...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 3
Contra o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Vou tentar explicar um pouco a minha visão deles ok? O q eu entendo: N acho ninguém burro. O Chat Noir qr saber a identidade dela, mas respeita e simplesmente não pensa nisso para não acabar descobrindo. E ele n consegue chegar a conhecer a Marinette e ver que elas têm o mesmo jeito de ser pq ela buga muito quando esta perto dele. Já a Marinette simplesmente cismou q n qr ele como Chat Noir e fim; ela quer o Adrien e qualquer outro cara que surge afim dela ela já nega sem nem ao menos conhecer. Sem falar que o jeito atirado dele, intimida e incomoda muito ela. Isso e nítido pra mim. E ela ñ consegue ver o príncipe meigo e fofo que ama em um cara assim, mesmo que ele demonstra ter os mesmos trejeitos.)



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Depois de mais um dia agitado com os afazeres do dia-a-dia, as obrigações escolares e heróicas, os dois heróis chegam em suas distintas casas, agradecidos pelo poder do miraculous curar todas as suas dores e se preocuparem apenas em descansar a mente para o dia seguinte.

             Contudo, o agitado kwami negro tinha outros planos para aquela noite.

Plagg não era de pensar muito antes de agir; de fato, ele apenas agia.

E sem qualquer empecilho, que seu atual mestre deveria lhe impor, este trafegava por onde queria livremente. Na verdade, desde o inicio da relação Adrien sempre tratou o companheiro com inteira e completa liberdade, sendo que Marinette levou um pouco mais de tempo para deixar de ter uma relação de subordinação e autoridade com a Kwami pintada, que estava tão acostumada a simplesmente obedecer os humanos e seguir suas normas que ainda estranhava possuir uma relação de reciprocidade com sua mestra.

Voou então até a casa de sua docinho.

A kwami da criação.

E, na mesma empolgação, a chamou e chamou incansavelmente.

― Está ficando louco? O que faz aqui a esta hora da madrugada? Nossos humanos têm que acordar cedo pra aula. E se a minha companheira te ouve? ― A sempre doce kwami até que tenta sussurrar e levar o companheiro para fora do quarto antes que Marinette os escutasse, mas era tarde e a jovem desperta vagarosamente dando tempo de os ver passar por seu teto, onde ficam a conversar na sacada, sem perceberem que essa havia acordado.

― Tikki? ― Marinette murmura curiosa, ainda sonolenta ao esfregar os olhos.

[― O que veio fazer aqui? Diga logo e saia. Não podemos ficar nos encontrando assim, você sabe muito bem disso. ― Ela pôde ouvir a conversa claramente e, curiosa com o assunto, se levanta e com cuidado sobe as escadas e fica a prestar atenção na conversa através da claraboia enquanto lá fora os seres milenares e poderosos debatiam como duas crianças inocentes.]

― Meu torrãozinho de açúcar, eu não aguento mais isso. Tem como você dar uma ajudinha? ― nas ele a responde todo dramático. ― Humanos não dão conta de tudo sozinhos! Ele precisa de ajuda... Sei lá; você pode tentar convencer a Lady a dar uma chance para o meu humano? Você sabe como ele gosta dela. Isso pode o ajudar muito. E ele é um cara muito legal! Eles dariam muito certo. Você sabe! ― O pequeno ser argumenta a fazendo pensar e refletir melhor sobre o assunto, demonstrando que ambos pareciam saber algo que ela não tinha o menor conhecimento. ― E poderíamos nos ver todos os dias. ― Completa animado e Marinette não pode evitar sorri com tamanha fofura.

― Ai ai... De novo isso? ― Mas a pequena responde com certo desconforto e tristeza no olhar. ― Olha. Não podemos nos envolver nas vidas deles. Isso é errado.

― E onde isso está nas regras?

