O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 61
Bônus: Benjamin


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos ao primeiro Bônus especial, da primeira parte de O Legado, espero que gostem do presente surpresa.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Jamais iria esquecer a emoção que senti, ao ouvir novamente Melissa dizendo sim ao meu pedido de casamento. Só que dessa vez, estava fazendo da maneira que ela merecia.

Com um lindo anel, feito especialmente para ela, um discurso que ensaiei a tarde toda para os meus avôs, e uma roupa nova, que comprei exclusivamente para esse momento.

Ver sua emoção, seu sorriso de felicidade, seu olhar apaixonado e surpreso ao compreender o que estava fazendo, seria algo que me lembraria por toda a minha vida. Sabia que muitas pessoas iriam achar estranho, pedir minha namorada em casamento quando estávamos apenas um mês juntos, mas não me importava com isso e sabia que nem ela.

O que tínhamos ia muito além de todo o convencionalismo imposto pela sociedade, nos amávamos e merecíamos esse momento, no qual celebraríamos o nosso amor diante dos nossos amigos e familiares, sem nos importar com a opinião dos outros.

—Eu queria me casar em Londres, Benjamin. - Melissa disse de repente enquanto estávamos deitados no tapete da sala após termos feito amor novamente, depois que lhe expliquei o porque do seu anel de noivado ter o formato de uma flor.- Quero poder dar esse momento aos meus pais já que moro longe deles, mas se você não estiver de acordo, podemos nos casar em La Push.

Beijei o alto da cabeça de Melissa, que estava deitada em meu peito antes de aconchega-la mais a mim, sentindo seu cheiro misturado ao meu, algo que adorava depois que fazíamos amor.

—Por mim não tem problema algum, amor. Acho que você tem toda a razão de querer dar esse momento aos seus pais, tem alguma igreja em mente? - questionei começando a acariciar suas costas nuas.

—Ainda não. Você tem alguma em mente? - ela questionou apoiando seu queixo em meu peito, para que pudesse ver meus olhos.

—Sim, se estiver de acordo, podemos escolher a igreja de São Lucas, a mesma igreja na qual meus pais se casaram e fui batizado quando era bebê. Minha família faz todos os ritos católicos neste local há séculos.

—Por mim tudo bem...Temos um local, agora só falta uma data. Alguma sugestão?

—A mais perto possível, porque não vejo a hora de você ser a minha senhora Thompson. - pedi e ela sorriu carinhosa antes de me beijar com amor.

—Eu também não vejo a hora, querido. - Mel disse e acariciou a ponta do seu nariz com o meu.

—Que tal dia doze de maio, dois dias depois do seu aniversário de vinte e dois anos, e também o dia em que fazemos dois meses de namoro? - sugeri e ela me olhou surpresa assim que se afastou de mim.

—Daqui há um mês? Achei quisesse se casar o mais rápido possível.

—E quero, mas posso esperar um mês, mais do que isso não garanto. - disse convicto e minha noiva sorriu concordando.

—Então, vamos no casar daqui há um mês, no dia doze de maio na igreja de São Lucas. Podemos deixar o horário em aberto, afinal nem sabemos se a igreja estará disponível nesse dia. - Mel disse pensativa e sorri travesso, o que lhe deixou confusa. - Porque está com o sorriso de quem andou aprontando, Ben?

—Enquanto tia Rose fazia seu anel de noivado, liguei para o padre George, pároco da igreja São Lucas e lhe pedi que deixasse um lugar reservado, para o nosso casamento. Ele só está aguardando o meu telefonema, lhe informando o mês e a data. - expliquei e ela sorriu surpresa por minha revelação.

—Nem havia lhe dado a reposta para o seu pedido e você já estava com tudo planejado, senhor Thompson?! E se a minha resposta fosse não? - ela questionou brincando e sorri convencido.

—Você jamais diria não para mim, Mel. - disse brincando e sorrimos.

—Você é muito convencido, Benjamin Thompson. - ela destacou antes de sorrimos mais um pouco, mas logo senti um arrepio percorrer o meu corpo, tentando dominar a minha mente e me afastei rapidamente dela, pois conhecia muito bem aqueles sinais.

