O Desespero de Jovens Apaixonados escrita por Mr LoveLetter


Capítulo 5
O Grupo da Ninguém


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoas !!!
Agora vamos pra outra perspectiva dessa história !!! Chega de tanta melancolia .
Me digam o que estão achando e se estão gostando pf, isso da uma motivada legal.



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Carolina fitava secretamente a mesa ao seu lado esquerdo com uma pontada de raiva em seu coração. “Quem ele pensa que é para me chamar de ninguém. Babaca” era o que a garota pensava enquanto focava seu olhar em um garoto sentado em uma mesa com um ar de superioridade, que ria descontroladamente de uma piada provavelmente sem graça. Tudo acontecerá 2 dias antes quando tentará abordá-lo em sua saída da escola, estava preparada para finalmente...
= Carol você tá me ouvindo ? - Disse uma garota que estava sentada no lado oposto da mesa em que cotidianamente lanchava. A amiga possuía o cabelo tingido de ruivo; tinha uma beleza singular em sua face, com traços rústicos e delicados, fazendo-a se destacar em qualquer lugar que fosse. Maçãs cheias e rosadas lhe davam um ar meigo e os lábios carnudos a fazia ser sedutora com um pequeno sorriso.

= Claro que não, deve estar no seu mundinho particular como sempre!!! - Quem falou dessa vez era uma garota baixa que sentava ao lado de Carol. Ela era devia possuir no máximo 1,53 m de altura, no entanto fazia com que sua beleza se compactasse e ficasse mais notável. Tinha cabelos longos, lisos e negros como a noite, sua tez era alva como a neve, fazendo destacar pequenas sardas em sua bochecha, seu corpo era bem definido, com curvas que a lhe faziam ser bela.
= Desculpa meninas, eu não dormi bem essa noite. Pode repetir - Carol era alta, mais do grande parte dos meninos e meninas com que já estudava, tinha em torno de 1,74 m. Seu cabelo era curto e ondulado, chegando apenas um pouco acima dos ombros, sendo negro em cima e com luzes nas pontas, que combinava com sua pele bronzeada. Seu corpo era belo, com quadris sutilmente volumosos e seios com um tamanho adequado para combinar com as linhas de seu corpo. Usava um grande casaco preto e vermelho, que cobria até um pouco depois de suas mãos, que a auxiliava a se manter confortável mesmo estando o clima agradável, junto de calças vermelhas vivas que todos usavam de uniforme.
= Você realmente não escuta nada do que eu falo !!!- Falou a ruiva fingindo irritação em sua voz - Garotas, eu tenho em minhas mãos simplesmente o passaporte para a melhor noite de suas l vidas- Ela colocou a mão no bolso da calça vermelha por debaixo da mesa e lentamente tirou 2 bilhetes, parecidos com tickets de cinema antigos, roxos forte, e os colocou triunfante mostrando as amigas.
A garota baixa deu um gritinho de felicidade e quase pulou em cima da outra para pegar os bilhetes, enquanto a outra desviou da tentativa com um largo sorriso na cara e fazendo sinal de negativa com a cabeça. Era sempre assim com as amigas, Talita e Júlia sempre ficavam eufóricas com as mesmas coisas enquanto Carol não conseguia compreender o motivo daquela felicidade toda, mesmo assim era contagiante a energia que produziam de certa forma, fazendo-a curiosa.
As três estavam sentada em uma mesa no canto esquerdo inferior do amplo refeitório da escola. O local era enorme, comportando os alunos de todo o ensino médio, cada um em sua segmentação de popularidade e subtribo, mesmo que as mesas, que variavam e entre as redondas no centro, de quatro lugares ao redor e as de 6 lugares perto das paredes brancas e vermelhas, fossem livres, ninguém ousava mudar de lugar. Ali havia um padrão bem estabelecido que não deveria ser quebrado sem uma justificativa muito boa, caso contrário as consequências sempre chegariam.
