Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 13
Thirteen - Sobre Sentimentos e Confiança


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora de hoje haduadhaudh
mas está aqui, revisado e bonitinho XD

Boa leitura~~



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Yuu permaneceu o fim da tarde sentado em frente a mansão, na companhia do gato preto.

Parecia que os mais velhos haviam esquecido-se de sua presença. Mas isto não lhe incomodava, somente a ideia de que Akira escondia algo importante que estava preocupando lhe de forma demasiada.

— Oh... Não me esqueci de você.  – ouviu a voz de Kouyou, como se o mesmo houvesse lido seus pensamentos. O mais alto sentou-se ao seu lado, com um livro de capa vermelha em suas mãos.

— Não preocupe-se, Kouyou... Eu gosto de ficar sozinho as vezes. – sorriu.

— Então estou atrapalhando seu momento? – o mais velho sorriu, fazendo o menor rir.

— Ah, não está...  – disse ao conter-se. – Seu... seu mestre ficará por muito tempo na mansão?

— Ele o incomoda não é? Mas... Yutaka é nômade, ele detesta ficar muito tempo em um só local; Mas não sei... Não sei quanto tempo ficará por aqui.

— na verdade... Foi a mesma sensação que tive com Akira... Talvez passe com o convívio. – sorriu levemente.

— Passou a tarde toda vendo o jardim principal, ou passeou pelos jardins do fundo? – questionou depois de alguns segundos.

— Permaneci somente aqui... Com o Blu... – respondeu brevemente, acariciando o gato que voltara a ronronar.

— Gostas mesmo desse bichano. – Kouyou sorriu. – Ah... Trouxe este livro... Gostará, tem muitas gravuras, e será mais fácil para que aprenda com ele. – entregou para o menor, que observou a capa brevemente.

— Estás sendo muito gentil comigo, Kouyou... Agradeço por isto...

— Não precisa agradecer... Mereces que eu lhe trate bem. E Gosto que esteja me chamando pelo meu nome, e não por ‘milord’ – imitou a voz infantil do outro, que acabou rindo alto.

— Ah esse lado seu eu ainda não conhecia. – disse. – És engraçado.

— Fico feliz que ache-me engraçado. – respondeu. – De onde eu vim, isso era tido como algo ruim, blasfemo de minha parte.

— Da forma que fala... Parece que eles não têm sentimentos mesmo. – disse Yuu.

— Bom... as coisas são bem diferentes de seu mundo. – continuou.  – Mas deixemos de falar de coisas ruins... Vamos entrar... Já está esfriando;

Kouyou levantou-se e ajudou o menor a levantar.

— Isto é diferente... – ouviram Yutaka, e ambos viraram-se para olhar o mesmo, que estava encostado na porta da entrada.

— O que é diferente? – questionou Yuu, o vendo sorrir e exibir ‘covinhas’ nas bochechas.

— A sensação que emanam... É diferente de como já vi antes, vindo de Kouyou.

— Pare com isto Yutaka. – Kouyou o interrompeu rapidamente, o fazendo assentir ainda sorrindo, e voltar para dentro da mansão.

Yuu observou o mais velho sem entender, mas continuou andando ao lado do mesmo.

— Irei preparar o jantar... – desviou o assunto.

— Posso ajudar? – questionou o vendo assentir; então ambos seguiram em direção á cozinha;

[...]

Yuu se distraíra o suficiente cortando os legumes que o mais velho separara.  Kouyou ia de um lado ao outro, também distraído em suas tarefas.

— Kouyou... Notei que algumas vezes vocês não se alimentam como eu... – disse o menor depois de algum tempo.

— Não é tão necessário como para os humanos, mas apreciamos comer. – sorriu brevemente, voltando à atenção ao que fazia..

— Ah... Entendi... – Yuu sorriu. – Está em nosso mundo á muito tempo?

— Um bom tempo. – respondeu.

— Saíste de seu mundo por que quis? Ou algo fez com que viesse até aqui?

— Vim atrás de Akira... – respondeu simples. – Acabei demorando em encontra-lo, e depois de um tempo, resolvi conhecer o mundo humano sozinho. – se aproximou do mais novo e recolheu os legumes já cortados.