― Você não presta mesmo atenção. ― Ela responde irritada e ele recua. ― Mas existem tantas coisas na vida dos humanos que não temos como entender. Sem falar que essa coisa de romance deveria ser a menor das suas preocupações com relação a ele. ― A opinião da sempre meiga Kwami pintada surpreendeu Marinette que sempre a viu como um ser meigo e romântico. ― Você disse que ele esta melhorando. E é isso o que mais importa. Mesmo que tenha infringido as regras e revelado sua identidade a seu amigo... ― Completa pensativa e Marinette fica ainda mais curiosa com o assunto dos dois. Nunca imaginou que pudessem ser tão complexos e muito menos que os analisaram e debatiam entre sim sobre eles. ― Mas eu entendo que aquela foi uma situação extrema.

― Eu sei muito bem disso tudo, Docinho. Mas eles são filhotes humanos. Digo, adolescentes! E nessa fase não tem nada mais importante!!! Eles sofrem muito. Tudo é mais intenso e ter mais apoio principalmente o dela vai ajudar muito. ― Ele diz ao fazer o máximo de drama que podia, tentando convencer a sempre séria Tikki a entrar na sua idéia.

― Ummnnn. Está bem. É egoísmo meu não te ajudar. ― Ela por fim, se rende, mesmo sabendo que estava fazendo algo que não deveria, acaba se deixando levar pelas emoções do amigo. Afinal este há havia revelado alguns ocorridos bastante preocupantes. ― Mas o que você quer que eu faça?

― Tenta convencer ela a dar uma chance. A regra só diz que um “ainda” não pode saber a identidade do outro e não que não possam ficar juntos. Certo? ― Argumenta presunçoso e com um tom de malandragem que Tikki, apesar de querer negar com todas as forças, não conseguia, afinal, ela também queria ver sua humana feliz juto da pessoa que amava. E toda esta demora também estava a fazendo sofrer.

― Está certo, eu vou...

― Vai o que? ― Mas antes que a pequena pudesse responder, a própria Marinette sai e os interrompe, um pouco irritada. ― Tentar fazer a minha cabeça? Olha, é muito fofo isso.... Mas a minha resposta continua sendo não!

Mas nenhum dos dois a responde com palavras.

Os dois seres milenares, tão meigos quanto tenros filhotes, a olham assustados por terem sido flagrados e se entreolham como se tentassem pensar no que responder e em como agir com um ser humano nesta fase de vida tão complicada.

― Eu sinto muito. Não queria trair a sua confiança Marinette. Mas o Plagg pode me contar coisas que infelizmente você não pode saber. E por conta disso eu só ia o responder que iria conversar com você sobre o assunto e descobrir por que você repudia tanto a idéia de dar uma chance a ele. Só isso. Para o parceiro dele saber o que faz de errado, e talvez seguir em frente. ― A pequena fala meiga como sempre, desarmando a humana que estava pronta pra responder atravessado.

― Que tal ter nascido! ... Ain.... desculpa. Olha, a verdade é que essa insistência dele é bem irritante. Ele não entende que não é não. ― Ela diz ao pegar os dois nas mãos e tentar explicar de uma forma mais delicada. ― Eu já disse que gosto de outra pessoa. E ele não para. Isso irrita bastante, sabia? E ainda por cima faz draminhas...

― Mas desistir não é muito o jeito de um herói, não? ― Ele teima um pouco mais. E mesmo vendo a raiva dela, continua. ― Se ele desistir e “respeitar” o seu pedido isso não aumenta as chances dele. Certo? É só desistir. E ele quer muiiiito você. Ele está apaixonado. Você é uma mulher cruel.

― Desculpa. Mas eu não sou obrigada a dar uma chance a todo cara que tem uma queda por mim. Isso é escolha minha! Não é só por que ele gamou que sou obrigada a isso. Eu em. ― E com isso ela termina por se irritar e o Kwami negro sai de sua mão.

― Está bem. Mas você está cometendo um grande erro! ― O tom dele soou como uma ameaça, o que assustou um pouco a heroína que sabia do grande potencial destrutivo da pequena criatura. ― Afinal... Você gosta desse outro cara. Tomara que ele também te dê a “maior bota do mundo”!!! ― Ele grita e desaparece no ar voando rápido demais para o olho humano identificar a direção que ele iria.

― Ai Plagg! ― A pequena até pensa em ir atrás do amigo, mas jamais desobedeceria às ordens de ficar sempre perto de sua humana. ― Não faça nenhuma loucura, por favor...

