O Desespero de Jovens Apaixonados escrita por Mr LoveLetter


Capítulo 7
A Desperta e o Entorpecido


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores !!!
Desculpem os erros e me falem o que acharam !!!!
Vocês acham que o Hugo ficou tosco ?



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Ela estava no centro da pista de dança, mesmo que não soubesse dançar muito bem soltou seu corpo e permitiu-se dançar como nunca havia feito. Sentia as batidas da música vibrando em seu coração, o suor dos corpos ao seu redor, o fluxo de movimento que todos faziam, o cheiro da fumaça artificial, os gritos das pessoas ao seu lado, o álcool que espalhava pelo chão tudo estava em uma louca e estranha sintonia. Entrando nessa harmonia que existia não precisava de saber os passos para dançar, só precisava movimentar-se como a ordem mandava.
No meio da multidão, não tinha noção do tempo que passava, uma euforia batia em seu peito, fazendo-a gritar junto de todos a música que tocava. Uma adrenalina percorreu todo seu corpo, fez com que qualquer dor que tivesse em seus pés sumisse, sentiu as mão ficarem dormentes, a garganta estava normal, que deveria estar seca e dolorida, o seu coração parecia que iria estoura no peito, de uma boa forma. Todas as inibições que normalmente a obrigavam a ser contidas caíram para libertar a verdadeira forma que se sentia, um espírito em chamas que desejava voar para longe.
Não soube como, mas dançava com um homem desconhecido. Eles haviam sido unidos pelo circular natural das pessoas e de uma estranha forma se conectaram, completando as falhas um dos outro e ampliando seus pontos fortes na dança. Os corpos de ambos movimentavam-se como se fossem apenas um, sentiu que até suas mentes estavam ligadas, umas sensação de familiaridade coçou em sua nuca quando olhou de relance para seu parceiro, mas a ignorou e voltou a focar-se em dançar.
Virou seu corpo e pode ter uma noção de seu companheiro. Era um jovem por volta de 19 anos, usava uma camisa social preta que, no que era possível ver pela escuridão, mostrava o seu porte definido e magro, quando a garota passou a mão em seu peito durante a dança pode sentir que era bem esculpido e forte. Usava uma calça camurça preta também, ela era justa mostrando o contorno das pernas que poderiam muito bem pertencer a um atleta, e em seus pés estavam calçados um tênis converse preto, que fez uma pontada de inveja bater em seu peito. Sentiu as mãos dele carinhosas, mas firmes e seguras em seus quadris, colocou a mão em seus braços eventualmente, pode ver que eram tencionados, magros e definidos, no entanto pousou finalmente as mãos em seu pescoço, o de pode sentir o cheiro de seu perfume, parecia algo Silvestre, refrescante, doce e tentador.
De repente sentiu o corpo do parceiro enraivecer por inteiro, ele tirou as mão dos quadris de Carol de uma forma brusca e rápida. A garota olhou finalmente para o rosto e ficou surpresa com quem estava, era o mesmo garoto que dias antes ela havia falado para saber se estava tudo bem, e que havia a ignorado e lhe chamado de “ninguém” e aquele que por algum motivo sempre rodeava seus sonhos e permanecia uma incógnita em sua mente. A face dele era de puro espanto, sua bela face era desfigurada pelo medo que estava estampado em seus olhos.
Com as mãos dele tremendo ela o viu se afastar e sumir em meio a multidão, um vazio preencheu seu peito em perceber que ele havia abandonado-a. Todo o topor, animação e êxtase que sentia foi substituído pela substitua noção de onde estava, quem era e o que estava fazendo, uma súbita claustrofobia começou a se espalhar por ela fazendo a se sentir confiando em meio a multidão. Sua respiração estava hiperventilando enquanto tentava passar por todos para chegar no bar que estava menos cheio.
