OMNITRANIL (Ben 10 - Força Alienígena) escrita por TarryLoesinne


Capítulo 20
A jornada




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Kevin tentava se lembrar de todas as instruções de George. Ele só não sabia se poderia confiar nelas...

A cripta é o centro do andar subterrâneo” ― dizia George sentado na cama do dormitório ― “Só que para chegar até o centro, vamos precisar atravessar um labirinto cheio de armadilhas. Já que não vamos entrar pelo elevador, mas pelo duto de ar, vamos sair aqui, nessa salinha que fica entre o elevador e a entrada do labirinto.

Kevin olha ao seu redor. De um lado, as portas do elevador que liga o subterrâneo ao castelo. Do outro lado, uma abertura na parede, com detalhes estilizados ao seu redor, e inúmeras pinturas feudais preenchendo as paredes do pequeno cômodo. Todo o local era mal iluminado por tochas.

Bem, até o momento o quatro-olhos não mentiu ― pensou Kevin.

A chave para entendermos o labirinto é saber o caminho correto a se seguir. E para isso, precisamos ler os textos e as pinturas da parede da salinha.

Kevin se aproximou da parede. Pinturas e textos se espalhavam como uma linha do tempo. Segundo George, as gravuras contavam histórias de grandes Cavaleiros Eternos. No entanto, as tais gravuras nada mais eram do que projeções na parede que trocavam periodicamente. Era a maneira que os Cavaleiros Eternos garantiam sempre uma “senha nova” para o labirinto.

A história da vez era a seguinte:

***

Sir Simon.

Nasceu no norte da Inglaterra

E encontrou no caminho da espada sua vocação.

Enfrentou tempestades e nevascas

Em busca do conhecimento que precisava para cumprir sua missão.

Venceu a chuva de ferro de Sir Thormund

Para alcançar o Lago da Perdição.

E ali, uma bizarra e monstruosa criatura encontrou.

De seus olhos, chamas incendiavam e causavam destruição.

Encravou vossa espada no crânio da criatura

Graças a sua coragem e determinação.

Seus atos de heroísmo alcançaram os ouvidos do rei

E assim, foi nomeado do Norte, o Campeão.

***

Kevin achou tudo aquilo uma besteira. Exagerado, bobo e até mentiroso em alguns momentos. Mas fazer o quê, se os cabeças-de-lata queriam acreditar que uma história tosca dessa realmente aconteceu, azar o deles. Focou sua atenção em tentar decorar o máximo possível do texto. Deveria ter trago uma caneta! Espera um pouco... Estava com o celular de George no bolso! Tirou algumas fotos das paredes, mas para seu azar, a projeção era feita de uma luz polarizada que não permitia ser fotografada. Optou por digitar uma mensagem que não seria enviada, apenas algumas palavras-chave, nada dessa ladainha de “vós” e “tu” e “ãos”.

Ao terminar, olhou para seu texto:

Norte da Inglaterra, espada, tempestade, conhecimento, lago, monstro, olhos com fogo, coragem, rei, Norte.

Tá ótimo! ― pensou.

Kevin então seguiu para a entrada do labirinto. A primeira sala era composta de um cômodo semicircular, também mal iluminada por tochas. Em sua parede curva, três saídas.

E agora...

O osmosiano se aproximou de uma das passagens e tentou olhar o que havia do outro lado. Apenas escuridão. Resolveu procurar por mais pistas: olhou nas paredes, no chão, até no teto. Foi então que notou nos umbrais das aberturas, desenhos entalhados com o mesmo estilo feudal das pinturas. Três desenhos, um sobre cada entrada: uma espada, um escudo e um arco.

― Nascido no Norte da Inglaterra, Simon encontrou no caminho da ESPADA sua vocação ― disse Kevin. Foi o máximo que conseguiu decorar. ― Caminho da espada, então!

Seguiu passagem adentro com cautela, parando logo na entrada do local e mantendo-se atento a qualquer possível “novidade”. Lembrou-se novamente das instruções de George:

O labirinto é cheio de armadilhas e cada uma delas tem um jeito diferente de ser ativada. Algumas é pisar num ponto errado, outras é fazer algum barulho, muitas delas têm sensores de movimento ou lasers. Na boa, se a gente quer chegar vivo na cripta, a gente vai ter que passar sem ativar as armadilhas...”

Kevin focou sua atenção ao solo. Percebeu que o piso era todo quadriculado, alguns poucos quadrados apresentavam em sua superfície o logo dos Cavaleiros Eternos, a grande maioria não. Por uma questão óbvia, deduziu: “devo pisar apenas nos quadrados marcados.” Procurou pelas saídas possíveis. Três novamente. Mas não era possível enxergar as gravuras, estava longe demais.

