Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 16
Sixteen - Convivência...


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!
Esse capítulo também é mais suave perto dos demais, espero que gostem!
Boa leitura ♥



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Adentrou a mansão, passando por Akira, que estava sentado nos degraus, com a feição de tédio.

Sentou-se ao lado dele, ainda em silencio, e logo sentiu o carinho no ombro.

— Sei que está com o pensamento no passado. Por isto não gosto quando recorre ao Yutaka.

— Ele veio por vontade própria desta vez. Não o chamaria sem avisar á você, sabes bem disto. – disse em tom baixo. – E também, não havia motivo algum para chama-lo.

— Hmm... pelo menos não está agindo mais como o filhote assustado que eu conheci. – disse em tom sério. – Yutaka o ameaçou novamente?

— Não... só está agindo de forma estranha... mas disse que havia acostumado-se com meu ‘lado humano’.. isso me fez lembrar a forma como ele me olhou quando descobriu meu defeito.

— Defeito... até hoje me pergunto se és mesmo defeituoso, ou uma obra-prima do criador.

Kouyou riu.

— Oh, deixaremos disto... melhor não encher-nos de duvidas. 

— Você com seus sentimentos humanos... torna tudo mais duvidoso. Por um lado entendo os anciões, mas concordo que nunca nos deram muita informação sobre o porque estava entre nós.

— Será que poderiam parar de discutir esse assunto? Não é desta forma que descobriremos. – Yutaka surgiu no alto da escadaria.

— Não vou questionar mais, mestre. – Kouyou respondeu levantando-se. – Não me importo mais com aquele mundo. Estou bem vivendo entre os humanos, é mais confortável para uma criatura defeituosa.

— Voltamos á estaca zero... – Akira reclamou.  – Yutaka, você sempre aparece na hora errada, provoca o Kouyou e ele fica desta forma.

— Sei que é super-protetor com o Kouyou, mas o problema não sou eu. Plantaste muitas duvidas na mente dele por todos esses anos de convivência.

— Ah, não comecem novamente. – o mais alto seguiu subindo os degraus, e parou ao lado de seu mestre. – Não jogue sempre a culpa em Akira. Eu também tenho vontade própria. – continuou seguindo, voltando ao seu quarto.

— Ele realmente tornou-se um rebelde como você,  Akira. – disse Yutaka descendo e parando ao lado do outro, que apenas balançou os ombros.  – Mas, quem sou eu para acusar a rebeldia dos dois... Não é mesmo?

— Se o diz... – Akira continuou indiferente, a presença de Yutaka sempre lhe incomodara,  talvez fosse a forma estritamente obediente que lhe causava aquela sensação, a vontade de se esquivar do mesmo.

— Bom... não há mais nada para conversarmos, então irei me retirar, tenha uma boa noite. Espero que deixe de aprontar no vilarejo, logo vão descobrir onde se esconde. – disse retornando para o andar superior.

Akira balançou os ombros, e seguiu para a cozinha, mantendo o silencio, imerso nos próprios pensamentos pela situação.

[...]

O dia amanhecera, sem mais intercorrências noturnas. Kouyou deixou a biblioteca para apagar todas as lamparinas, que passara a acender desde a chegada de Yuu.

Assim que passou diante a porta do quarto do mais novo, a mesma fora aberta pelo mais novo, exibindo as feições sonolentas, agarrado ao gato preto.

— Bom dia Yuu... – Kouyou sorriu de forma dócil, sendo respondido com um ‘bom dia’ em tom baixo, em meio ao um bocejo.  – Estás cansado? Acordei-lhe?

— Oh, não, Kouyou... o Blu me acordou, querendo sair... – respondeu.

— Oh, sim... ajuda-me com as lamparinas? – questionou, o vendo assentir, e soltar o gato, que correu para longe de ambos.

Seguiram pelo longo corredor apagando as lamparinas, em silencio, e Yuu seguiu até os outros corredores do qual não tinha muito costume de seguir até lá.

— Por que ilumina este corredor aqui também? – perguntou. – Quase ninguém vem até aqui... Não é?

— Ás vezes venho até aqui... Observar o outro lado da propriedade, ou quando quero ficar isolado dos demais. – respondeu Kouyou. – Mas deixo aceso caso queira passear por este lado também.

— Entendo... – disse apagando a ultima lamparina do corredor.

Continuaram ali, observando o sol iluminar todas as janelas do local.

— Kouyou... Posso ver o Índigo novamente? – sussurrou, de certo modo, envergonhado pelo pedido. O que piorou quando Kouyou o olhou com desaprovação.

— Porque quer revê-lo? – disse, mesmo com a feição nervosa, num tom calmo.

— E... Que... Pensei que talvez ele sinta-se um pouco sozinho... Eu não ficaria muito perto... Para que não acontecesse nada de ruim.

