O Segredo de Pendragon escrita por Dandy Brandão


Capítulo 7
Capítulo 06 - Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bastante importante! ♥ Espero que gostem :D



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Capítulo 06 – Desconfianças

 

No momento que o pássaro pousou sobre os ombros de Ahriman, Ezarel não resistiu a inclinar seu corpo para frente, visualizando o animal com mais cuidado. Não poderia se enganar, aquele era um totem… E dos poderosos, um corvo. Porém, o príncipe de Mainyu nunca sequer apareceu com o totem como aquele no castelo e nem tinha habilidades mágicas o suficiente para controlar um totem daquele calibre, então… Aquele animal não deveria ser seu, de quem deveria mais ser além…

— O duque Zayin. — disse o elfo, apertando os olhos, enquanto Ahriman pousou dois dedos sobre a cabeça do o animal, muito atento.

“Uma conexão mental?” pensou Ezarel.

Pelos movimentos do seu bico, o corvo crocitava baixo, era óbvio que alguma mensagem estava sendo transmitida. “Nunca pensei que o Ahriman tivesse esse talento… Se não foi ensinado pelo próprio duque.”

A família principal do reino de Mainyu não era composta por exímios feiticeiros, apesar de que haviam muitas disputas entre os feiticeiros da família por poder e influência no reino, disso Ezarel bem sabia. Ahriman, como tinha também sangue Pendragon, suas habilidades mágicas foram ainda mais reduzidas, algo que ele provavelmente odiava. Fazer amizade com um feiticeiro habilidoso como o duque Zayin poderia lhe trazer muitas vantagens.

O animal desapareceu do braço de Ahriman assim que terminou de repassar a mensagem, sem ao menos levantar asas pelos céus. Sowa agitou as penas e sacudiu a cabeça, ela estava agitada assim desde a aparição do corvo, mas agora seus movimentos se tornaram mais vigorosos. Ela não lhe transmitia nada, apenas balançava-se, emitindo sons esquisitos. Com certeza algum estranhamento com aquele corvo ela teve.

— Sowa, fique calma. — ele acariciou a cabeça do animal e ela parou de se movimentar — Me explique direito sobre o corvo.

A coruja o encarou de volta e chilreou em resposta. Ela baixou a cabeça e os dedos magros do elfo alcançaram a cabeça coberta de penas do animal. O totem emitiu um som baixinho e a mensagem começou a surgir na mente de Ezarel.

“O corvo embaçou a lente...”

A leitura mental de Ezarel era rápida e sua totem eficiente na mensagem, em poucas palavras ela dizia-lhe muito. Aquelas conexões dependiam muito da habilidade do animal e de seu tutor, bem como de uma boa relação e Sowa já era companheira de Ezarel há muitos anos.

“… Ela usou sombras. Não sei qual o feitiço. Eu posso continuar.” Ezarel não deixou de temer um pouco por sua totem, mas ler aquela última frase fez um sorriso de canto surgir em seu rosto.

Ela estava confiante que poderia continuar seu papel, mesmo que o objeto estivesse danificado. Sowa relaxou seus movimentos depois da conexão. Ela não precisou falar muito para o elfo entender tudo o que tinha acontecido. “Zayin já sabe que estou de vigia… Se não o próprio Ahriman o alertou! Tão rápido!” pensou ele, enquanto seguia para a sua escrivaninha, Sowa voou para a mesa após o movimento do seu mestre.

— Mais uma peste pra lidar… Tsk. — o elfo mordeu os lábios.

Aquele homem não parecia confiável desde o início… Por qual motivo ele prejudicaria sua patrulha?

Não era algo que ele deveria deixar passar. Papéis já estavam dispostos sobre a escrivaninha e seus dedos ágeis agarraram a pena apressando-se em escrever uma mensagem para Sowa encaminhar. Os olhos amarelos e atentos da coruja estavam pousados sobre as mãos do seu mestre, até que as orelhinhas pontudas e cheias de penas dela tremelicaram, captando algum som ao longe. Ela girou a cabeça para a porta, esperando algo.

Ezarel estava tão concentrado em descrever os acontecimentos que ele não captou a mudança de comportamento de seu totem, continuando absorto em seus apontamentos.

O bico fino da coruja, então, alcançou uma mecha do cabelo azul cobalto de Ezarel, antes bem seguras atrás das orelhas do rapaz. Depois daquele breve movimento do totem, a mecha caiu sobre o papel, atrapalhando o andamento da escrita.

Ele parou no mesmo instante.

— Sowa! — exclamou, mas os olhos do animal estavam presos na porta e ele logo compreendeu o objetivo. Escondeu a carta embaixo dos papéis em branco e posicionou a pena sobre o tinteiro.

