Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 42
Forty Two - Tome meu coração.


Notas iniciais do capítulo

Olá demorei hoje, por que estava tentando ajustar as coisas sem mudar o capítulo XD
Enfim, eu espero que gostem, e me perdoem se algum erro passou batido.
Boa leitura!



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“Te amar é a razão para que o resto não seja nada além disso.

[...]

Quero te monopolizar,

Sem nunca mudar.

Não importa quantas vezes colocamos nossos corpos um no outro.

A paixão cega é muito profunda, não podemos mais voltar.”

                                                                                                                              Chijou – The GazettE

O tempo parecia passar mais rápido que o comum.

A paz os rondava de forma completa, não haviam preocupações com o lado de fora.

Haviam tantas coisas sutis acontecendo, como a chegada doce dos primeiros indícios de que a primavera seria tão bela quanto de anos anteriores.

Havia vida nova na mansão, e todos pareciam felizes com suas próprias conquistas. Yutaka fizera amizades no vilarejo, e isso rendia menos desconfiança em todos.

A história sobre os demônios da floresta fora deixada de lado, e julgavam o desaparecimento dos homens que foram busca-los como uma fatalidade, já que suspeitavam que haviam sido levados pelo rio que lá cortava.

Lúcifer observava tudo de longe, fazendo com que tudo ocorresse da melhor forma possível, e a paz fosse duradoura.

Já haviam passado seis semanas, desde que Kouyou começou a ensinar Yuu a ler e escrever. E o menor já estava conseguindo ler, e escrever com uma caligrafia bonita. Haviam passado o dia inteiro dentro do quarto, somente estudando, e o mais novo nem ao menos parecia cansar-se disto.

Kouyou ainda o observava, sentado ao seu lado, enquanto Yuu mantinha-se concentrado em escrever algo, que o mais velho ainda não saberia o conteúdo.

—Ah.... acabou a tinta.... – Yuu resmungou fazendo uma feição adorável e apontou para o tinteiro que estava na pequena cômoda ao lado da cama.

— Não se preocupe... amanhã iremos ao vilarejo e compramos mais tinta. Tudo bem? Agora já está tarde, tem que descansar... lembre-se que isso nos permite repor energias.. – beijou os lábios do menor, que ainda olhava para o tinteiro vazio.

Kouyou acariciou seu rosto de modo delicado, observando os traços bem mais maduros de quando o vira pela primeira vez.  Os olhos pareciam mais vividos, brilhantes, refletindo a felicidade.

Não havia mais aquela sombra de medo do primeiro encontro, nem do reencontro após sua transformação.

Depois de alguns segundos, o observando tão de perto, Yuu corou, e encolheu-se, fazendo-o rir e abaixar o rosto para continuar vendo sua feição.

— Assim deixa-me envergonhado... – sussurrou, colocando o livro que usava de apoio e os papeis sobre a cômoda, ao lado do tinteiro.

— Sabes que não precisas ter vergonha de mim. – Continuou tentando vê-lo por entre as mechas longas que ocultavam parcialmente o rosto. – Estou admirando sua beleza...

Yuu riu, ainda encolhido.

Kouyou aproximou-se ainda mais, beijando seu rosto de forma breve, afastando-se para ver a reação do mais novo.

— Eu te amo tanto Yuu... cada gesto, a forma como fala, como sempre fica envergonhado... – se aproximou novamente,  deslizando os dedos sobre os botões da camisa do mais novo, e logo desabotoando um a um.

Yuu suspirou profundamente, tentando conter a própria vergonha, ao sentir os ombros ficarem descobertos, e a camisa escorregar até seus cotovelos. Mas encolheu-se novamente, tentando ocultar a cicatriz no tórax.

— Amo cada pedacinho de ti.... – Kouyou disse em tom baixo, voltando a beijar o mais novo de forma mais necessitada, sendo correspondido timidamente por Yuu.

