Derek, o coelho alpha - Sterek escrita por Daroon


Capítulo 3
Carinho




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— E se o mate do Derek estiver morto? — Stiles perguntou, tentando ser o mais sútil possível, querendo disfarçar em como aquilo o afetou. Mas Derek reparou, por estar no colo no humano, sentiu o corpo dele ficar tenso de forma breve.

— Você não está falando de Paige, né? — Peter analisou atentamente a expressões do Stilinski, e sorriu de canto. — Ela não era o mate de Derek.

— Ah, sim. — murmurou.

— Tá, então se não é essa tal de Paige quem é? — indagou Malia, cruzando os braços ficando ainda mais impaciente.

— Stiles. — Derek atiçou suas orelhas e olhou para Lydia, abismado, assim como todos. A Martin lixava calmamente suas unhas, ignorando os olhares.

Peter foi o primeiro a desviar o olhar, pensativo. No fim, suspirou.

— Ela tem razão.

— O quê?! — gritou o humano, ainda absorvendo aquela informação. Um a um, os outros foram concordando sobre como fazia sentido, mas o Stilinski apertava ainda mais o coelho em seu colo tentando entender onde fazia sentido. Seu coração batia tão forte que até mesmo o pequeno coelho ouvia. E Derek, perguntava-se se ele era tão óbvio quando se tratava do humano verborrágico.

Enquanto todos discutiam sobre onde procurar o Derek, o próprio passou a ficar encarando o Stilinski que estava quieto. Uma sensação ruim passou por si ao imaginar que o outro não gostou nada daquela informação.

Quando todos foram embora, Stiles foi para cama, sua mente ainda estava longe e Derek percebia isso. Stiles estava deitado de lado enquanto que Derek estava de frente para o seu rosto, encarando-o, estava sendo acariciando no pescoço e normalmente iria desfrutar daquele gesto de carinho, mas estava preocupado.

Soltando um pequeno suspiro, Stiles sorriu minimamente para Luke que mexeu as orelhinhas.

— Parece que hoje foi o dia das revelações, né Luke… — murmurou. De forma estabanada Derek pulou um pouco para frente, batendo sem querer no rosto do humano, que acabou rindo no fim. Aquilo foi o suficiente para aquecer um pouco o coração do alpha. — Sua forma de demonstrar carinho é meio agressiva. — resmungou. Mas Derek não parou por aí, queria de alguma forma animar o outro, por isso fez de questão de esfregar seu rosto da bochecha alheia, arrancando risos. — Faz cócegas, Luke.

O Stilinski segurou o coelho e sentou-se na cama, encostando suas costas na cabeceira. Derek continuava a encarar o humano enquanto recebia o carinho ele. Um pequeno sorriso se desenhou nos lábios do Stilinski em ver como o coelho tentava novamente pular para ficar mais perto de si. Era como se ele entendesse que precisava de carinho.

— Né, Luke… — pronunciou após um tempo, quando viu que Luke conseguiu chegar mais próximo de si e esfregava a cabeça em sua barriga. Derek parou no mesmo minuto e olhou para cima. Stiles teria achado incrivelmente fofo em saber que o coelho lhe entendia se não fosse no mínimo estranho. Suspirou antes de continuar:

— Você acha que Derek gosta de eu ser seu mate? Quer dizer, isso se eles estiverem certos né, porque, qual é, né Luke… — Crispou os lábios, ao sentir um gosto ruim em sua boca. — Se eles estiverem certos… Esquece, nem sabemos se estão certos… Aí — Parou de murmurar ao sentir Luke morder o seu dedo. — Qual é Luke? 

Derek não sentiu nem um pingo de remorso em ver que sua mordida foi levemente agressiva ao ponto de sair um filete de sangue. Talvez assim o humano parasse de pensar besteira, era o que pensava. 

— Seu coelho agressivo. — resmungou. Fixou seus olhos nos do coelho e sentiu um arrepio. Vermelhos como sangue. Mas Stiles sabia que tinha algo a mais naquele olhar, mais profundo.

—x-

Com os dias se passando, ninguém tinha encontrado nenhuma pista sequer do paradeiro de Derek e pior ainda, qual era a sua forma. A bruxa que tinha comprido seu trabalho já foi embora. E Stiles estava numa pilha de nervos por não saber nada do lobisomem alpha rabugento.

Derek, ao menos naquele período, conseguiu aprender a pular sem dar de cara no chão. Infelizmente sua refeição estava se resumindo a verduras porque se recusava em comer ração, existia um limite para que comesse certas coisas. E conforme os dias passavam, Derek conseguia desfrutar o carinho do humano enquanto que ele falava sobre o seu medo em relação a ele, no caso, Derek, e não Luke. Sempre que ele ficava com aquela paranoia de que ele odiava que Stiles fosse seu mate, Derek fazia questão de tentar fazer carinho nele, chegando às vezes de mordê-lo quando o humano continuava com aquele pensamento.

Já Stiles tentava não pensar que Luke era diferente. Pior, como se ele quisesse lhe dizer algo, constantemente.

Enquanto o resto do bando procurava Derek pelo cheiro, Stiles tentou pensar que forma uma bruxa colocaria em um lobisomem alpha.

Estava sentado em sua cama, em posição borboleta. Luke estava em seu colo, encarando-o. Stiles desviou brevemente seu olhar do teto para o coelho, fixando-os nas íris vermelhas, sentindo novamente aquele arrepio. Era como se toda a resposta estivesse naquele olhar; tão familiar em sua opinião.

Foi então que um estalo em sua mente o fez arregalar os olhos.

— Porra! — brandou, assustando Derek, principalmente quando Stiles o pegou no colo e começou a girá-lo como se fosse uma atração de circo. A expressão de choque no rosto do Stilinski estava deixando o outro apreensivo, principalmente quando ele o soltou do nada e levantou-se da cama num salto dando passos para trás.

Derek até tentou dar um pulo na direção do humano, mas parou quando o viu pegar o seu celular e ligar desesperado para Scott.

— Scott, reunião do bando agora aqui em casa. O Luke.. O Luke é o Derek, caralho Scott o meu coelho é o Derek, vem logo. 

E Derek ficou surpreso, Stiles o reconheceu — após semanas. Ficou feliz, mas logo o medo o cercou. Stiles contou seus medos para si, porque ele era Luke e não Derek. 

Enquanto o bando não vinha, Stiles evitou o máximo de contato com Derek coelho, deixou-o na sala de estar e ficou na cozinha, ficando cada vez mais nervoso.

Mas Derek não se incomodava com isso, e com certo esforço, foi pulando até a cozinha. Querendo mostrar para o humano, o quanto ele se importava.


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