Dark End Of The Street escrita por Minerva Lestrange


Capítulo 23
Certeza




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— Acho que precisamos conversar. 

Não mentiria dizendo que não havia pensado em diversas versões do que dizer a ela para justificar àquele beijo, mas não havia a procurado justamente porque nenhuma delas parecia correta.

Podia ver o rápido mordiscar de lábios após a proposta, pois, apesar de estar ali pela coragem e maturidade insanamente maiores que a covardia de Barry, também havia alguma hesitação, o que lamentou: eles nunca hesitavam um com o outro e, graças à ele, tudo estava desmoronando, mesmo quanto a pessoa mais improvável que isso acontecesse.

— Er... Claro.

Concordou rapidamente, aproximando-se para destrancar a porta sob o olhar analítico da doutora. Pisar em ovos com Caitlin era completamente novo. Se fosse qualquer outra mulher, tudo estaria bem, até mesmo o fato de estar sonhando ou tendo devaneios com ela, mas se tratava de sua melhor amiga ali e não admitia sequer a ideia de desrespeitá-la.

— Supus que não fosse aparecer em Princeton, então... – Ela ajeitou a bolsa ao redor dos ombros e o seguiu para dentro do apartamento. – Eu vim.

Enquanto fechava e trancava a porta novamente, se sentiu um pouco culpado por realmente não ter planos para voltar a Princeton tão cedo. Talvez, se tudo colaborasse, não a veria até que, finalmente, o verão acabasse, ela estivesse de volta e ambos fingissem que nada havia acontecido.

Obviamente, não tinha ideia de como seria tal período, uma vez que nunca ficaram afastados por tanto tempo, mas não queria que se perdessem. Que deixassem ir a maneira como sempre foram, onde se cuidavam e não impunham muitas barreiras um ao outro. Quando pensava nela esse era o ponto mais importante, que não queria deixar passar, pois sabia que, se Caitlin se afastasse, nada a traria de volta.

— Me desculpe por isso. – Ela lhe forçou um sorriso e andou pelo flat, olhando tudo ao redor com aquele ar crítico, desde a cozinha passando pela sala de estar, na qual ainda faltavam alguns móveis por mera falta de tempo, a mesa onde deixara a própria bolsa e a grande janela, que tornava tudo iluminado pela luz da cidade adentrando todo o ambiente pela de cortinas. – Não estou morando em um cortiço, certo?

— É melhor do que pensei, tenho que admitir.

Levantou as sobrancelhas, surpreso por Caitlin ter aprovado o apartamento após tanto criticar todos os lugares que haviam visitado juntos. Era irônico que tivessem tido todos esses momentos, onde nada acontecera entre eles e Barry tivesse decidido beijá-la quando ela estava há quilômetros de distância. Irônico, contudo, não significava melhor ou pior.

— Chegou à cidade há muito tempo?

Tentou preencher o silêncio quando ela se aproximou do aparador de madeira logo atrás do sofá passando a examinar de maneira bastante interessada as pilhas de livros que se encontravam ali.

— Não, já havia anoitecido. – A observou morder os lábios em característica ansiedade antes de encará-lo, meneando a cabeça. – Eu não tenho intenção de... Ir ao laboratório visitar os outros, então... Dirigi pela maior parte do dia e vou voltar assim que dormir um pouco. Tenho aula amanhã à tarde.

Se incomodou com o fato de ela estar ali e não se interessar em ver como estariam os outros, ou até sua própria mãe, mas também não sabia como reagir ao fato implicado de que voltara a Central City de carro somente para vê-lo e esclarecer as coisas. Caitlin havia demorado uma semana para tomar aquela decisão, Barry não tinha ideia de quando estaria pronto para encará-la.

— Aceita algo para beber? – Ela levantou os olhos para encará-lo.

— Álcool seria bom.

Barry sorriu e foi até a geladeira, voltando com duas garrafas pequenas de cerveja para ambos. Enquanto a encarava somente apreciar o sabor do líquido descendo pela garganta, apesar de não saber exatamente como continuarem, se viu ansioso pelo que ela tinha a dizer. Caitlin não faria a viagem de Princeton até ali por qualquer coisa, especialmente se sentisse que poderia resolver a questão por telefone. Era só um beijo, afinal de contas, tentou colocar na própria mente barulhenta demais. Então, a viu passear os dedos, nervosa e distraidamente, pela garrafa molhada e abrir a boca para falar, parecendo escolher bem o que viria a seguir.

— Se lembra quando tivemos que lidar com Hannibal Bates?

— Everyman? – Franziu o cenho, confuso pela direção do diálogo no que ela confirmou.

— Bates tomou sua aparência por quase um dia inteiro e... Ele me beijou. – Barry se levantou imediatamente do sofá, tanto chocado quanto indignado.