Afinal, já os havia sentido antes, quando tínhamos acabado de trocar nosso votos perante a lua cheia, em uma cerimônia matrimonial Quileute.

—Ben, amor, o que houve? - Mel questionou confusa enquanto me via vestir a calça, que estava usando anteriormente, de forma apressada antes de seguir em direção a porta de vidro que dava acesso ao jardim da nossa casa.

Me afastar da minha fêmea, quando mais queria ficar com ela, me torturou de inúmeras formas, pois me manter longe dela sempre me causava dor física. Mas precisava cumprir a minha promessa.

Melissa era nova demais para ter um filhote, era o que pensava meu lado humano e racional, mas o meu lado lobo, queria desesperadamente voltar para dentro daquela casa e ajudar a minha fêmea, a conceber nosso tão desejado filhote.

Herdeiro do nosso legado.

Sem forças para conseguir continuar me afastando da casa, acabei tropeçando nos meus próprios pés antes de cair na grama, ficando de frente para a lua cheia que dominava a noite escura de La Push.

—Benjamin. - ouvi Melissa gritar se aproximando de mim usando apenas a minha camisa, antes de se ajoelhar ao meu lado e me segurar em seus braços. -Amor, o que houve? Porque você saiu daquele jeito?

—Não posso fazer isso...Com você...Não agora. - sussurrei apavorado com a ideia de não conseguir resistir a magia Quileute.

Antes de nos mudarmos de vez para La Push, meus pais conversaram comigo sobre o impulso desesperado de conceber um herdeiro, fruto da magia Quileute, o qual poderia surgir novamente a qualquer momento. Eles me relataram o quanto havia sido difícil, resistir a toda a influência da magia, que provocava dor física ao ter sua necessidade proibida, mas nunca imaginei que seria algo tão doloroso quanto o que estava sentindo agora.

—Você não pode fazer o que agora, Benjamin? - Mel questionou aflita por me ver sofrendo.

—Engravidar você...Mel, você é tão nova... O que as pessoas irão pensar...- comecei a explicar e ela balançou a cabeça, como se tivesse compreendido pelo que estava passando, antes de me interromper.

—Benjamin, eu te amo com todo o meu coração e sei que sempre irá fazer o melhor pra mim, mas essa é uma decisão da qual você não pode e nem deve arcar sozinho. Somos dois adultos responsáveis, querido. - Mel disse séria enquanto me olhava nos olhos e acariciava minha testa suada, pelo esforço que estava fazendo em controlar meus instintos.

—O que quer dizer, Melissa? - questionei sem entender o que ela havia acabado de falar.

—Que não me importo em ser nova demais, ou no que as pessoas irão pensar sobre isso. Tudo que desejo, meu amor, é ter um filhote com você. - ela disse decidida e estremeci diante das suas palavras.

Sem dizer uma palavra, me levantei do seu colo e me sentei em sua frente, antes de segurar seu rosto em minhas mãos com cuidado, olhando em seus olhos.

—Tem certeza disso, minha fêmea? Podemos esperar...- comecei a dizer sério e ela negou com a cabeça.

—Tenho certeza e não quero esperar.  Se vamos ter cinco filhos, quero começar agora. - ela disse segura antes de me beijar de forma urgente e desesperada.

Com cuidado a puxei para o meu colo, passando suas pernas em volta da minha cintura antes de levá-la para o nosso quarto.

—Nós dois vamos fazer uma filhotinha linda, minha fêmea. - sussurrei rouco em seu ouvido assim que a coloquei na cama.

—Espero que ela seja tão linda e geniosa, quanto o pai dela. - Mel sussurrou segurando o meu cabelo com a sua mão direita e sorri cumplice para ela.

—Há ela será, minha fêmea. - disse carinhoso antes de beijá-la apaixonadamente.

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Depois que terminei de fazer o café da manhã, subi para acordar minha noiva que ainda dormia profundamente em nossa cama.