O jovem osmosiano então começou o seu percurso, de quadrado marcado em quadrado marcado, saltando pela sala, atento para não deslizar o pé nem um centímetro. Saltou sobre um, depois outro, depois mais outro... Já se encontrava no meio da sala quando conseguiu enxergar as gravuras: um grupo de pessoas, uma moeda e um livro. Olhou para o celular, em busca de algo que poderia se encaixar nas gravuras. Conhecimento e livro!

Kevin saltou para o piso marcado seguinte quando, de repente, ouviu ecoar pela sala um enorme som de trovão.

― Essa não!

A armadilha se ativou. Uma enorme ventania preencheu a sala. A chuva veio logo em seguida. A água e o vento atingiam Kevin com uma violência esmagadora. Ficava cada vez mais difícil se manter parado no mesmo lugar, imagine dar sequer um passo. Os sons de trovões se intensificaram e, então, raios começaram a castigar o local, como numa absurda tempestade.

Um raio cai no solo próximo a Kevin, obrigando-o a se jogar para o lado para não ser atingido. A chuva chocava-se contra sua pele como pequenas agulhas. O vento jogava seu corpo de um lado para outro.

Preciso sair daqui.

 Kevin toca o solo, revestindo sua pele de rocha. Estando agora mais denso e pesado, tornou-se capaz de conseguir avançar com menos dificuldade. Com as mãos a frente do rosto, ele tentava barrar o vento e a chuva, seguindo em direção ao desenho do livro.

Ficar dentro da sala se tornava cada vez mais insuportável. A chuva e o vento corriam em mil direções. Trovões ecoavam pela sala, fazendo o chão tremer. Relâmpagos espalhavam-se por todos os lados, tornando cada vez mais difícil enxergar.

De repente, um raio atinge as costas de Kevin que solta um urro de dor e cai com o rosto no chão. Ele está a poucos metros da saída. A pele rochosa de suas costas, agora trincada e frágil, provavelmente não aguentará receber outro raio desses. Kevin tenta se levantar o mais rápido possível e salta em direção à passagem. Assim que toca novamente o chão, gira numa cambalhota, atravessa a abertura na parede e para com um joelho apoiado no solo, deixando atrás de si o caos tempestuoso.

Ele se levanta e olha para trás, mas vê apenas escuridão na sala em que se encontrava há poucos segundos. Aos poucos, sua pele começa a voltar à composição natural.

Meus parabéns para o cara que montou essa armadilha ― pensou ele. ― Conseguiu fazer uma tempestade bastante convincente.

No novo cômodo circular ― mal iluminado como sempre ― ele vê projetado na parede oposta a imagem de um castelo e sua muralha, com soldados caminhando, de um lado para o outro dos muros, em vigilância. Fora da projeção, duas saídas, uma de cada lado do tal castelo.

E agora? O que devo fazer? Talvez interpretou mal o gatilho da sala anterior e por isso foi obrigado a enfrentar a tempestade. Qual seria o quebra-cabeça de agora? Olhou para o chão ao seu redor e percebeu pequenos amontoados de tralhas próximos à parede. Eram restos de armadura?

Kevin lentamente se aproxima de uma das pilhas e pega o que seria um capacete. Era feito de um metal rústico. Talvez o modelo fosse de origem britânica, quem sabe? Ele levanta o visor do capacete e o olhar de um crânio apodrecido o encara de volta.

― Aaaaah! ― Ele arremessa o capacete para o centro da sala.

Cada vez que o objeto quicava no solo, o som de metal ressoava pelo ambiente, até o capacete parar de se mover, voltando para o silêncio.

― Droga...

 Sons de sinos começam a ser ouvidos da projeção na parede. Os soldados do castelo passam a se mover freneticamente de um lado para o outro. A imagem de um lorde-cavaleiro surge no topo da muralha do castelo e com uma voz grossa diz:

― Inimigo ao norte! Em suas posições!

Os soldados começam a se enfileirar sobre a muralha. Todos com arcos e flechas na mão, se preparam para disparar ao comando.

Kevin absorve a rocha da parede e corre em direção a uma das saídas. Sobre a abertura, um desenho de uma cachoeira. Ele pega o celular de George do bolso, agora com a tela trincada, e procura por uma orientação. Pela sequência, ele deveria ir para um “lago”. Olhou novamente para o desenho da cachoeira. Não! Deve ser a outra saída!

Preparaaaaaar! ― disse a voz.

Ele atravessava a sala em direção à abertura oposta, quando ouviu a voz enfim dizer:

Chover!

Kevin continua correndo, mas vê da projeção da parede inúmeras sombras de flechas seguirem pelo solo em sua direção. As sombras ficaram cada vez maiores até o instante que a “chuva” começou.

