A um passo de você escrita por Lillo Stuart


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo saindo meus amores, espero que gostem.



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Por mais que eu quisesse ficar o dia todo o olhando isso não era possível, por mais que seja uma vista e tanto eu tenho que agir a minha vida. Continuo arrumando o meu quarto e recolhendo as roupas que estão jogadas pelo quarto todo e começo a ficar com vergonha por ele está aqui observando a minha bagunça. Eu nunca fui uma pessoa organizada, mas também não costumava deixar tudo jogado, eu deixava tudo em seu devido lugar para que não precisasse arrumar depois e conseguir achar alguns objetos. Fora que eu também não tinha muita coisa, mas o estado que eu deixei esse quarto nesses meses me deixou bem decepcionada, eu consegui me superar e estou bem envergonhada por esse chiqueiro.  

—Você prefere que eu fique lá em baixo? - Ele com certeza percebe meu desconforto em relação a minha falta de organização. - Ou se quiser eu posso te ajudar? - Fico tentada a aceitar, ele organizaria isso aqui em segundos e eu demoraria mais uma pouco, mas eu fiz então eu tenho que limpar. 

—Eu já estou acabando, mas obrigada por oferecer ajuda. Mas pode deixar que eu dou conto, não pensei que teria tanta coisa assim. - Falo rindo e ele me acompanha. Estamos agindo como dois estranhos que nunca se falaram antes, e esse clima está me deixando bem desconfortável, eu sei que é normal, tudo torna essa situação estranha. - Eu já vou descer, tenho que colocar essas roupas na máquina. 

Termino de dar um jeito no quarto e ele acompanha todos os meus movimentos e rezo muito para não tropeçar em nada, isso seria bem ruim nesse momento. Pego o cesto de roupa e desço com ele atrás de mim. Fico meio nervosa com sua presença e nem percebo o próximo degrau e aguardo a quedo, mas ela não vem. Sinto suas mãos geladas em minha cintura e fico sem reação meu coração reage ao seu toque eu sei que ele pode escuta-lo, mas prefiro fingir que nada aconteceu e ele entende e se afasta. 

—Obrigada. - Falo me virando e olhando em seus olhos assim que chegamos no final da escada. É claro que tinha que quase cair na sua frente, não seria eu se não fosse diferente. 

—Disponha senhorita. - Como sempre um charme em pessoas, não tem como não se encantar. Agora estou sorrindo feito uma boba apaixonada e continuo assim seguindo até a área de serviço com ele me acompanhando. Mas esse silêncio já está me matando, se pelo menos o clima entre nós dois fosse menos tenso a falta de conversa seria bem mais agradável. 

—Então, por onde você andou durante esse tempo? - Será que essa pergunta era a ideal nesse momento? Claro que quero saber por onde ele estivesse ou o que andou fazendo. Agora resta saber o que ele vai me responder e se vai ser totalmente honesto. Será que ele ficou com alguém nesse tempo? Começo a ficar tensa e pensar que foi a pergunta errada a se fazer, agora não sei se quero que ele responda, não estou pronta para isso. Acho que começo a surtar por dentro. 

—Por alguns lugares. - Sério? É essa a resposta que eu mereço depois de todo esse tempo? Acho melhor me contentar com isso mesmo. Não pretendo incomoda-lo com perguntas eu sei que ele não vai responder. 

—Entendi. - Viro para a máquina e me concentro no que eu estou fazendo. Se ele não quer dizer, se ele acha que eu não mereço saber, não sou eu que iriei insistir. 

Começo a pensar se não temos mais futuro. Toda essa situação me incomoda, percebo que estou na presença de um estranho que não se esforça nem um pouco em ser sincero. Tudo o que ele disse foi da boca para fora? Porque estou começando a pensar que sim. Fico bem magoada, não esperava uma resposta vão vaga vindo dele, em relação a tudo o que passamos ele sabe muito mais como eu fiquei, pelo visto devo ter sofrido mais do que ele. Continuamos em silêncio e eu não quero nem virar para encara-lo. 

—Acho que minha resposta foi muito vaga.  

—Não precisa responder se não quiser, eu aceito a resposta que você me deu e prometo não perguntar mais nada se isso for te incomodar. Eu nem sei porque eu perguntei isso. - Ele me faz virar, para que agora ficássemos de frente um para outro, mesmo assim eu não o olho nos olhos prefiro encarar o chão. E como segurança cruzo os braços me abraçando. 

—Eu vou responder tudo o que você perguntar e quiser saber Bella, eu só não pensei que essa seria sua primeira pergunta. - Eu só balanço a cabeça assentindo e fico calada. Ficamos os dois assim por algum tempo, escutando o barulho da máquina. Até que ele quebra o silêncio. 

—Eu tinha que me manter ocupado para não pensar em você ou em voltar, e foi uma tarefa sem sucesso porque eu só sabia pensar em você durante todo esse tempo. Mas eu estava seguindo o rastro de Victória. - Nesse momento eu o olho, ele estava caçando Victoria durante esse tempo, ele queria que eu ficasse segura por conta de sua ameaça a minha vida. Quando foi que eu fiquei tão insegura? Estar com ele me fez ser assim, ele é lindo e pode ter quem quiser, eu sou uma garota normal. 

