...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 22
Eu dou um jeito


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Reta final! O cap anterior acabou ficando enorme pra caber tudo sem cortar e criar mais caps e creio q este tbm ficara. Mas já estou bolando o 2 ok. Terminando o próximo cap, posto o 1 cap da outra ok? O link vai estar no fim como sempre. Bjs e podem ir dizendo o que imaginam e almejam para o vim combinado? Eu já pensei mas vai q acrescenta algo legal que eu não pensei ou n vi os fandons. Nest cap qro mostar bem como cada um age com o outro com e sem o manto nas 4 formaçoes do casal kkk)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/787805/chapter/22

A chuva ainda batia forte na janela no dia seguinte e ela desperta lentamente por conta dos trovões que pareciam rasgar o céu e tremer a terra.

Olha em volta ainda bastante sonolenta, vendo os dois Kwamis dormirem juntinhos de uma forma muito meiga e inocente, cobertos com uma mantinha que parecia mesmo muito aconchegante e confortável que não pertencia a ela, e não havia visto ate então.

E somente quando viu o Kwami negro ali a dormir tão tranqüilo, foi que despertou de vez, e se lembrou do por que ele estaria ali.

Olhou para o lado e logo se deparou com “ele”, que estava deitado sobre si, tão apagado quanto os pequenos Kwamis, dormindo um sono tranqüilo com o rosto sereno e inocente.

Não havia notado quando este saiu do travesseiro cedido a ele durante as conversas da madrgada e começou a usar seus seios como um. Podia realmente ser um ato completamente irracional feito durante a noite no meio de seu sono pesado, mas era mais do que o suficiente para ela ter um micro infarto.

O corpo dele estava praticamente sobre o dela naquela cama pequena de solteiro.

E sentia que ia de fato enfartar.

Seu corpo estava quase em combustão.

E por conta dos fortes batimentos cardíacos da garota ele desperta lentamente, levantando o rosto e olhando para ela ainda mole de sono.

― Marinette? ― Questiona sonolento ao se erguer nem se dando conta de onde estava. ― Esta tudo bem? ― Pergunta preocupado com a reação da garota. Não conseguia entender o que poderia ter acontecido.

― Tah! ― Diz ao se encolher rapidamente na cabeceira da cama, como se fugisse dele. Se sentando ali com o rosto tão vermelho que não tinha como ele não entender qual era o problema.

E ele apenas ri.

Era fofo de mais toda essa timidez dela. Algo que ele realmente não esperava ver em sua tão amada Larybugg, que sempre demonstrou ser uma mulher forte e poderosa.

― Calma. Foi você quem me fez dormir aqui, lembra disso? ― Diz franco e ela sorri sem graça ainda a manter tal distancia.

Na hora não imaginou tal coisa.

Afinal ele estava com seu traje e dessa forma ela se sentia menos envergonhada; na verdade se sentia muito à-vontade em sua presença.

Como já havia dito antes, o que sentia não era racional.

Mas sentia que ia se acostumando com o fato dos dois serem a mesma pessoa, e todos esses sentimentos misturados iam se ajeitando aos poucos.

― Ainda não caiu a ficha ne? Que ele sou eu. ― Sorri meio brincalhão ao se espreguiçar, logo parando e ouvindo a chuva forte que caia; pensando em como voltaria para casa.

― Acho que sim. ― Afirma ao abraçar as pernas bem envergonhada em o ter ali assim com ela.

Tinham dormido juntos na mesma cama.

Isso não era nada de mais era?

Afinal não fizeram nada alem de dormir.

Mas e se um de seus pais tivesse subido ali e os flagrasse? O que pensariam? Como iriam reagir? Como ela pode o fazer ficar ali sem pensar em todos estes detalhes?

Estava sim preocupada com ele naquele momento. E simplesmente esqueceu destas conseqüências. O bom era que havia despertado realmente muito cedo.

― Melhor eu ir antes que tenhamos problemas. ― Mas ele mesmo diz ao pegar o pequeno Kwami sonolento nas mãos.

― A-Adrien... eu...

― Esta tudo bem Bag buu. ― Brinca ao acariciar seus cabelos e recitar as palavras para se transformar novamente. ― Nos vemos mais tarde?

E ao o ver transformado ela se acalma instantaneamente, o que ela mesma estranha; logo o segurando ali.

