Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 13
Capítulo 13 - Uma conversa inesperada


Notas iniciais do capítulo

Consegue descobrir o nome do Não-Satã? 123456...--> 135...642.



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O celular dele até que não era ruim, tinham alguns jogos legais que eu adoraria ver, mas não consegui porque hoje teve queda de energia e esses jogos precisavam de internet. Eu estava deitado na cama, sem nada para fazer, afinal já havia terminado o hacker dos desenhos que estava guardado em seu canto. Daniel estava lavando a louça do almoço e cuidando da casa e eu estressado por não ter o que fazer. Me levantei e procurei pelo meu fone de ouvido para ouvir algumas músicas no celular, mas ao invés de pegá-lo eu achei algo mais importante na gaveta onde o encontrei, o nome estava manchado e difícil de ler, mas havia uma palavra que chamou minha atenção diante das outras: Vampiro. Abri ele em uma página aleatória e vi algumas palavras estranhas logo na primeira frase.

— Ok cniormtea Pd oé Nããtoa-S – Falei ou melhor, tentei falar. Isso mais parecia um pequeno enigma de resposta a uma pergunta.

— Então era verdade, ele realmente conseguiu o livro? Emocionante, será que ele vai conseguir? – Falou, eu pulei em reação ao ouvir a voz aparecer de repente e depois de minha reação ouvi uma risada – Do que será que você tomou susto, não ouvi nada cair no chão nem mesmo seu robô inteligente falar algo – Comentou, eu me virei lentamente e não vi nada nem ninguém, cocei a cabeça, o que aconteceu aqui? – O que você está pensando? – Ouvi novamente, desta vez olhei para cima e vi um garoto de cabelo liso e da mesma cor dos olhos, castanhos, flutuando em cima de mim, eu pulei para longe soltando o livro e ele riu – O que há de errado com você? Desse jeito parece até que você está me vendo!

— O que há de errado comigo? Você apareceu aí do nada – Falei, ele parou de rir e me fitou com uma face surpresa.

— Você me escutou? – Falou apontando para mim, então começou a se mover e eu segui sua movimentação – Pode me ver também! Você conseguiu.

— Consegui o que? Quem é você?

— Primeiro a segunda pergunta? Você já ouviu falar de mim, quem sou eu? – Ele perguntou pousando no chão fazendo uma cara de raiva ao me fitar, então sorriu e fez uma face normal, eu fitei o teto para pensar e logo o fitei novamente surpreso.

— Jacob? – Perguntei.

— O próprio.

— Mas co....

— Agora vem a resposta da primeira pergunta – Ele falou me interrompendo, então deitou no ar colocando as mãos na nuca e eu me sentei na cama – Você conseguiu ler a frase intraduzível, o que fez com que você visse o fantasma mais próximo, no caso euzinho aqui – Explicou.

— Então eu vou poder te ver agora?

— Por um breve período de tempo sim, mas depois não vai mais a não ser que leia a frase corretamente novamente.

— Entendi, mas ei, porque não está com a encrenqueira?

— Ela está com o namorado e eu não curto muito segurar vela, o que me leva a uma pergunta, porque não contou a ela a história de vocês? A amizade de vocês?

— Você deve saber a resposta.

— Pois é, eu sei bem – Falou, então ele começou a rir alto.

— Porque está rindo.

— Ela tem razão, você é muito parecido comigo – Falou.

— Ela disse isso?

— Sim – Falou, eu pensei em perguntar algo, mas balancei a cabeça em negação.

— Você soube explicar o porquê de eu conseguir ver você, o que mais sabe sobre esse livro? – Perguntei segurando o livro em direção a ele.

— Não muita coisa, os criadores desse livro foram seus pais, descobrindo coisas com os vampiros.

— Eles estavam com os vampiros?

— Exato, mas creio que você já sabia disso, afinal você viu o chip nela depois do acidente.

— Você me viu pega-lo?

— Claro, eu estava lá e dentro dele está um monte de coisas sobre seus pais e....

— Dos segredos dela.

— Foi por isso que jogou fora?

— Sim, tive medo de que, mesmo sem querer eu descobrisse coisas que não deveria.

— Existem coisas que apenas não se deve saber, é eu sei como é isso – Comentou – De qualquer jeito, você deve saber a verdade sobre seus pais.

— Que verdade?

— A verdade de como eles morreram e está tudo nesse livro, você deve lê-lo e fale comigo de novo quando pegar a mãe dela de volta, eu gostaria de falar com ela.

— Como você.

— Eu não vivo apenas com ela garoto, tenho minhas curiosidades – Respondeu.

— E existe cura?

— Seus pais estavam desenvolvendo uma, mas morreram antes de termina-la e pelo seu laboratório você é mais ou tão inteligente quantos eles. Vai encontrar.

— Eu vou tentar – falei, então ele desapareceu – É até legal – Comentei, então deitei na cama e comecei a ler o livro.