A harmonia que a auxiliava a manter-se no fluxo foi perdida, ela tronava em toda que estavam a sua volta, sentiu uma súbita tontura por não saber como se guiar em meio a algazarra. Seus pés começaram a doer pelos pulos de salto que dera e uma súbita vontade de tirá-los quase a fez se agachar ali mesmo, a realidade era que ela buscava um motivo para se proteger de tantas pessoas, os pensamentos não permitiam que ela focasse em nada. De pé e incomodada com tudo que estava lhe tocando ela tentou diminuir o fitilho de sua respiração e achar uma direção para o bar, com a mente um pouco mais clara pode ver o platôs do DJ e guiou-se trombando em todas as pessoas, sem se importar em ser educada ou não, chagou finalmente ao balcão de madeira de mogno que estava menos tumultuado que o seu redor.
= Uma água por favor - foi o que disse para o bartender a sua frente, o homem foi rápido e preciso surgiu com um copo de água e, por perceber como as mão da menina tremiam, uma jarra completa do líquido.
Bebeu tudo numa golada só para tentar acalmar-se. Olhou para o lado e viu na outra extremidade o garoto com quem estava dançando até aquele momento tendo uma discussão com um homem que lhe era familiar de algum lugar, viu o amigo de cabelo loiro sair irritado deixando-o para trás. Viu o garoto ficar sozinho beber 3 shots de vodka e um de tequila, com movimentos que pareciam forçados e carregados de algo que não compreendia, de longe ela pode ver uma expressão de dor em sua face que moveu o coração de Carol.
Ela meneou internamente se deveria ir até para ver se tudo estava bem. A realidade era de que não se conheciam e ela não tinha intimidade alguma com ele para poder ir até lá e simplesmente perguntar se tudo estava em, nunca trocaram mais que 2 frases, a única coisa que ela tinha com ele e era o encontro de olhares casuais que duvidava significarem algo para ele ou que fossem destinados para ela. No entanto, mesmo tudo lhe dizendo que não deveria falar com ele, havia muitas coisa que a faziam questionar quem ele era realmente.
Se perguntava como alguém que parecia ser tão feliz e satisfeita quando estava rodeada de seu grupo podia ser tão triste e diferente quando sozinho. Ela não era uma stalker ou coisa do gênero, mas sempre acabava vendo-o sair do meio da aula com lágrimas nos olhos em direção ao banheiro. Isso ocorria pelos conta fez atrasos de seu pai em busca-la em casa após seu trabalho em uma casa noturna como gerente, assim sempre chegava atrasada perdendo o primeiro horário e algumas vezes o segundo. Nesses intervalos de tempo em que ficava sozinha na escola, enquanto estudava, ela tinha vislumbres dele janela e o vai correndo em direção ao banheiro com lágrimas em seus olhos, vez ou outra o via escondido de baixo de uma arquibancada da pista de corrida, um lugar maravilhoso para ir quando queria fugir da multidão do refeitório.
Sempre ele estava com olhos mortos e uma cara de tristes que cortavam seu coração sem nem mesmo conhecê-lo.” Como alguém que parece se tão alegre pode ser tão infeliz “ era o questionamento que sempre tinha, por vezes tentou falar com ele, mas sempre desistia antes mesmo de falar algo, o único dia que não o fizera ele a ignorará. Não tinha obrigação alguma de fazer isso, entretanto ela não conseguia tirar sua face de sua mente, ele a acompanhava em seus sonhos e nas suas reflexões.
Decidiu por fim e foi caminhando decidida a falar com ele, estavam em uma festa, não havia nada de estranho ali e mesmo que tivesse nunca se preocupou com o que as outras pessoas pensavam dela. Ele estava virado de costas para ela, sua cabeça se movia como se analisa-se todo o ambiente, as costas dele estavam suadas permitindo ver belos músculos por baixo. Quando Carol notou tal informação ruborizou um pouco e afastou esses pensamentos, não era momento para pensar em como ele parecia ser um fruto tentador.