― Só tem mais uma coisinha pequenininha que eu tinha que falar com você. Como... meu parceiro e um dos principais... Nós esquecemos de incluir um dos nossos parceiros na conversa de ontem. O Viperion não estava na comemoração e não ficou sabendo de nada. ― Ela diz a segurar seu braço o impedindo de partir, olhando para o lado oposto envergonhada em ter de assumir seus motivos. Mas ao olhar seu rosto percebe que esse parecia irritado de alguma forma. ― O que ouve?

― Nada. Eu só achei que ele tinha “saído da equipe”. ― Pontua bronco e ela não entende o por que de seu tom ficar assim. Logo se lembrando que o Adrien sabia a indenidade dele e era Chat Noir quem fingia não saber, logo ligando os pontos facilmente.

― Esta com... Ciúmes? ― Questiona divertida ele cora sem querer.

― Não!

― Esta sim! Que fofo! ― Brinca, era surpreendente como se sentia bem mais confortável com ele de trajes assim. E como ele é quem reagia diferente quando ela estava com o dela. ― Tudo bem. Eu também estava morrendo de ciúmes da Kyoko. Ate conseguir conversar com ela ontem na nossa confraternização. Então pode ser bom pra você conversar com ele também! ― Sorri radiante como se lá fora tivesse um arco-íris e não uma tempestade.

― Unf... Mas idai? Ele esta fora de Paris, viajando o globo com a banda dele. Por que não o tirou da equipe de uma vez? ― Entretanto ele demonstra realmente não ter interesse em resolver as coisas com o mais velho. E ela estanha e muito esta atitude, afinal não era mesmo algo de seu perfil. Mesmo que estivesse com ciúmes nunca imaginou ele tomar essa atitude de afastamento. Algo estava errado.

― Se a sua ex pode ficar o meu também pode. ― Pontua firme ao bater o pé, e ele apenas bufa incomodado.

― Olha..! Ok. ― Murmura irritado ao se afastar dela. ― Mas ele continua estando longe de mais pra fazer parte da equipe.

― Na verdade não. Ele vai voltar essa noite. Vi a Roze conversando com a Juleica no grupo das meninas. ― Responde sem saber como responder, ainda pensativa no porque de tamanha revolta da parte dele. ― Você vai comigo para o receber? ― Questiona ainda a tentar pensar como poderia resolver esse assunto com o ex namorado. ― Não quero fazer besteira de novo.

― Como assim? O que você fez? ― Ele questiona preocupado e bastante apreensivo tendo bilhares de idéias ruins invadindo sua mente ainda levemente fragilizada. ― Você quer revelar nossa identidades pra ele também?

― Não acha que é justo? ― Questiona muito curiosa e agora preocupada com a forma de ele agir neste assunto.

― Eu não sei não. Não consigo confiar nele assim.

― Isso é seu ciúme falando. Eu sei bem como esse sentimento age acredite. ― Diz ao se transformar para sair da casa junto dele. ― Eu fui uma egoísta. Me empolguei tanto em revelar tudo e acabar logo com isso que esqueci do Luka que não estava na cidade. Era só esperar um pouco mais...

― Ele vai entender. Foi um momento... Ok. Eu também esqueci dele. Você não foi à única que pisou na bola. ― Diz ao tentar aceitar o fato de que o rapaz não estava fora da equipe como ele gostaria, tentando se acalmar e tratar o assunto como trataria qualquer outra pessoa. Talvez ela estivesse certa, e fosse o ciúme falando mais alto dentro de si. E ao se analisar por meio segundo pode concretizar que era de fato isso. ― Eu ainda estava meio... bolado por ele ter conseguido ser útil com o miraculos da serpente eu não... ― Murmura envergonhado assumindo e ela sorri satisfeita de ver o seu estado normal. ― Pensei mesmo que se eu o Adrien fosse escolhido por você e fosse útil poderia... ter uma chance. Foi bobo eu sei.

― Não foi não. Achei fofo. ― Sorri o dando um beijinho em sua bochecha. ― Mas... O que você sabe sobre o... meu ex? ― Questiona envergonhada não sabendo como tratar o assunto, tentando descobrir se não havia outros motivos para ele agir de tal forma alem do notório ciúme.