Assim que ele se levantou da cadeira, inspirou e, enquanto expirava, duas batidas na porta soaram pelo quarto.

Sowa continuou quieta em seu posto, enquanto Ezarel caminhou para porta preparando seu melhor sorriso sarcástico para encarar Ahriman, e então abriu a porta.

Era Claire, a segunda em comando nas Valquírias. Uma moça alta, os cabelos pretos pendendo sobre a estatura esbelta, as armaduras do reino de Pendragon brilhantes sob a luz do sol que insurgia detrás da figura dela.

Ele afrouxou a expressão, um pouco mais feliz por suas predições estarem erradas.

— Senhor Ezarel — ela se curvou, solene. Então continuou, em tom de urgência — Recebemos uma notícia de ataques de feiticeiros no vilarejo das flores, nos limites do reino.

Ele já sabia das informações, porém achou melhor ocultar esse fato.

— Quem reportou isso? — disse, cruzando os braços.

— Eu. — uma voz alta e masculina surgiu no corredor ao lado.

A felicidade de Ezarel durou pouco. Não precisava olhar para saber quem era. Ambos, o elfo e a valquíria, olharam para o lado, onde a figura de Ahriman surgiu no corredor.

— Fui informado agora a pouco por um dos totens do duque Zayin. Não se preocupe, conselheiro — ele parou a poucos metros do quarto — Já solicitei que um grupo de soldados vá verificar a situação na vila. Eles já estão em retirada.

— O quê? — um riso forjado surgiu nos lábios de Ezarel e ele não conseguiu disfarçar o sarcasmo em sua voz — Você esqueceu quem está à frente dessas decisões nos próximos dias?

O seu corpo inteiro se moveu para frente. Clarie também se moveu, porém, sua expressão continuava a mesma: lívida e solene.

— Creio que o senhor também poderia ter me consultado. Afinal de contas, as Valquíras que mantém a ordem no exército do reino, acima de nós, apenas o rei. — ela falou, sem qualquer resquício de temor em sua voz. Claire encarava Ahriman de cabeça erguida, enquanto o outro permaneceu em seu lugar, também sem mudar a expressão.

— É uma situação que não poderia esperar, já que os nossos viajantes estavam nessa vila quando o ataque aconteceu.

O passo de Ahriman foi o único som ouvido no corredor. O nível de irritação de Ezarel estava a um passo de explodir para todos os lados, mas ele se conteve, segurando-se em seu sorriso de canto, a melhor forma que encontrava de conter aquela raiva em seu corpo.

— Bom que você está preocupado com o seu primo, mas espero que essa situação não se repita. — suas sobrancelhas estavam estendidas, ameaçadoras — Você é príncipe de Mainyu, não de Pendragon.

Ezarel realmente não tinha medo de quaisquer retaliações. De certo que Ahriman era um familiar e príncipe de um reino parceiro, vizinho, porém, não foi a ele quem Valkyon deu a autoridade de tomar decisões no reino enquanto estivesse fora. Passar por cima de sua autoridade, já nas primeiras horas de estadia em Pendragon, era mais do que sua paciência poderia suportar. Estava pronto para rebater quaisquer argumentos que ele lançasse, porém, para a sua surpresa, o homem apenas deu de ombros.

— Tudo bem, isso não vai se repetir. — ele se curvou, e deu meia-volta, andando despreocupadamente pelo corredor. Deixou Ezarel e Claire com expressões complicadas em seus rostos.

Quando a silhueta do príncipe enfim sumiu no castelo, o elfo se voltou para a valquíria, e disse:

— Claire… Eu preciso de um favor seu.

A moça assentiu e Ezarel deu espaço para que ela entrasse. Fechou a porta atrás de si, as têmporas ainda tremendo de irritação.

 

*✧.・。☆゚.・。☆゚.・。✧*

“Desculpe-me, majestade…”

As palavras da senhora Pestle ecoaram pela cozinha, mais fantasmagóricas do que aquelas estranhas criaturas que foram expulsas da estalagem. Valkyon encarou a mulher por um instante, sem entender muito bem o porquê de tão eloquente pedido de desculpas. Porém, ele não se preocupou com isso naquele momento.

— Vamos levá-la para o salão primeiro. — ele estendeu sua mão, ajudando-a a se levantar e apoiar sobre a bancada da cozinha. A mulher agarrou a mão dele de forma tímida, ainda um pouco assustada, mas com a cabeça girava de confusão, não poderia deixar de aceitar a gentileza.

Malena e Caméria tomaram os braços dela e a carregaram para o salão de refeições da estalagem, e todos se entreolhavam tentando encontrar respostas para aquele comportamento.

Assim que se sentaram à mesa, Elizabeth serviu um pouco d’água que trouxe da cozinha para ela e todos esperaram até que Pestle conseguisse dizer algumas palavras.

