OMNITRANIL (Ben 10 - Força Alienígena) escrita por TarryLoesinne


Capítulo 31
Estilhaçado




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― Vamos falar agora com nosso repórter Robert Newsman. Boa tarde, Robert.

― Boa tarde, Mahala, segundo relatos de testemunhas, uma figura azul de asas foi vista sobrevoando os céus de Bellwood. Elas afirmam que a criatura sumia e aparecia de repente, mas mantinha uma trajetória linear rumo ao centro da cidade. A secretária Jhosy Portland afirmou que enquanto fazia sua pausa para o café, viu uma criatura passar em frente à sua janela do oitavo andar, vamos ouvi-la.

― Parecia que a criatura tava com dificuldade para voar, entende? Perdia altura em alguns momentos, mas aí sumiu de repente e eu não sei pra onde foi ou o que aconteceu, se caiu ou continuou voando...

***

Ben sentia sua transformação extremamente instável. Na forma de um necroffrigiano, tentava voar e se manter invisível, mas nem a parte de voar estava sendo possível. O símbolo do Omnitrix em seu peito oscilava seu brilho entre o verde e o vermelho, indicando que talvez fosse mais prudente destransformar. Ele já se aproximava das primeiras árvores do Central Park, então tentou aguentar pelo menos um pouco mais.

Assim que alcançou o primeiro metro da área interna do parque, foi reduzindo altura, sentindo galhos de árvores e folhas atingirem seu rosto. Faltando cerca de quatro metros para alcançar o chão, a transformação se desfez, ficando à mercê da gravidade e da pouca maciez do solo gramado da floresta. Chocou-se contra o chão e rolou alguns metros antes de bater com as costas numa árvore e perder a consciência por alguns segundos.

Abriu os olhos e levantou-se com dificuldade, apoiando-se nas árvores. Olhou para o relógio em seu pulso e lhe preocupou a oscilação entre o brilho vermelho e verde ainda presente.

Até eu chegar lá ele já vai ter se acalmado ― pensou Ben.

O jovem seguiu caminhando pela floresta rumo às naves alienígenas e os reféns. Seu corpo dolorido e seu coração acelerado não eram razão suficiente para o parar. Tem pessoas que dependem dele nesse momento. Tem pessoas que precisam do herói Ben Tennyson, ele pensava.

Assim que chegou na área aberta do Central Park, pôde observar a situação que se construiu no local. Vários caminhões de encanadores cercavam o parque, com soldados que procuravam manter os curiosos afastados. Algumas tropas se organizavam nas entradas, preparando-se para uma intervenção à primeira oportunidade que não resultasse em danos aos reféns. Ao centro do local, um círculo de naves triangulares mantinha seus reféns reunidos no seu epicentro. Eram homens, mulheres e crianças, que outrora se encontravam passeando e curtindo o parque, e agora se encontravam com argolas de metais prendendo seus braços junto ao corpo. No centro das argolas, uma pequena luz amarela, indicando “atenção”.

Ben ignorou suas dores e caminhou em direção às naves. Enquanto caminhava, percebeu as telas gigantes dos prédios dos arredores passarem a exibir vários ângulos de sua aproximação. Alguns curiosos na multidão começaram a chamar a atenção dos demais para que todos pudessem ver sua atitude burra/corajosa (depende da interpretação de cada um). Até mesmo os Encanadores se atiçaram com sua atitude. Talvez por já conhecerem Ben Tennyson, optaram por se manterem em posição por hora.

Uma das naves do cerco aproximou-se voando de Ben. O jovem parou de caminhar e, com a cabeça levantada, encarou o visor da espaçonave. Tratava-se de uma nave com o dobro do tamanho do adolescente, que oscilava no ar com a suavidade de uma folha. Por alguns instantes o silêncio tomou conta do local, então, Ben disse:

― Meu nome é Ben Tennyson, portador do Omnitrix, a tal tecnologia galvânica que procuravam. Pois então, aqui estou, agora libertem os reféns.

Através dos alto-falantes da espaçonave, uma voz metalizada respondeu:

― Não.

Novamente silêncio.