Ele por sua vez aperta os lábios e ela percebe algo alem de seu nítido ciúme; e ele por sua vez não tem idéia de como continuar escondendo; pensando uma forma de a revelar uma coisa que o incomodava a muito tempo.

― Unf... Lembra que o “acidente” que conversamos ontem foi no barco dele? E eu mal conversei com ele aquele dia, nos só jogamos e… ― Diz franco logo se calando por controle, mas ela mal percebe tal ato falho por estar verdadeiramente nervosa em falar deste assunto com ele.

― Por que… o motivo de ele estar fora bem... Foi o nosso termino. ― Diz ao voltar a abraçar as pernas se sentando na cama sem ter coragem de sair dali.

― Ata. Era isso? ― Mas o louro da de ombros não ligando nem um pouco para essa confissão que foi tão dificultosa para ela. ― Eu já tava achando que você ia contar que teve a sua primeira vez com ele. ― Deixa escapar seu temor estando mais aliviado, mas ela trava dando um grito.

― Que??!! Por que pensou isso? Eu nunca...! Eu não...

― Calma! É que você perguntou isso uma vez e não perguntei de volta ai me veio isso agora por que ele era mais velho e tal e eu não tinha feito a ligação ate você citar ele de novo.

― Tah ta. Mas sua mente não sai desse assunto em? Caramba! Uma hora falamos sobre isso. ― Diz bem incomodada ao se levantar da cama e ele apenas da de ombros tentando esconder que estava muito satisfeito com essa idéia. ― No cruzeiro falamos disso ok?

― Ok. Combinado. ― Sorri altivo com a idéia logo voltando a ficar serio. ― Bem... A verdade é que eu não sei como foi o termino pra ele fazer um drama destes.

― Não foi drama.

― Foi sim! ― Indaga ao sair pela clarabóia que ficava sobre sua cama e essa o segue. ― Alem disso esse cara não era tão perfeito assim.

― Tudo bem que você é ciumento. Mas ele é um ex. Não tem que agir assim.

― Deixa pra lá. ― Murmura irritado e ela presente que ele estava encobrindo algo, algo que parecia saber sobre o mais velho.

― Não agora fala! ― Impõe ao jogar o seu yo-yo e o amarrar puxando de volta para o quarto.

― Unf... ok. Mas depois não reclama. ― Diz revoltado ao cair de volta ao quarto bem em cima da cama. ― Lembra que uma vez conversamos sobre pessoas que dão em cima de mim sem o traje e com?                   Então.

― Não.

― Sim.

― Não pode ser!

― Mas foi. Por isso não contei nada, só ia te magoar ou você não acreditaria em mim. Agora... ― Olha para si e depois para ela com um sorriso malandro. ― Você vai me deixar amarrado assim mesmo? O que quer fazer comigo em?

― Gyah! Para com isso! ― Grita ao retirar as amarras dele o jogando com tudo da cama.

― Ai.

― Me explica essa historia direito. Serio! Eu “preciso” saber.

― Ok. Acho justo. ― Diz ao se levantar e ficar a caminhar pelo quarto. ― Foi depois que eu quase me afoguei. Todos estavam muito preocupados comigo e tal; e eu falei que escorreguei e voltamos para dentro.

― Sim eu lembro que foi ele quem fez a respiração boca a boca, mas aquilo não foi nada de mais. Ele não fez nada de errado!

― Deixa eu contar Bag boo?

― Deixo. ― Cruza os braços revoltada. Não conseguia acreditar.

― Bem... não é algo que me orgulhe de te dizer esta bem. Podemos só ignorar o fato e ir logo ver o cara?

― Não. Agora eu quero saber.

― Ok, ok. Só não me olha assim, como se eu fosse o culpado e dado em cima do seu namorado. Eu em. ― Diz indo desfazer o manto, mas ela o impede, e ele apenas aceita a idéia. Ambos ainda tinham de se acostumar em saber a identidade do outro e aquilo ainda estava levemente estranho para os dois. Afinal não queriam mudar sua visão do outro. Mesmo que precisassem. ― Estávamos lá dentro daquele barco pequeno e todos ainda estavam tão alarmados comigo que eu precisava de um tempo, então fiz que ia no banheiro e me escondi em outro cômodo e nem me dei conta que era o quarto dele.