— E-eu… Estou envergonhada que isto aconteceu enquanto sua majestade estava aqui. E-eu... não esperava que… — ela se interrompeu, o rosto cobrindo-se de uma cor vermelha, não sabia se de vergonha pelo acontecido ou por ter o rei sentado à sua frente, encarando-a, com interesse.

Todos mantiveram a paciência. Aquele discurso dela estava estranho. Aisha estava ansiosa para falar, mas, desta vez, não quis tomar a palavra não queria forçá-la a nada; as valquírias estavam mais preocupadas em proteger o local e o o duque permaneceu quieto como sempre, de braços cruzados.

Foi Valkyon quem resolveu falar, para a surpresa de todos.

— Está tudo bem. Estamos todos a salvo. — ele afrouxou sua expressão e o efeito sobre a mulher foi imediato. Seus olhos brilharam e o rosto aos poucos perdia sua coloração vermelha.

Mesmo assim, ela não conseguia manter os olhos acima. A cabeça baixou logo em seguida.

— Eu os agradeço imensamente por salvarem minha vida. — ela curvou a cabeça em agradecimento, encostando a sua testa sobre a mesa. — Mas tudo isso é minha culpa.

Completou a frase sem voltar-se para cima. Somente depois de respirar fundo a mulher retornou a sua posição anterior, sem encarar nos olhos de qualquer um dos presentes.

Até mesmo as Valquírias que estavam de patrulha, pararam para observar a conversa.

— Minha senhora… — Aisha começou, sem mais conseguir se segurar. Ela se aproximou da mulher, sem tocá-la. — Como pode ter culpa de algo?

Aparentemente aquela mulher poderia saber de algo e não poderiam deixar aquela oportunidade passar… O caso era grave e colocava em risco a vida das pessoas na vila.

A mulher encarou o rosto de Aisha, mais séria do que antes. Seu rosto redondo de pele avermelhada inchou quando ela apertou os lábios com força.

— Se vossa majestade me der licença, eu pegarei algo lá em cima para mostrá-los. — ela se levantou e Valkyon assentiu, ficando um pouco ansioso com aquela história, o que não era comum. — Esperem aqui, por favor.

A mulher partiu para uma escada de ferro em formato de caracol próxima à bancada.

Aisha olhou para Valkyon e ele retornou o olhar. O semblante da princesa era o completo oposto do rei. Ele permanecia tranquilo, de braços cruzados, mesmo depois de toda aquela situação e ainda tivesse um tanto de ansiedade em seu corpo, enquanto a princesa tinha seus olhos estreitos, imaginando as mais loucas teorias. Ela também cruzou os braços, sua perna balançando vigorosamente abaixo da mesa.

— Não sei se você percebeu, alteza… — o duque enfim disse algo, depois de tanto tempo em silêncio. Todos viraram para ele, de forma quase instantânea — Mas essa mulher tem um pouco de magia em seu corpo.

Os olhos da princesa se estreitaram um pouco mais, como ela não sentiu mesmo estando tão perto da mulher?!

— Não, como assim? — disse, já inquieta.

— É pouco, bem pouco. Se prestar atenção, você vai sentir. — ele abaixou o tom de voz.

— Perdão por me intrometer. — uma voz soou próxima à porta. Era Elizabeth que se aproximou do grupo. — Se ela é uma feiticeira, talvez não seja uma armadilha para sua majestade?

— Não é melhor sairmos enquanto há tempo? — Malena se adiantou, seguindo a companheira. Caméria não comentou a suposição, mas também deu um passo adiante, dando apoio a elas.

— Ter magia em seu corpo não significa que ela é uma feiticeira. — respondeu o duque e Aisha, mesmo contra sua vontade, teve de concordar.

— Sim, meninas… — ela se remexeu na cadeira, desconfortável — É preciso ser educada pra ser uma feiticeira. Se ela fosse uma de fato, sua aura mágica seria um pouco maior.

— No máximo tem descendência mágica e não é proeminente. — disse Zayin.

Tema de preocupação conversa, Valkyon sinceramente não acreditava que aquela mulher fosse fazer qualquer coisa. Seus instintos diziam que o melhor era esperá-la e ver o que ela tinha a dizer… e mostrar.

— Vamos aguardar. — disse ele, pondo fim naquele assunto.

As Valquírias se entreolharam e recuaram aos seus postos. Assim que ele terminou suas palavras, sons de passos soaram cada vez mais próxima de cima e todos se concentraram na chegada da mulher.

