YOur home escrita por Aislyn


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei! Apesar que acho que nem ando demorando muito pra postar, só estou intercalando mais as histórias.
Vamos colocar uns pingos nos 'is' pra tentar resolver a situação entre meu casal amorzinho.
Espero que gostem!



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Kuroo se despediu dos colegas de trabalho, pegando sua mochila e saindo pelos fundos do estabelecimento. Ao chegar à rua principal, Bokuto e Akaashi já o aguardavam.

 

— Está atrasado! – Koutarou acertou-o com um pacote na cabeça, entregando nas mãos de Kuroo a seguir – Pra você.

 

— Ahhh maravilha! Estava morrendo de fome! – o cheiro do dorayaki foi sentido antes mesmo de abrir o embrulho, ignorando se poderia ter amassado com o impacto contra sua cabeça – Pra onde vamos hoje?

 

Afinal de contas era uma noite de sábado e eles queriam sair pra divertir. Não importava se era um karaokê, uma lanchonete ou até mesmo se iam sentar numa praça apenas para conversar, queriam fazer algo pra esquecer a semana turbulenta de estudos.

 

Quando Kuroo e Bokuto saíam sozinhos, os programas eram um pouco sem noção, mas com Keiji presente, era melhor se comportarem e escolherem ‘programas de gente’.

 

— E Kenma? – Akaashi perguntou, mesmo sabendo que o amigo não gostava muito daqueles passeios. Quando Tetsurou pedia do jeito certo ou insistia demais, o rapaz até participava, mas não é como se gostasse de socializar em lugares cheios e barulhentos.

 

— Não quis vir. Disse que precisava estudar. – Tetsurou deu de ombros, despreocupado como costumava ser, mas então questionou algo que o incomodava – Acharam ele estranho nesses últimos dias?

 

— Estranho como? – a questão foi devolvida por Bokuto, mas talvez não fosse o mais indicado para responder aquilo, visto que não era muito atento a situações do tipo e comportamentos pessoais.

 

— Bom, ele veio com uma conversa sobre começar a trabalhar pra alugar um lugar pra morar… a gente tinha combinado de morar junto quando viesse pra faculdade, mas quando ele chegou aqui, ficou agindo como se o convite fosse temporário, como se fosse um peso pra mim.

 

— Você conversou com ele e explicou que não é? – Akaashi perguntou sério, sabendo onde aquela conversa ia chegar. Eles não haviam esclarecido nada durante aqueles meses!

 

— Sim, eu disse que não me importo, que ele pode ficar o tempo que quiser. Mas ele sempre se refere ao apartamento como se fosse só meu e não nosso.

 

— Talvez ele queira ser mais independente? – sugeriu Bokuto, mas tinha quase certeza que não era aquilo. Kenma era tímido demais para conseguir se virar sozinho – A faculdade pode estar estressando ele também…

 

O silêncio fez parecer que estavam pensando na situação do outro rapaz, mas um suspiro chamou a atenção de Tetsurou, provando que alguém ali sabia o que se passava.

 

— Ele te contou, não é, Akaashi?

 

Kuroo parecia ansioso para ter respostas. Ele mesmo devia ir atrás, se as quisesse. Estava na cara dele, se tivesse um pouco de tato para notar. Akaashi estava ciente que, às vezes, Kuroo podia ser tão idiota e distraído quando Bokuto.

 

— Esclareceram a relação de vocês? – claro e direto, como devia ser, mas não o suficiente para chegar à conclusão que precisava.

 

— A gente está se dando bem, nunca brigamos, nem nada. Eu respeito o espaço dele, não fico perto quando ele parece ocupado ou está estudando, faço as tarefas de casa que ficaram pra mim no dia certo… Não é isso?

 

Keiji revirou tanto os olhos que foi impossível não notar que estava indo pelo caminho errado. Jogar a cabeça pra trás pedindo paciência também foi um bom indicativo.

 

— Estou falando do namoro! Vocês estão namorando? – agora sim Keiji havia sido direto, mas atraiu outro olhar curioso.

 

— Mas eles já não estavam namorando desde o colégio? – Bokuto questionou o namorado, com o que foi a peça que faltava para aquele quebra-cabeça – Terminaram?