― Pois então me levem como refém e solte eles! ― disse Ben ― Essas pessoas não têm nada a ver com isso!

Novamente a espaçonave respondeu:

― Não.

Ben abaixou a cabeça e olhou para o relógio em seu pulso. A luz ainda oscilava e, embora não soubesse bem o que significava, não quis tentar a sorte. Mordeu o lábio com frustração.

Toda a multidão ao seu redor observava com atenção. Ben olhou para um dos líderes dos Encanadores e acenou um leve “espere, por favor”, em seguida voltou para a espaçonave.

― Vocês mandaram aquela mensagem ridícula dizendo que queriam que eu aparecesse e entregasse o Omnitrix, pois então! ― Ben levanta o braço apontando o Omnitrix para a espaçonave ― Aqui está, leve, mas solte essas pessoas!

― Não.

― E por quê!?

― Porque não estamos atrás de você ou dessa tecnologia ultrapassada.

― Como é!?

― Estamos atrás do galvaniano Albedo e do Superomnitrix que se encontra em sua posse.

Como num estalo, várias perguntas de Ben foram respondidas. Albedo, naves triangulares, transformações bizarras e poderosas de sua cópia-vilã. Tudo fez sentido.

Droga! E agora? ― pensou Ben. ― Não tenho ideia de onde Albedo está!

― Albedo é egoísta demais e não se importa com humanos a ponto de se entregar! ― disse Ben.

― Sabemos disso ― disse a espaçonave.

― Então pare com essa situação ridícula e liberte os reféns!

― Não.

― Não percebe que isso é inútil!? Albedo não vai vir-

Sabemos disso.

― Então?

― Vocês, terráqueos, é que irão nos trazer Albedo.

Ben não soube o que responder. A espaçonave virou-se de costas para Ben e voou em direção aos reféns e, enquanto seguia seu caminho, disse:

― Vocês possuem menos de dois minutos, se vocês se preocupam com sua espécie é melhor se apressarem.

― Não tem como encontrarmos ele em tão pouco tempo!

― Sessenta segundos.

A espaçonave disparou um feixe luminoso em direção à argola de um dos reféns que se fixou como uma corda luminosa. A nave então puxa uma mulher de dentro do grupo, que grita e tenta se libertar. Ao mesmo tempo, ouve se uma voz de criança:

― Mãe! Mãe!

― Me solta! ― gritava a mulher.

Ben diz:

― Solte ela imediatamente!

O visor da nave inclina-se levemente em direção à Ben, como se fizesse questão de olhar diretamente nos olhos do jovem e diz:

― Cinquenta segundos.

A mulher se debatia e gritava, suplicando para que lhe soltasse. A criança forçou-se contra os demais reféns e, também presa por uma argola, chorava e tentava se aproximar da mãe, mas era muito difícil para uma criança de seis anos se levantar do chão sem poder usar os braços.

― Por favor, não faça isso ― disse Ben. ― Podemos resolver a situação de outro jeito, mas não-

― Quarenta segundos.

A multidão fora do parque se agitava, alguns gritavam e cobravam dos soldados à sua frente uma atitude. As tropas dos Encanadores começaram a se mover de arma em riste em direção às espaçonaves. Seus passos eram calculados, atentos a qualquer reação dos alienígenas e no aguardo do comando para disparar.

De repente, um grito ecoou pelo parque. Um dos líderes dos Encanadores ordenava que sua tropa investisse contra os alienígenas. Ben então viu a luz amarela da argola da mulher tornar-se vermelha; da mesma forma, a luz das argolas dos demais reféns avermelharam-se indicando que algo aconteceria com todos os reféns ao mesmo tempo.

― Encanadores, parem! ― gritou Ben ― Parem imediatamente!

Os soldados cessaram o avanço e encararam o jovem.

― Trinta segundos ― disse a voz.

Ben olhava para várias direções em busca de uma solução. Olhou para o Omnitrix em seu pulso e a luz insistia em piscar.

― Capture a mim! Mas solte eles!

― Mãe! Solta minha mãe!

― Fique aí, Steph, não venha!

