Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 40
Forty - Família


Notas iniciais do capítulo

Oie! Vim cedo. Espero que gostem, esse também foi reescrito, e teve muitas mudanças, então é quase um novo capítulo, ele é bem curtinho também.
Boa leitura!



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Já haviam retornado, e antes que Kouyou abrisse a porta principal, Yuu segurou seu pulso.

— Porque não alimentou-se? – disse em tom baixo.

— Não precisa preocupar-se, não faz muito tempo que me alimentei, aguento por mais um tempo.  – sorriu, finalmente abrindo a porta.

Yutaka estava sentado nos degraus, pensativo, e sorriu ao ver que os dois voltaram sãos e salvos.

Yuu sentou-se ao seu lado, e Kouyou seguiu para o andar superior para limpar-se e trocar a roupa enlameada.

Assim que o mais alto saiu de vista, Yutaka voltou os olhos para o mais novo, que parecia pensativo demais.

— Algo errado? – disse em tom ameno.

— Só estou tentando acostumar-me com isto.... É tão estranho imaginar que viverei para sempre desta forma.... Desculpe-me por parecer estar fugindo de todos vocês. Eu ainda me sinto estranho com tudo o que ocorreu...

— Logo tudo será natural para ti. Assim como tornou-se natural para Kouyou.

Yuu sorriu levemente.

— Como podem dizer que nada sentem, se posso sentir o carinho e proteção de vocês? – disse, fazendo o mais velho rir.

— A convivência contigo e com Kouyou nos deixa mais humanos...  – Disse. – No passado, via humanos só como presa. Mas quando cheguei aqui, vi como você era e como agia, que nem todos os humanos eram prepotentes e ruins.

Yuu sorriu mais uma vez, e voltou o olhar para a porta principal, permanecendo assim por um longo tempo.

Imaginando o que teria ocorrido se não a tivesse aberto, quase sem querer, naquela madrugada escura e fria, ou se tivesse fugido quando descobrira o que seu anfitrião era.

Yutaka mexeu em seu cabelo, chamando-lhe a atenção mais uma vez.

— O que tanto pensas? Está em silencio há alguns minutos. – disse.

— O que seria de mim, se tivesse fugido na primeira oportunidade. Talvez eu estivesse morto, talvez eu estivesse apenas vagando por vários vilarejos... São muitas possibilidades.

— Creio que morto não estaria. Ruki não o deixaria sem proteção.

— É verdade.... meu destino é estar aqui. Por mais que eu ainda tenha medos e duvidas. – sorriu mais uma vez, fazendo com que Yutaka assentisse.

Kouyou retornou ao andar inferior, sentando-se um pouco acima dos dois.

— Somos destinados a estar juntos, enrolados em uma rede de sentimentos. Começou comigo e com Akira, chegou a você Yutaka, Índigo e completou com Yuu. – Kouyou disse vagamente.

— Somos uma família estranha – Yuu voltou-se para o mais alto, que sorriu.

— Oh, isso sim. Não tenho duvidas. – Kouyou riu.

[...]

O dia passou rápido, silencioso, e logo a lua se fazia presente no céu.

Yuu passara o dia fora do quarto, pela primeira vez após o acontecido consigo. Ainda ficava em silencio profundo, mas nada que incomodasse os outros ao seu redor.

Kouyou havia acendido a lareira e se sentado em frente, para ler, e o mais novo ficara perto das chamas brincando com o gato, e somente mudando o foco ao ouvir passos adentrando o local.

Virou-se vendo Índigo, bem arrumado, de cabelos presos. Yuu o achara bonito a primeira vez que o vira, mas agora havia percebido o quanto ele era encantador.

O vampiro sorriu levemente, ao perceber o olhar admirado de Yuu, mas logo voltou os olhos para Kouyou, que deixara o livro de lado e o observava também.

— Posso ficar aqui com vocês? – sussurrou o vampiro.

— Sempre és bem vindo, Índigo... – disse Kouyou. Vendo o vampiro seguir até onde Yuu estava, e sentar-se um pouco mais afastado da lareira.

— É bom vê-lo  fora do quarto, Yuu.

— É bom vê-lo longe do porão. – respondeu, fazendo o vampiro sorrir levemente. Yuu se afastou da lareira, e rapidamente abraçou o vampiro. – Agora posso te abraçar...

Kouyou acabou rindo da interação dos dois.

— Você sempre sendo alguém doce, Yuu. – Índigo falou em tom baixo. – Desculpe-me se me ‘diverti’ á suas custas.

— Já está tudo bem, não preocupe-se. – sorriu levemente.

A conversa continuou amena durante a noite quase toda.

Yuu parecia estar bem a vontade convivendo com o vampiro, e isso deixava Kouyou menos preocupado.

Esquecendo da culpa que sentia por ser o motivo de ambos estarem nas novas formas.

Distraíra-se e nem percebera que os dois mais novos correram da sala atrás do gato que insistiu em fugir.

Permanecera ali imerso em seu silencio, enquanto as chamas da lareira já diminuíam bastante.

— Talvez eu não deva me prender a essa lembrança ruim... Não posso insistir em que o Yuu mude a forma de se culpar e sentir-se mal, se eu não faço o mesmo.

Sorriu levemente, notando assim que os dois já não estava ali.

— Onde será que correram? – fechou o livro, deixando-o sobre a poltrona e seguiu vendo os dois sentados á porta principal, observando a noite já esvaindo-se.

Continuou afastado, os observando, conversando coisas sobre o passado, como velhos amigos.

Índigo levantou-se, olhando para ele.

— Agora irei retirar-me, o sol nascerá em breve e não quero ferir-me novamente, nos vemos mais tarde, Yuu, Kou.

— Até mais tarde Índigo. – Yuu sorriu docilmente, e Kouyou apenas lhe assentiu contido, vendo o vampiro sair rapidamente em direção ao piso superior da mansão.

Kouyou sentou-se ao lado de Yuu, mantendo o silencio. Passaram os minutos até o amanhecer, a vegetação balançando aos poucos com a leve brisa, os animais em torno do pequeno bosque.

Um sentimento de nostalgia estava no ar

Talvez o futuro reservasse melhoras significativas dali para frente.

[...]


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Notas finais do capítulo

Então, no original tem mais cinco capítulos, eu tentarei organizar eles para não me perder, mas talvez tenha mais algum de bonus XD
Bom obrigada por sempre lerem e deixarem comentários fofos para mim
Então até amanhã ♥



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