As Volturi: Throne of Blood escrita por Noxy, MyClaire


Capítulo 5
Campane Estive


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha, esses dias eu reparei que eu não posto a tradução dos títulos do capítulos, vocês acham melhor eu começar a colocar a tradução?



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Mudar de Londres foi a melhor escolha. Nada melhor que o ar frio e fresco de Irlanda, não iria mudar a situação mas a necessidade de mudança se criou depois de conhecer meu tio. Ele sabe da minha localizacao nao duvido, contudo um cenário diferente faria melhor. 

Invés de capital ou cidade populosa, dessa vez eu escolhi um lugar mais afastado de pessoas, um vilarejo longe de todos. Minha alimentação teve também alteração, não que me incomoda entretanto o sangue de animais estava de longe o meu favorito. Principalmente de herbívoro. Só de pensar meu estômago vira e revira.   

Respirei devagar o sal do mar, fechei meus olhos, e deixei meus sentidos aguçados livres. O cantos dos pássaros distantes variando os tons de gritos para uma harmonia leve e baixa atraindo mais companheiros perto e juntando formando um belo coral. Ventos uivantes, dançando com a grama levantando pedaços do chão, chegando nos meus cachos os chamado para o festival de danças. A paz poderia durar para sempre assim como agora. Nada de responsabilidades, família, ou sobrenatural. Nada disso. 

Gritos interromperam minha serenidade. Meu pulso devagar saltava de meu pescoço. Nem números ou carneiros eram o bastante para segurar a impaciência da falta de sono. Por que sempre alguém rasga o pouco de paz que eu tenho? Qual foi a última vez que fechei meus olhos e nao vi os rostos apavorados cobertos de sangues e pescoços sendo arrancados? 

  “Finalmente.” 

“Isso não é justo.”

“Minha culpa de você ser lerdo?” 

No verão, o toque dos sinos ecoavam enquanto o casal corria em direção a pequena colina. Escondi atrás de uma rocha e por lá continuei a ver esse casal, feliz e apaixonado pelo outro. Meu coração aperta de saudades de algo, Felix possivelmente. Anos atrás, os olhares encontrados, juras de amor feitas, e beijos trocados em segredo. Saudades do homem que amo. A primeira pessoa a entrar no meu coração e continuar depois de tudo. 

“Felix, obrigada”

“Por?”

“Me ensinar a ser feliz e saber que eu posso ser amada” 

As lembranças agridoces de nossos momentos juntos perpetuavam e mesmo me achando um monstro, ainda tinha o pensamento que amor existe e que eu também era capaz de amar e ser amada. 

Pude ver o casal repetindo nossa história deitados na grama enquanto compartilhavam um pouco de si. Meus olhos não conseguiam acompanhar. Os larguei a sós.  

Após descer do fim do penhasco pude ver poucas pessoas entrando na igreja alegres e compartilhando sobre o culto e fofocas. O sino ainda cantava chamando as pessoas para dentro. Padre em pé na porta gritando “Vem minha boa gente, vem.” Sentei ali mesmo observando as pessoas entrarem. O mercado se calou. As tendas fechadas e suas comidas cobertas, esquilos rodeavam e pegavam pequenas frutas enfiando em tudo nas suas bocas. Horas parecem minutos, em um piscar de olhos todos saiam da igreja na mesma emoção que entraram horas atrás. As pessoas passavam perto de mim mas não viam minha existência exceto quando me tocavam sem querer. 

“Desculpa senhora.”

Tentei disfarçar o meu corpo imóvel e desviei da bola humana antes dela se machucar. A bola se desfez se estirado no chão. Cutuquei com meu pé verificando se estava viva. A ex bola grunhiu e lentamente se levantou retirando a poeira de seu vestido. 

“A igreja fechou.”

A mesma menina do penhasco me encarou feio e logo sorriu, pegou minha mão e correu para a igreja. As portas estavam entre aberta, devagarzinho ela abriu me puxando. Havia vários tipos de pessoas sentadas mas a maioria senhores de idade. Alguns dormiam e outros riam deles. Eu me juntei sem prestar muita atenção no padre. A menina do lado fechava os olhos e logo abria, ela continuou o ciclo por uma hora até o sermão acabar. 

“Freya.” A senhora da fileira à frente roncava alto a ponto de fazer a pessoa do lado sai correndo. Minha risada parou brutalmente confusa. “Me chamo Freya.”

“Marie.”

As portas abriram completamente libertando toda luz do lado de fora. Meus olhos involuntariamente encarou a luz, para Freya sendo banhada pela a mesma fonte. Suas sardas brilharam assim como seu sorriso. Sua pele pálida se perdendo no mar de cores. Eu tinha poucos minutos até os raios atingirem minha pele e refletir suas cores pelas paredes. Aproveitei a comoção de pessoas tentando falar com Freya e andei na direção oposta da luz. 

“Volte aqui.”

Parei no meio de meus passos. Esperei por ela acabar de conversar com as pessoas e então saímos da igreja. 

“Quanto tempo está na cidade?”

“Não muito tempo.”

“Serei seu guia enquanto ficar.”

“Obrigada?”

Sua animação era contagiante e confortante. Me deixei ser guiada por ela sem força. Freya, a primeira pessoa a não fechar as portas na minha cara.     




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Notas finais do capítulo

Ate domingo que vem!



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