— Não. Não irá voltar até lá. Índigo não precisa de companhia, muito menos a sua.

O mais alto soou de forma grosseira, fazendo com que Yuu arregalasse os olhos, e se encolhesse assustado.

— Desculpe-me...

— Não... Não precisa se desculpar, fui grosseiro. Mas Índigo é um vampiro, você é a presa perfeita para ele, e eu tenho um acordo contigo, proteger-lhe... Então... Melhor manter distancia do porão, como já o alertei da outra vez.

— Tudo bem... – assentiu.

— Venha... Vamos tomar o desjejum juntos... – o segurou pela mão e o guiou de volta ao corredor principal, logo encontrando Yutaka saindo do quarto que lhe fora cedido.

— Oh, já estão juntos logo pela manhã – disse de forma sutil – Irei andar pela região, querem acompanhar-me?

 - Yuu não pode sair da mansão. – disse Kouyou.

— Hum, é um prisioneiro por acaso? – indagou os seguindo, já que Kouyou continuara a andar, puxando o menor que ficara em silencio observado a situação.

— Não é um prisioneiro. – avisou. – As portas nunca estão trancadas, ele é livre pra ir e vir; Mas o momento é inadequado.

— Sou um fugitivo... – Yuu disse em tom baixo. – Meus semelhantes querem prender-me.

— Hum... Um quebrador de regras, como o Akira... – Yutaka riu, com um tom de ironia. – Você realmente só se apega á problemas, Kouyou.

— Pare com isso Yutaka. Vieste aqui para deixar-me irritado? – Kouyou parou. – Deixe de ser inoportuno, queremos um pouco de paz, pelo menos pela manhã.

— Tudo bem, se queres que me comporte como um humano, o farei. Mas não deixa de ser curioso o serzinho que tanto protege. – riu mais um pouco, e retornou ao quarto.

— Yuu... espero que não estejas sentindo-se ofendido com Yutaka... Ele não sabe lidar com humanos....

— Tudo bem... eu sei que ele não está acostumado com humanos... Mas já aprendi a lidar melhor com vocês, com a situação...  – sorriu de leve, vendo o mais alto assentir.

[...]

Akira observava ao longe, Kouyou caminhando com o menor ao lado, apontando para arvores, provavelmente explicando os tipos e nomes;

Distraiu-se o suficiente, para não notar a aproximação de Yutaka.

— Isto que emana, é o que os humanos chamam de ciúme? Ou estou enganado? Aprendeste com o Kouyou estas coisas?

— Não tenho esse sentimento por ninguém. – respondeu simples.

— Claro que tem. Tinha quando me aproximei do Kouyou, e ainda sinto toda vez que estou conversando com ele, e você nos observa.

— Yuu não é você. Ele não veio para mudar o Kouyou porque ele é diferente. – respondeu. – Yuu faz bem para o Kouyou, e quanto mais eles estiverem perto um do outro, mais vou protegê-los de você ou de qualquer outro sugador que tente afasta-los.

— Akira... Porque achas que o filhote humano ali, faz algum tipo de bem para Kouyou? – indagou, curioso com a situação descrita pelo mais novo.

— Porque o que questionou a Kouyou, sobre não entender o que é aquela aura que os cobre é um sentimento bem humano, e bem mais puro que qualquer coisa que já observamos.   – encarou Yutaka por alguns segundos.

— Hum, entendes tanto assim de sentimentos humanos? – continuou, vendo Akira volta o olhar na direção dos dois que continuavam o passeio sob o por do sol.

— Quando Kouyou chegou, eu só conhecia a rebeldia. – respondeu. – E o sentimento da raiva. Mas quando percebi que ele além de energia, poderia roubar por alguns momentos, os sentimentos humanos, e senti-los em toda sua intensidade, e aprender a ter aquilo como se fosse algo natural de nossa espécie, eu busquei conhecer melhor a humanidade... Saí sem direção, por varias regiões... E pude aprender um pouco sobre o que eles sentem de uns para outros.

— Mas continua um rebelde, que não mede as consequências de seus próprios atos.

— Hum... deixe-me com meus problemas.  – avisou.

— Quando contará á Kouyou a situação? Não irei entrega-lo, mas em algum momento isto ficará insustentável, e serás pego desprevenido.

— No momento certo contarei. – disse. – O deixe aproveitar seus sentimentos sem perturbações maiores.

[...]


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Notas finais do capítulo

Alguma idéia do que o akira tá aprontando? Gostaram da forma que o Akira fala do Kouyou?

O Índigo não tá meio esquecido, é proposital ele não aparecer nesse capítulos, mas logo ele aparece mais uma vez! XD
Obrigada por lerem e comentarem!
beijos ♥



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