Sorri assim que entrei no quarto e a vi abraçada ao meu travesseiro, com cuidado me sentei ao seu lado, afastei seu longo cabelo castanho e beijei sua bochecha com carinho.

— Hora de acordar minha dorminhoca, linda. - sussurrei amoroso em seu ouvido, minha saudação de todas as manhãs, e Melissa gemeu de prazer e desagrado, o que me fez rir.

—Só mais cinco minutos...Ben...- ela sussurrou adormecida enquanto abraçava o travesseiro com mais força.

—Adoraria lhe dar todos os minutos que quisesse, meu anjo, mas você precisa se levantar ou chegaremos atrasados na vídeo conferência mensal, dos farmacêuticos da rede de laboratórios. - expliquei culpado por não poder lhe deixar dormir mais um pouco.

—Tudo bem, vou levantar. Afinal, não quero que o chato do meu chefe me demita. - Mel brincou sonolenta e sorri surpreso.

—O chato do seu chefe está lhe ouvindo, sabia? - questionei brincando enquanto a via abrir os olhos e sorrir amorosa para mim.

—Aqui em casa, você não é o meu chefe, é o meu marido. - ela decretou séria enquanto me olhava e tive que concordar, afinal era verdade. -E o meu beijo de bom dia?

Sorri suave me inclinando para beijá-la com carinho antes de me soltar a contragosto dela, ou acabaríamos chegando atrasados ao trabalho.

—Benjamin...- Mel implorou passando seus braços em volta do meu pescoço, me puxando para mais perto dela, enquanto me olhava com seus lindos olhos cor de mel, que sempre me convenciam a fazer qualquer coisa para ela.

—Meu anjo, vamos nos atrasar...- comecei a dizer já entregue aos seus desejos antes de Melissa me beijar, me fazendo esquecer tudo ao nosso redor.

Depois que dei atenção a minha esposa, que ficou satisfeita por hora, tomamos um banho rápido e desci em seguida, esperando-a para tomar café enquanto falava com a minha secretária ao telefone, pedindo que mudasse o horário da vídeo conferência mensal, pois chegaríamos atrasados.

—Conseguiu remarcar a vídeo conferência? - Mel questionou preocupada assim que apareceu na cozinha já devidamente arrumada, assim que desliguei o telefone.

—Consegui, ela ficou marcada para o meio dia. Vou tornar esse horário fixo, para realizar a vídeo conferência mensal com os farmacêuticos da rede de laboratórios, já que a minha mulher requer toda a minha atenção pela manhã. -sugeri olhando em seus olhos enquanto lhe servia um copo de suco de morango enquanto Mel, sorria concordando.

—Sou uma mulher é muito exigente, senhor Thompson. - Mel segredou e sorri concordando, mas logo ouvi uma zoada ritmada e abafada, vindo de algum lugar.

Preocupado, apurei meus sentidos tentando distinguir se era alguma ameaça se aproximando, até que localizei de onde aquele som estava vindo.  

Em choque deixei o copo de suco e a jarra caírem no chão, enquanto olhava incrédulo para Melissa, sem acreditar no que havia ouvido e no que meu instinto me dizia.

—Querido, o que aconteceu? Porque está me olhando confuso desse jeito? - Mel questionou preocupada enquanto se aproximava de mim.

—Porque acabei de ouvir...- disse entre lágrimas enquanto olhava em seus olhos preocupados, desviando em seguida para o local de onde vinha a zoada ritmada e abafada.

—O que você acabou de ouvir, Benjamin? - Mel questionou nervosa segurando em meus ombros, tentando me trazer de volta dos meus pensamentos.

—Eu ouvi um coração batendo, Mel. - disse ainda atordoado e ela me olhou confusa.

—Isso é normal, querido. Afinal, estamos você e eu aqui. - ela explicou com a voz calma, tentando me tranquilizar e neguei.

—Não foi os nossos corações que escutei, Melissa...Foi o coração do nosso filhote. - disse entre lágrimas sem desviar dos seus olhos, antes de repousar a minha mão direita em cima da sua barriga, de onde vinha um batimento cardíaco extremamente forte e saudável, apesar de abafado. - Você está grávida, meu amor. Mel, meu anjo, você está esperando um filhote, meu.

