...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 4
Eu vou lutar


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Como o cap 2 foi criado depois os títulos ficaram um pouco zoneados, mas vou dar um jeito nisso aqui. Tbm queria citar outros casais, mas pelo que vi não vai caber ou ter cena pra isso mesmo... Aiai. Vou ver como vou fazer isso.)



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Ela desperta querendo que a noite anterior tivesse sido apenas um sonho.

Mas assim que ouve seus pais loucos gritando que alguém havia roubado seu queijo ela sabia que não era. ― Isso vai ser um desafio daqueles...

Enquanto isso, Tikki estranha o horário que o seu colega temporário despertava e o tempo que este levava em sua rotinha para se aprontar. Observava atenta a diferença de seus hábitos para o de sua companheira: tudo era mais demorado e detalhado.

Sua companheira também tomava banho antes de sair, mas nem de longe era tão demorado, ou usava tantos produtos diferentes. Muito menos demorava tanto para arrumar seu cabelo. Sempre penteava e amarrava antes de sair, isso enquanto fazia outra coisa como arrumar seu material, mas este além de dedicar-se totalmente a isso já tinha o material e tudo mais que precisava, organizado por seu segurança, justamente porque tomava demasiado tempo em uma única tarefa.

― Está com uma cara de duvida. Pode perguntar. ― Ele diz ao entrar no carro tranquilo com a presença da Kwami enquanto se recordava da conversa que teve com seu irmão, que iria começar em seu colégio em breve, e insistia em dizer que iria mudar toda sua vida.

                       Não podia negar que um lado seu estava ansioso por isso.
Mas anda sim temeroso.

― Bem... É que você... ― Ela se envergonha em perguntar.

― Pode falar. Sou diferente da Lady certo? Normal, ela é uma garota, vai ter rotinas e coisas diferentes.... Sem falar que... Minha rotina é diferente da de todo mundo mesmo.

― Eu não entendo por que você demora tanto pra se aprontar. Pra que todos aqueles produtos? ― Ela pergunta envergonhada e com medo de o magoar, mas ele apenas ri.

― Por que eu sou homem. Tenho que fazer a barba, senão fica feio, é uma rotina diária. Eu não tenho muita por que ainda sou novo, mas já esta nascendo um pouco e fica uma coisa falhada e bem feia. Aí tem que cuidar da pele também.

― Ah. Entendi. Mas e o resto?

― Bem. Eu sou o Chat Noir, mas fora isso, também faço muitas atividades físicas. Se não cuidar do corpo deste geito vou ficar fedendo a suor e outras coisas. Meninos têm um odor mais forte que meninas, e é bom ficar sempre cheiroso.

― Entendo. Você é bem vaidoso. ― Ela fala como um elogio, mas ele fica meio sem graça com a afirmação inocente dela.

― A... Acho que sim. Deve ser conseqüência da profissão de modelo. Acostumei.

― Ai! Me desculpa eu não tive a intenção de ser grosseira. ― Ela diz ao entrar na mochila se escondendo.

― Tudo bem. Você não foi nada grosseira. Eu não posso negar isso. ― Diz ao mostrar para ela uma loção e um creme para mãos que carregava dentro da mochila; fazendo graça com o fato.

 

Em contrapartida, Plagg fazia da vida de Marinette um pequeno inferno.

Mexia em suas coisas, olhava seus contatos e recados e, pior, tinha comido o queijo mais caro que tinham na padaria.

― Ai que dia... ― Murmura ao chagar na escola quase descabelada, se sentando em sua cadeira em cima do horário da aula.

― O que houve, Marinette? ― Alya pergunta, preocupada com ela.

― Não foi nada. É que mudaram a minha rotina do nada e eu estou me adaptando a isso. ― Ela diz ao ajeitar os cabelos ouvindo o pequeno Kwami negro comentar malandramente.

― Se acordasse mais cedo como o Chat Noir não teria esse problema.

― Xiu! ― Bronqueia sem querer vendo a feição confusa de sua amiga. ― He he...

― Adrienzinhoooo! ― Mas ela logo é salva pela voz estridente de Chloe que chega já parando em frente à mesa dele, cobrando mais do que a sua atenção. ― É verdade que seu primo vai estudar aqui conosco? Acabei de ver ele na sala do diretor. Me explica isso. ― Ela cobra o assunto como se realmente fosse algo que tinha direito. ― Fala sério! Ele é péssimo! Ele não pode ficar na nossa turma. Promete? Não quero ele na nossa viagem, vai estragar tudo!!