Ela desceu as escadas e, em suas mãos, estava uma pequena trouxa de panos cinzas. Ela a carregava com todo cuidado, como se fosse sua própria vida. A senhora sentou-se à mesa, todos os olhares estavam sobre a trouxa que ela trazia cuidadosamente em suas mãos. O objeto enrolado no pano foi depositado sobre a mesa e, antes de dizer qualquer coisa, ela colocou seus dedos sobre o nó que o segurava, respirando fundo.

— Eu… Majestade, eu, sinceramente, já deveria ter confiado isso à realeza há tempos… Mas nunca... Nunca... — ela se interrompeu, respirando fundo de novo — Nunca achei uma oportunidade…

Suas palavras eram vagas, a mulher fazia um esforço para encontrar o que dizer.

— É um artefato mágico? — perguntou o duque, casualmente.

Ela encarou aquele homem sisudo antes de assentir. Seus dedos redondos destaram o nó de forma lenta. Todos se aproximaram para ver e foi revelado um fragmento de forma retangular de pontas quebradas, transparente em vermelho. Sua cor de sangue era iminente e quando a luz do sol trespassou o objeto, uma pequena forma, como um pedaço de cauda espinhosa, se revelou no interior do objeto. Era tal qual um fragmento de vidro velho e desgastado guardando o pedaço de algum artefato por dentro.

Valkyon pousou os olhos sobre aquilo e seus dedos se contraíram desejosos para tocá-lo.

— Essa é uma das peças do inventário que meu pai deixou, trazido de reino de Sttutgart, ele era de lá. — ela empurrou o objeto para o rei, que não levantou a cabeça nem um instante. — Ele nunca soube o que era, para que servia, seus familiares também não… Então não deu muita importância, mas é um artefato mágico passado em gerações de sua família então o deixou comigo.

— É fácil adivinhar… Eles estavam atrás disso? — disse Aisha, também contemplando o objeto.

Podia sentir a energia mágica fluindo daquele pequeno pedaço… Onde estariam as outras partes dele?

— Eu creio que sim. É a segunda vez que isso acontece. Eu deveria ter...— ela se interrompeu, pensando que deveria ter confiado àquilo ao reino de Pendragon depois do primeiro incidente, mas se ninguém antes deu importância em Stuttgart, por qual motivo Pendragon se ocuparia em catalogar e colocar aquilo nos tesouros do reino?

— Seu pai era um feiticeiro? — perguntou o duque, interessado. Ele se aproximou um pouco mais, seus olhos verdes e altivos fixos sobre a mulher.

— Ele abandonou a arte quando veio para cá se casar com minha mãe.

— Isso é estranho. — comentou Valkyon, desviando do assunto.

— O quê? — Aisha indagou, ela estranhou aquela observação.

O rei não sabia discernir se dizia ser estranha a história ou o próprio objeto. Aquilo o despertou um fascínio, mesmo que ainda não tivesse tocado. Um instinto dizia-lhe que deveria investigar mais sobre aquilo.

— Se é um artefato mágico passado em gerações da família, por que foi deixado de lado?

— Eu não sei responder, majestade, creio que meu pai também não sabia. — a mulher corou, baixando sua cabeça novamente.

— Talvez por ser incompleto.. — disse Aisha sua atenção concentrada naquelas pontas quebradas do fragmento.

— Me permite? — Valkyon estendeu a mão sobre o fragmento, sem tocá-lo antes de receber a permissão da mulher. Ela assentiu, altiva, empurrando-o para o rei.

Enfim, os dedos fortes dele alcançaram o objeto e quando a pele tocou sobre a superfície vermelha transparente, ondas de calor passearam por sua mão, porém, não era incômodo, não queimava, era… estranhamente familiar, um calor confortável. Valkyon trouxe aquilo para mais perto, enquanto todos observavam seus movimentos.

Dentro daquele objeto, havia uma forma estranha semelhante ao pedaço de uma cauda. Nas mãos do rei, um brilho carmesim começou a surgir naquele pequeno local, emergindo de uma das pontas quebradas para o centro, deixou mais evidente que formava um espinho. Valkyon estava do lado de sombra, então, o fenômeno que aconteceu em seguida não poderia ser explicado pela luz do sol. Então, a energia mágica daquele objeto estava reagindo de alguma forma.

Todos estreitaram os seus olhos e as Valquírias, vendo que o movimento nas ruas já estava normalizado, se voltaram também para o objeto.

Elizabeth vagamente observava de longe, mas aquilo a fez ter uma pequena intuição. Ela olhou para sua roupa, onde um dragão imponente se destacava no centro e depois para o objeto.

Sua voz irrompeu em meio ao silêncio contemplativo de todos:

— Se parece com… A cauda de um dragão? 


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Notas finais do capítulo

Ahriman sempre de garrinhas afiadas... Ezarel não vai deixar isso barato :P
O que é esse calorzinho particular que Valkyon sentiu? :P



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