Ao ouvir os lamentos da menor, Matinette entra na casa novamente se sentando em sua cama e a pondo sobre o travesseiro. ― O que acha que ele fará?

― Eu não sei. E é isso que eu mais tenho medo. ― A menor diz temerosa, afinal ele estava com a “faca e o queijo” nas mãos; logo percebendo que estava assustando sua humana e tenta mudar o seu tom de voz e expressão.

― Plagg não é fácil de lidar. Mas ele não é mal e só quer ver o Chat Noir feliz. ― Sorri ao se aninhar junto dela. ― Vamos dormir Marinette, temos aula cedo amanhã e um dia cheio de planos com o Adrien.

― Verdade. Mas, me diz Tikki, o que estava fazendo? Ia mesmo ajudá-lo? ― Diz ao voltar a se aconchegar olhando que faltavam poucas horas para ter de acordar e se arrumar.

― Claro Marinette! Foi um pedido sincero de um amigo. Por que negaria?

― Oras por que? Por que...! ― Ela se indigna, mas o olhar sincero da pequena e meiga Kwami a desarma novamente, afinal não tinha como ela entender seus sentimentos; e ambos estavam apenas querendo ajudar nestes assuntos humanos tão complicados, até mesmo para ela que era humana.

― Marinette... minha ideia era só conversar com você. Por que isso te ofende tanto? ― Insiste na pergunta ao se deitar próximo ao travesseiro macio e quentinho.

― Bem... Eu não sei Tikki. Desculpa. Podemos falar sobre isso sim. Mas amanhã ok? ― Responde envergonhada por estar agindo dessa forma com os seres mais inocentes e puros que conhecia, deitando-se e cobrindo a pequena Kwami que se aconchega junto dela.

― Sim. Claro.

E assim a pequena se acalma tendo como verdade que a humana não havia se dado conta do real motivo das preocupações de Plagg; ficando em sua cabeça apenas o pedido com relação a ela e não as motivações que o englobavam.

 

[Tritri tritri]

O despertador era como um clarim que, ao invés de trazer as notícias de guerras, tinha o mesmo fulgor em retirá-lo de seus sonhos para mais um dia.

Ele levanta sem fazer muito esforço e segue com sua rotina, enquanto via seu colega de quarto, sempre alegre, voar e mexer em uma ou outra coisa antes de ter de se esconder em sua mochila para o acompanhar até a escola.

E, em contrapartida, o dia dela era dezenas de vezes mais agitado.

O despertador, apesar de mais alto que o dele, toca demasiadamente mais tarde fazendo com que tudo pareça mais apressado e agitado antes de tomar um café com seus pais e se despedir amorosamente.

― Então. Sobre ontem... ― A pequena inicia o assunto que apesar de querer ignorar e quase esquecer ainda incomodava a heroína. ― Prometi ao Plagg que iria tentar. Então... Posso pergunta por que não dá uma chance ao Chat Noir? O que ele fez de tão errado? Acha ele feio? Fedido? O que tem de ruim nele como parceiro?

― Ai Tikki. Você é muito fofa, não consigo ficar brava. ― Diz ao fazer o caminho rotineiro até a escola, tomando apenas um cuidado para ninguém perceber que ela falava com sua bolsa. ― Eu ... Você sabe que eu gosto do Adrien. Eu não penso em outra pessoa.... Isso seria estranho.

― Acho que entendi. ― A pequena diz, pensativa, e ainda preocupada com o que seu amigo estaria planejando como vingança; e desta vez Marinette não deixa passar o olhar serio da pequena.

Parecia mesmo que algo estava acontecendo entre os dois.

― Sabe Adrien. Tenho um plano perfeito pra resolver parte dos seus problemas. ― O Kwami negro diz, ardiloso, enquanto mexe no celular do companheiro que estava distraído demais com as notícias do dia anterior. ― Por que não diz que tem uma namorada? Aquelas garotas malucas atrás de você vão parar de encher o saco.