Adrien podia ouvir claramente todos debatendo a seu respeito, e mesmo que tudo o que precisasse naquele momento era distrair a mente não tinha como exigir que eles falarem de outro assunto.

Tinha sido um susto coletivo.

E agora estava na hora de ele voltar a fingir que estava tudo bem e se comportar como de costume para não assustar ninguém. Precisava de um assunto que tirasse aquilo de sua mente, e por sorte esse simplesmente apareceu na sua frente.

― O que esta fazendo no meu quarto? ― O louro estava tão distraído tentado se conter que realmente não percebeu quando o dono do quarto entrou ali.

― D-desculpa eu... já vou sair. ― Diz apressando querendo passar por ele e sair dali, mas o maior o segura ali.

― Esta tremendo ainda. Você esta bem? ― Luka pergunta mesmo sabendo que não. ― Esta com frio? Não deve ter trazido outra troca de roupas. Pode pegar uma minha. ― Diz ao solta-lo e ir em direção a seu armário e Adrien apenas acena que sim. Afinal estava com as roupas encharcadas. ― Seu celular se perdeu na água certo. Seu pai vai ficar uma arara.

― Isso é um detalhe que ele nem vai ligar. ― Comenta ao o ver por algumas peças sobre a cama; pensando que não conseguiria conversar sobre o que ouve com ninguém. Voltando a sentir o ar lhe falhar como se estivesse sendo sufocado por uma entidade invisível.

Mas o maior não era nada bobo.

E entendia muito bem o que estava acontecendo com ele.

Se aproximando do menor e acaricia sua face o fazendo erguer o rosto e olhar para ele.

― Se você não parar de pensar vai surtar. Acredite. ― Diz ao mostrar o pulso sempre coberto por um bracelete grosso e o tirar mostrando seu pulso cortado.

Mas Adrien não sabe como reagir a aquilo.

O olha surpreso.

Ele o entendia? Não... não tinha como alguém entender se nem ele mesmo podia dizer o porque se sentia assim.

― Todos têm problemas. Mas alguns são piores. Eu... não vou te perguntar os seus, mas eu imagino. Seu pai. É ele não? Ele te inferniza. Te faz se sentir um boneco de ventríloquo. ― O maior diz ao se sentar na cama voltando a o entregar as roupas para que se trocasse. ― Anda. Se troca antes que pegue um resfriado com essa roupa molhada.

― O-obrigado. ― Diz ao retirar a blusa sentindo que seu corpo estava mesmo gelado, mas não era esse o motivo dele tremer. ― Como... Como você percebeu?

― Um reconhece o outro. Eu só olhei pra você e vi. As vezes você tem um sorriso bem triste sabia disso? ― Diz ao se manter distante se virando e pegando um secador e o ligando na tomada. ― Mas... Seja o que for... parece que você carrega muito mais peso do que o que me derrubou a alguns anos. Me sinto ate errado nos comparando assim...

― Esta tudo bem. Foi só um “tombo” eu vou me levantar de novo fácil.

― Que inveja dessa força. ― Diz ao por o secador em um dos moveis e voltar a se apoiar sobre ele. ― Usa isso pra dar uma secada na sua cueca. Não vou te emprestar uma minha não. ― Brinca, mas o louro fica envergonhado de se despir completamente na frente dele. ― O que foi? O que você tem eu também tenho. Juro que não estou com planos de ficar te “manjando”.

― Ta faz sentido. ― Confirma com a mente presa no que o outro havia o dito, sem se importar muito com o plano do outro.

― Tira ela. É mais fácil pra secar. ― O maior diz ao recolher as roupas molhadas do chão, vendo que ele as havia deixado do avesso ali de qualquer jeito. Parecia não ter o costume de cuidar das próprias roupas. Riu um pouco com isso; afinal o que esperava de um riquinho como ele? Devia ter empregados para fazer tudo por ele.

Parou então e deu uma bela checada em seu rival.

Era mesmo muito bonito.

Definitivamente um modelo de passarela, pra ninguém botar defeito.

― Um...? O que tanto olha? Disse que não ia ficar me encarando. ― Reclama nitidamente incomodado pondo a blusa que ficava levemente maior.

