Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 24
Tweenty Four - Questões


Notas iniciais do capítulo

Vim no horárioooo!
Espero que gostem desse capítulo aaaa
boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/795410/chapter/24

— Seja breve – disse Akira, vendo Yutaka sentar-se sobre o baú, que havia aos pés da cama.

— Primeiro, deixe de adiar a conversa com Kouyou sobre sua situação. Isso vai acabar afetando todos aqui se continuar da forma em que está- - disse rapidamente, vendo o outro fechar a feição.

— Isto não afeta ninguém mais além de mim mesmo. – Esbravejou; - Não se meta neste assunto!

— Não diga depois que a culpa será minha se algo acontecer, como houve antes de sua expulsão. – Apontou. – Eu havia lhe avisado por diversas vezes que não fizesse aquelas coisas, e que parasse de tentar levar Kouyou embora de nosso mundo. Quando foi expulso, disseste que eu o delatei, como se não houvesse sido avisado de que nos vigiavam.

— Isso foi há muito tempo atrás, em nosso mundo. Aqui não há regras para nós. Aqui, fazemos o que quisermos.

— Então continue. E verá que era melhor ter me escutado! – Yutaka alterou o tom de voz. – Cansado de você fingir-se de desentendido com coisas que sabe muito bem as consequências.

— Qual era o segundo assunto... por que não quero ver sua cara por mais tempo. – disse em tom de desdém.

— Quando viste Kouyou pela primeira vez...   Onde ele estava? Como ele estava? – questionou depois de alguns segundos em silencio. – Você nunca me contou sobre isso.

—Porque queres saber disto agora? – Akira resmungou.

— Porque eu quero entender o por que Kouyou é diferente de nós.

— Hum, o que eu sei não vai mudar nada. Estava no lago, era mais um dia entediante naquele lugar. O notei se mexendo na margem, como se tivesse adormecido ali, fui até ele, e ele se assustou não tinha nome, estava sujo de terra por estar deitado no chão mais nada mais que isto.

— A cicatriz que ele tem... Já havia nesta época, ou ela a adquiriu depois? – questionou, fazendo com que Akira tentasse recordar-se.

— Já havia a cicatriz, quando ele está na forma natural, ela aparece ainda mais. Ele sempre acabava falando dela, mas eu não continuava a conversa por que via que ele se incomodava.  

— Eu preciso conversar com ele, imediatamente. Preciso saber mais coisas sobre ele.

— Yutaka pare de querer saber tudo – resmungou mais uma vez. – Kouyou se lembra apenas do dia que me conheceu, ele não se lembra de antes, e você e os anciões deixaram claro que isto é comum á nós.

— Mas lembraria do nome que o criador lhe deu. Todos nos lembramos disto, você sabe. Parece que propositalmente ele não recebeu um nome.

— Não entendo onde quer chegar...

— Conversarei com o Kouyou. Somente precisava dessas informações vindas de você. – Yutaka se levantou. – E tome cuidado com seus atos, mais uma vez. – Seguiu para do quarto antes que ouvisse a reclamação do outro.

Seguiu pelo corredor, e ouviu os risos de Yuu e Kouyou.

— Hum... não irei atrapalhá-los num momento ameno como este... – seguiu até a biblioteca, e observou a grandiosa janela com as cortinas entreabertas. Podia ver as luzes já sendo acessas pelas ruas do vilarejo mais próximo, no alto de um dos morros do local.

Pressentia algo vindo dali. Talvez ‘Lúcifer’ estivesse escondido naquele vilarejo, sem usar seus poderes ou apenas estava com a mesma ideia de perseguição que via nos olhos de Kouyou.

— Kouyou há muito mistério sobre sua origem, e minha curiosidade somente vem aumentando ao ver suas atitudes.

[...]

Yuu adormecera encostado no ombro de Kouyou, depois de algum tempo de conversas e risadas.

O mais velho o observava atentamente, os cabelos longos ocultando parte de seu rosto, deixando-lhe com a feição mais madura. O fazendo recordar da surpresa que tivera quando o outro revelou-se uma criança.

Tocou levemente os lábios dele com as pontas dos dedos, prestando atenção em seu leve ressonar.

