Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 4
Tenho dó desse cara!


Notas iniciais do capítulo

Olá, raios de sol!
Decidi adiantar o capítulo de amanhã como "presente" de dia dos namorados para vocês.
Dois avisos importantes:

1- Já conferiu a playlist que criei no spotify para essa história? Se não, corre lá! https://open.spotify.com/playlist/6yv3WpSi8mIuP0vf1A7RXi?si=rrDoAoC8S7OrLByZl2PyKA

2- Vocês sabiam que eu componho e canto? Nunca contei isso por aqui, mas tenho uma música no Spotify, a única que cheguei a produzir, caso queiram conferir! https://open.spotify.com/album/60G5cdKGKkPLtemtThFGTC?si=NbHOd0KSRvaBT_yoOFNu_Q



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Entrei em casa e subi para o meu quarto. Coloquei uma música e comecei a dançar sozinha no meu quarto de animação. Eu havia beijado Nate. A música nem tinha acabado quando ouvi uma voz através da janela:

—Pode abaixar o volume, por favor? - Era Cameron. - Tem gente tentando estudar aqui.- Juro. Só esse cara pra atrapalhar meu bom humor hoje.

—Estudar? Jura?- Perguntei pausando a música.- Achei que essa palavra não existisse no vocabulário de Cameron Woods.

—Tem razão.- Respondeu ele com um sorriso de lado.- Eu só não quero ouvir suas músicas bregas.

—Cam, nem você vai conseguir atrapalhar meu dia hoje. - Disse me virando de costas em direção a minha caixinha de som.

—Ele te beijou, não foi, encosto? - Eu parei. Como ele poderia saber?

—Quer saber da minha vida amorosa agora, Cam? - Me virei para a janela novamente.

—Vou levar isso como um sim.- Respondeu ele.- E considerando que ele seja tão brega quanto você, ele deve ter usado um truque barato pra isso, como o “sua boca está suja”. - Disse ele com as sobrancelhas arqueadas, um olhar prepotente e passando a mão nos cantos da boca. Como ele poderia saber? Pela cara que eu fiz, ele percebeu que estava certo e gargalhou.- Tenho dó desse cara.- E fechou a janela. Eu grunhi de raiva e bati a minha com força em resposta.

***

No dia seguinte, Emma me ligou logo pela manhã, pedindo desculpa por ter me abandonado no dia anterior e pediu detalhes do que havia ocorrido no meu encontro. Eu contei tudo: cada segundo, cada olhar, cada beijo:

—Eu.não.acredito.- Disse Emma através do telefone.- Finalmente alguém viu em você a pessoa maravilhosa que você é.

—Ai, Em. Ele foi tão carinhoso. - Disse, me lembrando das palavras de Cam na janela na noite anterior. Afastei o pensamento.- Mudando de assunto, quantas vezes mais eu tenho que te pedir para trocar de quarto com o seu irmão? Minha janela ser de frente para o quarto dele não facilita em nada a minha vida. Poderíamos conversar o tempo todo.

—Já falei que não vou trocar. Meu quarto hoje é maior que o dele, e eu preciso de espaço para as minhas coisas. - Bufei.

—Tudo bem, Em. - Respondi.- Acha que algumas tábuas de madeira resolvem o problema?

— Não, amiga. - Ela falou do outro lado da linha. - Você só não vai conseguir ver o pôr do sol.

—Tudo bem, terei que lidar com isso até nos mudarmos para a faculdade. - Retruquei desanimada.

***

Hoje seria um daqueles dias em que eu gostava de chamar de sábados bons. Eu havia combinado de almoçar com meu pai no centro. Me troquei, me arrumei e fiquei aguardando na sala até que ele se aprontasse. 

Duas da tarde e nada. Duas e meia… Nada. Encontrei um papel de delivery de comida chinesa e disquei os números. Três horas a comida chegou. Eu arrumei a mesa com os pratos, hashis e guardanapos e subi as escadas.

Bati na porta do quarto do meu pai. Sem resposta. Abri a porta lentamente e sorri quando via a cena. Voltei para o meu quarto, coloquei novamente o pijama, baguncei o cabelo e voltei para o quarto dele. O chacoalhei:

—Pai, acorda. - Ele levantou num pulo, com os olhos arregalados e assustado.

—Que horas são? - Perguntou ele desesperado.- Eu estou atrasado para o trabalho.

—Pai, hoje é sábado.- Disse tocando em seu braço. Ele relaxou um pouco.

— Vou só tomar um banho e saímos para almoçar, ok? - Perguntou ele ainda sem noção da hora.

—Está tudo bem. -Disse dando de ombros.- Eu também esqueci que tínhamos marcado.- Menti.- Mas pedi comida. Podemos comer enquanto assistimos um filme.

Eu sabia que os últimos quatro anos não haviam sido fáceis para o meu pai. Ele tentava me fornecer tudo o que eu precisava, mas a forma que ele tinha encontrado de lidar com o ocorrido tinha sido se mergulhar em trabalho. Aos poucos, os chefes começaram a abusar disso. O dia mais cedo que ele havia chegado essa semana foi na segunda-feira, quando o vi. Ele deveria estar exausto e ter a filha demandando uma ida ao centro da cidade não ajudaria em nada.

No final de tudo, nosso dia tinha sido muito prazeroso e eu tinha conseguido o que queria: passar um tempo de qualidade com ele.


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Notas finais do capítulo

Com relação a história, quero ouvir de vocês: o que estão achando? Me contem! Conversem comigo!
Obrigada por lerem até aqui e nos vemos na quarta-feira!
Um beijo!



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