Do teto da sala, numerosos lasers caem e atingem o solo, acertando Kevin algumas dezenas de vezes. Ele busca se defender mas, em alguns pontos, sua cobertura de rocha se parte, expondo sua pele ao calor dos lasers.

Os disparos cessam.

Ele se move com dificuldade. Diferentes partes de seu corpo doem e latejam. Em seu antebraço direito, um corte, já cauterizado pelo calor do laser, assim como em sua coxa esquerda, um leve cheiro de carne queimada sobe ao até suas narinas.

Novamente a voz anuncia:

― Preparaaaaar!

Kevin se desfaz da cobertura de rocha, em busca de maior leveza de movimento, e corre em direção à saída.

― Chover!

Assim como antes, as sombras das flechas seguem em direção a Kevin. Mais do que isso, avançam para onde ele pretende ir. Kevin muda rapidamente de direção e salta para outra parte da sala, escapando no último instante da chuva de lasers.

Ele corre até uma pilha de restos de armaduras e procura algo que o ajudasse a se proteger, no entanto, nenhuma peça se encontrava em condições de ser utilizada. No chão, jogado próximo a pilha ele vê um escudo de madeira.

Essa porcaria não vai aguentar nada! ― pensou ― A não ser...

― Preparaaaaaaaar!

Kevin absorve o metal de vários pedaços de armadura que encontra, infelizmente a quantidade mal era suficiente para cobrir um braço inteiro, quem dirá um corpo. Ele pega o escudo e, com a mão por sobre a superfície externa do objeto, ele desabsorve o metal, criando uma camada metálica reluzente por sobre o escudo.

― Chover!

O jovem coloca o escudo revestido por sobre sua cabeça e corre desesperado para a saída. Em sua direção, as sombras das flechas ficavam cada vez maiores.

― Funciona, droga, funciona!

A chuva despenca por todo o caminho, deixando cicatrizes queimadas no solo onde atinge. Ao acertar o escudo os lasers passam a ser refletidos em mil direções.

― Isso!

Assim que se aproxima da saída, Kevin vê a gravura de um lago no topo da abertura e, então, acelera ainda mais com a certeza de se ver livre daquele lugar.

Ao atravessar para a outra sala, o jovem encosta na parede e se permite descansar por alguns instantes. O atual cômodo era igual a todos os demais, o que significava mais armadilhas, pensou; por isso, decidiu pegar um ar antes de quase morrer novamente.

Apanhou o celular de seu bolso, mas para sua “felicidade”, o objeto havia sido parcialmente queimado pelo laser que atingiu sua coxa e, por isso, não funcionava mais.

Que ótimo...

Com o fôlego parcialmente recuperado, Kevin então decide enfrentar a nova sala. Dessa vez, quatro aberturas nas paredes.

Exatamente no momento em que vou precisar chutar é que surge o maior número de opções. Perfeito!

No centro da sala, uma imagem de um lago é projetada no solo. Um lago sereno, com peixes nadando de um lado para o outro.

Kevin procurou se manter o mais longe possível da água projetada. Seguiu em direção às gravuras das aberturas. Alguma talvez pudesse lhe ajudar a lembrar o que vinha em seguida na história. Mas não encontrou desenhos. Por sobre as aberturas, encontrou as seguintes letras: O, N, L e S.

Mas o que raios isso significa!?

Kevin então houve um pequeno som de cascalho quicando no chão. Ao virar em direção ao som, vê uma pedra rolar levemente por sobre o lago de mentira.

― E lá vamos nós...

No centro do lago, o chão se abre e uma criatura semelhante a uma serpente gigante surge da abertura.

Para alcançar o Lago da Perdição.E ali, uma bizarra e monstruosa criatura encontrou.” ― Kevin lembrou.

Ainda com o escudo em mãos, ele se posiciona pronto para se defender de qualquer movimento da criatura. A ação seguinte da serpente lhe faz lembrar de mais um detalhe da história:

“De seus olhos, chamas incendiavam e causavam destruição.”

Kevin segura o escudo por sobre a cabeça, desviando as chamas da criatura para os lados. Aos poucos, começa a sentir o metal se aquecer e a madeira do escudo chamuscar.

A serpente interrompe seu lança-chamas ocular por alguns instantes como se pegasse um fôlego antes de disparar novamente. Kevin aproveita a oportunidade para fugir. Mas para onde?

Ainda sem saber em qual sala entrar, Kevin corria em círculos pela sala, com a serpente disparando enxurradas de fogo logo atrás.

Em uma das interrupções das chamas, ele decidiu contra-atacar. Absorveu rocha do solo suficiente para preencher apenas sua mão direita e, formando uma bola de espinhos de pedra, partiu para cima da criatura. Procurou acertar o corpo da serpente.

No entanto, sua mão passou direto.

― Mas o que!?