― Não diz isso. Elas não são loucas e não me enchem. São pessoas legais e eu não acho que estão afim de mim assim. São amigas. ― Ele explica mesmo que sua mente vagasse sobre o assunto de sua família. Pensava em como se sentiria se fosse ele a descobrir que foi dado dessa forma para outra família.             Como um presente.
Um nó amargo se formava em sua garganta.

E ele tenta distrair a mente destes sentimentos ruins que teimavam constantemente em o invadir; pensando se era o tipo de assunto que conversava com Chloe ou com Nino.

Não podia deixar de se sentir mal por Felix.

Mas isso quer dizer que se sentia privilegiado?        Não. Não era este o sentimento.              Mas então qual era? Por que não conseguia simplesmente saber o que sentia com essa situação? Seria ele tão infantil ao ponto de ainda não ser capaz de lidar com assuntos de adulto?

― Sei. Menino inocente. Ok..., mas por que não usar uma aliança? Como essa aqui! ― O pequeno insiste no assunto sabendo muito bem da importância do que houve no dia anterior e como isso o estava afetando; mostrando uma aliança qualquer na tela do celular, afim de distrari seu foco com trivialidades. ― Você nem vai precisar explicar.

― Por que eu não tenho namorada? Na verdade eu terminei a pouco tempo. Lembra disso? ― Corresponde com um tom irônico e vendo graça nos esforços do amigo em tentar fazer sua cabeça; se divertindo com o fato e usando isso para se distrair um pouco, afinal acabava constatando que seu pai tinha razão em tomar todas as decisões por ele, como a criança imatura que descobriu ser. ― E alem disso as coisas estão estranhas com a Kyoko... Melhor eu não ficar pensando em garotas. Nem mesmo na M’Lady. Tenho que ver assuntos mais importantes agora.

― Mas você já ama? Certo? E ninguém mais tem chance com você, além dela. Não é justamente pra isso que uma aliança serve? Indicar que não está mais disponível? ― O menor argumenta ignorando completamente o que o humano tentava explicar, como se só escutasse o que tem vontade.

― Por esse lado, você está certo. ― Dá de ombros ao se dar por vencido e pegar o celular de volta, vendo o contato de Felix e tentando pensar no que escrever a ele. ― Bem... Isso pode evitar maus entendidos futuros. ― Diz ao concordar com o Kwami negro que se esconde em sua mochila escolar ao vê-lo sair do carro para ir à escola.

Não estava com cabeça para relações agora.

A única pessoa que queria deixou claro, mais de uma vez, que não o quer.

Então seria bom fechar essa porta até que sua cabeça esteja melhor, e não ter novas dores de cabeça por conta disso. Afinal, as coisas com Kyoko não tinham terminado bem também.

Por um tempo saíram juntos e até mesmo se viu em uma relação com a garota, mas não podia negar que não sentia por ela o que sentia pela heroína mascarada que acompanhava todos os dias; e, dessa forma, sentia como se estivesse usando e enganando a garota que parecia ter um sentimento verdadeiro por ele.

Então achou melhor dizer a verdade; e esperou que ela se irritasse ou até mesmo o agredisse, mas não. A reação dela foi surpreendente. Ela apenas o cumprimentou educadamente e agradeceu por sua honestidade antes de se despedir e sair.

Sabia que a tinha magoado.

Mas o que poderia fazer?

Continuar uma relação falsa?

Queria ter o poder de conseguir resolver tudo como Ladybug parecia ter, mesmo sem seus poderes. Então pensou em perguntá-la na próxima vez que a visse.

E, com isso, passou o restante da manhã pensando numa forma de conversar com ela sem que dedurasse sua identidade.

Por outro lado, o peralta Plagg mal esperou que estivesse na aula e já tratou de invadir a mochila de Marinette e puxar Tikki consigo.

― Ai... Calma. O que ouve? ― Ela questiona assustada.

― Tikki, não dá. Você é bem mais sensível que eu. Pode me ajudar? ― Ele esbraveja ao voar de um lado a outro no corredor vazio da escola.

― Ah. Claro. Como? O que precisa? ― Responde ao acompanhar com o olhar o movimento frenético do amigo.

― Bem. Primeiro precisamos analisar direito com o que estamos lidando. Nunca tive um companheiro tão jovem e complicado.

