As Volturi: Throne of Blood escrita por Noxy, MyClaire


Capítulo 6
Campane Invernali




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    Quando a neve tocou o chão pela primeira vez, dentro de mim sabia, meu tempo nesse pequeno vilarejo diminua. O tocar do relógio aumentava. Por mais que o vilarejo contia uma pensão, a vista do penhasco me encantava. Ver o sol nascer e descer, a mistura das cores amarelo, laranja e variedade de rosa e roxo. Frescor de acordar em um novo mundo mágico e só apenas com meus pensamentos sem ninguém interromper ou tentar mandar no meu próprio futuro. 

    Todos os dias antes do sol descer, Freya subia o penhasco com seu namorado. Eles forravam o chão cobrindo a grama com um pano bege. Os dois compartilhavam seus dias e o seus desejos de casar o mais rápido possível. De ver algo tão belo enchia meu coração de esperança, a mesma de encontrar Felix de novo e ser sua. Eu estava fascinada com esse amor ingênuo. A chegada da neve não os impedia de subir, o desafio de alcançar o topo adicionava nas suas histórias. 

    “Senti sua falta hoje.”

    “Você me viu trabalhar poucos minutos atrás.”

    “Marie, como sempre a primeira a chegar. Vamos ao mercado depois.” Nós nunca íamos para o mercado. As nossas risadas ecoavam até o anoitecer. O rapaz não ria da mesma forma. Assim eram os dias, antes do sol aparecer Freya subia o penhasco e conversamos quase todo o dia. Quase todo os dias ela trazia Jack. Freya me contou que o penhasco era especial para eles. Quase sai mas ela insistiu a minha estadia lá. A minha despedida nunca acontecia, era difícil demais sai desse lugar que virou sagrado e eu amava Freya e Jack. 

    “Serio, hoje você virá comigo. Te ensinar a como cozinhar.”

    “Mas-”

    “Sem mas.”

    Jack nos acompanhou até o mercado e foi trabalhar logo em seguida mas antes ele me pediu para manter Freya ocupada porque ele estaria ocupado preparando uma surpresa para ela. A minha inocência se alegrou e sem demoras fui atrás de Freya. 

    Começamos com uma torta do pastor. Algo simples de preparar. Freya era paciente e sabia me fazer rir mesmo errando a receita.

    “Você nunca conheceu seus pais?” neguei com a cabeça evitando seu olhar. “Ja os procurou?” Neguei novamente.

    “Um dia quem sabe.”

    “Me prometa que um dia irá os procurar?”

    Antes de responder, Freya desviou seu olhar intenso sobre mim para a massa em minha mãos caindo aos pedaços. Mesmo ela nunca ter ouvido, seu pedido se gravou em um lugar distante. 

“ Nãooo, tentar soltar toda essa raiva de sua mão. Assim, viu.” 

Minhas bochechas queimavam, suas mãos ainda em cima da minha. Segui seu conselho e soltei minha mão da raiva mas ainda ela continuava ali me atormentando. 

“Freya.” Seu nome saiu em um sussurro de meus lábios. 

As batidas das portas me tiraram do transe e voltei a focar na massa em minhas mãos. Era Jack com flores para Freya. A pontada surgiu no meu peito. Freya se limpou tirando toda a farinha de suas roupas e cabelos dourados.  

Antes de partir, a o rosto de Jack mudou. O cansado, tranquilo mas cheio de alegria, agora não havia luz em seus olhos, uma sombra cobria todo seu ser. 

Esperei eles irem e fui atrás. A sombra me incomoda, aquele não era o Jack que eu conhecia. Os dois deixaram o rastro fazendo minha busca por eles mais fácil. Segui seus cheiro e meus olhos se adaptaram com a escuridão do  vilarejo apagado, sem uma luz sequer, só em algumas casas do lado de fora. 

Os cabelos de minha nuca arrepiaram como se alguém estivesse me vigiando. Ignorei os sentimentos, quem quer que seja terá má sorte em me encontrar. 

Achar eles foram mais fácil que pensei. Devia ter adivinhado que eles estariam no penhasco como sempre. Pude finalmente respirar quando ouvi suas risadas e seus beijos. Novamente a pontada apareceu. Seria melhor os deixar a sós. 

As batidas de coração me pararam. Eram irregulares assim como a voz de Jack. Eu nao consegui me mover, meus olhos fixados para o garoto em seus joelhos.    

O seu coração batia rapidamente e seu rosto transpirava. Quando a lua apareceu ele retirou do seu bolso algo. Minhas bochechas umedeceram pela a menina. Minhas mãos tremiam de emoção. O rapaz virou seu rosto levemente para minha direção rindo tirando uma faca de suas costas. 

“Freya, não.”

O céu azulado escuro se transformou em roxo, as nuvens coletaram se unindo uma só, e a lua desapareceu. Raios caíram do céu. Entre preto e branco desciam do céu questão de segundos chacotando onde tocavam perto do casal e no mar. O casal se seguro apavorados encarando o céu esperando sua vez. A leve pressão de minha testa por minha mão indignada com tanta burrice. Freya corra, grite, faz algo além de esperar sua morte. Ela era tão burra quanto eu por não mover. 

    “Bruxa!” O casal repetia sem cessar. 

Tentar mudar suas ideias era inútil, a cada passo que dava eles aumentavam. Por favor, eu sou humana também. Não gritem bruxa. Por favor.

Os poucos raios cessaram retornando para onde vinham, indo diretamente para meu corpo me cobrindo de eletricidade e raios negros e brancos. Freya largou Jack aproximando devagar da minha pequena presença ajoelhada. Seus sentimentos eram claros, piedade e traição. Os raios rodeando meu corpo aos poucos desapareceram com a presença de Freya.Virar as costas foi o seu erro. Jack sem esperar empurrou a faca múltiplas vezes. Bruxa, ele repetiu se virando para mim.

“Por que?”

    Ele não respondeu apenas sorriu correndo aonde eu estava. A morte corria em minha direção. Sua faca penetrou minha pele. A frustração mudou para chutes.

    Sangue. Minha mente pulsava, meus dentes doiam, e minha garganta queimava. A minha última refeição fora a um tempo, uma rena gordinha atrás das árvores. Mesmo a vontade de rasgar seu corpo e retirar cada gota, eu nao conseguia mexer. Os sons ao meu redor reprimiu. A coragem de revidar não existia, ao contrário de meu corpo. Cada nervo explodia carregando cargas elétricas pelo meu corpo. A cada chute e soco a intensidade ampliava atravessando os limites. 

“Você matou minha querida Freya.”

 


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