No centro do amplo espaço, onde as mesas redondas se localizavam, estavam os mais populares, líderes das grandes tribos que existiam no colégio, mesmo que cada um fosse completamente diferente, havia um respeito mútuo necessário para manter a ordem, ou melhor, mantê-los no topo. O garoto que a chamará de ninguém estava na mesa dos jogadores de Lacoste, divindindo lugar entre as namoradas, os poucos reservas considerados “dignos” e os membros titulares. Também haviam as líderes de torcida aglomeradas em uma das mesas, que de tempos em tempos rondavam entre as mesas, os brucutus jogadores de futebol, a presença deles já tinha um ar de testosterona pura pelo o tamanho dos membros, os titulares do basquete, que não paravam de gargalhar de alguma piada interna, os membros da banda de rock da escola, com alguns dos punks e roqueiros que tocavam também, dentre alguns outros.
Ao redor desse, nas mesas de quatro cadeiras estavam as subtribos heterogêneas. Era uma região mais liberal, onde havia movimentação entre as panelinhas e pessoas poderiam fazer parte de mais de um grupo ao mesmo tempo, mesmo assim era nítido as amizades e inimizades entre eles. Ali era um reflexo das relações que ocorriam no centro do refeitório, quer queiram quer não todos ali influenciados de alguma forma. Um boato que se espalhava durante os treinos, uma fofoca que falavam no banheiro das meninas, bilhetes que circulavam durante as aulas, todos eles eram controlados e governados pelos “privilegiados”, que decidiam quem aumentaria seu status ou aquele que deveria ser jogado ao esquecimento.
Por fim, nos cantos mais distantes do salão, perto das paredes, em cima da lanchonete e quase grudado no grande paredão de viro que era um dos lados da grande sala estavam os excluído, aqueles que não se encaixavam em grupo algum ou que eram tão plurais que faziam parte de muitos grupos ao mesmo tempo, mas não desejavam se filiar a nenhuma das “facções”. Ali era onde onde Carol e suas amigas habitavam. Toda tinham seus próprios motivos para não estarem no meio da feira que era o região central ou até mesmo junto aos exclusivos do centro.
Talita ficava sempre indo e voltando por todas as regiões, seu primo era o líder do time de Lacoste e sua prima era uma das líderes de torcidas mais populares da escola, mesmo assim ela sempre permanecia ali com os dissidentes. Se encaixava em tantas e se relacionava com tantos alunos que não caso pertencesse a apenas um grupo faria inimizades com muitos. Por isso ela sempre estavam indo e voltando, todos a cumprimentavam e alguns a chamavam para se sentar junto a eles, mas ela sempre acaba voltando para as garotas na mesma velocidade que as trocava, quando saíam, por motivos desconhecidos sempre desapareciam no meio da noite e retornava minutos ou horas depois. Não a questionavam, pois era ela que sempre que organizava os “rolê” e caso perguntasse recebiam a mesma resposta “ A natureza chama “ ou o que quer que isso significasse.
Júlia era um caso diferente, passou anos estando entre os diversos grupos e com agendas cheias de contatos,“contatinhos”, festas e eventos. Esteve muito próxima de ser coroada a rainha do baile 2 anos antes, mesmo estando no primeiro, e estabelecer se na elite do colégio. No entanto, sua rápida ascensão não agradou muito algumas garotas influentes, que lhe tornaram o perfeito exemplo de a maior a altura, maior a queda. Boatos e mais boatos durante alguns meses correram pela escola inteira sobre ela, em meio aos risos cinicos e olhares de desprezo que sofreu pelos corredores, destruíram sua reputação e autoestima, tiraram-lhe seus fiéis “seguidores” de onde quer que pudessem e a deixaram isolada. A terrível atitude das garotas deixaram sequelas na amiga que por mais que se olhasse no espelho não conseguia se achar bonita e necessitava que alguém, cansativamente, a lembrasse que era.
Por fim Carol. Ela estava ali por que queria, a realidade era de que não era a mais sociáveis das pessoas e muito menos se encaixava em algum estereotipo pré definido por alguém, era apenas a Carolina. Deixou claro desde que entrará na escola que acreditava ser tosco toda a segmentação existente e tinha em mente de que não forçaria a si mesma em entrar para alguma das panelinhas. Gostava do que gostava e não precisa exibir isso a ninguém, perceberá desde de cedo que era um erro ter apenas amigos quantitativos do que qualitativos, e no caso de agora disponíveis. Assim sempre fez o que descobrirá ser a melhor forma de viver, sozinha até que outros se aproximassem, a solidão não era um incomodo, maioria das vezes, mas natural para sua existência, a companhia das garotas era um alívio de certo modo, no entanto tinha um sentimento de que nenhuma delas queria estar ali de fato.