= Oi, desculpa incomodar, você está bem - disse colocando a mão em seu ombro para virá-lo em sua direção, não havia pensando em nenhuma forma melhor de abordá-lo, porém não estava preparada para o que aconteceu em seguida.
= ANA !!! - Praticamente gritou olhando para ela - Justamente a pessoa que eu queria ver e esquecer, tem como esse dia ficar melhor ? - falou finalmente dando um abraço rápido e alertado em Carol. Suas pupilas estavam extremamente dilatadas, fazendo-a parecer que não possuía íris, sua boca era estampada pelo maior sorriso que alguém poderia ter. As mãos dele tremiam e ele parecia estar extremamente energético indo rapidamente de uma perna para outra, a voz dele quando falou parecia que iria atropelar a si mesma pela velocidade. A camisa que já estava suada começava a ficar molhada tanto que o coração dele batia.
= Você usou algum coisa ?- A face dele tão elétrica começava a apagar qualquer traço de tristeza que houvesse ali. A verdade era que está era uma cena muito engraçada, ele não conseguia manter a cabeça parada olhando para tudo com os olhos de uma criança, a perna tremia pela agitação de se mover e começar a dançar.
= Eu ? Não. Não ? Na verdade eu não lembro, mas quem se importa vamos dançar Ana !!! - Parecia não saber a quem aquela pergunta estava direcionada a ele, na verdade estava apático de tudo a sua volta e tentava se situar olhando para todos os lados - Você sabe onde a gente tá ? E quando você chegou aqui ? Uau, você está linda nesse vestido !!! Eu quero sorvete... - Parecia que não iria parar de falar, com certeza algo não estava certo.
Carol percebeu que tentar tirar alguma informação dele naquele estado não funcionaria, pensou em como fazer para impedir que ele fizesse alguma besteira. Olhou em volta procurando o cara que estava com o garoto, “ ele deve sabe o que fazer “, olhou pelo clube inteiro para vê-lo perto do DJ. Ele estava beijando uma garota de cabelos loiros, com as mãos repousaras na bunda dela.
= Hugo não é ?- Perguntou, lembrando-se de ouvir as garotas gritarem seu nome nos jogos de Lacoste na escola, para o garoto mesmo sabendo que ele provavelmente não saberia do que ela estava falando- Fique aqui que eu já vol...- Viu que ele não havia prestado atenção em nenhuma palavra que ela havia falado - Quer saber vem comigo ! - disse segurando a mão dele e o puxando pela multidão.
Atravessaram o caminho com uma certa dificuldade, vezes ou outra Carol tinha que parar para voltar a conduzir Hugo até o garoto de cabelos loiros, isso por que ele sempre parava no meio da pista chamando-a para dançar. Tal fato dificultava ainda mais ter que empurrar todos para passar, sentiu o coração acelerar pela claustrofobia que estava sentindo, perguntou a si mesma como poderia ter ficado tanto tempo ali sem perceber a agonia que era.
= Oi, você sabe o que aconteceu com ele ? - disse ao finalmente chegar no homem loiro que havia dado uma pausa em beijar a garota que já voltava para a pista, ele era muito charmoso de certa forma que por um instante Carol teve inveja daquela moça. No entanto estava tão agoniada com o ambiente a sua volta que não teve tempo de pensar em uma abordagem menos direta ou prestar atenção no jovem que estava a sua, olhando-a com um ar de curiosidade genuíno.
O Homem loiro a analisava de cima baixo com um olhar travesso e de certa forma sedutor. Com um certo gingado chegou perto dela e olhou para o rapaz que ela havia trato consigo, o qual estava gargalhando da própria fumaça no ar, após ter repousado os olhos nele por um breve instante a curiosidade apenas aumentou. Finalmente gritou = Por que se importa com esse merda ?