― Desculpa foi inevitável. Não é todo dia que vejo um modelo na minha frente. Você é... mesmo muito atraente. Os caras da sua escola devem te odiar. Todas as garotas devem morrer por você.

― Na verdade nunca tive problemas com isso. Nem por ter dinheiro. Minha turma é bem legal. ― Diz ao terminas de secar sua roupa intima o suficiente para voltar a vestir.

― Que legal. Quando estudei lá era um saco. ― Murmura tentando, mas não consegui tirar os olhos do louro, que parecia se mover em câmera lenta quadro a quadro para o seu desgosto. ― Você parece ser um cara legal. Que não fica se aproveitando da fama que tem para pegar as garotas. Gostei de você.

― Ã? Obrigado. ― Diz ao por a calça e apertar o cinto pois Luka era definitivamente mais alto e maior que ele, se pondo a pensar o quanto ainda iria crescer se seu pai era relativamente alto de acordo com a altura base das pessoas da cidade. Imaginou ate que fosse ficar o mais alto da turma, a não ser que Nino puxe seus avós, ai ele ficaria em segundo lugar fácil, mas ai tinha o Kin também...
Mas assim que volta a erguer o rosto se depara com Luka que estava perto ate de mais de si.

― O que esta fazendo cara?!!

― Que susto mais fofo. ― Comenta entre um riso de deboche nítido. ― Eu só pensei em distrair a sua cabecinha para não fazer outra loucura. O que acha da minha idéia?

― De que idéia?

― Jura? Você é um modelo há tanto tempo e “isso” nunca passou pela sua cabeça? Vai me dizer que com essa carinha nunca experimentou?

― Não! ― Impõe ao o empurrar de perto de si. ― E você não devia oferecer essas coisas. Esta pensando em trair a Marinette comigo?

― Nossa. Você é curto e grosso em. Fala na lata. Ok. ― Diz meio perplexo pelo outro ser tão direto, de fato estava acostumado com meta linguagem nessas horas ou falas de duplo sentido. Mas Adrien realmente expôs o que pensava sem papas na língua; e ele definitivamente não esperava isso de alguém como ele. ― Mas... Trair? Não acha que isso é uma palavra muito pesada. Não é traição quando é com o mesmo sexo. Todos sabem disso.

― E você já combinou isso com a “sua namorada”?

― Não. ― Diz pensativo voltando a manter distancia do menor. ― Ela é muito tímida. Ainda não falamos de sexo.

― Então respeita ela. ― Diz furioso ao querer sair dali, mas é detido pelo maior..

― Espera. Por favor não conta pra ela. Sei que são muito amigos. Eu amo mesmo ela...

― Então não devia fazer esse tipo de coisa.

― Tudo bem eu errei. Mas eu estava pensando em te distrair. E olha.. funcionou, não esta mais tremendo. Esta com outras coisas na cabeça.

― Então isso foi uma encenação? ― Diz incrédulo.

― Não. Eu te pegava fácil. Só trancar a porta aqui que te ensino uma ou duas coisas. E com certeza você não vai conseguir pensar em outra coisa por um tempo. Mas... Você esta certo. Se eu não combinei nada com ela seria o mesmo que a trair.

― Você não se deu conta disso sozinho?

― Desculpa engomadinho. Minha criação é um pouco diferente da sua como pode ver. Um pouco mais livre.

― Tah. Mas... obrigado pelas roupas e... a conversa. ― Diz ao empurrar o maior e sair do quarto. Definitivamente era mais forte que Luka e esse fica a pensar sobre todo o ocorrido.

Em como contaria a Marinette sobre seus segredos e principalmente o que tinha acabado de fazer com um de seus amigos.

Não podia esconder isso dela por muito tempo.

Poderia ate ser engraçado, falar que se sentiu atraído pelo mesmo cara que ela parecia gostar. Podiam fazer disso um assunto em comum?




E ao ouvir tal relato Marinette não sabe como reagir. E Adrien pela primeira vez se envergonha do ocorrido.

Afinal nunca levou aquilo como um abuso nem nada parecido, uma pessoa deu em cima dele. Idai? Esse tipo de coisa era rotina. Só ficou marcado por que desta vês era o namorado de sua amiga.

Será que ele normatizava muitas coisas que não devia?

― F-foi por isso que ele... quis... ― Murmura baixo.

― Marinette. Desculpa eu...