— O quê?! Porquê... Por que não nos disse nada? Por que ninguém nunca soube disso? – Caitlin meneou a cabeça como se dizendo ‘não era óbvio?’.

— Eu apaguei os registros das câmeras de segurança, mas não é isso o que importa. – A doutora cortou, vendo suas feições surpresas demais. Nada disso passara por sua cabeça na época, pois achavam que haviam contido Hannibal Bates antes que ele pudesse fazer qualquer besteira em sua aparência. – A questão é: eu não soube lidar com isso quando aconteceu com Bates e... Não sei lidar agora, novamente. Sabe, eu não vi isso... eu não vi você chegando. Não dessa forma, entende?

Barry queria poder dizer o mesmo, que não imaginou como seria beijá-la por várias vezes; que, realmente, não tinha ideia do motivo para finalmente fazê-lo; que não a viu chegando com seus cabelos perfumados e seu sorriso deslumbrante, mas estaria mentindo: era com ela que sonhava e era dela que sentia falta todos os dias e havia em si um medo absurdo de perdê-la.

No entanto, não possuía qualquer pretensão de mentir. Queria manter sua própria dignidade e, acima de tudo, queria mantê-los, embora não soubesse como. Por isso, somente meneou a cabeça em concordância e voltou a se sentar no sofá sem encará-la, a garrafa em seus dedos, numa imitação da que ela segurava, e seus cotovelos nos joelhos.

— Eu sei, eu... Não devia ter feito aquilo. Não queria que estivéssemos como estamos agora, porque... – “Tenho medo que saia da minha vida por alguma besteira que fiz”, completou somente para si mesmo. Sua boca secou repentinamente e Barry teve que suspirar em resignação por um momento, antes de continuar. – Você é importante para mim, não é minha intenção machucá-la ou ofendê-la.

Ouviu o silêncio como resposta por um longo instante em que pode ouvir somente as batidas rápidas de seu próprio coração, até que o ruído do salto dela soou pelo chão de tacos bem envernizados e Caitlin deu a volta no sofá para se sentar ao seu lado, encarando-o detidamente por um instante, claramente examinando o estado deplorável em que se encontrava de forma técnica.

— Porque fez aquilo? – Ela praticamente murmurou ao seu lado. – A história toda dessa vez. Porquê?

Era como se, de alguma maneira, a doutora pudesse saber o que realmente acontecera, o motivo de ter batido à porta de seu quarto de hotel, de madrugada e sem avisar, para que ela vergonhosamente o consolasse.

— Sinto sua falta e, às vezes... – Barry deixou a garrafa de cerveja sobre a mesinha de centro e juntou os dedos, dando de ombros. – Às vezes, sonho que estou te perdendo de um jeito muito dramático. Vergonhosamente dramático.

A dubiedade do que dissera não fazia de sua afirmação uma mentira completa, mas não o fazia honesto também. Caitlin parecia saber disso pelo torcer de lábios desgostoso, como se, ainda que esperasse pelas voltas que ele daria, estivesse um pouco decepcionada. Mesmo assim, contudo, a doutora molhou os lábios e se ajeitou, voltada a ele para continuar, lentamente.

— Okay, por isso foi até Princeton... Sim. E depois?

— Cait... Eu não sei! Estávamos lá, você estava linda e... Apenas aconteceu. Como essas coisas acontecem! – Levou as mãos à testa, repentinamente sendo lembrado do aparelho de Cisco. Percebeu estar um pouco trêmulo e, também pelo estranhamento em toda a face dela, como havia acabado de ser um babaca. – Me desculpe.

— Você não está contando tudo, eu apenas sei disso. – Caitlin afirmou contrariada, com a certeza escorrendo por todas as suas palavras e Barry sabia disso porque ela o conhecia tão bem e percebia o modo como vinha sendo evasivo, como a havia evitado até o momento em que decidira aparecer e fora, simplesmente, obrigado a discutir o assunto. – Ouça, entendo que está passando por um mau momento e... Estou tentando ser compreensiva aqui, mas... Não sei se posso continuar assim quando não sei onde está indo.

Ela se incomodava por toda a incerteza da situação, assim como a inexistência de planos envolvendo-os porque aquele beijo não era para acontecer. Eles como um todo não eram, na verdade, e essa certeza de que não deveria tê-la beijado, quando havia sentido tanto apenas nesse único momento, era incômoda.

O silêncio preencheu o ambiente por instantes em que nenhum deles sabia como continuar. Barry encarava o tampo da mesinha de centro de maneira insistente enquanto Caitlin permanecia ao seu lado, a uma distância considerada própria dessa vez, as mãos juntas e nervosas sobre o colo, os olhos perdidos nos fiapos do tapete fofo em que pisavam.

