O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 62
Bônus: Melissa


Notas iniciais do capítulo

E o ultimo Bônus da primeira temporada, espero que tenham gostado da surpresa.
Acompanhem a minha comunidade no face, pois irei postarei pequenos trechos da segunda temporada.
Beijos e até dia 10 de agosto.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788068/chapter/62

— E eles viveram felizes para sempre. - meu pai disse fechando o livro da cinderela, assim que terminou de ler deitado ao meu lado. - Hora de dormir, abelhinha.

—Ainda não, papai. O senhor ainda nem leu o mogli, pra mim. - pedi olhando em seus olhos e ele suspirou vencido antes de deixar o livro da cinderela de lado, pegando o livro de capa dura e letras douradas, que ficava ao lado da minha cama.

—Tem certeza, abelhinha? Está tarde, você vai acabar dormindo no meio da história, querida.

—Tenho papai, por favor, é a minha história preferida. -implorei e ele sorriu resignado antes de concordar com a cabeça, beijando minha testa com carinho.

— Nunca consigo dizer não para a minha abelhinha. - ele disse resignado e sorri antes de me aconchegar ao meu pai, que logo começou a contar a história que amava.

—Papai? - sussurrei sonolenta depois que ele fechou o livro e o colocou no mesmo lugar, antes de se levantar da minha cama.

—Sim, filha. - papai disse voltando a se sentar ao meu lado.

—Posso ter um lobinho de estimação? -pedi antes de bocejar sonolenta.

—Mel, meu amor, lobos não podem ser domesticados, querida.

—Porque não? Eu gosto dos lobos e acho que eles também iriam gostar de mim. O senhor não acha? -questionei com sono e meu pai sorriu, como se não acreditasse no que havia acabado de falar.

—Tenho certeza, filha, mas não seria certo manter um ser vivo, que nasceu para ser livre, cativo. Isso iria deixa-lo triste, por estar sentindo falta do seu bando e da liberdade. - meu pai explicou e pensei por alguns instantes antes de balançar a cabeça.

Papai sempre era tão sábio, talvez fosse porque ele vivia rodeado por livros grandes e sem figuras, o que me fez pensar que estava na hora de aprender a ler, para que pudesse ser tão sabia quanto meu papai.

—O senhor tem razão, papai. - disse suave e ele sorriu amoroso para mim, antes de se inclinar para beijar a minha testa, me desejando boa noite.

No dia seguinte, depois que acordei e tomei o meu café da manhã, pedi para a mamãe ligar urgente para a vovó, pois precisava falar com ela.

—Porque precisa falar com a sua avó com urgência, querida? - mamãe questionou confusa enquanto lavava as louças do café da manhã.

—Porque preciso lhe pedir algo muito importante. Só a vovó pode me ajudar, por favor, mamãe. - supliquei com as mãos unidas olhando em seus olhos e ela suspirou resignado.

—Tudo bem, filha.- mamãe disse suave ligando a torneira, lavando as mãos e enxugando-as no pano, em seguida me ofereceu sua mão direita, antes de caminharmos em direção a sala.

Esperei pacientemente, mamãe apertar inúmeros botões, falando ao telefone com a minha avó antes de me entrega-lo.

—Vovó, é a abelhinha. A senhora poderia vir me buscar?

—Claro, querida, mas porque você quer que eu a busque? - vovó questionou confusa do outro lado da linha.

—Porque precisamos achar o meu lobinho, ele precisa de mim, vovó.- disse e minha mãe me olhou confusa.

—Não se preocupe, querida. Já estou indo até ai com o seu avô, ele irá nos ajudar a achar o seu lobinho, tudo bem?

—Tudo bem, vou ficar esperando. - disse sorrindo antes de me despedir da minha avó e entregar o telefone a minha mãe, seguindo para a escada que havia na sala onde me sentei no ultimo degrau, olhando ansiosa para a porta da frente, a espera dos meus avós.

................................................................................................................................................

—Porque estamos em um zoológico, vovó e vovô? - questionei enquanto andava no meio dos dois que seguravam minhas mãos.

