Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Capítulo curtinho, porém açucarado, espero que gostem!
Boa Leitura!
Os dias passavam-se cálidos, gélidos, até melancólicos.
Mas ainda havia uma certa paz, uma paz inexplicável, que diminuía os medos de Yuu
Yuu ainda não entendia a si mesmo. Ainda não entendia todo aquele novo ser que havia em si, talvez fosse por temer deixar o medo dominar-lhe uma e outra vez.
Respirou fundo, encarando a janela, em mais um amanhecer.
Passara a noite ali observando, levantara-se da cama, sem despertar Kouyou que parecia tão cansado que nem ao menos sentira falta da sua presença ao seu lado.
Havia muito o que compreender, além de suas mudanças, precisava entender todo o amor que sentia por Kouyou, até onde iria aquele amor?
Teria um final feliz como nos contos que ouvira? Ou no fim das contas o amor desapareceria?
Duvidas sempre existem, mas não queria tê-las em torno daquele sentimento. Queria ter a certeza de que amaria e seria amado pela eternidade.
Assim que o sol já se fazia visível, o mais novo retornou a cama, fazendo com que o mais alto despertasse, finalmente, com a movimentação.
Encarou os olhos castanhos de Kouyou por alguns segundos, e sorriu levemente. Olhá-lo o fazia esquecer as duvidas.
— Bom dia, Kou... – disse, o vendo sorrir, e sentar-se na cama, arrumando os cabelos escuros e longos.
— Acordado tão cedo? Parecias tão cansado ontem.... – disse o mais velho, abaixando as mãos.
— Estava pensando... Pensando, sobre como será o futuro... – disse em tom baixo.
— Não fiques antecipando as dores... – Kouyou estendeu a mão, e bagunçou os cabelos do menor.
Yuu se aproximou, e selou seus lábios. Fazendo o mais velho sorrir.
— O que faremos hoje? Temos o dia todo sem tarefas domesticas. – riu.
— não sei... – riu. – Que tal... ensinar-me a ler, como prometestes? Não fizemos isto até agora.
Kouyou sorriu, e se levantou, estendendo a mão para o menor, e o ajudando a se levantar da cama.
Seguiram em silencio para a biblioteca, a casa ainda estava silenciosa por ainda ser tão cedo, entraram no cômodo destinado, e Yuu soltou a mão do mais velho, correndo até uma das prateleiras que organizaram no dia anterior pegando um livro de capa bordô, com as letras em dourado, chamativas.
— Ensina-me com este! – mostrou para o mais alto, que sorriu.
— Um livro interessante, mas não o meu favorito.... – disse seguindo até a poltrona e logo tendo a companhia de Yuu, que sentou-se no braço do móvel, e entregou-lhe o livro.
— Primeiro, sabes as letras? – Kouyou colocou o livro no colo e olhou para o menor, que parecia encantando com a oportunidade que estava tendo.
— os sons sim, mas não as formas... – disse, vendo o outro sorrir.
— Pois bem, mostrarei primeiro as letras em ordem, e depois vamos tentar as silabas, tudo bem?
O menor assentiu, e Kouyou levantou-se novamente, pegando uma folha e o tinteiro, que estavam sob a mesa que deixaram ao canto.
Virou o livro, e colocou a folha sobre o mesmo, desenhando caprichosamente a letra ‘A’, e logo indicando qual era no livro, e o som, vendo o menor prestar atenção.
Ensinou letra por letra, e depois de preencher a folha, pegou outra, dando a pena que usava para Yuu, que o encarou por alguns segundos.
— Tente. Só olhar o que eu fiz e copiar... sei que conseguirá. – disse em tom ameno, colocando o livro e a folha no colo do menor, Yuu assentiu e começou a copiar de forma tremula as letras.
Assim que chegou a metade, voltou a olhar para Kouyou.
— É mais fácil do que eu pensei. – sorriu, vendo o outro assentir.
A tarde chegou, e Yuu já identificava as silabas no livro, murmurando-as e fazendo o outro sorrir com sua concentração.
Yuu era bem inteligente, e isto de certa forma lhe orgulhava.
— Hora de descansar, amanhã continuamos, tudo bem? – Kouyou lhe segurou a mão, o vendo sorrir. - Hoje temos o sol morno, ainda tem neve no jardim, podemos passear um pouco, não é?
— Sim! – Yuu concordou prontamente, marcando a página que lia, e logo se levantando segurando a mão do mais velho, que mais uma vez o guiou para fora do cômodo.
A casa continuava silenciosa, sinal de que os outros dois não estavam ali. Seguiram rapidamente, e logo avistaram, Yutaka sentado próximo á escadaria principal, acariciando Blu, que parecia realmente gostar da sua companhia. E Akira parecia concentrado em encarar o céu, de forma pensativa.
Yuu afastou-se de Kouyou mais uma vez, e abaixou-se pegando um punhado de neve e jogando no mais alto, que acabou rindo alto e chamando a atenção dos outros.
— Eu não estava preparado para isto! – riu, imitando o gesto do menor, e jogando em sua direção, Yuu desviou prontamente, e começou a correr pelo jardim, desviando das jogadas seguintes.
Yutaka riu de ambos, deixando o gato, e também apanhando um punhado de neve, e acertando nas costas de Kouyou que ainda tentava acertar Yuu.
— Hey! Como assim? Eu nem sabia que você estava na brincadeira. – Kouyou virou-se acertando Yutaka em cheio.
— Como vocês são estranhos... – Akira resmungou, e antes que se protegesse, Yuu o acertou. – Hey! – fechou a feição e pegou uma grande quantidade de neve, acertando o mais novo em cheio, e o derrubando.
Fazendo com que ele risse ainda mais alto.
— Hey, cuidado com a força que usa, seu velhote. – Kouyou apontou para Akira, o acertando.
Permaneceram por algumas horas se divertindo, sem nem ao menos notarem a presença de Ruki, os observando do telhado.
Satisfeito em vê-los tranquilos e unidos. E faria de tudo para que essa paz continuasse.
Mesmo que se passassem décadas, séculos, desejava isto para suas crianças.
A neve tornou a cair, e para evita-la, todos seguiram para dentro, ainda sem notar a presença do outro ali, que esperou até que Akira fechasse a porta, sabia que agora estavam seguros dentro da mansão. E os deixaria sem vigília.
Yuu correu para a sala da lareira, sendo perseguido por Blu, que ainda tinha neve presa nos pelos escuros.
— Nunca havia feito isto. – Yutaka entrou na sala, seguido por Kouyou e Akira. – Essa brincadeira de humanos, mas é algo divertido.
— Vocês ainda vão aprender muita coisa humana comigo. Eu sei disso. – Yuu apontou, fazendo uma careta infantil, fazendo os outros sorrirem
— Espero que essa paz seja duradoura. – disse Akira se sentando na poltrona. – Eu já estou velho para lutas desnecessárias.
[...]
O anoitecer chegou, e as conversas continuaram, Índigo juntou-se á eles, e parecia atento as histórias.
Yuu ouvia as aventuras das quais os outros já haviam passado. Algumas perigosas, outras apenas curiosas.
E isso de certa forma aplacou o medo do futuro.
Talvez vivesse aventuras como os da sua nova família.
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~ Esse eu não mudei muita coisa também, somente algumas frases e a presença do Índigo.
Vou começar já a arrumar os próximos para não me enrolar, e prometo responder os comentarios em breve, to terminando de me reorganizar aqui, por que minha preguiça nesse mês foi altissima hahaahh
Obrigada por lerem até aqui, até amanhã!