...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 23
De nos salvar


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Viu que na historia que ele contou aparece à Marinete sem o traje e na dela aparece ele sem o traje? Pra mostrar bem como cada um vê o outro. Qria mostra q ele vê ela como amiga e só enquanto ela não tira o Adrien da mente ao mesmo tempo que com o traje ela menospreza. Eu sei que você acabou de ler mas foi tão legal mostrar isso! kkk)



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Depois de tantas coisas o novo casal imaginou que tudo estaria perfeito.

Isso ate uma noticia acertar os ouvidos de Marinette.

                                         Luka estava voltando para a cidade.


A chuva caia forte e parecia que iria durar o dia todo, então estava complicado para os aviões conseguirem pousar. Pelo lado bom os trovoes haviam dado uma trégua, mesmo que isso ainda fizesse a aterrissagem ser bastante complicada.

Mas nada o aliviaria mais do que ver os rostos sorridentes de sua irmã caçula e mãe ali para o receber de volta.

Tinha passado um bom tempo com seu pai e conseguido dar uma bela guinada em sua carreira de musico como sempre sonhou, mas nada substituía estar junto de sua família.

Voltou para casa contando tudo o que fez e que não fez também durante a viagem; destacando como seu pai era excêntrico ate o ultimo extremo, coisa eu fez sua mãe rir muito e apenas concordar, enquanto que Juleica apenas tentava pensar em como contar a seu irmão que Marinette e Adrien estavam namorando.
Afinal ela mesma não acreditou quando viu ele mudar seu status de relacionamento na rede social; não conseguindo comentar nada diferente de seus colegas de classe, ficando apenas a seguir a grande repercussão que aquilo gerou online por seus fãs e seguidores que exigiam saber quem era ela e por que ela foi a eleita.

― Eu já sei. ― Diz assim que sua mãe sai de perto dos dois, indo ate a cozinha pois tinha preparado um lindo prato para comemorar o retorno de seu filho. ― Eu vi que ele a marcou na rede social e toda a comoção que isso gerou. O cada não pode nem namorar em paz mesmo...

― Luka... Eu nem sei dizer quando isso aconteceu. Todos da sala só sabem falar da viagem. Eu mesma não vi ele conversar uma vez sequer com ela sobre nada “disso”. Só sobre o irmão gêmeo dele. No maximo sentaram juntos para fazer o trabalho de escola como sempre por que a Alya sempre quer fazer com o namorado pra ficar bancando a cupido entre os dois.             Puts... deve ter funcionado! Eu fui uma anta...

― Olha. Esta tudo bem mesmo. Juro. Eu não acreditei que ele fosse querer ela mas... também queria que ela conseguisse. Só temo por ela quebrar a cara com isso. ― Ele diz ainda a olhar pela janela e ver o clima frio que se estabelecia no lugar.

― Por que acha isso? ― Ela questiona mais apreensivo do que curiosa. Estava preocupada com a reação do irmão a tudo isso.

― Bem. Você lembra quando ele caiu no mar a uns anos? Ele não caiu, ele se jogou. O cara tem a cabeça bem zuada. Pior que a minha. ― Revela de uma vez, estando revoltado com esta união dos dois.

― Nossa! Como... Eu nunca percebi nada. ― Mas a garota estagna sem saber como reagir, tentando avaliar se seu colega de sala era mesmo tão… “complicado”.

― Ele é bom em fingir. Mas isso não é bom pra ele. Isso não devia ser tratado como mérito. ― Diz ao ver a mãe voltar com o prato toda feliz. ― Mas eu não conversei muito com ele aquele dia. Só falei com ele uma única vez pra ser honesto. Preferia evitar o cara.

― Do que estão falando amores?

― Minha ex esta namorando com o modelinho de passarela Adrien Adreste. O problema é que ele esta longe de ser perfeitinho como ela imagina, me preocupo de ela não quebrar a cara. Esse tipo de gente sempre tem problemas.

― De fato. Não sabia que aquela garota estava se envolvendo com essa gente. Não imaginei mesmo. ― Ela corresponde em um tom de preocupação estando meio desapontada com as escolhas de Marinette. ― Acha que ela esta nisso pelo dinheiro?

― Não. Marinette não é disso. Ela gostava mesmo dele. ― Ele pontua bastante serio ao corrigir a mãe indo se servir sendo guiado pelo cheiro maravilhoso do prato.

― Adrien é bem bonito. ― Juleica diz sem vergonha alguma. ― Alem de ser simpático. Eu não imaginava que ele... Bem… É como a mamãe diz: Essas pessoas sempre tem problemas na cabeça. A nossa vidinha simples é bem melhor. ― Sorri. ― Tomare que a Marinette consiga dar conta desta bomba.

― Ela pode ate fazer bem a ele. ― A mãe pontua querendo confiar nas capacidades de Marinette, ao se servir. ― Bem! Chega de fofocas. Vamos comemorar! Afinal Luka esta conseguindo. E que ele não vire uma dessas pessoas como o pai dele!

― Amém!



