O Desespero de Jovens Apaixonados escrita por Mr LoveLetter


Capítulo 6
A Boca do Pecado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas do meu coração!!!
Desculpem o tempo sem nenhuma atualização, estava resolvendo uns probleminhas pessoais !!!
Hoje ou amanhã tem mais um capítulo e depois tem mais daqui uns dias provavelmente ( tentarei ser mais periódico)
Comentem e digam o que estão achando ou precisa ser melhorado !!!( estou me achando um louco falando sozinho)



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= Não, não, não e não, meu Deus menina você não tem uma roupa decente, o que fez com as que eu te dei ? - falou a Garota ruiva com uma certa irritação na voz após ter passado tanto tempo procurando algo decente no guarda roupa da amiga.
Elas estavam na casa de Carolina desde que a escola acabará e a quase uma hora se passará e ainda não haviam escolhido um vestido para a dona da casa, procuraram até no guarda roupa da mãe. Sempre que Talita escolhia um vestido Carol negava na mesma hora, ou por ser muito revelador ou muito curto, ou melhor, por ser tão curto que sua calcinha apareceria caso se movimentasse muito( esses em específico eram o que a amiga tentará lhe emprestar, mas por ser quase 20 Centímetros mais baixa davam lhe esse aspecto). Quando Carol escolhia algum a amiga o vetava na mesma hora, por mais que ela tivesse um bom gosto para roupas precisavam de algo diferente do que normalmente usava.
= Você pegou todas de volta quando percebeu que não usaria e que eram do seu tamanho !!! - Falou Carol lembrando-se das diversas vezes que a garota chegará em sua casa com a mesma fala” Amiga, você não tem ideia do que achei para você”, como sempre eram algum short jeans ou de couro curto, um topper que vez ou outra combinavam com seu estilo, mas normalmente eram levado de volta por saber que ela não usaria. - Deixa eu usar o macacão preto, vai ficar ótimo- falou olhando para uma roupa em cima da cama.
Depois de algum tempo de procura aquele havia sido o único que elas concordaram que poderia servir para a ocasião. Ele era todo preto, com um material sintético semelhante a seda, possuía elásticos que prendiam os calcanhares, mesmo sendo mais solto ele permitia noção das curvas da garota. Possuía na barriga uma pequena faixa que se amarrava na cintura e valorizava seu corpo, as mangas longas prendiam nos pulsos por elásticos assim como nas pernas, com uma pequena fenda na parte de trás revelava apenas um pequeno pedaço de suas costas. Era uma bela roupa.
As duas olharam para ele até Talita falar:
= Ele é lindo, mais ainda falta aquele apelo sabe. Ele tem um ar muito de “eu sou linda”, mas falta o “eu sou maravilhosa”- Ela tinha razão, talvez para um encontro aquela seria um bela roupa ou até um evento mais formal, no entanto para o local que estavam indo elas precisavam de algo a mais.- mas eu acho que esse vai ter que ser... - A ruiva estava terminado sua fala quando em um estado ela saiu correndo do quarto e gritou - Não saia daí, eu tenho o vestido perfeito !!!
Carol a viu correndo e deitou na cama com a cabeça latejando de enxaqueca. Olhou em volta para ver a bagunça que seu quarto normalmente organizado estava, roupas e mais roupas jogadas no chão e em cima da cama, sapatos que ficavam organizados em uma pequena sapateira estavam com seus pares jogados longe um do outro. O quarto tinha um bom tamanho, ele comportava uma cama de casal simples logo abaixo de uma janela com apenas a cabeceira grudada na parede. No lado esquerdo havia um grande guarda-roupa que estava com todas as portas abertas e roupas atiradas, elas acabaram, no meio do caminho para acharem a roupa perfeita, se animando e experimentando tudo.
Do outro lado havia um pequeno armário fechado por duas portas com tranca cada uma. Dentro dele estava os bens mais preciosos que a garota poderia ter, seus amados livros, ela já havia preenchido todas as 5 prateleiras e agora estava começando a preencher a segunda camada, deixando alguns de seus queridos atrás de outros. Tinha de todos os gêneros e todos os gostos, escritoras contemporâneas com Julia Quinn e George R.R. Martin, a clássicos ja mortos de Eça de Queirós a Machado de Assis, Viajou naquelas páginas por mundos diversos, viu o mundo dos bruxos em Harry Potter, enfrentou o Labirinto Mortal em Maze Runner, se apaixonou pelos pretendente de Uma Herdeira Apaixonada, chorou com a vida de As Vantagens de Ser Invisível dentre outros diversos.