Ela esperava uma resposta, qualquer coisa. No entanto, não conseguia pensar em algo que pudesse agradá-la e, ainda assim, ser verdadeiro. Se lembrou das palavras do Dr. Halford sobre, talvez, tudo o que sentia por ela antes do beijo contar mais do que qualquer motivação vinda de um sonho ou devaneio qualquer, mas como podia estar convicto disso? Não queria proferir uma palavra vazia qualquer para deixar as coisas melhores. Queria dizer a verdade, mas não sabia qual era.

Isso o preocupou um pouco mais; a possibilidade de estar em um estado tão manipulado pela Força de Aceleração, que não conseguia mais diferenciar seus próprios sentimentos dos sentimentos advindos de tudo que não era real. Entretanto, sua linha de raciocínio não durou muito, pois viu Caitlin se levantar, ajeitando o casaco e molhando os lábios, parecendo indecisa por um instante enquanto o examinava. Pelos olhos dela, era como se não o reconhecesse. 

— Acho que não foi uma boa ideia ter vindo.

Um pouco incrédulo a viu fazer menção de se afastar e, instintivamente, levou uma das mãos para segurar a dela, apertando-a entre seus dedos e mantendo-a ali para que não se fosse. Sentiu seu peito apertar de maneira dolorosa e inexplicável, aquele tipo de dor que não é exatamente física, mas tão evidente que por pouco não se aproxima de uma. Levou a mão contra seu rosto afundando-se na delicadeza de seus dedos e do perfume que se fazia presente mesmo ali.

— Cait, não... Não vá agora. – Notou que seus próprios dedos tremiam contra os dela, quentes e receptivos. – Apenas não...

“Não me deixe aqui sozinho”, teve vontade de completar, mas se interrompeu, pois não queria que ela ficasse ainda mais receosa de continuar ali. Notou, pelo contato da mão contra si, a maneira como o corpo dela tensionou, claramente sem antever sua quase súplica. Era como no sonho outra vez, quando Caitlin se mostrara inflexível sobre ir embora e não queria que as coisas fossem assim novamente.

Ouviu o suspiro e quase podia vê-la franzir os lábios em indecisão, mas, aos poucos, os dedos foram se desvencilhando dos seus para circundar a lateral de seu rosto, contornando com tranquilidade e delicadeza o aparelho ainda fixado em sua têmpora para, calmamente, seguir a linha demarcada por seus cabelos e descerem atrás de sua orelha, como que penteando os fios curtos. Queria ter impedido que todo seu corpo reagisse ao toque, mas fora inevitável ao ter ciência de quão desarmantes podiam ser os dedos dela.

— Não quero ser aquela que sempre coloca suas prioridades acima das minhas. – Caitlin afirmou em tom baixo e Barry abriu os olhos para fitá-la, em urgência.

— Eu sei, não estou te pedindo nada do tipo. – Buscou a mão dela novamente, que ainda estava em seus cabelos. – Estou te pedindo pra ficar porquê... Não posso vê-la apenas saindo da minha vida sem fazer nada para impedir.   

— Barry, não estou saindo da sua vida, somos adultos aqui. – Viu os olhos dela sobre ele, indignados e talvez cansados da repetição daquela situação. Por isso, com um suspiro vencido, a doutora voltou a se sentar ao seu lado. – Mas depois do que houve... Acho que mereço ouvir algo diferente do que vem repetindo desde o início para todos.

Mais uma vez, ela estava certa e Barry não sabia como lhe contar toda a situação, pois jamais poderia prever a reação de Caitlin àquilo. Depois de algum tempo, notara que ela ser a mulher que passeava por aqueles lapsos não era exatamente um problema para ele, mas como dizer isso a doutora e não parecer obcecado ou, no mínimo, impróprio?

— Okay, você tem razão. Eu só... Preciso encontrar a forma certa de dizer. – Engoliu em seco, gesticulando com as mãos em busca das palavras corretas. – Enquanto isso, você pode confiar em mim? Só por um tempo?

A encarou em expectativa, vendo aquele traço de vacilação e incerteza em todo o rosto delicado, que o examinava de volta de maneira minuciosa, como se assim pudesse descobrir o que se passava ou como se pudesse identificar algum traço de que estava mentindo, o que o feriu por um instante. Estava acostumado ao tipo de confiança que o levava à campo com a voz dela em seus ouvidos para ser sua guia e, agora, essa dinâmica estabelecida sobre fortes bases parecia estremecer.

— Por um tempo, sim.