—Grávida? Você tem certeza disso? - ela questionou sem acreditar no que havia ouvido e concordei com a cabeça, antes de Melissa me abraçar com força enquanto chorava emocionada em meu peito.

E foi impossível não chorar também, afinal era um sonho nosso que estava se realizando.

Depois que nos recuperamos da emoção, insisti para que fossemos até o hospital comprovar através de exames laboratoriais, a gravidez de Melissa além de assegurar, que tudo os dois estavam bem.

—E então, doutora Santiago, qual foi o resultado do exame? - questionei ansioso assim que a médica entrou em sua sala novamente, na qual havia nos deixado esperando enquanto ia buscar o resultado do exame de sangue que Mel havia feito, assim que chegamos ao hospital.

—Respira fundo, amor, você está tremendo. - minha esposa disse amorosa e tentei fazer o que ela me pediu, mas foi em vão o que lhe fez rir.

Tive que esperar pacientemente, a médica se sentar em sua cadeira, abrir o exame e lê-lo, o que pareceu durar uma eternidade, antes de voltar a sua atenção para nós.

—Melissa e Benjamin...Meus parabéns, vocês estão esperando um filho. - ela disse sorrindo feliz por nós e abracei Melissa com carinho, enquanto chorávamos de felicidade por saber que seriamos pais.

Assim que nos acalmamos, a médica nos orientou em tudo que Melissa deveria incluir na sua alimentação além do que deveria ser evitado, como por exemplo a canela, pois faria mal ao bebê, além de receitar algumas vitaminas que segundo ela, eram comuns serem introduzidas durante a gestação.

Depois de todas as orientações, a doutora Santiago nos conduziu até outra sala de exames, onde esperei pacientemente minha esposa trocar de roupa antes de deitar na maca, para que a médica pudesse fazer a primeira ultrassom do nosso filhote.

—Ele está bem? - questionamos juntos após a médica deslizar o aparelho pela barriga de Melissa, enquanto segurava a mão da minha esposa.

—Está sim, o desenvolvimento está compatível para as duas semanas de gestação. -a médica explicou enquanto prestava atenção no monitor a sua frente.

Rapidamente fiz as contas e cheguei à conclusão, que nosso filhote havia sido concebido na noite em que pedi Melissa em casamento. A mesma noite em que a magia Quileute havia me influenciado novamente.

—Querem ver o bebê de vocês? - a médica questionou me tirando dos meus pensamentos.

—Sim, por favor. - Mel implorou para a médica e concordei com a cabeça, antes dela virar o monitor para nós e explicar onde nosso bebê estava.

—E aqui está o batimento cardíaco dele. É compatível para um feto de duas semanas, podem ficar tranquilos, o bebê de vocês está se desenvolvendo perfeitamente bem. - doutora Santiago assegurou e respirei aliviado enquanto aproveitava mais um pouco o som do coração do meu filhote.

—Ele é só um pontinho...Um pontinho indefeso. - Mel disse preocupada olhando para a tela e beijei sua testa com carinho, enquanto ainda segurava sua mão e ela virou para me ver.

—Não precisa se preocupar, meu anjo, vou proteger vocês.  Não vou deixar nada de ruim, acontecer com você ou com o nosso pontinho amado. - prometi e ela sorriu amorosa pra mim.

—Prometi?

—Prometo. - jurei para ela e beijei a sua testa com carinho, antes de voltarmos a nossa atenção para o monitor.

—Não é o som mais lindo que você já ouviu na vida, Benjamin? Porque pra mim é.- Mel disse emocionada sem desviar os olhos da tela.

—É sim, meu anjo. É o som mais lindo que já ouvi na vida, só fica empatado com o som do seu coração. -segredei e me inclinei para beijar seus lábios com carrinho, enquanto ouvíamos o som do coração do nosso filhote, que batia forte e saudável.

Um som que jamais esqueceria em minha vida, desde que o ouvi algumas horas atrás.


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