Eles eram seus fiéis companheiros em todos os momentos, quando sua realidade tentava a sufocar ela sempre podia enfrentar os monstros como Percy Jackson, quando a sentia medo de ir para escola poderia se assustar ainda mais com os mestres do terror como H. P. Lovercraft e Stephen King. Quando olhava com inveja suas colegas com namorados ela deleitava-se com os vampiros de Crepúsculo. Quando sentia-se sozinha encontrava amizades nos Goonies. Livros não a trairiam, não riam dela, não apontavam seus defeitos, não a magoavam, eles falavam com ela, a confortavam.
Ao lado de suas estantes estava a sapateira de plástico preto que havia sido esvaziada e espalhada pelo chão. e no canto uma escrivaninha onde costumava estudar, principalmente agora que teria o vestibular no final do ano. Seu desejo estava entre as 2 melhores faculdades de direito do Brasil a USP e a UNB, por isso dedicava-se como nunca, fazendo provas e questões intermináveis para estar pronta. No entanto todas aquelas coisas ficavam apagadas quando olhava-se para as paredes de seu quarto.
Desde de terna idade era apaixonada por desenho e se dedicava de corpo e alma aquilo, tanto quanto a leitura. Aprendeu a unir esses hobbies com os audiolivros e desenhar as cenas favoritas das diversas séries que lia. Mas não se limitava a isso. As paredes eram cobertas por diversas folhas desenhos diversos, de mãos e olhos a paisagens nunca vistas antes, personagens de livros e por elas criados, alguns pintados outros inacabados, alguns repetiam-se algumas vezes que a garota chegou a pintá-los em sua parede para apenas engrandecer o ambiente.
Secretamente, ela escolhia seus melhores desenhos e o marcavam com estrelas para tatuá-los algum dia em seu corpo, principalmente em seus braços. Olhou para o ventilador de teto que havia pintado também para quando ligassem o ele mostrasse uma ilusão de redemoinho. Continuou a observar o teto quando percebeu que ainda não começara a pintar ali, naquele espaço só haviam estrelas que colocara aos 10 anos para parecer um céu estrelado. Ela riu de si mesma ao lembrar daquela cena.
Pouco tempo depois Talita passou pela porta carregando consigo um belo vestido preto- Amiga você não tem noção do que achei- falou puxando a garota de cima da cama para poder colocar o vestido no lugar. - Olha para isso - E as duas ficaram admiradas com o lindo vestido negro, possuía mangas negras que iam até a palma da mão, às costas eram expostas, ele ia ate um pouco antes do joelho.
Quando Carol o vestiu ficou impressionada em como estava. Ele valorizava todas as suas curvas ela estava linda.
=Meu Deus, onde você achou isso - Perguntou a garota vestida
= Eu estava andando no centro com a minha Mãe e quando nós vimos esse vestido na vitrine precisávamos te-lo. Infelizmente só restava um número acima do meu, pensei em mandar ajustar, mas você está tão incrível que ele foi feito para ser seu - Disse analisando-a dos pés a cabeça e ficando impressionada em como ela estava.
= Eu não posso aceitar iss…
= Cale a boca garota, você precisa de algo a mais do que apenas calças, all stars e blusas xadrez ou de alguma banda do milênio passado !!! - Falou a ruiva com uma falsa irritação em sua voz.
Carol assentiu com um certo receio em sua voz, não gostava de receber presentes de outras pessoas daquela forma, principalmente de Talita, que agia de modo espontâneo com certa naturalidade e frequência. No entanto ela realmente estava incrível com aquela roupa, não faria mal aceitar apenas dessa vez.
= Muito obrigada amiga - Foi a única coisa que conseguiu pensar em dizer e logo depois que deram um pequeno abraço.
= Agora tá ficando emotivo de mais - Disse a ruiva, as duas começaram a rir juntas. Elas possuíam uma amizade improvável, mesmo assim sempre se divertiam juntas.
= E o que você vai vestir ?- Disse Carol com uma expressão genuína de duvida em sua face.
= Não se preocupe, eu tenho que ir ver meu pai antes de podermos ir, ele pediu para que eu resolvesse uns assuntos, então eu já vou indo, passo aqui as 21:30 - Falou a garota indo saindo do quarto e da casa.