― Chloe! Como soube disso? ― Ele questiona mal a ouvindo, temendo o que mais a garota possa ter descoberto sobre o assunto.

― O que eu não sei ao seu respeito, Adrienzinho?

― {Muita coisa.} Bem... Ele não quer ficar na mesma sala que eu, mas essa é a sala mais vazia. Talvez não tenhamos escolha.

― Fala sério. Que ódio! Isso é ridículo, totalmente ridículo. Por que isso? O que ele quer aqui? Acabar com nossas vidas? Aquele garoto não presta. ― Ela reclama em tom alto, trazendo duvidas e curiosidades à todos, que começavam a comentar entre si, deixando Adrien desconfortável e com vergonha.

― Bem... Creio que essa turma pode me aguentar, já que tem você aqui. Estou certo? ― Mas, sem que ninguém conseguisse perceber, ele surge atrás da loira que ainda repudiava a ideia de o ver.

Os olhos de todos pairam sobre o rapaz que era completamente idêntico a Adrien, possuindo uma postura impecável e que alem de tudo parecia intimidar Chloe de uma forma estranha.

― Você cresceu muito desde a ultima vez que nos vimos. Vejo que ainda não parou de tentar ser a sua mãe, mas... Pelo menos parou de usar os sapatos e as jóias dela? Aquilo era no mínimo fofo e deprimente.

― Felix, o que faz aqui? ― Adrien se levanta querendo evitar mais constrangimento à amiga de infância, enquanto todos não conseguiam evitar comparar até mesmo a voz dos dois.

― Vim me matricular e pensei em te dar um oi. Mas não pude deixar de responder à Chloe. Pelo menos o tempo lhe fez bem... A aparência de fato é a única coisa boa nesta garota. ― Comenta como se não visse mais ninguém ali, além de Adrien; coisa que não impede ela de ficar constrangida com tal comentário gratuito.

― Então ficará nesta sala? Tudo bem, mas é que a Chloe queria fazer uma viagem de formatura e isso mexe em seus planos, por isso ela se incomodou.

― Tudo bem. Eu pago minha própria passagem e tudo que gastar nessa viagem. O nosso pai falou que vai me pôr como modelo também e aproveitar todo o bafafá das noticias para vender mais. O salário é muito bom, posso fazer o que quiser. Você devia tentar isso também, pelo menos uma vez na vida antes de morrer. Não acha, irmãozinho?

As palavras de Felix foram como uma estocada atrás da outra.

Golpes consecutivos de adagas.

Adrien podia sentir os olhares de todos sobre si.                  Até mesmo os olhos azuis assustados de Chloe que não tinha como reagir a tal noticia. E quase no mesmo instante, todos vão para o celular pesquisar sobre qual era a noticia que Felix estava dizendo.
Menos Chloe, que se aproxima de Adrien percebendo o que este temia.

― D-do que ele está falando? ― Ela pergunta sem saber como reagir. Logo olhando em volta e vendo que todos ali liam as noticias em seus celulares; encarando Felix que sorria um riso vitorioso. ― Vem comigo agora! ― Diz ao agarrar o pulso de Adrien e o arrastar para fora da sala consigo.

Mas ele não conseguia falar.

Não naquele momento.

― Anda. Vai lavar o rosto no banheiro e volta aqui e me explica tudo. Eu não quero saber a história por uma tablóide de fofoca! Me nego! ― Ordena e ele acena com a cabeça agradecido por sair de lá por um momento.

Ele sabia que isso podia vir a publico, mas rezava que não; afinal, ninguém precisava saber a verdade..., mas foi seu próprio pai quem revelou isso por livre e espontânea vontade.

Ele não conseguia entender o porquê dele fazer uma coisa destas. Por que revelar tamanha vergonha? O que ele tinha a ganhar com isso?

― Você está bem? ― Tikki o segue até o banheiro, preocupada, ficando sentada na pia a seu lado. ― Você está hiper ventilando e branco. Devia ir à enfermaria.

― Está tudo bem. ― Ele mente para si mesmo, como de costume, se olhando no espelho para acreditar no que estava dizendo. ― Tudo bem eles saberem disso. Não é nada demais. Não vai mudar nada eles saberem disso.