 

— N-não! Quer dizer… acho que estamos juntos ainda…

 

— Acha, Kuroo? Quando foi a última vez que fizeram coisas juntos, como um casal? – Akaashi não ia ter piedade agora que começou a falar. Sabia que não devia se intrometer tanto, mas eram amigos e tinha liberdade para fazer, se fosse necessário. Kenma não teve coragem e muito tempo havia se passado desde que ele comentou consigo o que o incomodava.

 

— Eu achei que ele queria focar nos estudos quando viesse pra cá, por isso dei espaço pra ele não se sentir pressionado.

 

— Deu espaço demais. Kenma acha que não quer nada com ele. Ainda mais depois das fotos que Bokuto enviou.

 

— Que fotos? – o que de tão comprometedor ele podia ter feito para deixar Kenma inseguro? Tudo bem que ele e Bokuto aprontavam muito pela cidade, tiravam algumas fotos ridículas, mas não se lembrava de ter feito nada que pudesse dar a entender que não queria nada com Kenma.

 

— As fotos das festas que vocês dois iam… – Akaashi encerrou o assunto com outro suspiro longo – Eu já falei demais e Kenma tinha me pedido pra não comentar. Se quiser saber mais a respeito, converse com ele e se resolvam.

 

Tetsurou respondeu com um ‘ok, mãe’, já que aquilo não soava como um pedido. Keiji havia dado uma ordem.

 

O passeio seguiu conforme o planejado, mas Kuroo teve muito o que pensar durante a noite. Ele gostava de Kenma, aquilo estava bem claro, sabia que seu pequeno também gostava dele. Afinal de contas, Kenma se confessou no final do colegial e até se beijaram. Não era possível que aquele sentimento tivesse desaparecido durante aquele ano. Muita coisa havia acontecido, mas se conheciam desde a infância e a amizade e confiança que tinham um no outro nunca havia mudado. Não seria a distância naquele curto período que faria algo mudar entre eles, não é?

 

Durante o caminho de volta pra casa, criou uma conversa mental sobre como abordaria Kenma e as possíveis respostas que obteria. Para começar, Tetsurou precisava esclarecer a relação deles, como Akaashi sugeriu. Estavam juntos e queria continuar assim. Namorando, para ser mais exato. Tinha que dizer com todas as letras; formalizar o pedido, se fosse necessário.

 

Depois disso… ia beijá-lo, certo? Esse era o roteiro normal a seguir, não é? Por que estava tão inseguro? Era seu amigo de infância! Podia conversar com ele sobre tudo!

 

Ok, o melhor era agir naturalmente. Ia usar um pouco de improviso, mas ia conversar tudo que precisava.

 

Havia notado que Kenma andava quieto e ansioso, mas não imaginou que ele mesmo fosse a causa. Kenma costumava ficar amuado, mas com estranhos, nunca consigo. Ele sempre ficava à vontade ao seu lado e, agora que analisava o tempo que moravam juntos, ele sempre estava tenso. Devia se desculpar…

 

— Cheguei. – Kuroo anunciou enquanto retirava os sapatos na entrada, acendendo a luz da sala em seguida.

 

O apartamento estava um breu, o que só podia significar uma coisa: Kenma se distraiu a noite toda jogando, ao ponto de esquecer do ambiente à sua volta. Visto que o rapaz não estava na sala, imaginou que devia estar encolhido embaixo das cobertas no quarto.

 

— Kenma? Ainda está jogando? – questionou ao entrar no quarto, encontrando tudo escuro, como imaginou – Você pelo menos comeu… – mas não havia ninguém na cama ou em lugar algum do quarto. Ele também não estava no banheiro ou na lavanderia, mesmo que o último cômodo fosse óbvio, mas achou melhor conferir.

 

Onde ele teria ido aquela hora? E sozinho! Pegou o celular na mochila, ligando rapidamente para o número de Kenma.

 

“O número discado está desligado ou fora da área de cobertura”

 

Não havia nenhuma mensagem em seu celular avisando sobre sair, para onde foi ou quando voltaria. As últimas mensagens que trocaram foram durante a tarde, quando perguntou se Kenma queria sair com o grupo, convite que foi prontamente negado.

 

E se ele tivesse levado aquela ideia de sair do apartamento à sério? Ele ia se inscrever para o estágio assim que as provas terminassem, mas era provável que já tivesse uma noção dos resultados. E se ele tivesse mesmo ido embora?


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me contar o que acharam!
Pode ameaçar a autora pedindo por mais, nem reclamo.
Até o próximo~



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