O hálito dele foi sentido pela face de Carol pela proximidade, que achava desnecessária, era doce e morno o que deu-lhe um ar ainda mais sedutor. Ela finalmente pode ter uma visão da pessoa com quem falava, era alto e tinha cabelos loiros esvoaçantes que iam até seus ombros. Usava um óculos escuros que estava na ponta de seu nariz demonstrando como ele ainda analisava a reação dela, um belo palito que brilhava como neon mostrava seu porte magro e definido. Sua face era bela e bem esculpida, poderia muito benzer um modelo que estivesse aproveitando a noitada, afastou-se com um passo e disse.
= Do jeito que ele está pode acabar se machucando ou pior, machucar alguém - falou tentando ser o mais convincente em sua resposta que era apenas uma parte pequena do real motivo.
= Continua sem responder minha resposta, eu não me importo com ele, por que você o faria - Falou ainda com um tom de brincadeira e um olhar sérios em seus olhos que a fez questionar se ele realmente não ligava para o amigo.
= Ele estuda na minha escola e não seria muito bom para nós que um estudante se metesse em problemas assim - Falou a primeira coisa que veio em sua mente tentando achar uma resposta convincente para algo que não havia nenhuma explicação lógica. Ela realmente não tinha motivo algum para de preocupar com ele, havia diversos outros na mesma situação naquele lugar e ela não dava a mínima, na sabia por que queria ajudá-lo mas mesmo assim algo dentro de si gritava para que fizesse algo por ele. Infelizmente sua voz saiu um pouco mais tremida do que deveria e desviou o olhar para o chão instintivamente, soube que ele não acreditaria.
O jovem soltou uma gargalhada e com um sorriso estampado em sua face, com olhos travessos falou:
= Essa é umas das piores desculpas que já ouvi, mas vai ter que servir. Eu disse para o babaca aí ... - sua voz se elevou um pouco e apontou seu dedo indicador para Hugo, que gargalhou novamente - que ele não deveria usar algo assim, mas ele como sempre nunca me escuta e fez mesmo assim... - Deu um suspiro como se estivesse relutante em terminar a frase, e encarou Caro novamente - Eu achou que algo o incomoda, por isso veio aqui hoje.
= E o que o incomoda ele ? - Carol disse quase por um impulso antes de perceber que ela era uma completa estranha, não havia motivo para ele dizer algo.
= Isso não é meu para lhe contar, mesmo que soubesse- Disse com um sorriso sedutor em sua face- Você parece ser uma boa pessoa Fernanda, pode ser uma boa influência para ele, cuide bem dele - falou entregando um pequeno bilhete para ela com um endereço e um número de celular para ela.
= Meu nome não é Fernanda é ...
=Eu não perguntei seu nome, e não quero saber - Falou interrompendo ela antes que falasse qualquer coisa, começou a se virar para ir embora.
Carol olhou para o bilhete novamente e perguntou : Que endereço é esse ?
= O endereço dele, deixo-o aos seus cuidados - Falou o homem tentando novamente sair antes que fosse interrompido por Carol novamente.
= Você vai simplesmente deixar seu amigo com uma estranha e me dar o endereço dele ? - A garota estava impressionada com a atitude do loiro a sua frente, nunca a virá.
= Se você quiser machuca-lo teria tentado levá-lo sem falar comigo, se quisesse rouba-teria pego a carreira, tenha bom proveito !!! - Disse finalmente o loiro enquanto dava as costas para ela antes que fosse atacada novamente por outra pergunta. Deu um breve aceno com sua mão e saiu andando em direção a uma garota loira que estava paquerando Dedé que chegará e havia sido interrompido.
Carol olhou para Hugo. Ele tinha o olhar de uma criança e parecia tentar pegar a fumaça com suas mãos. A garota suspirou e falou finalmente:
= Quer dar uma volta de carro? - Olhava para ele e o mostrou as chaves em sua mão. Pensou “Essa noite não tem como ficar mais estranha”.
Ela não sabia que as coisas estavam apenas começando.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura !!!
As coisas vão ficar mais interessantes a partir daqui, prometo .



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