― ...umm. Tudo bem. {Isso foi um ataque de pânico? Será que ele tem muito isso ou foi a primeira vez? Tenho que perguntar para o Plagg assim que tiver chance.} ― A pequena realmente estava dando seu máximo em tal missão especial, mas mesmo com tanto conhecimento acumulado pelas eras, ainda era muito complicado entender o que se passava com os jovens, que eram sempre embebidos de muitas emoções fortes. ― Sua amiga está te esperando lá fora. O que vai dizer a ela?

― Eu não sei. A verdade? ― Diz ao pegar a pequena e pôr em seu bolso interno antes de sair. ― Desculpa a demora.

― Depois você me compensa. Então? Por que não me contou?

― Eu ainda estou digerindo. Desculpa, não foi minha intenção esconder de você. ― Ele diz franco e ela descruza os braços, colocando-os na cintura. ― Mas eu cheguei em casa e vi minha tia literalmente quebrando tudo na cabeça do meu pai. Você sabe o quanto isso foi estranho? Aí o Felix contou de uma forma muito rápida e resumida que, na verdade, somos irmãos.

― Mais rápida e resumida do que você está contando agora? Impossível.

― Desculpa. Pelo que ele falou, minha tia estava com problemas para ter filhos e depois de muito tentar, descobriu que não podia ter mesmo e isso acabou gerando uma depressão profunda nela... Sabe como ela é sensível... Então minha mãe, que teve gêmeos, decidiu entregar um a ela. Pelo que andei lendo é bem comum gêmeos terem gêmeos.

― Então você pode ter filhos gêmeos? Que fofo.

― Isso é mais pra mulheres. Mas de tudo que falei, o que você captou foi apenas isso?

― Eu não entendo seu drama. Sua mãe foi uma ótima irmã, e o seu irmão gêmeo teve uma vida maravilhosa e dentro da família, que estava sempre por perto dela também. ― Ela diz ao voltar a cruzar os braços. ― E melhor... Ele ficou longe do domínio do pai de vocês. Está com inveja dele por isso?

― O que? Não!

― Está com pena dele por ter sido entregue?

― Não! Para com isso Chloe! Nem todas as pessoas são assim.

― Aff... Seja mais sincero com o que pensa também. Isso ajuda, sabia? Se não está sentindo nenhuma destas coisas por ele, o que está sentindo?

― Eu não sei...

― É por que você quer sentir algo bom. Mas não sente. Então assuma isso. ― Diz ao se virar e dar com seu rabo de cavalo na cara dele enquanto caminhava em direção à sala. ― Vem! Vamos voltar para a sala antes que venham atrás de nós, a professora já deve ter chego.

― Sim. ― Diz ao segui-la. ― Obrigado por me tirar da sala Chloe.

― Hun. ― Murmura ao voltar a sua carteira.

― Cara, isso é verdade? ― Nino mal o espera se sentar e já mostra o celular que estampava as noticias.

― É sim. Eu também não sabia disso. Ele só quer conhecer melhor o nosso pai. ― Responde ao se manter focado na aula. E dessa forma ele continua até o fim da mesma, tentando, ao máximo, ignorar todo e qualquer comentário que escutava a seu redor.

― Eu não acredito que tem dois. ― Alya comenta vendo a reação de Marinette que parecia ter a capacidade de entrar dentro do celular naquele momento. ― Mas esse tal de Felix...? Não sei não..., mas parece que desta vez a Chloe está certa. Ele não parece ser boa coisa... Tá mais pra gêmeo do mal. ― Comenta, inutilmente, pois Marinette não ouvia uma única palavra.

Ela lia compulsivamente cada noticia, comparando-as mesmo que fossem iguais, procurando por mais detalhes, qualquer coisa que explicasse algo, além deste resumo superficial. Afinal, muitas coisas estavam faltando.

― Nossa. Por que se importa tanto? Não vai ter detalhe nenhum aí. Se tiver algo a mais, será só entre eles, e o único jeito de você conseguir saber disso seria usando os meus poderes para invadir a casa escondida e verificar. ― Plagg comenta ao zombar da fissura da garota pela informação, mas ela o olha com olhos de ânimo.

― Você deixaria?

― Só se você me prometer pegar alguns queijos na cozinha. ― Ele responde ao lembrar que na casa dela não havia a mesma gama de sabores que conseguia na casa do amigo, quase dedurando o que não poderia. ― Opa, já volto. ― Diz ao ver que Tikki tentava falar com ele e, assim, sai voando através do chão. ― O que houve docinho?