― Não. Ta tudo bem. Não é culpa sua me contar eu só... ― Diz ao o interromper se sentando na cama de novo pensativa. ― Deve ter sido por isso que ele... Queria tanto conversar sobre essas coisas comigo.

Se ele contou era justo ela contar a sua parte.

Afinal Luka era mesmo um ótimo namorado, sempre atencioso e gentil com ela e nunca a pressionou ou mudou seu jeito de ser; mas depois daquele dia sempre que podia ele dava a entender que queria discutir com ela sobre assuntos sexuais, e ela imaginou que era por conta de ele ter sido apresentado a seus amigos e família e sido aceito por eles, imaginado que ele queria evoluir a relação e com isso apenas se fazia de desentendida e mudava de assunto.

Então quando no começo deste ano ele a chamou para conversar serio já imaginou que podia ter algo haver com isso. Afinal já estavam juntos a um bom tempo.

Ela mesma já chegou ao local do encontro temerosa. E agora com um novo conhecimento podia ligar todas as partes que faltava deste dia. Não conseguindo negar que desde o dia seguinte ao termino estava a se culpar, sabendo muito bem onde e como havia errado com Luka.

― Ola. ― Ele diz saudoso ao se aproximar dela naquele café.

Era uma noite tranqüila como todos os dias, e ela já havia terminado sua ronda junto de Chat Noir e vindo direto para seu encontro, coisa que pareceu aborrecer o gato negro que saiu de perto dela extremamente revoltado ao saber de tal fato.

Mas ela apenas deu de ombros não se importando nem um pouco com as reações exaltadas e dramáticas do companheiro.

Estava cansada das crises de ciúme dele, uma vez que já falou de todas as formas que não iria ficar com ele por gostar de outra pessoa, e que agora tinha um namorado. Foi maldade não o dar uma chance ao invés de ficar com Luka? Não. Na época não pensava assim, afinal não via o companheiro de tal forma. Ele nem sequer estava em sua lista pra o cogitar.

― Oi. ― Sorri meio tremula imaginando que ele iria falar daquele assunto de uma vez por todas, e desta vez ela não estava errada.

Luka tinha cansado de esperar; queria contar a ela o que havia feito com Adrien justo no dia que ela o assumia para seus amigos. Mas como ela cortava o assunto toda vez que tentava, ainda não tinha conseguido se confessar, se agoniando com a culpa.

― Marinette. Olha eu... não quero mesmo ser deselegante mas... eu preciso muito falar disso com você. ― E como ela esperava ele é direto e reto, coisa que a faz estremecer inteira. ― Eu sei que você foge do assunto e não quer mesmo falar disso. Mas eu preciso te contar uma coisa muito importante. E te perguntar outra. Não da pra continuar assim. Pelo menos não pra mim.

― T-tudo bem. Unf. Vamos falar sobre isso. ― Diz ao respirar fundo. De fato Luka era ótimo, mas não tinha vontade alguma de fazer esse tipo de coisa com ele, e só se deu conta disso nesse momento que foi forçada a pensar no assunto e não podia fugir dele. E agora? ― O que quer me perguntar?

― {O que você pensa de relacionamento aberto?} Eu... sou seu primeiro namorado certo. Não quero acelerar as coisas com você. Mas eu preciso te contar uma coisa sobre mim. ― Diz nervoso se controlando muito nas palavras que usava. Não sabia como revelar a ela que era bixessual, muito menos que havia dado em cima de seu amor platônico. Não era comum as pessoas reagirem bem a isso; e ele temia por ter uma recaída dependendo de como fosse a reação dela a tudo isso. Não esperava mesmo que fosse boua. ― Eu... seu sei o que você sente por aquele modelo da sua sala. Eu não sou tão ingênuo assim eu vejo como você o olha. Você ama ele?

Mas por isso ela não esperava.

Quando ele havia percebido?

O que ela deveria responder a ele?

― É por isso que não me deixa nem me aproximar de você direito? Você não consegue se imaginar com outro homem que não ele? Me diga a verdade por favor. ― Ele pergunta ate que calmo, mas ela não consegue nem mesmo olhar em seus olhos. ― {Antes de falar o que preciso... Tenho que tirar essa duvida. Esse peso do peito. Não da pra continuar assim!}

De fato isso era algo que o incomodava imensamente. Como poderia namorar ela se ela só tinha olhos para outra pessoa? Ele errou sim, mas...