O silencio se fez presente, e Yuu achou melhor não encher seu anfitrião com várias perguntas, embora ficasse curioso e imaginando como deveria ser aquele ‘outro mundo’ e como era o acesso, saída, do local.

[...]

O jantar fora servido, e novamente o silencio se fez presente. Yutaka parecia estar sozinho em seus próprios pensamentos, enquanto Akira encarava Kouyou de forma irritadiça, e o mesmo continuava a comer como se não se importasse com a atitude alheia.

Yuu comeu moderadamente, recolhendo o próprio prato e seguindo para sala que pouco usavam.

Sentou-se em frente à lareira, e ficou brincando com o gato que estava por ali.

— Blu... Parece que realmente tem algo acontecendo além do meu entendimento. – o gato miou em resposta, e fez com que o garoto risse.

Permaneceu alguns minutos ali, deitado no tapete suntuoso, acariciando o gato que ronronava alto.

— Ah, estás aqui... – ouviu a voz de Kouyou, e ergueu o rosto para encará-lo. – Pensei que estava em teu quarto.

— Achei que precisavam conversar... E então me retirei para não atrapalhá-los. – disse no típico tom infantil, ainda brincando com o gato.

— Oh, não atrapalhava. Eu só estava evitando que Akira iniciasse uma discussão, ele detesta meu mestre...  – Kouyou disse de forma engraçada, tentando aliviar a situação, mas isso não diminuiu a preocupação do menor.

— Ele parecia bem incomodado com a situação.

— Ele não confia em Yutaka. Acha que irá me delatar aos anciões.

— Por quê? – preocupou-se, sentando-se, e vendo o anfitrião sentar-se em uma das poltronas próximas.

— Índigo não deveria existir.  Lembra-se que lhe contei sobre as regras. Uma delas é não interferir na vida de filhotes, crianças humanas. Quando notei que a escolha havia sido errônea, Yutaka disse que poderia desaparecer com ele. Não permiti, e ele ameaçou-me, disse que contaria á todos, e eu seria obviamente, castigado. Mas por fim, ele apenas seguiu seu caminho, e deixou-me com Índigo sozinho.

— Há tantas regras assim? Não disseste á mim, que salvara Índigo, que ele estava prestes á morrer? As regras são tão rígidas á esse ponto? – questionou inconformado.

— No meu mundo, não devemos alterar o destinos. – respondeu brevemente.

— Então quebraste mais uma regra salvando-me do manicômio? – sussurrou, vendo o mais alto sorrir levemente. – Não entendo como funciona teu mundo... Parece cruel não poder fazer nada enquanto outra pessoa caí em desgraça. Nunca ficaria de braços cruzados se pudesse fazer algo por outro;

— Eu sei que faria de tudo para ajudar... Sei mesmo... – Kouyou saiu da poltrona e sentou-se ao chão, próximo ao menor, tocando-lhe a face de maneira sutil, fazendo com que Yuu ficasse com as bochechas coradas com a aproximação repentina;

— Kouyou... És tão bom comigo... Não sei como retribuir... – sussurrou.

— Só não procurar encrenca. Eu agradecerei se permanecer seguro. – disse em um tom divertido.

O menor sorriu e o abraçou de forma infantil, fazendo-o rir. Estava satisfeito, por Yuu estar acostumando-se melhor com sua presença.

Isto, de certa forma, aquecia seu coração inumano, mesmo sabendo que todo aquele carinho do menor, era devido a carência infantil.

E talvez Yutaka tivesse razão, aquilo era, emanava, algo diferente,  Kouyou nunca sentira nada com tal intensidade em si. 


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Notas finais do capítulo

Cenas fofas que estavam demorando em aparecer (OK)
Mais duvidas sobre as personalidades de Akira e Yutaka (OK)
Cadê o Ruki (continuem lendo que logo ele aparece, ele também é importante!)
Agora, sem mais enrolar aqui, venho agradecer mais uma vez ás visualizações, que estão aumentando, aos favoritos e aos comentários maravilhosos.
Muito obrigada mesmo, eu me sinto muito feliz com vocês dedicando alguns minutos para ler isto aqui ♥
beijos, até amanhã!



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