― Ele teve um ataque de pânico. Isso é normal?

― Não! Não mesmo! Isso é novidade. ― Ele responde quase querendo destrocar. ― Será que ele...?!!! ― Questiona temeroso que o amigo tenha uma recaída. ― Viu por que estou preocupado com ele?

― Vi sim... Verei o que posso fazer. ― Responde ao voltar a seu lugar e se pôr a observar o rapaz.

Ele não precisava ter uma reação tão forte com o que houve na sala. Algo já estava se fragilizando dentro dele e isso, de fato, era muito preocupante.

― Caribe, Grécia... ― O próprio Adrien se aproxima da amiga de infância assim que o sinal da troca de aulas soa, afim de mudar o assunto da sala de volta ao passeio de formatura. ― Você tem idéias com muito sol e praia certo? Por que não fazemos um cruzeiro de vez?

― Ainnn! Amei! É perfeito! ― Corresponde o abraçando e pegando o celular para ligar para seu pai.

― Foi uma idéia muito legal mesmo Adrien. ― Sabrina comenta cordial, mas querendo perguntar sobre o outro assunto, mesmo que já tivesse lido tudo o que gostaria de perguntar.

― Pode falar. ― Ele diz sabendo que não teria como fugir deste assunto, apesar de querer; vendo que outros colegas se aproximavam para ouvir a conversa dos dois.

― Você está feliz? Em descobrir que tem um irmão gêmeo, e que assim que ele soube a verdade quis morar com você. ― Ela diz animada o fazendo sorrir.

― Bem. Na verdade, eu não tinha pensado por esse lado. Obrigado... Na verdade, eu ainda não sei o que pensar. Foi muita coisa de uma vez. ― Ele para pra pensar. ― Mas eu entendo que minha mãe... Estava querendo fazer o melhor que pôde com o que tinha, e tentou ajudar a irmã que não estava bem e nem feliz. Não deve ter sido fácil para ela ficar longe do filho, e nem para o meu pai... Deve ser por isso que ele resolveu esperar ele e eu crescermos o suficiente para contar tudo.

― Eu concordo! ― Ela comenta animada. ― Sua mãe parece ser a pessoa mais fantástica do mundo. Quando a Chloe fala dela parece que está descrevendo um anjo.

― Sério? Que legal.

― Sabe... Vendo vocês dois hoje, eu... Acho que você puxou a ela e o seu irmão puxou ao seu pai. ― Comenta um pouco sem graça em o elogiar assim, deixando-o igualmente ruborizado.

― Nossa Adrien... Então ele vai fazer as fotos conosco? Adorei a idéia do seu pai. Ele tem um estilo único! Um olhar sério e feroz! Vai combinar perfeitamente com esse seu olhar angelical e inocente. ― Lila logo se faz ouvir ao se aproximar dos dois e tentar o abraçar, mas é repelida delicadamente. ― Adoraria o conhecer antes da sessão de fotos. Pode arrumar isso?

― Difícil. Do jeito que meu pai está, ele pode já ter marcado isso pra depois da aula. Então você vai ter que conhecê-lo lá mesmo. ― Ele responde ao olhar o celular e checar se não tinha nada marcado.

― Hm.. tudo bem... Podemos sair depois. O que acha?

― Eu não sei. Você pode chamar ele, mas ele está arrumando as coisas em casa ainda, pode não ter tempo.

― Eu tentarei. ― Diz ao subir novamente para seu lugar vendo que Chloe a encarava de longe, respondendo-a com uma leve piscadinha provocadora.

Mas a loura apenas vira a cara, ignorando completamente a existência da garota.

― Muito bem, gente! Meu pai vai ver um cruzeiro! Parece que a minha idéia com a ajuda do Adrienzinho será um sucesso. Então não ousem estragar tudo! Ouviram bem? ― Chloe diz ao se pôr na frente da turma antes que a professora retomasse a aula.