— E o sugador defeituoso mostrou mais uma habilidade... poder amar tão profundamente um humano... tão profundamente que qualquer pensamento em lhe perder já desespera. – Sussurrou, abraçando delicadamente o menor, e logo o ajeitando na cama.

Ficou em silencio. Observando o outro adormecido por mais alguns minutos, logo se levantando e o cobrindo adequadamente, para aquecê-lo.

Saiu do quarto ainda em silencio, e seguiu para a biblioteca onde esbarrou-se com Yutaka que ainda permanecia observando a janela.

— Oh... Pensei que já estaria em seu quarto, Yutaka. – disse Kouyou, sentando-se na poltrona, um pouco surpreso com a presença do mestre no local, em tal horário.

— Queria conversar contigo, mas não queria atrapalhar você e Yuu. – disse seguindo até ele, e sentando-se ao seu lado.

— Hum... É algo sobre o Akira? – questionou o olhando de lado.

— Não... é sobre você.  – Respondeu brevemente.

— Não quero conversar sobre mim. – disse.

— Mas é necessário... – insistiu, vendo o mais novo revirar os olhos, em desaprovação.

— Não é... eu não quero ter que ficar repassando meu passado, procurando algo que indique o que é que o criador queria com minha existência. Se eu não descobri em todos esses anos de sofrimento, não será nesse momento que ocorrerá.  Ele criou-me apenas por criar, apenas para se divertir vendo alguém sofrer, é a única certeza que tenho.

— Se assim deseja. Depois se quiseres conversar... – Yutaka se levantou e saiu da biblioteca rapidamente.

Kouyou apenas balançou a cabeça negativamente, abrindo o livro que havia deixado sobre a pequena mesa.

[...]

Yuu despertou assustado, já madrugada, notando-se sozinho na cama. Havia tido mais um pesadelo, o que era um pouco mais frequente após sua passagem pelo manicômio.

Não entendera bem o sonho, pareciam apenas luzes e vozes ao seu redor, que o faziam sentir pavor e buscar por uma proteção que nunca alcançava.

Aquele sentimento permanecia em si, mesmo com os olhos já abertos.

— Kouyou... – murmurou, na esperança que o outro estivesse na poltrona próxima a janela, já que a lamparina havia se apagado e não conseguia ver muita coisa com a luminosidade da lua.

Se levantou agarrado ao lençol, sentindo o frio já o dominar, e instintivamente correu, arrastando consigo o item, até a biblioteca, surpreendendo o mais velho, que parecia estar muito distraído na leitura.

— Yuu? O que houve? – deixou o livro de lado, vendo o menor ir rapidamente em sua direção e sentar-se ao seu lado o abraçando, agora finalmente largando o lençol;

— Tive um sonho ruim... – resmungou. – Porque não ficaste no quarto comigo?

— Não queria atrapalhar teu sono, estavas cansado... – disse acariciando o cabelo do menor.

— Não ia me atrapalhar, eu me sentiria mais protegido... – continuou fazendo o mais velho sorrir. – Eu sou um medroso mesmo, não ria. – apertou o rosto do mais velho o fazendo rir mais. Yuu esperou o outro se conter, e continuou a conversa, o sonho ainda o deixava incomodado, mas não podia se fixar nos sonhos ruins que tinha. – O que estava lendo? – mudou o assunto, puxando o lençol, e enroscando-se no mesmo, ainda encolhido contra o mais velho..

— Um conto... Quer que eu leia para ti? – disse o mais velho, em tom baixo, vendo Yuu prontamente assentir, e encolher-se ainda mais contra ele. – Então o conto chama-se “Apolo e Jacinto”.

  [...]    


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente... eu só tô piorando a curiosidade de vocês né? Desculpa kkkkkk

Apolo e Jacinto é um dos mitos/contos que eu gosto muito, se tiverem curiosidade de ler, é meio que um leve spoiler de uma das inspiração da próxima parte da fic (inspiração só, não é a mesma coisa tá? kkkkkk

Obrigada por sempre estarem aqui, as visualizações estão aumentando e eu fico feliz que estejam lendo essa historia, obrigada mesmo
Beijinhos, até amanhã ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever Unchanging" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.