― Vinte segundos.

― Mãe!!!

― Me solte, pelo amor de Deus!

― Mãe!!!

― Não faça isso! ― gritou Ben.

― Dez segundos.

― Mamãe!!!

― Não olhe, Steph...

― Executar. ― disse a voz.

Ben até tentou correr em direção à mulher, mas nada pôde fazer.

Um chiado elétrico foi seguido de um gutural gemido da mulher ao sentir a eletricidade atravessar o seu corpo. Seu corpo tremia e sua musculatura enrijecia.

Os gritos da criança eram os únicos sons que se ouviam no Central Park. Suas lágrimas esparramavam-se pelo seu rosto e, usando o queixo e joelhos, a menina se arrastava em direção à mãe.

Então o choque cessou.

Ben caiu de joelhos próximo ao corpo da mulher. Sua visão tremia. Levantou a cabeça e observou a pequena Steph se aproximar de sua mãe.

― Mãe! Mãe, acorda, mãe! Acorda, por favor!

O herói sentiu a lágrima quente cortar seu rosto. Para Ben, o único som que ouvia eram os pedidos de súplica da criança.

― Mãe! Mãe! Acorda, mãe!

Novamente o grito do líder dos Encanadores ecoou pelo parque. Ben então levantou a cabeça e viu a luz da argola da criança tornar-se vermelha.

― Parem! Não se aproximem!

― O que quer que façamos!? Que deixemos eles matarem a todos?

― Eles vão matar todo mundo se vocês se aproximarem! Vejam, a luz vermelha das argolas!

Os soldados voltaram sua atenção para os reféns e as tais luzes.

― Encontrem Albedo! ― gritou Ben ― Façam o que for preciso, mas encontrem ele!

Sábia decisão, portador do Omnitrix ― disse a voz da espaçonave. ― Com essa atitude você conseguiu dez minutos antes que executássemos o próximo. Deviam se apressar.

Ben virou-se para a espaçonave e a fitou com fúria.

Psicopatas desgraçados! ― pensou ele.

― Mãe? ― disse a menina.

Ben olhou para a mulher caída e pôde perceber que os olhos dela se entreabriam com dificuldade. Ben ajoelhou-se próximo à ela e disse:

― Respire com calma, não se preocupe que a ajuda já está vindo.

Interessante... ― disse a espaçonave.

Ben manteve-se de costas para a nave, de cabeça baixa.

― São poucos os registros de humanos que suportaram uma execução.

O garoto levantou-se.

Mas não há registros de humanos que tenham suportado um segundo disparo ― A luz amarela da argola tornou-se vermelha.

Ben encarou à espaçonave e pressionou o núcleo do Omnitrix.

Assim como o jovem já esperava, o relógio atravessou sua pele e penetrou na carne de seu antebraço, trazendo consigo a dor lancinante de outros momentos.

Ben moveu seu braço frente ao seu rosto e observou como se imagens fantasma repetissem o mesmo movimento de seu membro. Sentia como se frames de uma animação se sobrepusessem e pudessem ser vistas todas ao mesmo tempo.

De repente o som da batida de seu coração ressoou em seus ouvidos. Cada vez mais alto, os marcadores de sístole e diástole ecoavam numa frequência rítmica e obediente: Tu-dum, tu-dum, tu-dum.

Então após um poderoso tu-dum, Ben sentiu o som impactar por todo o seu corpo e sua imagem multiplicar-se infinitamente a sua frente. Como num movimento elástico, as imagens retornaram para seu corpo de uma só vez.

Outra batida de coração e dessa vez sua imagem se multiplicou para trás de si e assim permaneceram. Ben girou seu corpo para olhar e todas suas imagens repetiram o movimento com alguns milésimos de atraso. Como uma bolinha que atinge uma parede e volta, as imagens então retornaram para o Ben primordial.

O jovem olhou para a sua mão e percebeu pequenos pontos de perda de pigmento em sua pele. Os pontos foram se multiplicando e unindo-se, formando manchas hipocrômicas cada vez maiores.

Outro tu-dum.

