                -Sim – Ela parecia aceitar melhor a ideia, dando-me aquele sorriso amoroso.

                -Então vamos.

 

                Ela ainda se lembrava da localização da sala que procurávamos. Como anteriormente, passar pelos Zumbis era fácil. Rebecca fora capturada uma vez mas esta se escapara com um pontapé na barriga da criatura fazendo-lhe afastar. O medo que tivera por estes seres diminuía à medida que a ideia da sua existência se penetrava mais facilmente na minha mente. Eles eram apenas mais um obstáculo para o nosso principal objectivo, no entanto, o perigo de ser atacado era sempre grande, assim estamos sempre em alerta, mas nós nos deparámos com uma criatura um pouco diferente. Após o virar de um corredor, nós ouvimos um forte respirar seguindo por árduos gemidos; as suas roupas encontravam-se igualmente rasgadas relativamente com os restantes Zumbis, mas a sua pele estava num total vermelho, num tom nunca antes visto em nenhum dos seres andando por esta casa. O movimento que mais me surpreendera fora a rápida captação de presença. Ao saber que nós nos encontrávamos perto, este vira rapidamente a sua cabeça, demonstrando a sua cara sangrenta. As suas mãos tinham grandes garras com marcas de sangue humano, o que diferenciava bastante do aspecto humano dos outros. Após nos dar uma olhadela, o mesmo corre com grande velocidade, nós não sabíamos o que fazer! O tempo fora tão curto e ele nos apanhara de surpresa! Eu consigo ouvir o grito de Rebecca enquanto este se aproximava! Eu retiro a minha Knife o mais rápido possível e a coloco na cabeça da ameaça com grande força e ela cai para trás, morrendo.

                -Rebecca, você se encontra bem?

                S-sim… -Ela diz, olhando para o corpo morto da criatura – Está tudo bem…

                A porta “097” finalmente surgira. Nós estávamos receosos que a chave não dava acesso ao quarto indicado. Ficaríamos totalmente perdidos se assim fosse. Eu girava a chave na respectiva fechadura até que ouvimos o som “click”. Era sem dúvida a chave indicada!

                O interior do quarto demonstrava-nos um regular quarto de dormir. Havia uma cama no lado direito; relativamente perto da mesma, estava localizada uma janela e na ala contrária estava uma estante de livros perto de uma secretária.

                -Porque será que o bilhete nos trouxera aqui? – Rebecca pergunta em tom alto, demonstrando a mesma pergunta que eu.

                A procura começa. Em cima da cama estava um pente de balas. Eu as recolho, tendo apenas mais dois clips contando com o que eu tinha carregado na minha Beretta. A munição que encontrara demonstrava que o residente que aqui se encontrava se preparava para enfrentar o perigo. Na estante ao lado, estavam imensos livros, todos da cor branca. Contudo, havia um em particular que se diferenciava dos restantes. A sua cor vermelha indicava que este era diferente dos outros. Enquanto estes falavam de Ciências Fisicas e Quimicas, aquele parecia ser um diário, mas de quem? Ao abrir as primeiras páginas, leio o seguinte:

 

“O meu nome é James Robinson, mais conhecido por “Rodas”. Devido à minha deficiência motora, sou obrigado a movimentar-me por uma cadeira de rodas, assim sendo esta deriva aa minha alcunha. Pessoalmente, não acho este nome uma ofensa, pelo contrário, eu sei que quem me chama assim são os meus amigos mais próximos e eu reconheço as suas intenções. Estou escrevendo isto para reportar os acontecimentos que ocorreram nesta mansão, creio que a verdade terá que ser conhecida. Espero que quem esteja a ler isto seja eficiente o suficiente de trazer esta mensagem ao público antes que seja tarde demais, se realmente houver alguém que entre nesta mansão. Tudo ocorreu à ,aproximadamente, dez anos. Um brilhante cientista chamado James Marcus, obtivera uma revolução em suas mãos, algo que poderia mudar a ordem celular, tudo fruto de sua mente. Um dia, a sua morte chocara a todo o pessoal de Umbrella, mas consegui descobrir quem fora culpado. Ozwell E. Spencer, o mandara matar para obter o Virus, o chamado Virus Tirano e a partir dessa altura, este fora usado como uma arma biológica. As primeiras experiencias ocorreram em cães. A mutação fora algo que chamara o olho de todos os observadores do laboratório, mas os efeitos secundários em humanos ainda continuavam desconhecidos.