E, desta forma, o assunto volta para esta viagem; isso por que ela começa a impor todas as suas condições, como: dizer que era ela quem iria decidir o quarto de cada um e não iria aceitar alterações; e logicamente muitos ficam indignados com suas imposições, mas Adrien apenas ri e se abstém do debate; sabia muito bem que no fundo isso tinha uma segunda intenção, apesar de ela realmente estar assumindo a responsabilidade por levar todos para um lugar sem vigilância e isso fazer com que qualquer coisa que ocorra ali seja responsabilidade dela; ela também percebeu que suas mãos ainda tremiam um pouco e distanciava o assunto das pessoas a seu redor de cima de si.
Era de fato uma ótima amiga.

― Dia agitado, não? ― Adrien comenta com Tikki ao entrar no carro e ver que não tinha nada alterado em sua agenda. ― Acho que a vida da Lady é mais tranquila que isso, certo?

― De fato. Mas ela faz cada confusão..., mas não precisamos falar dela. Não acho certo. ― Ela comenta ao se policiar sobre suas observações pessoais.

― Tudo bem. Mas olha, se você tiver alguma dúvida pode me perguntar, ok? Meninos e meninas são diferentes, mas também somos pessoas bem diferentes.

― Sim, de fato. Você muda muito quando usa o traje.

― Você acha isso?

― Sim. Você não percebe? ― Ela diz ao avaliar a reação dele. ― Acho que é involuntário, você deve se sentir mais livre para ser você mesmo, já que ninguém sabe quem você é. E assim... O mundo conhece você e parece estar te olhando.

― Faz sentido o que você disse. ― Comenta ao descer do carro e ir em direção ao treino de esgrima. Respirando fundo, pois sabia que encontraria Kyoko ali.

― Está tudo bem?

― Não muito. Sabe a ex que falei com a Lady? Ela estuda esta aula comigo. Eu não to sabendo como lidar com isso. Cometi tantos erros com ela.

― Você foi honesto com ela... E ela entendeu e não quer exigir que você sinta algo que não existe.

― Eu sei disso, mas... ― Murmura ao não saber como completar tal frase adentrando o lugar e logo estagnando com a visão que o surpreende. ― Félix? O que faz aqui? Não sabia que gostava de esgrima.

― Não, eu não gosto. ― Ele responde duro e frio ao caminhar na direção do irmão. ― Mas já que vi que na sua sala tem mais vagas, resolvi vir falar com Kyoko e ela me contou sobre as condições da mãe dela. Então estava conversando com aquela mulher por celular. Tem algo contra isso?

― Claro que pode. Mas não acho que a senhora...

― Ela permitiu.

― O que? Como?

― Não existe nada que eu queira que eu não consigo! Vai aprender isto! De um jeito ou de outro, querido irmão. ― Diz ao para a sua frente, fazendo Tikki sentir um arrepio ruim percorrer seu pequeno corpinho. ― Ela entendeu que isolar a filha desta forma está causando problemas sociais graves à garota; e que se ela não aprender nesta etapa de vida terá sequelas irreversíveis por toda a vida. ― Completa ao passar por ele e sair. ― Tenha uma boa aula. Ela me contou do término de vocês dois. Tenho certeza de que conhecer novas pessoas resolverá tudo isso... Creio que ela não te amava tanto quanto imaginava, você só era a única opção e, como têm problemas parecidos pelo domínio constante e falta de liberdade, se formou este vínculo.

E assim, novamente ele largava as palavras em forma de adagas e caminhava tranquilo até o carro que ainda o esperava para leva-lo de volta à mansão.

E Adrien fica ali por alguns segundos tentando digerir o furacão que era o seu irmão. Por que ele havia se metido assim na sua vida?

― Adrien? ― Mas a voz sempre controlada de Kyoko o desperta deste momento. ― É você desta vez?

― Ah? Sim.... Sou eu. Olá. ― Ele ainda demora um pouco para se virar e falar com ela. ― Está tudo bem?

― Sim! Seu irmão foi incrível!

Mas a animação dela, e aquele sorriso tão sincero, que ele nunca havia presenciado antes o fez se acalmar no mesmo segundo.

Talvez seu irmão não fosse tão mal quanto ele achou que era.

Sabrina estava certa, ele era apenas parecido com seu pai. Podia ter essa aura maligna mas era uma boa pessoa no fundo.
E se preocupava muito com as pessoas que amava.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Agora que notei que estou mostrando muito pouco vários personagens. Vou tentar por. Mas se não ver como não vou forçar ok? Fica pra parte 2 da fick. Ah Mais uma musiquinha pra vc rsrs https://www.youtube.com/watch?v=JkNRZnty34M)



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