O menor sentiu os toques em seus ombros, deslizando por seus braços, puxando a camisa, e a tirando totalmente de seu corpo de forma cuidadosa durante o longo beijo.

Kouyou o fez deitar-se, beijando seu pescoço de forma doce, e o sentindo segurar seu rosto de forma delicada.

Afastou-se, e sorriu, ao ver os olhos do outro ainda fechados, e as bochechas completamente vermelhas. Encostou o rosto em seu tórax. Sentindo o coração bater de forma rápida.

Deslizou as mãos por sua cintura, despindo-lhe por completo, observando-o apertar os olhos, ainda envergonhado.

— Estás com medo? – Kouyou aproximou seu rosto do ouvido o mais novo.

— Não tenho medo de ti.... –respondeu abrindo os olhos. – Só é muitas sensações para sentir de uma vez só... – sorriu levemente, sentando-se, e tomando a iniciativa de desabotoar a camisa do mais velho.

Observou o corpo esbelto e pele alva de Kouyou, sem cicatrizes, muito diferente de si, que as tinha em quase toda a pele. O mais velho mais uma vez tomou seus lábios, sentindo-o terminar de desabotoar toda sua camisa, e tentar despi-lo por completo.

Afastou-se do menor, livrando-se do restante de suas  próprias roupas, deixando-se levar por instintos internos, para si ainda desconhecidos.

Fechou os olhos, sentindo apenas o perfume de Yuu, encostando o rosto em seu pescoço, ouvindo sua respiração sutil.

Sentia suas peles encostando como se transmitissem energia um para o outro. Os beijos profundos pareciam combinar suas almas.

Uma conexão que nunca seria desfeita.

Estavam ali, amando-se sem preocuparem-se com o dia do amanhã, o futuro anda não visível.

A única coisa que sabiam do futuro, é que continuariam ao lado um do outro até o fim do mundo.

O menor encolheu-se ao sentir a penetração, mesmo que doesse, seu corpo parecia pedir por aquilo, e apenas concentrou-se em beijar os belos lábios de Kouyou. Sentindo as mãos do mais velho apertarem suas coxas, o puxando mais contra si.

Todo um misto de emoções, podia sentir seu coração bater tão acelerado,  ouvia a respiração descompassada de Kouyou.

Aquela sensação de dor, tornando-se prazerosa, os sons dos seus corpos chocando-se, os ofegos, o sabor dos lábios de Kouyou.... guardaria tudo aquilo em sua memoria nos mínimos detalhes, viveria eternamente lembrando deste momento.

Por que ali provava o amor.

E o amor era a melhor coisa do universo.

Chegaram ao ápice juntos.

Reabriu os olhos, vendo os olhos castanhos de Kouyou brilhantes, e logo o sentindo deitar-se sobre si, ofegante.

— Eu te amo... – sussurrou, e Yuu circundou os braços em seus ombros, sentindo sua respiração contra sua pele

— Eu te amo Kou.... e isto nunca mudará....  – sussurrou também ofegante.

— Nunca mudará... – respondeu, erguendo o rosto, e beijando o menor.

Ficaram em silencio, ouvindo as respirações voltarem aos poucos ao normal. Yuu fechou os olhos novamente, não demorando a adormecer.

Kouyou deitou ao seu lado, cobrindo ambos  corpos ainda despedidos e observando seu rosto mais uma vez.

— Quem diria que um dia o sugador defeituoso descobriria que sentir não é tão ruim. Que um dia poderia amar, e ser amado... – sussurrou para si mesmo. – Espero realmente que isso nunca mude. Que eu nunca te perca e que possa seguir pela eternidade sentindo algo tão maravilhoso que é estar ao seu lado. Almas gêmeas existem, eu posso provar; - beijou a bochecha do menor, o aconchegando melhor na cama, apagou a lamparina, e aproveitou a escuridão para  apenas apreciar a presença adormecida do menor.

[....]

