Velhos Amigos escrita por PepitaPocket


Capítulo 4
Um Pouquinho de Coragem


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas por algum erro ortográfico, capítulo escrito pelo celular.



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A noite foi uma tortura para Shizune que se remexia no futon com inquietude. 

Na sua cabecinha, passava os mais diferentes cenários. E nenhum favorável às suas intenções amorosas.

Ela havia pedido que Sakura atraísse Iruka, até uma velha ponte que ficava na parte oeste de Konoha.

Não era um lugar muito romântico na concepção de Shizune, mas era reservado e longe de olhares curiosos, e assim ela não teria ninguém assistindo, ela levar um merecido fora.

Essa ideia fez com que a jovem se encolhesse ainda mais nas cobertas.

Achando que era muita ousadia de sua parte, achar que alguém no mundo iria olhar romanticamente para uma mocinha tão insignificante como ela.

Iruka também estava inquieto. 

Achou que a conversa com Asuma iria deixá-lo mais aliviado, mas a verdade é que ele ficou apenas mais nervoso.

Pensara em inúmeras abordagens, mas todas elas fracassaram antes mesmo de serem colocadas em prática.

"Shizune-san é muito armamento para minha bolsinha".

Iruka dissera sentindo até dor de barriga de tanto nervosismo.

Quem sabe fosse melhor ele aceitar de uma vez que iria ser um solteirão, pai de coração de Uzumaki Naruto, apenas.

Mas, então seus olhos caíram no retrato de seus pais e ele sentiu que era seu dever dar continuidade a seu legado.

— Por favor, iluminem o meu caminho.

Shizune sentirá sua pupila arder quando abriu a janela naquela manhã, mas a brisa fresca da manhã seguido do canto dos pássaros serviu como calmante para a médica-nin…

Que mesmo se achando atrevida por causa disso, não consegui deixar de dar uma olhadinha na casa do lado, só para se certificar que Iruka não estava ali escondido a observando.

Sua baixa autoestima, não a deixava convencer-se de que aquilo era um claro sinal de que o professor estava interessado nela.

Por isso, foi extremamente frustrante quando ela viu que a janela dele estava fechada.

"Quem sabe isso seja um sinal".

Ela disse usando aquilo como desculpa para se rebaixar.

— Mas, porque? - Sakura já tinha tudo planejado e estava cuidando com ansiedade as horas para ir chamar o Iruka-sensei, e então assistir de camarote aqueles dois se acertarem.

Porém, assim que enxergou a rosada na Torre Hokage, Sakura foi abordada por Shizune que a empurrou para dentro do armário de vassouras.

E, disse para Sakura não fazer nada, pois ela não iria encontrar Iruka de jeito nenhum.

— Sakura, isso é coisa de adultos, você não entende. - Shizune dissera com seriedade, o que não convenceu a mais jovem de jeito nenhum.

— Posso não saber essas coisas de adulto que você fala, mas conheço um adulto quando está com medo. - A rosada dissera espichando as bochechas em contrariedade, assim como Shizune estava fazendo.

— Não estou com medo. - Shizune disse se encolhendo um pouco, mas ainda tentando sustentar a carranca, igual Sakura estava fazendo.

— Está. - Sakura disse arrebitado o nariz, fazendo uma expressão convencida que sempre exasperava qualquer um.

— Estou não. - Shizune disse suscitando o tom, desfazendo a expressão de contrariedade, e fazendo uma expressão chorosa.

— Shizune-nee-san, você é bonita, inteligente, responsável, gentil e talentosa. - Sakura foi enumerando as qualidades da moça. - Só precisa acreditar em si mesma.

A rosada disse segurando os ombros de Shizune que encolhia-se ainda mais.

— Concordo. - Então uma terceira voz, fez com que as duas amigas se arrepiassem dos pés a cabeça.

Pois, elas reconheceram aquela voz em qualquer lugar, mesmo na escuridão de um armário de vassouras.

O velho zelador que desde a época de Hashirama Senju que era responsável pela limpeza da torre Hokage e mesmo aos 90 anos ele não admitia que ninguém limpe aquele piso, tão pouco passe cera.