—Porque você queria ver os lobos, querida, por isso vamos leva-la para vê-los.- vovô explicou e pisquei confusa.

—Achei que os lobos morassem na floresta com os outros animaizinhos, como no filme do rei leão. - disse e os dois sorriram concordando.

—E moram abelhinha, mas estes aqui foram tirados da natureza muito pequenos, e não conseguiram mais se adaptar ao local onde moravam. - meu avô explicou ajoelhado na minha frente e concordei pensativa.

—Quem tirou os lobos da floresta, vovô?

—Pessoas muito malvadas, querida, que tentaram prendê-los. Mas eles foram salvos por pessoas boas, que os trouxeram para cá. - vovó explicou paciente enquanto me olhava.

—Entendo, mas aqui não é a floresta, vovó. Não seria também um lugar ruim para eles?

—Não querida, porque aqui eles são bem tratados. - vovô me assegurou sorrindo antes de se levantar. - Agora que tal, irmos olhar os lobos, quem sabe não encontramos o seu lobinho?

—Sim, vovô. - disse animada enquanto caminhávamos em direção aos lobos.

Mas nenhum dos que estavam ali era o meu, o que me fez chorar durante toda a volta para casa.

—Abelhinha, o que houve? - papai questionou preocupado assim que corri para os seus braços, após entrar em casa.

—Não achei...O meu lobinho, papai. -solucei em seu ombro antes de voltar a chorar novamente até adormecer.

.......................................................................................................................................................

Quando desci para tomar café no colo do papai, meus avós já estavam me esperando na sala, o que me deixou confusa, afinal não havíamos combinado nada, mas logo eles me explicaram que o vovô iria me levar em um lugar especial, onde poderia ter o meu lobinho, o que me fez sorrir feliz.

Passamos o dia todo na fábrica de lobinhos, como chamei o lugar para onde meu avô me levou, tive que repetir inúmeras vezes o jeito que meu lobinho era, já que meu avô e o fazedor de lobinhos, queriam me dar um que não se parecia com o meu.

—Quero o meu lobinho de pelo vermelho e olhos castanhos escuros, senhor fazedor de lobinhos. - disse decidida e ele sorriu surpreso.

—Quantos anos o senhor disse que sua neta tem?

—Dois anos e meio, ela vai fazer três daqui há duas semanas. Por isso quero lhe dar o lobo de pelúcia, por favor, faça do jeito que ela está pedindo. - meu avô implorou ao fazedor de lobinhos que concordou antes de sair, nos deixando a sós.

—Quando vou poder levar o lobinho pra casa, vovô? - questionei balançando meus pés, impaciente por estar sentada.

—Daqui há alguns dias querida, pois ele demora um pouco para ficar pronto.

—Tudo bem, posso esperar um pouco para ter o meu lobinho. - disse resignada antes do fazedor de lobinhos voltar com vários panos e olhinhos castanhos, para que pudesse escolher o que queria.

Depois de esperar dias, finalmente meu avô chegou na minha casa com uma grande caixa branca que possuía um laço cor de rosa.

—Theo, Danny, papai, o lobinho chegou. - disse eufórica assim que mamãe abriu a porta para o meu avô que sorriu da minha animação.

—Espero sinceramente que tenha ficado do jeitinho que queria, Mel. - vovô disse colocando a caixa no chão, já que havia sentado no tapete da sala.

—Eu também vovô. - disse ansiosa antes da minha mãe me ajudar a desfazer o laço cor de rosa, em seguida tiramos a tampa e sorri feliz ao ver o conteúdo da caixa.

—E então, fadinha, é o lobinho? - Theo questionou e concordei feliz para o meu irmão mais velho antes de pegar meu lobinho no colo, abraçando-o com força, fazendo todos rirem.

—Graças a Deus, conseguimos encontrar o lobinho. - meu pai disse aliviado e todos concordaram.

—Vou te levar para todos os lugares lobinho, vamos ser melhores amigos pra vida toda. E quando chegar a hora, vamos nos casar. - disse decidida e todos reviraram os olhos antes da minha avó começar a rir, como se compartilhasse do meu desejo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Legado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.