...

Já era 21:30 e Carol estava na frente de sua casa esperando a amiga chegar. Usava o vestido que ganhara e uma meia calça preta, com um salto de camurça, estava linda. Sua mãe chegaria em casa somente as 06:00 da manhã, então não tinha com o que se preocupar em avisa-la, como teria aula no dia seguinte pretendia ficar lá até as 1 da manhã e sua mãe provavelmente não a deixaria em uma boate como aquela, seu pai a expulsaria de casa, por isso agradeceu ao plantão que os dois faziam em um hospital da região. Estava pronta desde as 9 da noite, mesmo que não gostasse de espaços com muitas pessoas, não conseguia não sentir certa inquietação por estava fazendo algo que supostamente não deveria fazer e ela gostaria de mudar sua rotina pelo menos uma vez.
Viu um celta preto se aproximando e reconheceu como o carro de Talita. Quando se aproximou viu que não era a amiga que dirigia, mas sim um jovem com no máximo 24 anos que pela sua expressão não estava muito feliz em dirigir o carro. Ele possuía uma tez cor de ébano, com um pequenas chapéu do mesmo tecido de um terno em sua cabeça, óculos escuro escondia olhos que estavam vermelhos, usava uma camisa branca com uma estampa de pranchas de surfe, por cima havia um colete branco e preto. Suas calças eram rasgadas em diversos pontos e possuía uma corrente. Usava tênis de basquete branco e vermelho, um pouco chamativos demais.
Pararam para a garota entrar e Carol ouviu o homem perguntar “ Quem é essa ?” com uma ansiedade e nervosismo na voz. “ Relaxa ela é fria, não estraga tudo” pode ouvir Talita falando com um tom de repreensão em sua voz e fuzilando-o com o olhar, com uma expressão severa e ameaçadora em sua face que Carol nunca havia a visto usar. Logo em seguida ela voltou ao normal e cumprimentou a garota que entrava no carro com o entusiasmo usual.
= Quem é esse amiga ? - foi o que Carol perguntou depois de um minuto constrangedor de silêncio.
= Esse aqui é o Heitor, meu pai pediu pra levá-lo junto, ele é meu primo - Falou a ruiva com uma voz casual e normal, sem traço algum da irritação que demonstrará antes, ela estava agindo como sempre agia.
= Eaí, sou Heitor, a Talita falou muito de você - disse o jovem com uma naturalidade em sua voz. A preocupação que demonstrara antes não deixava rastros, Carol decidiu deixar aquilo de lado, ele provavelmente achou que passaria a noite com a prima, convenceu a si mesma que não havia problema.
Depois daquilo tiveram conversas esparsas e sem sentido, parecia que nenhum deles desejavam muito falar e o clima estranho do carro foi mascarado pela música de fundo que tocava “ The Middle “ de Jimmy Eat The World, estranhamente todos a conheciam e cantaram juntos em coro a música. Aquilo provocou algumas risadas entre eles e todos ficaram mais relaxados.
Chegaram na boate “ Pecado Roxo” as 22 em ponto, desceram juntos do carro e Carol entendeu o motivo do nome assim que viu a construção em sua frente. Eles estavam se aproximando da entrada do prédio quando Talita a parou e disse:
= Carol; Eu vou ficar aqui até bem tarde, então toma minha chave do carro. Quando quiser voltar pode usar ele e deixar na frente da minha casa, o Heitor me leva de volta. - A ruiva falou entregando-lhe a chave do palio preto, que tinha um pequeno pé de coelho grudado. Aquilo era um tanto estranho, a garota sempre levava consigo a chave pois dizia que dava sorte- Me desculpe, eu achei que a gente poderia aproveitar a festa um pouco, mas meu pai como sempre nunca me fala nada. Não precisa se preocupar, vai lá pegar uns caras. - Entregou junto o bilhete roxo para que pudesse entrar na boate.
Talita e Heitor saíram apressados, deixando Carol para trás e logo entraram no estabelecimento sem nenhum dos dois olha para trás e ver se ela os acompanhava. A garota que havia sido abandonada ficou perplexa, irritada e um pouco preocupada com tudo que acontecerá, além de ter sido obviamente deixada e ter que entrar naquele lugar que não conhecia ninguém, sua amiga sabia muito bem que ela não lidava bem com muitas pessoas. Uma preocupação surgiu em seu peito só lembrar quão animada a ruiva estava para poder ir com ela e de uma hora para outra decidirá que ela ficaria o resto da noite sozinha, Carol sabia disso pois já acontecera outras vezes.
Ela estava irritada agora, olhou para o carro e pensou em ir embora, chegou até a porta do motorista e ia abrir a porta para entrar, pois não queria ter que passar a noite de uma segunda feira sozinha em um lugar como aquele. No entanto, olhou para a fila enorme de pessoas, olhou para o bilhete que ainda estava em sua mão e questionou-se por que não poderia aproveita aquela noite com uma jovem de 18 anos normal e inconsequente. Valeria mesmo a pena desperdiçar uma chance como aquela apenas por ter sido deixada de fora ?
Enfiou a chave na bolsa preta que carregava, e decidiu que faria aquela noite memorável, andando em direção a entrada não sabia o que lhe aguardava assim que entrasse no local, mas se divertiria como nunca naquele dia. Entregou o bilhete para a parede que era o segurança e adentrou pela boca do “ Pecado Roxo”


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem !!!
Comentem o que acharam !!!



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