― Por- porque esta me dizendo uma coisa destas?

― Bem... {Talvez seja melhor dizer tudo de uma vez.} Ele é um cara bonito. E simpático. Eu entendo você ter uma queda por ele, afinal eu...

― Esta me acusando de que? Que te trair? ― Mas exaltada ela o interrompe antes de ele conseguir se explicar. ― Eu nunca faria uma coisa destas! Eu não acredito que esta me dizendo isso.

― Não. Eu não... Muito pelo contrario eu to tentando te contar que eu...

― Que o quê? Você quer me perguntar se esta tudo bem você sair com outras pessoas enquanto eu não... libero? É isso?

― Bem... era parte da idéia sim. Mas não a principal. ― Assume franco e ela se revolta muito, se levantando. ― Calma. Eu ia perguntar. O que é traição pra você ou não. Tipo eu sei que você pensa no Adrien Agreste e não acho que pensar é traição.

― Não compara. Deus! Não compara!! Como você pode? Eu “nunca” imaginei que você fosse esse tipo de cara. ― Grita saindo do café sem ligar para o olhar das pessoas que muito provável conheciam a padaria de seus pais.

― Não. Por favor espera. ― Diz ao segui-la deixando o valor sobre a mesa. ― Eu não to conseguido me explicar direito é só isso. Por favor me escuta.

― Não! ― Grita completamente enraivecida. ― Eu não quero ouvir mais nada de você. Por favor me deixa sozinha. Eu preciso pensar e me acalmar.

― Mas eu não fiz nada de errado pra você ficar assim. ― Pontua parando a seu lado.

― Como não? Você disse que eu estou demorando muito e quer sair com outras pessoas enquanto isso. O que você quer? Um relacionamento aberto? Eu... eu não gosto disso.

― Tudo bem. Eu já entendi. Você nem ao menos quer me ouvir pra entender direito. Você nunca quer conversar. ― Diz visivelmente entristecido deixando de tentar se aproximar dela, tomando uma postura de distanciamento. ― Acho que é isso. Terminamos aqui. Você nunca vai esquecer aquele cara e eu não tenho como ganhar de um príncipe encantado que você idealizou. Nem ele mesmo tem como alcançar o patamar que você pois ele.

― Para com isso. O Adrien não tem nada haver com isso.

― Tem. Mais você não me deixa explicar. Então tudo bem. ― Diz ao se virar e sair. ― Espero que encontre o que procura em alguém. Por que o seu modelinho perfeito não é o que você imagina, eu já vi. Mas não vou contar por respeito a ele.

― Você só esta com ciúmes. Fala serio! Tentar diminuir ele não vai fazer você parecer melhor.

― Você não enxergar mesmo... ― Murmura entristecido, já a se afastar dela. ― Tudo bem. Só espero que não quebre muito a cara. Afinal alguém do nível dele “nunca” vai olhar pra você desta forma. ― Diz serio e áspero carregando mais do que precisava dizer a ela. Em suas palavras estavam expressas mais as suas impressões do que a realidade, afinal tinha visto que Adrien não era como seu pai. Mas isso não era algo que sairia dele tão fácil. Essa impressão ruim que ele tinha de pessoas “melhores de vida”. ― Boa sorte Marinette.

Ao ouvir isso ficou furiosa.

Não podia acreditar no que ouvia.

O único entendimento que conseguia tirar dali era que ele estava frustrado e com ciúmes; ela não queria o usar como stepe, mas de fato estava usando.

Não podia negar que se sentar atrás de Adrien na sala de aula e sentir seu perfume todos os dias a fazia suspirar. Então terminar era mesmo o melhor a se fazer. Afinal tinha ficado com Luka para tentar o esquecer, mas era impossível uma vez que trabalhava com o pai do garoto e o via muito mais do que apenas no período da aula.

Caminhou ate em casa pensando que deveria ter sido franca com seus sentimentos desde o inicio. Quando foram navegar e ela percebeu que não conseguiria o esquecer tão fácil. Mas não. Insistiu no erro e agora havia o magoado.

Ele não tinha culpa nenhuma de ter ciúmes uma vez que ela dava mais do que motivos.