Ainda estava escuro quando Yuu despertou. Kouyou parecia estar adormecido agora, o menor se levantou, saindo da cama, procurando por suas roupas, vestindo-se de qualquer forma.

Seguiu para o banho. Não se preocupando em ir aquecer agua, apenas pegando o que havia já no comodo.

Encheu a tina e entrou rapidamente, ficando por alguns minutos em silencio,  depois rindo de si mesmo.

— Eu sou um bobo. – riu, pegando mais agua lavando o rosto e o cabelo. Terminou seu banho, secou-se, e correu de volta ao quarto, vestindo suas roupas de dormir, evitando acordar Kouyou.

Saiu novamente do quarto, encontrando Índigo, que visivelmente voltava de algum vilarejo, já que seus semblante parecia mais ‘vivo’.

— Olá Yuu. – o vampiro sorriu. – Não esperava encontra-lo acordado tão tarde.

— Ah, eu... estou sem sono. – sorriu sem graça.  – Na verdade, percebi que não sinto mais tanta vontade de dormir como antes de me tornar....

O vampiro lhe sorriu.

—  Já que estás acordado, venha me fazer companhia. – segurou a mão do mais novo e o levou até o fim do grande corredor, entrando na sala de piano.

Índigo seguiu até o instrumento, sentando-se e rapidamente começando a tocar, fazendo Yuu sorrir e se aproximar mais.

— Sempre achei bonito pianos. Mas nunca tinha visto ninguém tocar.

— Sente-se aqui, - Índigo apontou para o espaço ao seu lado. Sem questionar Yuu seguiu ouvindo o vampiro deslizar os dedos pelas teclas de marfim, habilmente, tocando uma sinfonia agitada.

O mais velho parecia animado em estar tocando. Yuu observava atentamente, quase não percebendo que já haviam passado minutos imersos na melodia.

Assim que Índigo terminou a música, o mais novo pareceu ‘voltar a si’, e sorriu para o outro.

— Índigo, não incomoda-se de ser um vampiro? De não poder sair á luz?

— Não me incomoda mais... não tanto... – sorriu brevemente. – E você, ainda se incomoda em ser como o Kouyou?

Yuu encarou o teclado do piano por alguns segundos.

— Eu não sei... ainda é estranho. E imaginar que ele passou por isso sem ter alguém igual á ele, pra dizer que ia passar... – parou de falar, notando que o vampiro, deu-lhe um tapinha amistoso em seu ombro.

— Não se preocupe. Mesmo não tendo ninguém semelhante á ele. Ele conseguiu chegar até aqui sozinho. Com você, irá mais longe. Vocês completam-se de uma maneira bonita. Eu nunca, na minha vida humana, vi tanto amor como vocês demonstram ter. E isso os mantem forte. Não se preocupe com nada mais.

— E finalmente eu conheci o verdadeiro Índigo? – Yuu o abraçou.

— Talvez você tenha o trazido à vida novamente.  – disse. – Ora, deixemos de conversas que nos deixa triste – riu. – Vamos, tocarei outra musica para você. – voltou a atenção para o teclado, começando outra musica animada.

Yuu ajeitou-se voltando a observá-lo.

A paz que esperava, finalmente chegara?


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Notas finais do capítulo

Sobre o lemon/não lemon Eu mantive o original, por que eu não queria que perdesse toda aquela fofura que é o relacionamento dos dois, por isso a primeira vez que escrevi nem descrevi a cena com muito detalhes para dar um ar mais gentil em tudo. Espero que não fiquem bravos comigo hahahaha, mas acho que não combinaria com como tudo andou até aqui.
O final, eu acrescentei, por que realmente queria expressar que Yuu e Índigo tem uma amizade, e ela tem se fortificado.
Faltam poucos capitulos para acabar, e eu estou pensando se mudo eles, ou só adiciono informações, mas sempre vou tentar deixar um roteiro fechado para ela. Não quero que haja furos como anteriormente XD
Obrigada por lerem até aqui!
Até amanhã!



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