― Eu te entendo... Digo o mesmo. Mas você tem algum plano?

― Posso falar? Não me julga, ok?

― Sempre te julgo. Mas diga mesmo assim, por favor.

― Bem, meu docinho. A idéia inicial era você me ajudar a analisar primeiro, porque eu tô muito confuso, e depois debatermos. ― Ele prepara o terreno para contar parte de seu plano audacioso segurando as patinhas de sua parceira eterna. ― O que acha de trocarmos de humanos só um pouco? Eles conseguiram uma vez. Lembra?

― Acho uma péssima idéia.

― Me escuta até o fim, por favor.

― Estou ouvindo.

― Ficamos só um tempinho. Dizemos alguma desculpa esfarrapada. O meu humano acredita em qualquer coisa! É facinho. ― Ele diz animado com o próprio plano. ― Aí você fala com ele e me ajuda a montar um plano perfeito. Eu não entendo bem ela pra montar nada e nem você entende ele.

― Isso até que faz sentido. Mas também não. Porque é muito arriscado e perigoso. ― Ela explica séria e convicta, desanimando o amigo que parece entristecido.

― Tudo bem docinho. Eu só tô tentando muito porquê.... Tô com um péssimo pressentimento futuro. ― Ele diz desanimado ao se virar para voltar à mochila antes que fosse descoberto.

― Jura? ― Isso a põe em alerta.

Plagg era muitas coisas, mas mentiroso e manipulador não estavam nesta lista.

― Por que diz isso? Acha que está acontecendo algo que pode atrapalhar a relação deles em combate? Ou pior...?

― Se eu acho? Tenho certeza disso. ― Ele diz ao atravessar de volta a mochila de Adrien e desta vez é ela quem o segue. ― Eu já o vi cogitar entregar o manto a outra pessoa. ― Diz ao evitar olhar para a companheira. ― Ele gosta muito de ser o Chat Noir, mas não se acha... digno. Sei lá. Humanos são complicados. Por isso pedi sua ajuda pra entender ele. Desculpa ser tão insistente...

― Tudo bem. Eu tento... vou fazer uma a análise mais aprofundada que eu puder; pra ver se você está certo. Vou confiar no seu temor. ― Diz ao entrar na mochila atrás dele, e logo leva um grande abraço.

― Anm... Obrigado! Sério, de verdade, muito obrigado! ― Ele rodopia feliz a abraçando carinhosamente. ― O que vamos dizer a eles? Quando faremos a troca?

― Pode ser hoje à noite mesmo. Vamos dizer que... ― Ela para pra pensar não conseguindo imaginar uma boa desculpa. ― Vou dizer que...

― Você quer dizer a verdade, não é? ― Ele fala irônico e ela abaixa a cabeça rendida, sabendo que mesmo que a desagradasse muito, não podia dizer toda a verdade por que isso implicava revelar coisas sobre Chat Noir.

― Vamos dizer uma meia verdade. Que nós quisermos trocar para compreender melhor o outro e melhorar nossa dupla. Se um não pode conhecer o outro nós podemos ajudar nisso.

― Isso me agrada. Tudo bem. Te vejo a noite. ― Diz ao voltar à sua própria mochila, preocupada com o temor de Plagg que, normalmente, não esquenta com nada ao seu redor.

Ela sabia muito bem como era seu jeito de ser. Mas mais importante que isso, uma sensação ruim vinda do Kwami da destruição não poderia ser boa coisa. Se Plagg estava com maus pressentimentos, era seu dever impedir seja lá o que fosse, e o ajudar.

― Marinette. Preciso muito falar com você. ― A pequena a chama com cuidado assim que o sinal toca para não ser ouvida e, logo é correspondida com um aceno de cabeça.

― O que houve? ― Ela questiona ao fechar a porta do banheiro. Um pouco preocupada com o tom e olhar que sua amiga transparecia.

― Pode ser muito sério. Ou pode não ser nada. Mas... Eu preciso que confie em mim.

― Mas é claro que eu confio em você. Não precisa nem me pedir isso!