E agora que tinha escutado a outra parte, tinha entendido que ele apenas queria a contar que era bissexual, para poder contar que também tinha ficado atraído pelo Adrien Agreste. Se sentia boba. Uma verdadeira idiota. Por que simplesmente não calou a boca e ouviu?

― Aprendi a lição. ― Murmura baixo. ― Em uma relação eu tenho que ouvir o outro. ― Diz a olhar para Chat Noir ao terminar uma parte de seu relato indo o contar fim de todo o ocorrido.

Pois no dia seguinte de seu termino, logo cedinho Marinette foi desperta por Tikki que anunciava que Chat Noir estava em combate, trajando logo seu manto e indo a seu encontro.

Neste dia as coisas estavam mesmo complicadas e quando chegou ali Viperion já estava a ajudá-lo juntamente de Carapace e Rena Rouge.

O casal que não perdia uma missão contra o poderoso Hawk Moth, mas claro que com a ajuda temporal de Viperion eles o derrotam e tudo ficou bem.

― Cansei. Partiu. Ate a próxima pessoal valeu a ajuda. E acorda mais cedo Bag buu! ― O gato negro brinca ao tomar seu rumo ouvindo o alarme de seu miraculos tocar.

Nesta época ela não se tocava de como ele estava a manter uma distancia cada vez maior dela; e só se tocava agora que parou para se lembrar. Ele realmente estava pensando em a deixar e partir para sempre? Tinha medo de o perguntar isso.

― Que folgado. ― Ela ri ao ver todos se despedirem e saírem, mas Viperion se aproxima dela, logo desfazendo o manto. ― O que esta fazendo? É perigoso te verem e...

― Toma.

― Que? Por que esta me entregando seu miraculos? Decidimos depois que a Chloe roubou todos que era melhor cada um cuidar e ficar com o seu próprio para treinamentos.

― Sim. Mas eu não posso. Eu vou deixar Paris.

― Como assim?

― Eu... Unf. Eu sei que vai parecer idiotice para uma profissional como você, mas... eu terminei com a minha namorada ontem e... Vou tirar um tempo fora e não vou estar por aqui para usar este Miraculos com vocês. ― Ele diz com pequenas lagrimas nos olhos que tentava esconder, coisa que dói em seu coração. Podia não conseguir corresponder a seu amor, mas tinha muito carinho por ele. ― Meu pai consegui um ótimo contrato para a mim em uma nova banda e eu não vou perder essa oportunidade de finalmente ser assumido por ele. Então é isso.

Ela não soube o que responder.
Pelo menos não como deveria e queria.

― Parabéns. Focar na carreira é importante. O miraculos estará bem aqui quando você voltar. ― Sorri. Forçando um sorriso que ele nem percebe antes de partir.

Não sabia como lidar com aquilo na época.


E não sabia agora que estava voltando.

― Vem. Vamos juntos o receber. ― Mas Chat Noir a estica a mão. ― Temos que ajudar e apoiar um ao outro certo.                  Ate quando fazemos cagadas. ― Sorri sabendo que era a vez de ele a apoiar, já que esta queria tanto apoiá-lo em seus momentos de fraqueza.

― Ta certo gatinho.      Obrigada.

Ele podia não ser bom em pensamentos rápidos como ela ou montar estratégias. Mas não podia negar que era sim muito inteligente.

E esta inteligência estava focada em coisas mais demoradas. Coisas que levavam tempo a maturar como uma arte marcial ou a arte de tocar um piano e aprender outros idiomas, enquanto ela era rápida de mais para compreender algumas coisas que precisavam desse tipo de raciocínio como lidar com o que sentia.
Eram mesmo uma boa dupla.

O que um não tinha, o outro completaria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Bem. no prox cap começo a postar a fick 2 ok. La mostro melhor outros personagem que não couberam nessa fick, por que o foco foi todinho na interação deles pelo ponto de vista dela. Pq lá vou abordar a relação deles depois de estarem namorando de fato. Os autos e baixos de lidar com suas diferenças etc. Mas pode ficar calmo que essa fick aqui ficara completa, ninguém será obrigado a ler a outra pra entender o fim. É mais uma continuação alongada com tudo o que vou resumir no cap final desta. bjs)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "...E um hamister chamado..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.