Suas imagens multiplicaram-se para as laterais. De repente, a 5º imagem para a esquerda e a 16º imagem da direita curvaram-se com a mão no peito. Um abaulamento surgiu no meio de seu esterno e abriu a pele, dando espaço para o símbolo do Omnitrix. As cópias urravam de dor. Toda a fila de imagens recuou para o Ben principal, trazendo consigo a dor em seu peito em dobro.

O garoto gemeu e tentou segurar o grito enquanto colocava a mão sobre o símbolo do Omnitrix.

Tu-dum!

Uma dezena de imagens levaram a mão ao crânio enquanto ele se deformava e ficava cada vez mais largo. Ao retornar as imagens, Ben gritou com a intensa dor e deformidades que envolveram seu crânio.

Tu-dum!

Uma centena de imagens urravam ao terem seus membros encurtados de tamanho, através de fraturas de compressão. Retorno. Ben sentiu a carga centenária de dor de uma só vez, emitindo um gutural grito.

Tu-dum!

Milhares de imagens sentiram a pele de seus antebraços e pernas abrirem feridas circulares como úlceras e serem preenchidas de pequenas circuitarias. Em outras milhares, as cartilagens de suas orelhas dobraram para frente e abaularam, formando duas semiesferas de cada lado do crânio.

Retorno.

Já totalmente desprovido de pigmento e com a musculatura orbicular retraída numa pequena linha, Ben urrava e chorava com toda a carga de deformações que sentia em seu corpo de uma só vez. A pele de seus lábios expandiu-se e penetrou o interior de sua boca, segmentando-se de forma circular e formando a aparência típica de um alto-falante.

Tu-dum!

Milhões de imagens curvavam-se e tentavam alcançar suas costas ao sentirem a caixa retangular crescer e se construir em seus dorsos, fixando circuitos internamente e externamente em seus corpos. Suas peles enrijeceram como couro, com um brilho suave no corpo pálido e pequeno dos sonorosianos.

Retorno.

***

O veículo que transportava Gwen e o cadete Fickell se aproxima da entrada do Central Park. A garota observa pela janela seu primo ajoelhado junto a uma mulher caída com uma criança próxima. As naves sobrevoavam os reféns e uma nave triangular mantinha-se direcionada para as costas de seu primo.

― Se chamam Guarnição Galvânica, se não me engano ― disse Gwen em seu comunicador. ― Estou chegando perto do Central Park e já estou conseguindo ver as naves, o Ben e os reféns.

Ela percebeu que a comunicação começava a falhar e a voz de seu avô estava sendo substituída por ruídos.

― Vovô a ligação tá cortando!

Mais ruído.

― Está falhando. O que o senhor perguntou?

O que está havendo aí? ― perguntou Vô Max.

― As naves fizeram reféns no Central Park e os Encanadores estão intervindo nesse exato momento e―

― Senhorita Tennyson, parece que temos um problema, os Encanadores pararam ― disse o cadete, parando o veículo.

― Como é? ― Gwen desceu do carro ainda com o comunicador em mãos.

A jovem atravessou por meio da multidão e já se aproximava da linha de contenção dos Encanadores quando viu seu primo levantar a mão para pressionar o núcleo do Omnitrix.

― Ben, não!!!

A luz verde envolveu o adolescente e em questão de instantes se apagou. No entanto, ao invés de um alienígena surgir no local onde antes Ben se encontrava, surgiu um aglomerado de corpos de sonosarianos gritando todos ao mesmo tempo a mais agoniante sinfonia de dor.

Poderosas ondas sonoras ecoaram do amontoado alienígena e espalharam-se por toda a região do Central Park. As naves alienígenas, pegas desprevenidas, foram as primeiras a serem empurradas em direção a prédios, árvores e veículos no local. As ondas empurraram os reféns, que rolavam pelo chão centrifugamente. Encanadores e multidões que estavam nas proximidades levaram as mãos aos ouvidos e buscavam ao máximo impedir que os aflitos gritos perfurassem seus tímpanos. Os vidros dos prédios ao redor estilhaçaram-se e começaram a cair em direção aos pedestres no solo. Assim que o primeiro pedaço de vidro tocou o chão, uma grande correria e rebuliço tomou conta dos presentes que tentavam se proteger da chuva de estilhaços.

