Redenção escrita por SraNara


Capítulo 11
Hinata vs Madara: O embate.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Manual de Sobrevivência de Sasuke Uchiha:

 

O que é pior do que uma criança endemoniada?  Uma criança endemoniada e rancorosa

 

Ver Hinata com a sua Kekkei Genkai ativada era extremamente raro, geralmente ela usa quando tem que procurar algo ou quando está full pistola. Tsc! Madara, você não deveria mexer com quem estava quieto. 

— Está tudo bem Sasuke-kun. E você não perde por esperar. — Ela falou enquanto apertava a barra da minha calça e praticamente fuzilava Madara com o olhar. Eu temo pela vida dele, mentira. Quero ver sangue nessa joça! — Toma, pode assistir no meu celular. 

— Você tem um celular igualzinho ao do Naruto-kun. Issa! 

— O que é um celular? — Madara os interrompe.

— É esse aparelho aqui. — estendo a minha mão para que ele pudesse ver. 

— Vou lá para o quarto, Tio. — Hinata se despede e parece esquecer da existência de Madara, ao menos é o que parece. 

— Que parte da história eu perdi? — Itachi invade a sala e se acomoda em um dos sofás. 

— Os dois quebraram o controle da TV e eu dei meu celular para Hinata parar de chorar. — respondi para o meu irmão.

— Estou me referindo ao fato dela ter chamado você de "tio". — faz aspas com as mãos.

— Essa é um longa história...— suspirei.

— Então conta, até eu tô curioso. — Obito surge do nada atrás de mim, esse fantasma.

— Sentem-se todos, eu vou começar.

 

(...)

 

Bebericando um pouco do chá que Hinata havia deixado pronto, os quatro iniciaram um longo diálogo, ou melhor, Sasuke estava falando e a cada cinco minutos era interrompido por uma pergunta insolente por parte de seus parentes. Ao final da história todos estavam perplexos.

— Quer dizer então que uma criança conseguiu te traumatizar? — O mais velho questionou enquanto ingeria o último gole de chá. — É compreensível, a linhagem de Kaguya são um bando de demônio. — finalizou para a surpresa de todos.

— Agora eu fiquei curioso, quantos anos estamos à frente do nosso tempo? — Obito refuta ao moreno.

— É melhor não sabermos. Pode alterar a linha temporal — Itachi conclui. 

— Eu bem que poderia iniciar uma nova Guerra agora. — Esse era o Madara falando enquanto contava as formigas da parede. — Mas aceito a minha derrota, no fim, não importa o que eu fizesse, Hashirama estava certo. 

— Quem é você e o que fez com o Madara? 

— Já ouviram falar da pensadora contemporânea Inês Brasil? — Todos negaram em confusão. — Pois é, aceita que dói menos, mona.

— Eu vivi pra ver Uchiha Madara admitindo a sua derrota!  — debocha.

— É melhor não provocar, Obito. Sabe que ele é surtado. — Itachi previne.

— Surtado é a tua avó. — Madara se exalta dando um puxão de orelha em Itachi.

— Ai!

— É bom sentir dor, ajuda a amadurecer.

— Ei, ei, ei, parem com isso já! — Sasuke intervém na discussão. — Antes de tudo eu quero saber de qual linha temporal vocês saíram.

— Eu caí aqui assim que desfiz o Edo Tensei na Quarta Guerra Ninja. — O irmão do moreno responde encarando o chão.

— Eu me lembro que Naruto e os seus derrotaram Kaguya e desfizeram o Mugen Tsukuyomi, assim que isso aconteceu eu fui teleportado pra cá. O engraçado é que não morri, mesmo com o Zetsu não estando mais no meu corpo. — ponderou Obito.

— Já eu, foi logo depois da conversa com Hashirama, estava fraco que nem podia me levantar. Só me lembro de uma luz branca, e esse selo. — O mais velho respondeu apontando para um selo desconhecido no tórax. — e aparentemente vocês dois tem o mesmo.

— Entendo. Aparentemente esse selo está mantendo-os vivos. Irei repassar as informações ao Hokage.

 

(...)

 

Hinata estava sentada na escada, em um local em que ninguém a via, escutando a conversa. Parou de escutar quando Madara a chamou de "desgraça", ou melhor, chamou a descendência de Õtsutsuki Kaguya de "raça de excomungados". Definitivamente Tobirama tinha razão, Uchiha bom é Uchiha morto. Menos Sasuke, é claro. Aliás, precisava bolar um plano para se vingar de Madara.

— Como se vingar de um adulto mau que não tem medo de nada? — digitou no site de busca da internet e o que apareceu foram textos e textos medonhos que davam preguiça a qualquer um de ler. Se escorou no batente na porta e continuou a pensar. — E seu enchesse sua roupa de pó de mico? Não não, muito infantil, e onde eu vou achar pó de mico? Assá-lo vivo? Também não é pra tanto Hinata e você não vai conseguir imobilizar um homem daquele tamanho. Argh, não tenho ideias. — Hinata encosta sua cabeça na parede e acaba ouvindo o som de uma porta velha abrindo. — Já sei. — Sua expressão fica em um amendrontador sorriso maquiavélico. 

O dia correu à passos de tartarugas, de manhã teve briga novamente, sendo dessa vez os protagonistas Uchiha Sasuke e Hyūga Hinata. O motivo? A pérolada não queria largar o celular de jeito nenhum, até na hora do almoço, quase não comeu por causa do bendito aparelho.  Já a tarde foi mais rápida, pediram algumas pizzas para a janta visto que Hinata estava viciada demais para fazer qualquer coisa e ninguém aprovou o talento culinário de Itachi para ovo frito. 