― O Plagg tem o jeitinho dele... Mas nenhum Kwami é irresponsável. Ele me disse que está com um péssimo pressentimento e isso me assustou. Acho que ele não queria me contar isso e estava tentando agir sozinho. ― Ela divaga ao voar de um lado a outro confundindo ainda mais Marinette, não sabendo se deveria revelar o detalhe que o amigo havia deixado escapar sem querer. ― Mas se ele está tão apreensivo com o estado do Chat Noir eu devo ajudá-lo. É meu dever, como Kwami da criação, e também como amiga dele.

― Acho que... Desculpa eu não entendi nada. O que está havendo? ― Mas Marinette se vê perdida com tantas “meias informações”. O que estava acontecendo com Chat Noir? Era serio? Ela poderia ajudar?

― Eu prometi que trocaria de lugar com ele por um tempinho. Ele quer te conhecer e quer que eu conheça o humano dele, para assim podermos fazer um time mais unido e melhor. ― Ela diz ao parar de voar a esmo dando plena atenção a humana confusa. ― E eu... Quero aproveitar isso pra descobrir o que está deixando-o tão preocupado.

― Espera. Trocar? Está falando sério?

― Sim Marinette. Está tudo bem pra você?

― Bem. Na verdade, não. Mas se você diz que é tão importante e é por pouco tempo, eu aceito. ― Diz sorridente tentando entender o que se passava ali, saindo de volta ao intervalo e ficando a conversar com suas amigas que só sabiam falar da viagem de formatura e de suas futuras vidas. E, assim, acaba se distraindo o resto do dia letivo.

 

Mas enquanto isso, Adrien continuava concentrado em seus assuntos pessoais, no caso, Felix e Kyoko.

― Se você respirar mais pesado que isso seus pulmões explodem. O que tá pegando, irmão? ― Nino pergunta preocupado com o amigo que nem mesmo comeu ou verbalizou uma única sílaba desde o início do dia letivo.

― Irmão? An... Não é nada. Eu... Coisas de família. Não sei nem como falar. Ou se posso. ― Ele corresponde, retornando de seus pensamentos, o que preocupa Nino.

― Vix. Vida de rico é um saco com esses segredinhos não? ― Argumenta parado a seu lado, esperando para saírem juntos e continuar o assunto. Afinal. Desde que descobriu o segredo do amigo o prometeu apoio; e não havia descumprido tal promessa uma única vez desde então.

― Nem me diga. ― Murmura ao pôr a mochila de volta nas costas, afim de mudar de assunto. Sabia que Nino estaria ali para o ouvir mas ainda não estava pronto para falar. ― Mas me diz. Vai mesmo pra aquela faculdade? Não tem medo de perder a Alya?

― Tá brincando? Eu tô apavorado! Ela é a mina mais foda do mundo! Certeza que vão dar muito em cima dela. E aí ela vai me trocar. ― Nino se martiriza enquanto caminhava a seu lado pelo corredor. Apesar de se preocupar muito com o amigo também tinha suas próprias preocupações e gostava de desabafar com ele e tentar encontrar uma solução assim como encontrava para as dele.

― Se ela é perfeita ela não vai te trocar. ― Mas ele responde sem ao menos pestanejar.

― Como você tem certeza disso?

― Por que uma garota perfeita não cede a pedido ou cantada alguma. Ela segue seu coração e é fiel a quem ela ama.

― Nossa. Faz sentido. ― Ele diz mais aliviado, enquanto Adrien volta a pensar em seu eterno amor platônico, quase vertendo uma lágrima, mas como sempre, não deixando isso transparecer.

Contudo, antes que pudesse continuar o papo ou mudar de assunto, novamente é chamado pelos gritos de vítimas sendo atacadas por mais um inimigo surtado.

Aproveitando da vigília do amigo, ele se transforma no próprio corredor e salta de uma das janelas, logo vendo que sua Lady já estava em combate contra os MR Rato novamente.

― Esse cara não aprende? Era melhor quando ele era akumatizado por causa dos pombos, não? ― Ele comenta zombeteiro ao aterrissar ao seu lado.

― Nem me lembre, quem deu a idéia de ele “gostar de outros animais”, mesmo? ― Ela diz ao se esquivar e parar ao seu lado.

