Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 23
Twenty Three - Cicatriz


Notas iniciais do capítulo

Sem enrolação, capitulo revisado XD

Boa leitura!!!



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[Alguns dias depois...]

Trancara a ultima porta, para o inicio de mais uma noite de vigília. A preocupação em seu peito havia crescido após o estranho pedido de Yuu.

Temia que o menor tivesse pressentido algo, e não sabia como agir diante disto. E com a sensação de que Ruki, Lúcifer ou qualquer que fosse o nome real daquela outra criatura, traria problemas á eles, ficava ainda mais perdido em sentimentos.

Ouviu socos na porta, e destrancou-a novamente, abrindo-a e vendo Akira parecendo ter corrido uma longa distancia.

— Akira... não percebi que havia saído. – disse em tom baixo.

— Fui me alimentar... Kouyou.... – seguiu pelo corredor, sem dar mais explicações.

— Todos os dias? Não... é um pouco exagerado? – trancou a porta, e correu atrás do mais velho.

— O que tens á ver com isto? – Akira o olhou com os olhos avermelhados, e aquilo incomodou o mais novo. O mais velho nunca usara aquele tom com ele, e nem mesmo quando o encontrou pela primeira vez, soara tão rude.

— Pensava que não havia segredos entre nós... Estás sendo rude comigo por algum motivo?

— ah... não há nada Kouyou... está preocupando-se á toa. – avisou seguindo pelo corredor, e esbarrando em Yutaka. – Pare de colocar ideias malucas na cabeça de Kouyou... - apontou para o outro, que ergueu as mãos em sinal de rendição, o vendo continuar o caminho.

— O que há com Akira? – Yutaka se aproximou, sem entender o que havia ocorrido.

— Ele está escondendo algo de mim, e você sabe sobre isto, não é? – Kouyou o olhou inquisitivo, vendo o mais velho sorrir, exibindo as covinhas nas bochechas.

— Ora, eu sabendo de algo do Akira? Ele odeia a mim desde a época que fui nomeado seu mestre, seria algo surreal ele dividir um segredo comigo.

— Pare de mentir para mim. – avisou. – Se o que estiverem escondendo, afetar ao Yuu ou ao Índigo, eu tenho o direito de saber.

— Se há algo a dizer, Akira pode muito bem fazer isto, não eu... Sabes disto. – entregou o molho de chaves. – Está tudo trancado na ala leste. Tenha uma boa noite. – disse seguindo pelo longo corredor.

Kouyou fechou os olhos por alguns segundos. E retomou o caminho, voltando para o quarto, onde Yuu estava distraído com o gato.

— Yuu... hora do gato sair... – disse em tom baixo, fazendo com que o menor o olhasse surpreso, por não ouvi-lo chegando.

— Já? – questionou. – Nem fiquei com ele hoje... – disse pegando o gato no colo.

— Mas já sabe que não é bom... aquela criatura está nos vigiando por ele, e quero que fique seguro.

— Ah... tudo bem... – Yuu deu um meio sorriso, e levou o gato para fora.

Kouyou o esperou, e o mais novo demorou mais alguns minutos até retornar.

— O deixei perto da lareira, pelo menos assim ele não ficara com frio.  – disse ao reabrir a porta.

— Um bom lugar...- Kouyou se aproximou e o abraçou, notando que demorou alguns segundos para o outro corresponder. – Estás bravo comigo?

— Não... eu sei que é para que eu fique bem... – sussurrou.

— Quero que fique logo tudo bem.... Espero que descubramos logo quem é e o que pretende esse tal Ruki ou Lúcifer, seja qual for o nome;

— Ele me pareceu bem velho... Não na aparência.... mas os olhos dele... quando conversou comigo... brilhavam diferente dos seus ou do Akira. – disse o mais novo, tendo os fios afagados pelo mais velho.

— Talvez ele seja uma velha criatura... um ancião do meu mundo, vindo nos vigiar... e se  isto confirmar-se, será um grande problema...

