Skinny Love escrita por Baby Boomer


Capítulo 3
Half Of My Heart


Notas iniciais do capítulo

OIIEEEE!!!
Esse capítulo promete! Finalmente as coisas estão esquentandoooooo! woohooooo!



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POV Peeta

“Lonely was the song I sang, 'till the day you came
Showing me a another way and all that my love can bring”

— Half of My Heart, John Mayer

Effie me mandou um monte de tintas, pincéis e diversos tipos de papel e quadros. É o tipo de coisa que ainda não chegou no Distrito e que a gente tinha que pedir direto da Capital. A presidenta Paylor nos sustentava, dado os tipos de trauma e prejuízos que a antiga Panem já causou a nós. Ela tinha isso em mente, pelo menos. Um pouco de consideração. Entretanto, apesar de recebermos dinheiro do novo governo, eu decidi reabrir a padaria.

As construções estavam a todo vapor, e eu decidi ajudar a construir a estrutura da padaria. Queria que fosse do meu jeito. Eu não era arquiteto nem engenheiro, mas sabia moldar algumas paredes, sim. Como comecei a passar o dia fora, construindo com alguns outros homens do Distrito, deixava comida para Katniss e Haymitch comerem enquanto estava fora.

Saí da construção por volta das 16h da tarde e, quando chego à casa de Katniss – que eu estava quase chamando de minha também –, vejo Buttercup dormindo no chão, como um tapete. Balanço a cabeça para aquele gato folgado. Subo para o meu quarto e tiro a camisa.

— Peeta? – chama Katniss. – É você?

— Sim – respondo, mas ela já está na porta do meu quarto. – Oi.

— Ah, desculpe – ela fica envergonhada –, não sabia que você estava…

— Sem problema.

Mas seu rosto está corado.

— Você está tão sujo que está preto! – ela ri. Eu rio junto. – Como vai a construção?

— Quase terminando. Em umas duas semanas acabamos tudo. Pedi à Effie para mandar tinta e materiais pra decoração. Deve chegar por esses dias.

— Effie nos dá praticamente tudo o que pedimos.

— Acho que ela se sente culpada por nós, por tudo o que passamos… no começo, ela ficava toda animada com os Jogos, mas ela se afeiçoou a nós três. E os caras que estão me ajudando a construir a padaria… eles nem me pediram dinheiro ou coisa do tipo. Estão fazendo por fazer, que nem as outras coisas que estão sendo reconstruídas. Digo… ninguém tinha a obrigação de reconstruir a padaria.

Katniss assente, e eu entro no banheiro para tomar uma ducha. Entretanto, no fim, percebo que esqueci de pegar uma toalha.

— Katniss! – grito. – Pode me dar uma toalha?

Alguns segundos de silêncio depois, ela entra no banheiro com os olhos fechados e uma toalha na mão, estendida para mim. Com a outra, vai tateando na pia até chegar na banheira.

— Não sou assim tão feio – brinco. – É só ignorar a perna.

— Sua perna não é o problema.

Pego a toalha de sua mão e ela sai do banheiro. Depois de me secar e me vestir, vou para o quarto só com a bermuda, e me surpreendo quando vejo Katniss sentada na cama, uma carranca na testa.

— O que foi? – pergunto.

— Cólica – diz ela, acanhada. – Tomei um chá, mas ainda não fez efeito. Estava pensando… se eu podia ficar com você um pouquinho.

— Pode, claro.

Eu me deito na cama, só de bermuda, e Katniss vem se deitar em meu ombro, pondo a mão quente na minha barriga fria do banho. Por algum motivo, esse contato deixa meus músculos tensos. Katniss nunca me tocou desse jeito.

Eu cheiro seus cabelos, que têm cheiro de xampu de baunilha, e começo a contar a ela todas as coisas que planejo pintar com o material que Effie me mandou. Ela escuta, calada, por vários minutos. Depois de um tempo, eu me calo, e ficamos só nós dois ali, mudos. Mas às vezes não se precisa de palavras para expressar o que queremos dizer.

O dedo indicador de Katniss começa a desenhar coisas na minha barriga, que fica rígida, e ela acha graça disso.

— Peeta… me diz uma coisa que te surpreendeu.

— Hm, tipo o quê?

— Tipo quando você disse que eu estava grávida pra toda Panem. – Nós rimos, e eu paro para pensar.

— Hm… acho que Johanna ficando pelada no elevador. Eu me surpreendi com aquilo.

Katniss se levanta um pouco para me olhar, e seu olhar não é amigável.

— Grande coisa – rebate ela.

— Calma aí – peço. – Não estou dizendo que gostei. Só que me surpreendeu.

Ela está mesmo com ciúmes? Nossa. É a primeira vez que eu vejo Katniss com ciúmes. Ela suspira e volta a se deitar no meu ombro, mas eu não deixo.

— Ei – chamo, segurando o maxilar dela com as duas mãos –, eu só tenho olhos pra você, garota em chamas. Só pra você.

— Por que só pra mim?

Não paro para pensar. Digo logo:

— Porque eu te amo.

— Peeta… – ela murmura, e eu a puxo para um beijo. No começo usamos somente os lábios, mas depois eu peço permissão com a língua e a entrada dela me é concedida. Eu nunca havia beijado Katniss desse jeito antes.

Ela responde ao beijo com a língua também, fazendo contato com a minha, e eu enlouqueço com isso. Começo a sentir um calor pelo meu corpo que não consigo explicar. Ele me preenche completamente, inclusive na perna que eu não tenho, se é que é possível. Mordo o lábio inferior de Katniss e ela me surpreende puxando meus cabelos ainda úmidos. Eu respiro fundo, meio ofegante. Katniss tem os lábios mais doces que conheço, embora eu tenha beijado muito poucas garotas do Distrito, quando era mais novo.

Desço uma das mãos para a nuca de Katniss, puxando-a para mais perto de mim e, com a outra mão, desço até sua cintura.

Ela para o beijo, ofegante como eu. Sua testa ainda está colada na minha.

— Peeta, eu…

— Vamos com calma – concordo, antes mesmo de ela dizer. – O chá que você tomou foi de canela, não foi?

— Canela com camomila.

— Sua boca estava deliciosa.

— Peeta! – ela me repreende, corando, mas rindo. – Seu bobo!

Dou um selinho em seus lábios e ouvimos a porta da sala fechar.

— Pombinhos! – grita Haymitch. – Vim pra jantar! Espero não estar interrompendo nada!

— Vamos, antes que ele encha a barriga com mais álcool – fala Katniss, levantando-se da cama. – Que tal fazermos uma pizza?

— Ótima ideia.

Nós fazemos a pizza rapidamente, enquanto Haymitch assiste a uma competição de surfe que se passa no Distrito 4. Comemos a pizza inteirinha e Katniss se encarrega das louças por hoje. Amanhã, será eu. Mas, por ora, decido pintar um pouco. Uma paisagem e um pôr-do-sol. Só então percebo que ainda estou sem camisa, desde depois do banho.

— Está lindo – diz Katniss na porta do meu quarto, olhando para o quadro que eu estou a pintar. – Lindo, Peeta.

— Ainda falta muitos detalhes.

— Não importa, continua lindo. Como você.

Katniss. Me elogiando? Oi? Isso é real? Ou é um sonho?

Ela se aproxima de mim.

— Você é mais bonita – confesso, soltando o pincel e me virando para ela. – Você nunca beijou Gale do modo como me beijou hoje. Verdadeiro ou falso?

— Verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
COMENTEEEEEEEEEEEEM! ♥



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