— Você tentou perguntar algo antes, quando eu comentei que ela disse que você lembrava a mim.

— Não era nada não – Menti.

— De qualquer jeito vou responder.

— Mas eu nem fiz a pergunta.

— E nem precisava fazer, eu estava lá no hotel e quando comentei que ela havia esquecido da roupa para vestir depois do banho você havia comentado, ela já havia retirado as lentes naquele dia, no entanto os olhos dela não estavam vermelhos, pelo menos não aqueles vermelhos – Falou, eu me virei para ele surpreso, ele sorriu e cruzou os braços antes de continuar – a janela estava aberta quando ela entrou no banheiro, ela não viu e acabou indo luz nela, mas, como você já percebeu, a cura de um vampiro é rápida, mas o que você não percebeu que os olhos dela ficam vermelhos quando está se curando, porque estava desmaiada e com os olhos fechados – Explicou e ele tem razão, eu realmente não vi se estavam vermelhos.

— Então ela dorme com as lentes de contato? – Perguntei, ele cruzou os braços e riu um pouco.

— Tem certeza de que a pergunta não era nada? – Falou e eu não respondi nada, mas tive certeza de que as minhas bochechas estavam vermelhas, afinal as senti ferver – Como eu te disse, companheiro, ela tem razão em relação a nossa semelhança e é por isso que sou contra sobre sua decisão de afastar dela, porque eu fiz a mesma coisa e isso só piorou, eu morri e aconteceu quase a mesma coisa com ela, felizmente seus pais a ajudaram e acabaram morrendo por isso.

— Como?

— Tudo a seu tempo, o que eu quero dizer é a mente esquece, mas o coração não e como você mesmo disse, não existe amor à primeira vista, no entanto paixão sim, prédios sem estruturas caem, mas o primeiro pilar veio da paixão – Falou, então jogou algo para mim. Eu peguei por reflexo e quando vi o que era arregalei os olhos, o chip dela – Não se preocupe, retirei tudo o que não deveria saber e mais uma coisa, lembra quando eu disse que duraria apenas algum tempo? – Perguntou, eu acenei positivamente com a cabeça em resposta – Pois é, eu menti – Falou, então riu e desapareceu e eu fitei o chip que ele me entregou.

— Senhor? Tudo bem, eu ouvi você conversando sozinho – Daniel falou entrando no quarto, eu ri com sua fala.

— Estou bem – Falei, então peguei meu notebook e o x-pen, que é um leitor de chips de memória que fiz – Vamos descobrir umas coisas – Falei me virando e percebi que Daniel não estava mais na porta, virei novamente para fitar o notebook e abri o arquivo e arregalei os olhos com o texto que havia lá, uma palavra e uma data – Panda 1 de Abril? O que isso quer dizer? – Berrei, então fitei o calendário e abri o mês de abril e o dia 2 estava marcado, coloquei o mouse em cima para ver o que era, estava escrito Abrinê, que é minha abreviação de anime abril.

— A primeira estrutura é a paixão – Ela falou aparecendo atrás de mim, eu me virei para ele – Certo, mas o que você quis dizer com Panda? – Perguntei, então ele apontou para a porta, pouco depois Daniel apareceu com a fantasia que eu sempre usei nesse evento e colocou no guarda-roupa.

— Lavada e pronta para a próxima semana! – Falou, então saiu do quarto, eu fitei Jacob novamente e dei de ombros em dúvida.

— Esse foi um apelido que ela deu para o cara que usa a fantasia, no caso você.

— Mas a fantasia é de um urso.

— Panda é um urso, idiota – Falou, então suspirou – ela sempre quis te conhecer, eu contei quem você era depois que ela te viu pela primeira vez, no caso no primeiro dia de aula – Comentou, eu arregalei os olhos surpreso.

— Por isso ela agiu estranho depois.

— Estranho não, diferente, ela não se lembra quem o panda é, mas se lembra dele, sente algo pelo panda, mas nunca soube quem é já que....

— Eu sei, sempre dei um jeito para impedir que descubram quem sou, de me seguirem para fora do evento – Falei o interrompendo.

— Agora entrar do jeito que você entra é impressionante, como faz pra não se machucar? – Perguntou cruzando os braços, eu abri a boca para falar, mas ele estendeu a mão pedindo para não responder – Estou brincando, eu já sei – Comentou, então atravessou a parede novamente.

— Panda, até que é um bom nome – Pensei alto dando de ombros, então deitei na cama. Agora eu tinha um grande desafio pela frente, reconquistar a garota que gostava de mim, sem revelar a identidade do panda para mais ninguém. Me levantei da cama novamente para sair.

— Não esquenta, eu já deixei seus avisos nos seus lugares – Avisou voltando, eu o fitei e acenei a cabeça em agradecimento, então ele foi embora e não voltou mais.

 


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