—Você está longe de ser uma garota normal Bella. - Por que eu simplesmente não posso deixar meu pensamento lá dentro, que mania de falar em voz alta.  

—Claro que não sou, sou mais estabanada que uma garota normal. - Tento fazer graça e desconversar sobre essa situação. Já estou mais do que envergonhada no momento. Escuto ele rir e vejo que não pretende retrucar. 

—E você, o que andou fazendo? -No momento ele mais do que ninguém quer quebrar esse clima. 

—O de sempre, continuei indo para a escola, tentei aprender a andar de moto. Nada de muito interessante sabe. -Ele me olha chocado e sei que é pelo fato da moto. 

—Realmente aprender a andar de moto não é nada interessante. -Seu tom agora muda, ele parece bravo. 

—Você está com raiva? -Ele nem tem motivos para isso. 

—O que você acha? -Ele está realmente bravo comigo e eu quero entender porque. 

—Não tem motivos para isso Edward. Do mesmo jeito que eu aprendi a dirigir um carro eu tenho todo o direito de aprender a pilotar uma moto, ou você acha que não posso? -Cruzo os meus braços esperando a sua resposta. 

—Isso é perigoso Bella, você se arriscou fazendo algo que poderia ter te machucado ou até tirado sua vida. Não percebe o como você foi imprudente. 

—Eu estou viva não estou? A alguns dias fiz algo bem mais perigoso do que andar de moto você não acha? -Eu não deveria ter dito disso, não mesmo, mas eu já estava ficando com raiva e acabou saindo. 

—Sim, você tem razão. Eu te coloquei em um perigo bem maior. -Agora ele começa a se culpar e essa é a última coisa que eu preciso nesse momento. Não deveríamos estar tendo uma discussão, não era assim que eu planejava essa conversa. 

—Será que podemos por favor parar de nos culpar? Eu tenho uma parcela de culpa em tudo isso, então tudo aconteceu porque era para ser assim e fim de papo. Não deveríamos estar discutindo então vamos parar. -Olho para Edward séria e ele balança afirmando. E eu respiro aliviada. 

—Então se não deveríamos estar discutindo o que tínhamos que estar fazendo? -Ele diz se aproximando e eu congelo. Ele está flertando comigo? Com certeza está porque seu sorriso torto aparece em seu rosto e eu fico completamente sem reação. Caramba eu estou quase cedendo, mas não posso, tenho que ser o mais firme que eu puder. Vamos ver até onde esses flertes vão, estou começando a gostar disso. 

—Então eu acho que deveríamos estar fazendo algo bem mais interessante, se é que você me entende. -Ele continua sorrindo e se aproximando mais, não imaginei que poderia jogar esse jogo com ele, mas talvez dê certo.  

—E o que seria senhorita? -Isso está ficando bem perigoso, ele está muito perto, eu sei o que ele quer fazer, mas pretendo não facilitar. Ele me olha esperando uma autorização para prosseguir e isso me faz sorrir. 

—Ir às compras. - Falo simplesmente assim, me afastando dele, como se fosse obvio que eu estava planejando. - Eu disse que precisava ir comprar algumas coisas que estão faltando aqui, você lembra? Os armários já estão vazios e eu preciso repor algumas coisas. E se eu me lembro, você disse que me acompanharia. -Continuo sorrindo para ele e nesse momento Edward parece se recuperar de um choque, com certeza ele estava pensando em outra coisa, mas rapidamente se recupera e ri me acompanhando. Ele balança a cabeça ainda não acreditando que tudo aconteceu. Coitado, acho que eu levei a melhor. Bella 1 x 0 Edward. 

—Claro que eu irei te acompanhar. Aonde você for eu estarei. -E mais uma vez ele reforça isso e fico feliz.  

Caminho até a cozinha e pego a lista que já tinha feito e o dinheiro que ia precisar no pote onde Charlie sempre colocava. Edward estende o meu casaco e o mesmo me ajuda a colocar, agradeço e busco a chave de minha picape e mais uma vez ele é mais rápido do que eu e me impede. O olho com uma cara de interrogação tentando entender porque ele fez isso. 

—Vamos no meu carro, é melhor. -Mais uma vez ele insinuando que meu carro é ruim, mas não posso negar que o dele é melhor mesmo. 

—Tudo bem então. -Saímos de casa, e ele mais do que depressa abre a porta do carona para mim, sempre um cavalheiro. -Obrigada senhor. - Faço graça e ele sorri. Está começando a ficar mais fácil, o clima mudou e eu estou bem mais aliviada com isso e com certeza ele sente o mesmo.  

Não preciso dizer a ele para onde temos que ir, ele já sabe aonde sempre compro tudo e começo a lembrar que essa é uma cidade pequena e assim que saímos do carro seremos o centro de atenção e logo toda a cidade estará sabendo que estamos andando juntos, já que todos ficaram sabendo da minha situação quando ele foi embora e me arrependo amargamente de morar em uma cidade minúscula.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima, continuem comentando.
Beijos!



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