— Kouyou... disse que fugiste de seu mundo, não é? – questionou, se afastando e encarando os olhos castanhos claros do mais alto, que desviou o olhar, como se estivesse recordando a situação;

— Eles não se importavam com minha presença depois de alguns anos de convívio... vim como se estivesse procurando alimento, e decidi não voltar mais...

— Disse que vieste atrás de Akira;

— Realmente. – disse se afastando, e o guiando pelo pulso até a beira da cama, sentando ao seu lado. – Demorei á encontra-lo... passei anos vagando, conhecendo o mundo sozinho... então cheguei aqui; conheci Índigo e o pai dele.

— Nunca vieram lhe procurar? – sussurrou.

— Não... Eu ainda retornei para lá algumas vezes, atrás de Yutaka. A última vez foi para salvar o Índigo.

— E nunca estranhaste o fato de que não o procuraram? – Yuu apertou os dedos do mais velho, um tanto preocupado.

— Realmente... não... – disse, não entendendo onde o menor queria chegar com tal conversa.

— Acho que Yutaka veio vigiá-lo... ele... fez algumas perguntas estranhas para mim, quando chegou. – disse em tom baixo. – Perguntou do que eu fugia, e como me encontrei contigo.

— Por que não contaste para mim? – Kouyou levantou-se da cama, com a feição fechada.

— Achei que era somente impressão minha, que só estava com medo dele, como quando lhe conheci e conheci Akira.

Kouyou arrumou o cabelo para trás da orelha, e voltou os olhos novamente para Yuu.

— Quando isto ocorrer, quando desconfiardes de algo, diga-me. Não importa se achas que não é importante ou se é apenas impressão. Melhor prevenirmos do que remediarmos.

— Entendi... – disse, encarando os próprios pés. – Mas... não diga á Yutaka que eu disse-lhe isto...

— Não devia teme-lo, mas farei o que me pedes... – Kouyou voltou a se sentar ao lado do menor, e este o encarou por alguns segundos, notando novamente a marca próxima á orelha do mais velho, a qual vira quando Kouyou lhe apresentou Akira.

— Kouyou... como fizeste esta cicatriz? – apontou para o local, e o mais velho ergueu a mão imediatamente, colocando-a sobre a marca.

— Não é uma cicatriz... tenho a desde que fui criado.  – disse em tom baixo.

— Como uma marca de nascença? – questionou, o vendo assentir. – Eu tenho uma também... – Yuu ergueu a manga do casaco, exibindo o sinal escuro próximo ao pulso, próximo á algumas cicatrizes. – Mas a sua parece mesmo uma cicatriz....

— Como eu disse, quando fui feito, meu criador não fora muito cuidadoso.  Talvez seja parte do meu defeito...

— Não fales assim. – Yuu segurou sua mão, e sorriu levemente. – Talvez sejas uma obra-prima.

— Hum... não vamos discutir sobre isto agora não é mesmo? – riu, tentando desviar o assunto. O menor riu de forma infantil, e o abraçou.

[...]

Akira jogou-se na cama. Encarou o teto branco, iluminado apenas pela lamparina.

— Não aguento mais... não suporto mais... – sussurrou para si mesmo, suspirando profundamente.

Ouviu batidas na porta, e logo notou a presença de Yutaka.

— Entre... seja lá o que deseja... – esbravejou.

O mais velho abriu a porta, entrando rapidamente e logo a fechando.

— Tenho dois assuntos a tratar contigo. – disse, fazendo com que o outro sentasse na cama, e o encarasse.

— Seja breve.

[...]


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Notas finais do capítulo

Yuu sendo curioso demais kkkkkkkkk
Espero que estejam gostando da historia e vim avisar que pretendo 'consertar' algumas coisas dos próximos capitulos, eu sei que no começo eu disse que não haveriam muitas mudanças, mas eu sinto que tem alguns furos que eu não me atentei na epoca.
Então hoje , já vou revisar os proximos capitulos e mudar o que for preciso, mas não pretendo tirar a vibe original da historia.
é isso.
obrigada por lerem, eu fico muito feliz com as visualizações subindo XD
Beijos, até amanhã!



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