Viu as feições dela relaxando, quase que refletindo em seu próprio corpo tenso esperando pela resposta. Ela confiava nele, mas estabelecia um período de tempo, que não poderia ser exageradamente longo, para que Barry colocasse a si mesmo em ordem e pudesse lhe contar tudo. E, enquanto a olhava, sabia que cumpriria a promessa tácita, pois não tinha intenção alguma de decepcioná-la.

— E quanto a você? – Caitlin meneou a cabeça, não entendendo onde queria chegar. – Você também estava lá, no seu quarto, naquela manhã e... Não está uma bagunça, como eu...

Então, a doutora desviou o olhar forçando um sorriso meio amargo de forma que não fosse capaz de interpretá-la naquele instante. Acompanhou o mordiscar atraente dos lábios cheios e vermelhos, assim como os olhos baixos sobre as mãos inquietas. Esse talvez fosse o maior indicativo de como Caitlin, apesar de ter tomado a iniciativa de ir até ali, estava nervosa sobre o desfecho de tudo.

— Preciso me certificar de que não vai me deixar no chão. – Barry estacou, vendo-a soltar um suspiro trêmulo em meio a um dar de ombros. – Sinceramente, tenho a impressão de que pode fazer isso a qualquer instante. Basta que eu permita.

Sentiu como se houvesse levado um soco, embora racionalmente soubesse que ela tinha razão. Podia se lembrar claramente das feições da mulher, no sonho, incapaz de sequer encará-lo por tê-la decepcionado de uma forma ridícula, mas tão profunda, que não sabia ser reversível. Isso o levara até Caitlin naquela madrugada, pois era insuportável ter de lidar com a rejeição da doutora, fosse em seus devaneios, fosse na vida real.

— Cait. – Levou uma das mãos para afastar a mecha de cabelo de seu rosto, ajeitando-a cuidadosamente atrás do pescoço, aguardando ser parado, mas os olhos dela somente percorreram seu rosto de forma analisadora. – Nunca farei isso. Eu prometo.

Dessa vez, ela somente se rendeu enquanto se inclinava em sua direção e deitava a cabeça em seu ombro, com familiaridade. Barry não conseguiu evitar um pequeno sorriso em apreciação por tê-la próxima novamente e poder desfrutar daquele perfume característico que sempre emanava de seus cabelos. Assim, apenas a amparou contra si, levando-a consigo facilmente ao se ajeitar no sofá e alcançando com os dedos aquele ponto logo atrás da orelha onde podia somente pentear os fios castanhos com calma.

— Pode sustentar essa certeza para si mesmo, mas não pode me prometer algo assim, Barry.

Ela murmurou em tom baixo momentos de silêncio depois, as pernas já cruzadas uma sobre a outra em busca de uma posição melhor. Era estranho como, mesmo depois de dias de tensão sobre como a encararia novamente, podiam estar tão confortáveis na presença um do outro. Talvez, essa fosse a questão entre eles: nada seria capaz de mudá-los, ainda que nada mais fosse igual.

— Não vou te deixar no chão. – Se distanciou só o suficiente para poder olhá-la, os olhos tão perto dos seus que podia ver todos os matizes de castanho o encarando de volta em seriedade, mas também com algum nível de expectativa somente aguardando o próximo passo. – Essa é minha prioridade.

Percorreu com os olhos todo o rosto bem desenhado, o qual, enfim, àquela hora da noite, apresentava algum sinal de esgotamento, até chegar à boca vermelha e bem desenhada tão bonita e convidativa quanto naquela manhã. Por isso, muito lentamente seus lábios se encaixaram nos dela, de maneira que soava quase combinada tão fácil era a resposta, como se o gesto fizesse parte de suas rotinas.

— Você vai continuar me beijando assim enquanto toma aquele tempo?

Caitlin murmurou, tão perto que seus lábios se tocavam e suas respirações se misturavam enquanto perguntava. Barry não pode evitar sorrir, calmamente contornando o pescoço quente com sua mão para que seus dedos adentrassem a maciez dos cabelos completamente soltos pelas costas.

— Se você me deixar.

Então, ela quem se aproximou para beijá-lo novamente, mais decididamente, mais lascivamente do que o mero selar de lábios anterior. Já não sabia se queria que tudo fosse a ser como antes. Não enquanto a tinha junto de si daquela forma, quando já conhecia seu gosto e seu beijo. Não quando era incapaz de ignorar a forma como seu coração parecia bater em um ritmo diferente se ela estava por perto. E isso... Isso não podia ser somente a Força de Aceleração falando mais alto em si.

Barry estava desesperado para que não fosse.


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Notas finais do capítulo

Obrigada à recomendação maravilhosa JullyDobrevSomerhalder, é sempre bom saber que a gente conseguiu atingir alguém dessa forma com a história! E fico muito feliz que você tenha amado e gostado da maneira como esse pós-crise se desenvolve, espero que continue te agradando! ♥



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