A serpente girou seu corpo e com sua cauda, rebateu Kevin em direção à parede.

Mas não faz sentido, pensou Kevin. O fogo e o dano físico da serpente eram reais, mas quando ele tentava atacar, acabava atravessando-a como a um fantasma. Seria ela uma criatura mística mesmo? Não, não é possível...

Kevin continuou a correr pela sala, se desviando dos ataques da criatura. Ao mesmo tempo, pensava: A serpente era ou não real?

― É isso!

Ele pega seu escudo e arremessa em direção à lateral da cabeça da serpente. Um som metálico se ouve no instante que o objeto a atinge. Com isso, a imagem da serpente oscila entre a criatura bizarra e uma estrutura robótica serpentiforme muito mais fina que a serpente original. Uma projeção!

― Mas é claro que é uma projeção... ― disse ele pra si.

Kevin corre em direção ao local em que seu escudo caiu, desviando das chamas e dos ataques da cauda da serpente. Ao conseguir alcançar o objeto, ele toca na superfície externa do escudo e absorve o metal. Em seguida, deforma sua mão numa lâmina pontiaguda pronta para dar o golpe final, pois, segundo a história:

“Encravou vossa espada no centro do crânio da criatura.”

Kevin arremessa novamente o escudo na direção da cabeça da serpente. A criatura atenta ao movimento repetido, desvia abaixando-se e, é nesse instante, que Kevin pula e perfura o crânio robótico da serpente com sua mão-lâmina.

A máquina perde sua projeção. Ela levemente estrebucha com a perda de comando. Pequenos raios partem da abertura do crânio e sons de circuitaria se espalha pelo ambiente. Quando, finalmente, se desativa e desaba no chão num som surdo.

Kevin desce da criatura e segue em direção às passagens. Estava cansado demais para dizer qualquer frase de efeito. Além do mais, não tinha nem plateia para ouvir. Decidiu focar em como sair dali.

Mas como, se não lembrava o final da história? O que diabos acontecia? Ele derrotava a criatura, então se encontrava com um príncipe. Não. Não era príncipe, era um rei. Aí o rei... O rei... O que diabos o rei fazia!

Não conseguia lembrar...

E suas palavras-chave? Sem chance também... Conseguia se lembrar no máximo do começo: Norte da Inglaterra, espada, e... Pérai...

Kevin novamente olhou para as letras das aberturas: O, N, L, S.

― Como eu pude ser tão estúpido! São os pontos cardeais, Norte, Sul, Leste e Oeste. E se, não me engano, o tal bocó cavaleiro era do Norte então...

Kevin seguiu pela abertura com um N esculpido por sobre a entrada. Torcia para não estar tão errado. Assim que atravessou a abertura, viu no centro da sala, iluminado por um único feixe de luz vindo do teto, Sir William.

― Meus parabéns, Phillip! ― disse o Sir ― Ou devo dizer, traidor?

Mas que ótimo! ― pensou Kevin ― Todo esse esforço pra nada...

― Devo dizer que suas ações no labirinto foram bastante impressionantes. Não concordam, meus caros?

As demais luzes da cripta se acendem, revelando um contingente enorme de soldados, com armas em punho.

Kevin se viu sem saída. Talvez conseguisse convencer que se tratava de um desafio entre os pajens:

― Milorde eu-

― Calado! Não adianta dizer nada pois não acreditarei em nenhuma de suas desculpas. O castelo é totalmente monitorado e já desconfiávamos de suas atitudes. Além do mais, sua tecnologia de disfarce está danificada e consigo ver seu verdadeiro rosto.

Para Kevin, tudo começou a fazer mais sentido. As informações de George realmente eram uma enrascada. Querendo ou não, entrar no andar da cripta pelo duto de ventilação foi muito fácil. Além do que, mesmo ele ativando as armadilhas, nenhum soldado apareceu. Eles só estavam aguardando... Talvez os cabeças-de-lata não fossem tão burros quanto ele pensava.

― Mas vou dizer que fiquei impressionado quando descobri que você, Phillip, se esse for seu verdadeiro nome, era um traidor também. Você parecia um jovem de tanto potencial! Nossas suspeitas, na verdade, se concentravam em outra pessoa.

― Como é? – disse Kevin.

― Vamos! Saia da escuridão e se revele!

De dentro da sala anterior, uma voz conhecida de Kevin começou a falar. Era uma voz irritante, que querendo ou não, fazia Kevin se irritar só de ouvi-la:

― Poxa, e eu pensando que tinha conseguido me disfarçar tão bem!

Kevin observou o Escudeiro sair das sombras e se posicionar ao seu lado. Ele levou a mão ao rosto e puxou sua máscara de identidade, revelando se tratar de Albedo.

― Aliás, valeu pela ajuda, osmosiano. Me poupou bastante energia!


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