Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 44
Capítulo 44 - Tudo




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Eu queria contar tudo o que Damien me disse, tudo o que eu havia acabado de saber e o que ele já sabia, mas eu não sabia o porquê disso, não sabia o porquê de ele querer saber de mim algo que ele já sabia. Fiquei perdida nos meus pensamentos naquele momento que esqueci completamente que ele estava na minha frente, esperando uma resposta.

— Deixa, é só algo que eu gostaria, mas não é necessário – Falou me retirando de meus pensamentos, ele segurou minha mão e me levou ao banheiro, engoli em seco nervosa pensando no que ele queria fazer.

— Porque você me trouxe aqui? – Perguntei assim que ele me soltou, alisando o meu braço.

— Bem, que eu me lembre eu te disse que tinha de mostrar algo importante – Ele falou fechando a porta do banheiro nos trancando.

— Isso não é algo que eu queira ver, tarado – Falei séria, ele levantou uma sobrancelha e riu de leve.

— E depois eu sou o pervertido – Falou me fazendo arquear minha sobrancelha, ele se aproximou de mim e depois virou para fitar o lugar onde se estende a toalha, um laser apareceu sobre o olho dele e então um microfone, ele falou o nome dele e algumas armas apontaram para mim.

— O que é isso? – Perguntei tremendo, ele riu de leve.

— E convidada – Falou e as armas adentraram a parede, então uma espécie de porta se abriu – Você vem? – Perguntou. Eu adentrei ao que se parecia um elevador, assim que a porta fechou e nós começamos a descer ele pediu para eu fazer algumas coisas, eu estranhei, entretanto isso ajudou, o chão do elevador se abriu e eu gritei de medo já que aconteceu de repente. Com o tempo comecei a rir porque estava me divertindo e com o tempo o tobogã acabou e eu me encontrava em um lugar extremamente bagunçado – Bem-vinda, ao laboratório.

— Impressionante – Falei ao fitar o local mais normalmente, além da extrema bagunça por alguns lugares, havia esse enorme pula-pula para amortecer a queda, uma grande quantidade de máquinas e um enorme computador. Eu o fitei, ele estava sério, como se houvesse alguma coisa de errado – O que foi?

— Não sei, acho que tem algo de errado – Comentou, então as luzes se apagaram junto com o computador e a máquina que deixava o enorme pula-pula cheio – Certeza que há algo de errado, Daniel? Daniel! – Chamou, entretanto não ouve resposta, comecei a ficar preocupada.

— Novato, o que está acontecendo? – Perguntei fitando-o, ele me puxou para cima dele e fitou algum lugar, havia um homem ali e ele parecia ter quebrado alguma coisa.

— Eu sei que está aqui garoto, apareça! – O homem falou, fitamos o lugar do barulho, graças a minha visão aguçada eu conseguia vê-lo, era um homem com pouco cabelo na cabeça, sem barba nem bigode e aparentemente jovem, ele estava usando uma camisa sem manga e um short jeans.

— Quem é ele e o que ele quer? – Perguntei. Estava com medo, nem havia reparado que meus olhos estavam vermelhos.

— Fique aqui, eu vou resolver isso – Falou segurando em minhas mãos, então me soltou e se afastou. Eu fiquei fitando-o até ele desaparecer atrás de algumas tralhas, por algum período de tempo eu fiquei escutando-os conversando e lutando, pelo visto o Novato tinha algumas espadas aqui já que eu escutava o som de metal colidindo. Me distraí ao ver um corpo feminino correndo de um lado para o outro, cheguei mais perto, mas não vi nada, até que encontrei o robô que eu havia encontrado uma vez quando fui na casa dele pela primeira vez, entretanto ele estava desligado, eu o liguei e ele rapidamente se moveu me empurrando para longe, quando eu fitei os dois que estavam brigando vi o novato sendo levantado pela máquina, ele me empurrou para salvar o garoto.

— Onde estava? – O novato perguntou quando se levantou.

— Eu havia sido desligado, mas uma garota me acordou – Explicou fazendo com que o novato me fitasse, eu fiquei surpresa pelo fato do robô ter me visto. O Novato falou que havia se esquecido de algo, mas não disse o que é e eu me perdi, quando eles se viraram, o cara que eles haviam derrubado havia sumido.

— Era isso que você queria me mostrar? Que você é o Panda? – Falei fingindo não estar surpresa, foi aí que não me segurei quando ele disse que não e apontou para trás de mim, vi a estátua de uma mulher que eu conhecia bem. Minha mãe estava na minha frente, cristalizada, mas estava ali, Caí de joelhos ali, então fitei o Novato e descobri porque ele queria saber o que Damien contou. Agora ele poderia me contar tudo o que eu precisava saber.

— Eu a encontrei e a trouxe para cá, tenho motivos para crer que meus pais a encontraram – Eu o interrompi lendo algumas letras que estavam na estátua a minha frente.

— Djxd h d Fxud – Falei passando o dedo em cima das letras, estava me perguntando o que isso poderia significar e o novato estava preocupado com outra coisa.

— Daniel, o livro sumiu – Falou. Eu o fitei e me virei para onde ele estava apontando, mesmo assim não pude evitar de chorar, minha mãe estava na minha frente cristalizada por minha culpa. Eu sabia a verdade agora e isso me entristecia principalmente por isso, naquele mesmo dia eu havia jogado aquele garoto literalmente para fora, como se não fosse nada, mesmo assim ele está aqui, me ajudando sem que eu peça e naquele momento ele se aproximou de mim colocando uma das mãos no meu ombro.

— Perdão, é que eu estou na frente da minha mãe agora e faz anos que a vi – Falei tentando segurar o choro e falhando miseravelmente, eu estava tão triste que nem reparei que havia contado algo sem sentido para ele.

— Eu sei, seu pai me contou a história – Falou, eu o fitei e arregalei os olhos.

— Que história?

— De como sua mãe morreu – Falou suspirando, então ele retirou a fantasia, se sentou ao meu lado e me disse algumas coisas como o fato dos meus olhos que o fez descobrir sobre mim no primeiro dia de aula. Gelei naquele momento, ele descobriu a verdade desde o primeiro dia de aula?

— O que ouve naquele dia? – Perguntei interessada, então ele me explicou daquele dia o que eu fiz com ele e como isso ocasionou na descoberta dele – Eu estou sem lentes não estou? – Perguntei engolindo em seco, ele acenou positivamente com a cabeça – Você sabe o que as cores querem dizer?

— Sei sim – Coloquei a cabeça nos joelhos e dei um pequeno berro, de certa forma ele sabia que eu estava apaixonada por ele, mas nunca considerei isso um bom motivo para ele me perdoar por tudo o que fiz.

Até hoje procuro um motivo para ele sempre ter me tratado bem, mesmo eu tratando-o mal desde a primeira vez que o vi e certamente isso mexe bastante com minha cabeça, o suficiente para me acordar de noite e pensar sobre isso.

 


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