— Hinata. — Sasuke a chamou enquanto penteava seus cabelos. — Larga isso, pelo amor de Jesus Cristo. 

— Já vai, deixa eu só passar dessa fas…— Respondeu a morena que jogava SuperMario, todavia teve o celular tirado de suas mãos. 

— Você esteve com o meu celular o dia praticamente todo, nem deu atenção pra mim. 

— Gomenasai. 

— A partir de hoje, você está proibida de pegar nele, está me entendendo?

— Hai.

— Ótimo, vem aqui. — o moreno a põe no colo. — acho que essa franja está muito grande, está atrapalhando a sua visão? 

— Um pouco.

Ele pega uma tesoura da escrivaninha e com cuidado apara as pontas da franja da Hyūga. 

— Está melhor assim?

— Está sim.

— Ótimo, agora vamos deitar. — o Uchiha deita na cama e é seguido pela azulada que se aninha em seu colo. Não demorou muito para que Sasuke pegasse no sono. Hinata esperou para ver se ele acordaria. Tá morto, só acorda amanhã. Perfeito! 

Desceu da cama devagarinho com a lanterna do celular ligada, em seguida foi até ao final do corredor pegar linhas, balão (que incrivelmente tinham) e lençóis brancos. Com cuidado encheu o balão de ar e cortou um pedaço do tecido de modo que, quando colocado no balão, daria a impressão de que era um fantasma. Em seguida Hinata pegou uma cadeira ergométrica e amarrou o balão nela, usou a linha para atá-lo ao toca fitas. Pronto, tinha só 15 segundos para fazer Madara acordar e cair na armadilha. Foi caminhando a passos largos com a sua quinquilharia rumo ao quarto do Uchiha mais velho. 

 

12 segundos.

 

— Madaaara, venha aqui. — a azulada sussurrava no ouvido do Uchiha na tentativa de fazê-lo acordar. — Acooorda.

 

9 segundos.

 

Ela saiu do quarto quando viu que ele estava prestes acordar, mas para ter certeza de que ele cairia mesmo, resolveu chamá-lo mais uma vez.

 

6 segundos.

 

O plano funcionou e Madara já estava se levantando para abrir a porta, era hora de fugir dali. 

 

3 segundos.

 

Foi correndo para o quarto de Sasuke, colocou o celular onde o moreno havia deixado e voltou para a cama. E no mesmo instante todo mundo foi acordado pelo grito estridente de Madara, que tremia feito vara verde.

— Pelo amor de Deus, homem. O que aconteceu? — Itachi vinha correndo todo descabelado em socorro de Madara.

— AI, MEU SENHOR JESUS CRISTINHO, MINHA NOSSA SENHORA DA BICICLETINHA, PELO AMOR DE RIKUDOU, DE BUDA, DE ALÁ, ALGUÉM ME AJUDA. — gritava ajoelhado.

— Mas o que está acontecendo aqui? — Obito surge no fim do corredor ainda grogue de sono.

— Faço das suas palavras as minhas, Obito. Eu e Hinata acordamos assustados com os berros do Madara.

— EU VI UM PANTARMA...UM PANTARMA, TODO MUNDO SABE EU MORRO DE MEDO DE ISPRITO. 

— O que diabos é 'pantarma'? — o proprietário da casa perguntou aos demais.

— É fantasma, toda vez que ele leva um susto não consegue falar direito. — Obito vinha da cozinha com um copo d'água.

— Se acalma, talvez foi um sonho. 

— Eu vi quando ele foi andando praquele quarto dos fundos.

— Vamos lá ver então.

Os Uchihas caminharam rumo ao suposto quarto. A porta estava emperrada.

— Não dá de abrir, só amanhã veremos esse fantasma. Até lá vão todos dormir.  

Se encaminharam aos seus respectivos quartos, menos Madara que preferiu dormir com Itachi. 

 

(...)

 

— Bom dia, Madara-kun. Não houve mais nenhum incidentes com assombrações? — aos ouvidos de todos soou uma pergunta despretensiosa por parte de Hinata, no entanto ele pôde perceber claramente uma ponta de deboche em sua voz e na forma como sorria maldosamente.

— Não. — foi grosseiro.

— Hina, onde está a outra presilha que eu coloquei no seu cabelo? — Sasuke a interroga e a mesma parecia não ter se dado conta de que perdera.

— Deve ter caído, mais tarde eu procuro.

Ele passou o resto da manhã martelando sobre a possibilidade de aquilo não ter sido uma aparição fantasmagórica de sua finada vozinha, e sim uma pegadinha de muito mau - gosto por parte da filhote de Belzebu, que por sinal o havia ameaçado no dia anterior. 

O fundador da vila resolveu investigar mais a fundo o quarto em que viu o suposto fantasma, com um pouco de jeito conseguiu abrir a porta se deparando com um lençol branco sob a cadeira, um balão flutuando no chão e o toca fitas em funcionamento. Mas nada que pudesse incriminá-la. Quando desistiu de procurar por pistas, acabou encontrando no chão uma presilia infantil, do mesmo jeito que Hinata tinha preso em suas mechas índigo.

— Então, Hime. É guerra que você quer? É guerra que você vai ter! 


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