Quase teve um mal súbito quando viu Sakura e Shizune, caírem no chão depois de terem saído do armário de vassouras como se tivessem encontrado uma bruxa voadora ali dentro.

E, pelo visto foi isto que mais ou menos aconteceu.

Já que a seguir viera a Godaime, com a roupa estranhamente amarrotada, e ela estava com suas madeixas reviradas e a maquiagem toda borrada.

"Essa coquete puritana não me engana".

O velho zelador pensou antes de recomeçar seu trabalho tranquilamente, como se nada tivesse acontecendo.

Quem não voltou a tranquilidade foram Sakura e Shizune que disseram em uníssono:

— SHISHOU?! - As duas disseram de um modo totalmente exagerado na concepção de Tsunade que as fuzilou com o olhar totalmente contrariada.

— Única e magnífica. - Ela dissera jogando suas madeixas loiras por sobre o ombro, do modo que sempre fazia quando irritada.

— Aposto que a senhora estava tomando seu saquê dentro do armário. - Sakura acusou apontando seu dedo para a sannin, mas se arrependeu quando uma veia saltou no canto da testa da mesma.

— Já disse que estou abstemia há quase um ano. - A Senju disse ajeitando sua roupa o que não passou despercebido por Sakura que achou aquilo no mínimo suspeito.

— Então, o que a senhora estava fazendo dentro do armário de vassouras? - Foi a vez de Shizune perguntou, já se sentindo culpada por não ter ficado vigilante o bastante com sua mestra, para que ela não fizesse nada de estranho com os velhinhos do conselho.

— Óbvio. - Tsunade disse avermelhando como um pimentão, coisa que só acontecia quando ela estava bêbada, e suas duas alunas sabiam que não era o caso.

— Fui buscar uma vassoura. - Tsunade disse de um jeito que não convenceu nenhuma de suas duas alunas.

— De qualquer forma, sou eu quem faz as perguntas por aqui… - Tsunade disse apontando para Shizune e seu olhar tornou-se subitamente mais magoado, o que fez a morena engolir em seco.

— Shizune, tem algo que você queira me contar? - Tsunade perguntou fitando sua assistente diretamente nos olhos.

Shizune sabia que a sannin estava sendo injusta. Já que tinha coisas da vida dela que ela não partilhava com ninguém, nem mesmo com ela.

Mesmo assim, seu apreço pela neta de Hashirama, fez com que a médica-nin mais jovem, se sentisse mal por não ter partilhado de seus dilemas amorosos com Tsunade, embora ela duvidasse que sua mestra tivesse algum conselho decente para lhe oferecer.

Mas, depois de se aconselhar com uma menina de quatorze anos, não é como se ela tivesse muito a perder.

Sakura ficou até animada, em saber que tipo de conselho sua sensei tinha a oferecer.

Já que ela sempre perdia a paciência quando ela falava de seus sentimentos pelo Sasuke, porém já prevendo as intenções da rosada, a Senju a fez estancar no mesmo lugar apenas com um olhar.

— Sakura vá para o posto de treinamento seis, tenho uma amiga que quer lhe conhecer.

Aquela informação pegou até Shizune de surpresa, já que era sabido que a sannin não tinha ninguém para chamar de amigo. 

Ao menos, ninguém que ela não conhecesse, isso a fez pensar em duas pessoas. Uma estava com o Naruto, viajando por aí. E a outra, não era exatamente um amigo.

E, isso fez com que Shizune, dirigisse a sua segunda mãe, um olhar cheio de significados.

O que deixou Sakura ainda mais intrigada, porém antes de fazer o que sua shishou disse, ela estava determinada a ir falar com o Iruka-sensei.

— Certo, mas antes vou passar naquele lugar.

Sakura falou em códigos, de propósito só para se vingar por sua mestra não querer lhe dar conselhos amorosos para ela fisgar o coração do Sasuke-kun.

Shizune chegou abrir a boca para protestar, mas foi puxada por Tsunade que estava mordida pelo bichinho da curiosidade e também do ciúme, já que ela achou que ela seria a primeira pessoa que Shizune recorreria para quando tivesse aquele tipo de problema, mas pelo visto ela estava enganada.

...


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