― Bem... Desculpa? ― Responde com um sorriso sem graça. Mantendo a atenção no inimigo que nem por um segundo deixava de os atacar. ― Mas em falar de gostar de outros. Posso falar com você ao terminar aqui?

― Ai! Não! Nem vem! De novo não! Chega! Tô sem paciência hoje! Eu não sei o que você anda pedindo ao seu Kwami, mas pára! ― Ela responde ao correr e se desviar dos ataques revidando os golpes e tentando o desarmar.

― Que? M’Lady eu não sei do que está falando. Eu juro. ― Ele responde ao acertar um belo golpe no inimigo e o derrubar ao chão.

― Sei... ― Corresponde ao amarrar o inimigo caído com seu Ioiô. ― Vamos fazer de conta que não. Ok, te encontro depois de recarregar. Pode ser?

― Claro. My Lady. ― Diz ao fazer uma reverência antes de destruir a nova arma criada pelo Mr Rato que esfarela em suas mãos.

Podendo ouvir ao longe o som das sirenes da polícia que sempre vinham para fechar o dia e levar com eles seus inimigos derrotados, para que desta forma pudessem ser julgados dentro da lei e não apenas detidos ali.

― Estamos ficando bem rápidos nisso. ― Ela diz, ao olhar o tempo que ainda tinha, sem se importar muito com qualquer que fosse o assunto que o gato negro queria. ― Quer falar agora? ― Completa ao ver que este já iria partir, sabendo que tinha muitas coisas para resolver depois e poderia não conseguir ter tempo de conversar em outro momento.

― Tudo bem. Qualquer coisa, recarrego rapidinho. ― Diz ao usar seu bastão para sair do meio da rua e ela usa seu Ioiô para o seguir, deixando que as autoridades cuidassem do restante.

Ele olha em volta, procurando por um local tranquilo, ainda pensando em como falar com ela, pousando sobre um dos telhados e se sentando a olhar o horizonte.

― Então. O que era? ― Ela diz um pouco incomodada, imaginado ser mais alguma forma de dar em cima dela, já que o mesmo oscilava entre deixar o assunto de lado ou insistir.

― Bem. Eu passei o dia pensando em como falar com você sem revelar minha identidade. ― Diz ao ainda olhar o nada. ― Estou com umas coisas na cabeça e... Não sei mesmo como resolver. E você sempre parece saber o que fazer. Acha que pode me ajudar?

― Posso tentar sim. O que é? ― Diz mais aberta ao se sentar a seu lado e ele dá uma leve afastada, coisa que a faz estranhar.

E com isso ela junta o que ouviu da conversa privada dos Kwamis. Teria algo realmente serio ocorrendo com ele? Se sim... Como poderia ajudar?

― Eu estava namorando, mas... Não achei certo continuar com ela, sabe... Você está certa. Não se deve ficar com uma pessoa se não gosta dela e gosta de outra pessoa. Eu contei a verdade pra ela e ela está me tratando normal... Tipo, como amigos. As coisas estão muito estranhas entre nós. Eu não queria magoar ela.

― Bem... não tem como não magoar alguém falando isso. ― A heroína pintada responde ao engolir seco, sabendo que tal assunto se referia muito aos sentimentos dele por ela, mas não queria de deixar de o ajudar, já que este havia lhe pedido. ―  Mas ela deve estar te tratando como amigo por que respeita seus sentimentos e não quer se afastar por conta disso.

― Faz sentido. Ela é uma pessoa... Complicada. Assim como eu. ― Ele diz ao olhar seu anel que marcava o tempo restante, mas não parecia ser isso que o fazia dar atenção ao miraculous e, por um momento, a heroína colorida se lembra do semblante preocupado da pequena Kwami pintada. ― Temos muito em comum mesmo.

― Entendo. ― Ela diz mesmo sem entender completamente, pensando se isso não seria uma indireta. ― É o que você faz?

― Que?

― Ficar perto de mim? ― Questiona ao direcionar o assunto novamente a esclarecer que não tinha interesse nele. ― Você disse que ela se parece com você. Perguntei se você não fica perto de mim pelo mesmo motivo.