= Ok, o que são os bilhetes que vocês estão tão animada ?- falou com um leve tom de curiosidade na voz e uma cara de desinteresse. A reação das duas foi uma cara de espanto e incredulidade com aquele comentário. Como alguém poderia não saber o que era o bilhete roxo, aquilo era um insulto a quase todos os jovens da cidade, e Carol não dava a mínima por não saber.
= Ok, ok, ok. Vamos todos nós acalmar, ela só vive em uma caverna, não tem problema nisso, não é ?- Disse Talita para si mesma e Júlia continuando com uma face de incredulidade daquele comentário - Meu bem, ela é simplesmente a maior, mais popular, mais famosa, mais exclusiva balada de Brasília !!! A fila de espera para entrar na fila da boate é de no mínimo 6 meses e você nem há a garantia de que vai conseguir entrar!!!- disse com uma animação cara vez maior em sua voz.
= Meu Deus Talita !!!- Falou Júlia com um gritinho no final da frase- De quem você roubou esse bilhete ?!?!? - Inclinou seu corpo na frente da amiga tentando ficar cadê vez mais perto do bilhete.
= Meu pai conhece o dono e ele pediu para eu resolver uns assuntos para ele hoje a noite - disse com uma naturalidade que tentava mascarar uma leve tremulação por baixo da voz. Carol percebeu essa pequena alteração na amiga, como se ela quisesse esconder algo, mas resolveu fingir não notar, se ela precisasse certamente falaria - Então ele disse para eu convidar alguma amiga para vir junto - completou com a animação usual - Então garotas, só tenho 2 bilhetes, podem começar a se matar !!!
= Antes que alguma delas falasse Carol se apressou e disse- Pode ir Júlia, você sabe que eu não me dou muito bem com esses tipo de lugares - A garota realmente não gostava muito de multidões, mesmo que abrisse exceções para ir a um lugar que parecesse ser tão impressionante, mas podia ver na atitude da garota que tentava pegar o bilhete. Ela não escondia bem suas emoções e era nítido que desejava ir naquele lugar.
= Aaaaaaaaa -Gritou a garota, dando um pulinho de seu banco e indo na direção de Carol e deu lhe um abraço apertado, logo em seguida fez o mesmo em Talita - obrigado, obrigado, obrigado, obrigado... - estava a repetir animada até parar de repente e falar- você disse hoje à noite ?
= Sim, esses foram os únicos que ele conseguiu tão em cima da hora - disse Talita com uma expressão de dúvida em seu rosto- Qual é o problema?
= Hoje não dá é aniversário do Matheus - O garoto que ela falava era seu namorado ele era de uma escola vizinha a deles, então não sabia e não se importava com a popularidade da garota. Formavam um belo casa - Eu disse que sairíamos para comemorar, passaríamos a noite inteira fora - falou com um sorriso travesso no rosto, que logo foi substituído por uma expressão triste.
= É Carol, parece que vai ser só nós duas- Falou Talita com sorriso maléfico em sua boca.
A garota soube que teria de suporta uma tarde inteira com a ruiva procurando um vestido, fazendo maquiagem e se arrumando. Ela achava desnecessário todo aquele preparo apenas para ir a uma balada, ela não precisava se mostrar para ninguém, mas o faria para agradar a amiga e por gostar de se produzir se tempos em tempos; mesmos que não estivesse indo a um lugar que realmente gostasse. O que não sabia era que os acontecimentos daquela noite marcariam sua vida para sempre. Anos se passariam e ela ainda se questionaria o que teria sido de sua vida se ela tivesse recusado e ido a grande abertura de um bookcafe que tanto aguardava. Pois foi naquela noite que seu mundo mudou, mudou por que ele o virou de cabeça para baixo.


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Notas finais do capítulo

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