                Houvera uma era em que uma grande parte dos trabalhadores visitavam a enfermaria constantemente queixando-se de certos sintomas. Tudo indicava o inicio de uma gripe e o medicamento era receitado, mas era algo mais. Tudo começava com dores pelo corpo e perlongava-se para a personalidade do individuo. Começaram a ficar mais nervosos e violentos e discutindo uns com os outros, até que no meio de uma discussão, um dos trabalhadores tivera um ataque de coração. Ele fora enviado para atenção médica de imediato até que um milagre ocorrera. Com a pulsação parada, este levanta-se e ataca um dos enfermeiros. Isto foi acontecendo com grande parte dos trabalhadores até que o único sobrevivente que restara fora eu, preso neste quarto.

Eu era o braço direito de Ozwell E. Spencer. Ele me ordenou para guardar esta informação mas não consigo! É algo imperdoável e, também, o que me poderá ocorrer? A minha morte está garantida nesta casa, não há nada para fazer! Eu sei a verdade e assim lhe direi. A explicação para este comportamento é a seguinte: ao ser infectado com o vírus, o funcionamento do corpo para de funcionar correctamente, sendo o Cérbero o único órgão com o seu devido funcionamento. As memórias da sua vida passada são, quase completamente apagadas e os pensamentos são quase inexistentes. Estas criaturas apenas seguem os principais instintos, sendo o mais destacado a alimentação.

Spencer ordenara trancar o laboratório enquanto a contaminação ainda era mínima, assim pedira a George Trevor, o arquitecto da casa, para criar estes quebra-cabeças para tornar mais difícil de o encontrar. Um plano génio no meu pensar. Ele me pedira para guardar um dos Crests, assim você o encontrará na gaveta da secretária.

Você consegue encontrar o laboratório se for pela cabana da filha do Geroge, Lisa Trevor. Ela ali ficava com sua família, ainda lá se mantem…para a encontrar, terá que abrir os portões bloqueados por quatro fechaduras, cada uma pedindo um Crest. Agora você já sabe. Assim termino a minha escritura enquanto me preparo para enfrentar aquelas horrorosas criaturas em vão. Adeus mundo. Espero que Deus compreenda o que a nossa raça fizera em mudar a natureza do ser-humano, por favor castigue aqueles que tem a culpa, eu já sofri o meu castigo…”

 

Eu não conseguia acreditar no que acabara de ler! Era chocante! Aquela escritura me respondera a todas as questões que tinha até aquele momento! Então tudo aquilo era fruto de um vírus criado pela Umbrella! Eu sempre vira o reclame do famoso “Degenerate” mas não me passava pela cabeça que aquilo era uma cobertura para uma arma biológica!

-Rebecca! Veja isto!

Enquanto ela lia as palavras escritas por “Rodas”, eu aproveitava para ver através da janela. A escuridade se ausentava numa única área. Haviam umas luzes vermelhas, demonstrando uma Área de Aterragem. O caminho para o seu alcance era além dos limites da mansão. Em meu entender, para lá chegar era necessário passar pelo laboratório. Era algo que tinha que ser feito o mais depressa possível, enquanto Brad ainda nos tentava contactar! Se este ainda o tivesse a fazer…

-Chris – Ela finalmente fala após ler o diário – Nós temos que contar ao mundo sobre isto!

-Rebecca, abra  a gaveta dessa secretária. Eu irei destrancar a próxima fechadura e procurar as duas restantes. Eu consegui ver uma Área de Aterragem através desta janela, nós temos de chamar Brad urgentemente. Você ficará aqui, certo?

-Sim, Senhor! Aqui está o Crest – Ela assim me diz dando-me o artefacto – E por favor…tenha cuidado…

-Sim, terei. Eu tentarei voltar o mais depressa possível. Você está armada?

-Sim, não se preocupe.

-Certo – Eu abro a porta do quarto “097” – Tranque a porta após eu sair. Até já – Eu lhe dou um sorriso, dando-lhe mais confiança. Era estranho como eu apenas a conhecera à pouco tempo mas eu tinha tanta preocupação por esta jovem, ela me fazia lembrar Jill e de como eu tinha saudades dela…


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