― Ah... Isso? Não. ― Diz ao olhar brevemente para ela e voltar a fitar o nada. ― Gosto de ser o Chat Noir. É o momento que posso ser eu mesmo. Que me sinto verdadeiramente livre. Falei a verdade quando disse que meus melhores momentos do dia são esses.

― Ata. ― Ela não sabia mesmo o que responder, o clima estava estranho. Lembrou novamente do que Tikki disse sobre a preocupação de Plagg e pensou em fazer sua parte para os ajudar, afinal ainda gostava dele, podia não ser como ele gostaria, mas se preocupava com ele. ― Tem mais alguma coisa te incomodando? Algo que possa me contar. Que eu possa te ajudar?

― Muitas. ― Diz ao olhar para seu anel que apitava. ― Mas não vai dar tempo e eu também não descobri um jeito de te pedir ajuda sem você saber quem sou. ― Diz ao se levantar e se prepara para saltar.

― Espera.

― O que foi?

― O Plagg falou com você sobre a troca?

― Troca? Que? Não tô sabendo de nada.

― Tudo bem. Deixarei ele te falar. Até amanhã. ― Ela diz apressada ao sair do telhado e voltar correndo para a escola a tempo de pegar seu material e depois voltar para casa, fazendo todo o percurso ainda a pensar no que Tikki disse e em toda preocupação que a pequena esboçou.

Passando o restante do dia com seus afazeres e ajudando seus pais assim como preparava tudo para o fim de semana que passaria junto dele, seu príncipe perfeito que iria vir ate sua casa; e quando finalmente a noite caiu sentiu um calafrio gelar em suas veias.

 

― Preciso ir Marinette. Me promete que não vai aproveitar para fazer nada errado? ― A pequena pontua ao saber a personalidade dos dois que conhecia muito bem, tendo medo de tal mistura.

― Claro que sim. Faça o seu melhor sem se preocupar comigo. Vê se tem algo acontecendo com o Chat Noir mesmo. Hoje ele me preocupou bastante.

― Darei o meu melhor. ― Corresponde amorosa como sempre ao a abraçar antes de alçar vôo e sumir em meio à escuridão da noite, levando consigo os brincos entregues com certo receio.

Marinette, por sua vez, ficou ali a esperar pelo Kwami negro.

Olhando o céu com certo receio e medo do que poderia ocorrer neste período de troca, afinal, já estavam tão acostumados a suas habilidades que não havia inimigo que se tornasse uma dificuldade maior que um mero estorvo.

Mas não fazia a mínima idéia de como tomar o lugar de seu companheiro de combate por mais de um dia.

Esperou e esperou, até que ouviu o som de música em seu quarto, entrando e vendo que o Kwami negro não só havia chego, como tido a liberdade de ligar seu comutador e procurar por uma música que o agradasse.

― Você é bem folgando, não? ― Diz o repreendendo, mas esse dá de ombros.

― Você não estava em casa. E o Chat Noir sempre me deixa ver TV, jogar ou fazer o que eu quiser no quarto dele.

― Nossa... Ele não tem pulso nenhum com você.

― Exato. Ele é o melhor parceiro do mundo! Não fica querendo me ordenar e mandar em mim. Mas tudo bem. ― Diz meio irritado por ela maldizer seu querido companheiro, logo se aproximando e se prostrando a sua frente, entregando o anel. ― Pois bem... Pronta? Isso pode ser divertido. ― Diz com um sorriso malicioso que fez com que ela se arrepiasse e tivesse um péssimo pressentimento.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Tudo bem eu ter feito o jeito dos Kwamis um pouc mais maduro? Eu sei que é um desenho infantil e por conta disso eles são mais pra pokemons fofos, mas eu realemtne imaginao que são uma outra raça, com uma mentalidade própria e sua forma de entender o mundo e os humanos que se relacionam. E sim eu shippo Plagg e Tikki mas não de uma forma sexual é algo mais fofo. Logo mostro mais. Ah! Pra me inspirar fico vendo vídeos então vou ficar pondo eles nas notas finais ok? https://www.youtube.com/watch?v=REiKhOD63Bs )



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