Couple Therapy - Bade/Seddie escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Hey, pessoal!!!
Como estão??? Estou bem!!!
Fiquei super empolgada com os comentários de vocês. Valeu mesmo.
Aqui está o capítulo de hoje. Aproveitem!!!
Boa leitura a todos!!!
Segunda semana, Consultório da Dra. Shay, às 13h:30min...
P.O.V Da Carly
Sr. e Sra. Oliver chegaram pontualmente para aquela consulta, ele como da primeira vez, entrou calado e ela estava bastante séria, os cumprimentei educada e formal. Ambos apenas apertaram minha mão, não recebi nenhum sorriso ou outro gesto gentil vindo deles.
Percebi na hora que a tensão pesava entre eles. Com certeza havia acontecido algo durante a semana.
Uma briga? Talvez...
— Sentem-se, por favor. - Indiquei o sofá para o casal.
A mulher lançou um olhar de esguelha para o marido ao sentar-se. Ele sequer a olhou, sentou afastado e ela cruzou as pernas se acomodando numa postura menos relaxada que a dele, parecia que se segurava para não fazer ou dizer algo.
— Algum problema com vocês? - Perguntei rompendo o silêncio.
— Nenhum, Dra...
— Mentira dele, Dra. Shay! Temos um problema sim! - Jadelyn, a minha paciente, o interrompeu bruscamente.
— Jade! Eu já...
— Acontece que eu marquei reserva no restaurante sábado à noite para um jantar romântico e ele nem apareceu, muito menos nem ligou desmarcando o jantar comigo, e eu tive que jantar com o meu amigo e quando ele soube, esse idiota bateu no meu amigo quando ele me acompanhou até em casa! - Ela explicou bastante nervosa.
Olhei para o Sr. Oliver que estava com cara de poucos amigos. Sua postura estava tensa, vi que o mesmo tinha os punhos cerrados.
— Queira se explicar, me diga a sua versão, Sr. Oliver. - Pedi o mais séria e calma possível.
Aquele era um bom ponto para se discutir naquela consulta.
— É o seguinte, doutora, ela me mandou mensagem e eu não vi. Não costumo ficar checando mensagens no celular, apenas e-mails no tablet. Cheguei em casa e ela não estava, nem deixou bilhete, ela poderia muito bem ter deixado um preso à geladeira ou no mural de recados, não seria mais fácil? Esquentei meu jantar e fui comer na sala, quando eu estava assistindo o jogo de basquete, o meu celular tocou e era um amigo meu, e fiquei sabendo através dele que a minha esposa estava jantando num restaurante caro com outro homem! - Ele estava ficando vermelho, passou as mãos nos cabelos medianos e prosseguiu. - E como todo marido, eu fiquei com raiva, é claro... Que diabos ela estava fazendo tendo um jantar romântico com outro? Perdi até o apetite, desliguei a TV e fiquei a esperando na sala, ela chegou por volta das 22:00h, doutora! E ainda por cima chegou com o amigo engomadinho dela e eu acabei perdendo o controle, devo admitir... - Contou a versão dele.
— Precisava mesmo partir para cima do Robbie? Qual é o seu problema? E desde quando você tem ciúmes de mim? - Ela virou para ele, exasperada.
— Você é a minha mulher, é natural que eu tenha ciúmes. Eu só não sou exagerado que nem você! - Retrucou.
— Oliver, você não tinha o direito de me deixar plantada, você sempre faz esse tipo de merda! Custa ler as minhas mensagens? - Bateu nele com a bolsa.
— Ai, para com isso! - Reclamou.
E eles começaram a discutir esquecendo da minha presença.
— Já chega! - Levantei batendo na mesa e ambos me olharam. - Ambos estão exaltados demais, vamos nos acalmar, está bem? Jadelyn? Posso chamá-la de Jadelyn? - A olhei e a mulher assentiu, respirando pesadamente.
Não era errado chamar meus pacientes pelo primeiro nome, pelo contrário, isso nos aproximava mais, além de cativar a confiança deles.
— Você deveria tê-lo chamado para o jantar pessoalmente. Ligações e mensagens são bem informais, não acha? Da próxima vez que preparar algo para os dois, convide-o pessoalmente. E faça questão de lembrá-lo. Não custa nada. - Aconselhei. - E você, Albert, certo? Cheque mais suas mensagens de texto no celular, talvez seja algo importante, e se por acaso fosse um assunto urgente que ela quisesse tratar? E não saia batendo nos amigos dela, isso não é nada bom e é muita grosseria de sua parte, trate bem os amigos de sua esposa. - O aconselhei.
Ambos assentiram e olharam para qualquer outro canto, estavam bem distantes e chateados.
— Vou passar uma atividade para vocês. - Avisei. - Aceitam um cafezinho? - Ofereci, indo até a garrafa térmica.
Um ponto havia sido tratado ali, um problema a menos, eu presumia. Eu só esperava que eles seguissem minhas recomendações, eu estava muito disposta à ajudá-los.
[...]
Segunda semana, Consultório da Dra. Vega, às 14h:40min...
P.O.V Da Tori
Me assustei quando a porta se abriu num rompante, Sr. e Sra. Benson invadiram o meu consultório, estavam numa discussão acalorada. Ambos completamente alterados, minha paciente andou furiosa e pegou um dos meus vasos enfeitados que decoravam minha sala com lírios. Levantei em alerta, ela fez menção que ia jogar o vaso de flores no marido, ele apenas cruzou os braços a encarando, como se não temesse ser atingido.