A visão de seu primo resumido a uma enorme massa de corpos em profunda dor lhe fez escorrer lágrimas pelo seu rosto.

― Ben... ― disse ela.

Algumas das naves que foram atingidas e agora jaziam caídas junto a tronco de árvores ou no interior de prédios, começaram a desaparecer uma por uma, num claro movimento de recuo frente a nova situação. Outras ainda tentavam levantar novamente, mas eram atingidas por outra onda sônica e arremessadas contra outro objeto. Uma a uma elas foram teletransportando-se e fugindo do local.

Os encanadores moviam-se tentando proteger as pessoas com escudos e buscando abrigá-las ou desviá-las do trajeto de um pedaço ou outro de vidro que chovia pelo local. A tropa de intervenção de outrora tentava se aproximar dos reféns que jaziam caídos e espalhados pelo parque.

Gwen tentou invocar um escudo sobre o local, mas a imagem do disco róseo de proteção falhava e estilhaçava-se antes de completar. Infelizmente sua mana não estava totalmente recuperada ainda.

As ondas sônicas castigavam o Central Park de Bellwood. As árvores mais próximas inclinavam-se com o impacto do ar, sendo que algumas chegaram a exteriorizar suas raízes com a inclinação. Carros foram arremessados para dentro de lojas locais, bem como um caminhão tombou em meio à rua.

Gwen olhava para o inferno que se tornou o local, foi então que viu um estilhaço cair em direção a um homem que tentava sair de dentro de um carro capotado. A garota correu em direção ao homem e o puxou de uma vez, tirando-o da trajetória do estilhaço, mas sentindo a fina textura do vidro tocar seu braço esquerdo.

― Muito obrigado, muito obrigado! ― disse o homem, embora Gwen mal conseguira ouvir com toda a gritaria dos sonosarianos ecoando pela região.

A garota finalmente sentiu a dor do corte e levou a mão ao braço, observando o sangue quente escorrer por entre os dedos.

Então o grito cessou.

Um zumbido agudo ainda ecoava pela região e nos ouvidos de todos os presentes. Gwen olhou em direção a Ben e o encontrou de pé, em sua forma humana, com uma expressão de profundo pânico.

***

Com o cessar da luz verde da destranformação, Ben se viu de joelhos encarando a grama abaixo de si. Seu corpo tremia de uma maneira nunca antes sentida. As batidas de seu coração ressoavam em seus ouvidos numa velocidade absurda. O jovem lentamente levantou a cabeça e observou o inferno que se estabeleceu ao seu redor.

Lentamente ele se levantou e viu rastro de destruição que sua atitude heroica resultou. Árvores tombadas; veículos arremessados no interior de estabelecimentos; não se via uma só janela ou vidro inteiro nos prédios dos arredores; Ben procurou pelos reféns e os viu serem levados inconscientes pelos Encanadores até as ambulâncias. O garoto viu a pequena Steph sendo levada numa maca, com filetes de sangue escorrendo de seus ouvidos. A imagem lhe acertou como um soco no estômago.

O que foi que eu fiz? ― pensou.

Ele continuou olhando ao redor até que seus olhos se encontraram com os de sua prima. Do braço de Gwen, sangue escorria até atingir seus dedos e pingava no chão.

N-não...

Ben sacudiu a cabeça e correu em direção à saída do parque, em fuga, sem dar ouvidos aos gritos de sua prima que chamava por seu nome.

***

Ben corria. Não sabia para onde, nem pensava para onde, apenas corria. Quando percebeu, se viu em frente à sua casa.

Sentado nos degraus de sua casa, uma silhueta o esperava.

Ben o reconheceu imediatamente, afinal de contas, era a sua imagem semelhança.

― Olá, Tennyson ― disse Albedo com um sorriso. ― Depois dos acontecimentos de hoje, acredito que queira conversar.


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Notas finais do capítulo

Glossário de espécies:
— Sonorosianos: Espécie do Eco-Eco



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