Eu realmente tive que intervir antes que as coisas ficassem piores.
— Pelo amor de Deus, Sra. Benson, me dê esse vaso aqui. Por favor, nada de violência aqui dentro! - Falei num tom firme.
— Sra. Benson é a minha sogra, aquela velha intrometida! Me chame apenas de Sam ou Samantha, doutora! - Vociferou, ela estava vermelha e tremia de raiva.
Que raios o marido havia aprontado?
— Sam, deixa de ser arrogante com a Dra. Vega! Entregue o vaso a ela, eu não vou mais pagar os prejuízos que você sempre causa! - Sr. Benson disse impaciente.
Ela riu debochada e revirou os olhos.
— Tá okay, Sr. Sou Mão de Vaca, não precisa pagar por esse vaso, mas eu deveria mesmo quebrá-lo nessa sua cabeçona! - Disse raivosa.
Me entregou o vaso e foi se sentar, ele fez o mesmo sentando espremido no canto do sofá para casais.
Quase respirei aliviada indo colocar o vaso no lugar. Eu havia dado 50 dólares nele.
— Já estão mais calmos? Será que podemos iniciar a sessão, Sr e Sra. Bens...
— Não ouse mais me chamar disso, doutora! Sra. Benson é a minha sogra! - A loira enfatizou, ela me encarou tentando me intimidar.
— Pois bem, Freddward e Samantha, já podemos iniciar a sessão de hoje? - Usei meu tom profissional, me acomodando em minha cadeira.
— Sim. - Responderam em uníssono e se encararam, e logo se viraram para lados opostos, emburrados.
Eles pareciam um casal de adolescentes.
— Poderiam me contar o que houve? - Eu estava interessada em ouví-los, muitos terapeutas só fingiam que se importavam, e não era o meu caso.
Eu levava o meu trabalho muito à sério.
— Ele têm chegado muito tarde do trabalho!
— Ela virou lunática e agora está cismada comigo!
Oh, claro... Desconfiança. Aquilo era um grande problema e deveríamos tratar o mais depressa possível.
— Você começa, Samantha. Quando quiser, estou ouvindo. - A olhei, o seu marido bufou e a loira respirou fundo, tentando se acalmar.
— Acho que ele têm uma amante... - Disse em voz baixa, de forma dolorosa e fungou.
Olhei para o Sr. Benson que havia ficado ofendido e até horrorizado.
— Chegou ontem às 22h:20min. É claro que têm outra. - Acusou.
— Você é louca? Que isso, Sam? Não tô acreditando! Como pode desconfiar de mim só por quê agora estou trabalhando até tarde? - Ele estava evidentemente incrédulo.
— Você não me toca mais. Já faz 1 mês que você têm me evitado, e sempre que eu te procuro na cama, você vem com desculpas de mulherzinha pro meu lado. Quando não tá exausto, é dor de cabeça! Eu até pensei que era algum problema, pesquisei alguns estimulantes sexuais para...
— Pelo amor de Deus, Sam! Eu não preciso de nenhum estimulante, e eu...
— Ah, claro! Você com certeza têm outra, me fala quem é a vagabunda que eu...
— Ei! Ei! Ei! - Bati palmas, chamando a atenção e tentando interromper uma possível e grande discussão que viria a seguir.
Mas eles me ignoraram.
— Mentiroso! Você deve estar me traindo com aquela vadia que...
— EU JÁ DISSE QUE NÃO ESTOU TE TRAINDO, PORRA! CARALHO SAMANTHA! - Berrou explodindo com ela.
Após o grito do homem enfurecido, a sala caiu em silêncio.
Somente o relógio tiquetaqueava na parede, os ponteiros girando devagar...
Eu até me desconcertei... A sua esposa levantou e saiu tão depressa do consultório que eu mal tive tempo de registrar. Foi como num piscar de olhos.
O Sr. Benson desmanchou a postura rígida, e afundou o rosto nas mãos, abafando praguejamentos...
Aquilo se chamava arrependimento.
E pela forma que ela reagiu, era a primeira vez que ele gritara com a mesma daquela maneira.
— Sr. Benson, é melhor...
— Preciso ir doutora, sinto muito por... Droga! Nos vemos na próxima sessão, pode pôr essa na conta... - Levantou atordoado e saiu sem se despedir direito.
A sessão havia durado menos de 15 minutos.
Era a primeira vez que algo do tipo acontecia em meu consultório. Levantei-me para pegar um copo d'água no bebedouro.
Afastei as cortinas cor de creme e olhei para o tempo fechado através da ampla janela de vidro, iria chover...
Foi quando olhei para baixo e os avistei, a mulher estava encostada no carro vermelho.
Seu marido se aproximou e ela o empurrou. Começaram a gesticular, estavam discutindo...
E de repente ele a abraçou, e eu soube que não precisava me preocupar tanto, apesar de um casal problemático, estava mais do que claro que se amavam e muito.
A chuva começou a cair e eles entraram no carro partindo.
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E aí???
O que acharam da segunda sessão???
Oliver provando ser um ótimo marido hehe
A Jay fez reservas e tudo mais, para no final ficar plantada no restaurante kkkkkkk
Ainda bem que ela aproveitou o jantar com o amigo hehe
Vocês pensavam que só Bade estava na crise da "seca"???
Seddie está passando pela mesma coisa... O Benson tá deixando a Sam na mão kkkkkkkkkkkkkkkkkk
O que foi aquele grito do Freddie? Até eu me assustei, se bem que a Sam estava enchendo o saco com o lance da desconfiança...
Até a próxima sessão. Bjs