E assim logo a chuva da um trégua, deixando aquele dia frio que vinha depois que uma tempestade dessas passava.

― Ma-Marinette? ― O herói do manto negro a chama de canto antes de estes deixarem a casa, parecia tímido o que era estranho de se ver. ― Eu sei que você quer ir ver ele direto mas... esqueci que não tomo banho desde ontem. E rolou tanta coisa. Tudo bem tomar um aqui?

― Ã? C-claro! Vou pegar uma toalha pra você. ― Diz ao correr ate seu armário. Definitivamente não esperava por essa. Mas fazia sentido, já que saíram do combate direto para a lanchonete e ele acabou dormindo ali depois de discutir com seu pai e sair de casa com a cabeça cheia. ― Aqui esta. Não esquece de trancar por dentro por favor. O plag é uma praguinha. ― Diz ao se lembrar do que aquele Plagg tinha feito na versão anterior, e como ainda era o mesmo podia tentar realinhar os cosmos novamente.

Mas ele nem se da conta de nada. Apenas pega a toalha querendo terminar logo com isso.

― Mesmo que eu tranque ele abre se quiser. ― Diz ao desfazer o manto e tranca a porta do banheiro da garota não conseguindo evitar olhar para ele um pouco; afinal era bem menor que o dele e muito mais simples.

― Julgar é feio. ― O pequeno Kwami diz e Adrien apenas se despe apressado querendo sair dali o mais rápido possível.

― Não estou julgando. Mas é impossível não comparar ok. O Nino não tinha um banheiro no quarto e você não reclamou quando olhei o banheiro dele.

― Eu sei. Mas você não olhou assim. Avaliando tanto. ― Pontua ao pousar sobre a toalha dobrada que estava sobre a pia.

― Me deixa Plagg. ― Diz ao entrar no chuveiro e não conseguir evitar olhar os produtos que estavam ali, não conseguindo entender como ela podia ter um cabelo tão bonito com um produto tão ruim. Logo pegando o pequeno ser e distraindo sua mente o dando um banho mesmo que conta sua vontade.

Do lado de fora Marinette se divertia rindo muito com os gritos do Kwami negro, imaginando a dificuldade que Adrien teria todos os dias.

E logo este sai já com seu manto.

― É sempre essa guerra? ― Ela ri não conseguindo evitar.

― Hoje ele ate que estava tranqüilo. ― Brinca. ― Você tem sorte que a Tikki não é um gato travesso.

― Verdade. Eu e ele não seriamos uma dupla muito produtiva. ― Confessa ao sair pela clarabóia reconhecendo o cheiro de seu sabonete vindo dele, e ficando um pouco envergonhada. ― {Não aconteceu nada. Calma Marinette.}

Mas ele por sua vez apenas se distraia a admirando.

― {Deve ser a descendência asiática.} ― Pensa tentando entender o mistério de seus lindos cabelos, não ligando de não ter foco nesse momento. Se permitindo a admirar como sempre fazia.

E assim logo chegaram a casa dele e é ele quem vai ate sua janela o chamar, afinal não sabiam se ele podia estar se trocando ou o que deveria estar fazendo ali dentro.

[― Ola. Pode nos encontrar aqui fora? ― Diz saudoso como sempre. Mesmo se mordendo de ciúmes da mera existência do outro ele tentava parecer normal. Mas Luka já tinha conseguido ver por debaixo desta mascara antes.]

Ele apenas se espanta por ver o herói do manto negro em sua janela, deixa o violão que estava limpando de lado e faz que sim com a cabeça, logo tratando de por um casaco e sair; sem precisar ter de se explicar a sua mãe e irmã para onde iria diferente deles que sempre se explicavam ou arrumavam desculpas.

― Como souberam que eu já estava de volta? ― Diz curioso ao ver a dupla parada a sua frente sem estranhar o olhar raivoso que Chat Noir sempre reservava para ele. estranhando apenas que agora ela havia do permitido saber sobre a sua identidade,

De fato ele tenha muitos motivos para acreditar que ele nunca o machucaria, mas seus instintos não diziam isso quando se deparava com os olhos sedentos de sangue do felino negro da destruição. Ouve ate um momento em que esse o ajudou a não cair de uma altura realmente fatal, mas suas garras sempre afiadas deixaram um belo corte em sua pele que levou dias para curar. E ate hoje ele se questiona se aquilo foi uma ato proposital ou pelo menos racional, preferindo manter uma certa distancia do intimidador herói.
De fato sentia que vinha uma aura... maligna dele em alguns momentos.

― Precisamos conversar em particular. ― Ela diz ao se aproximar dele sentindo a tenção que seu namorado emanava ao pobre Luka que inocente não entendia nada e nem o por que daquilo. ― Eu gostaria muito que você voltasse para a equipe. É o único capaz de usar o Miraculos da serpente perfeitamente. ― Sorri ao esticar o braço e o entregar a caixa de madeira onde seu bracelete estava.

Mas ele demora um pouco a pegar aquilo.

De fato era uma honra fazer parte de tal equipe e os ajudar a salvar Paris; e saber que ela realmente guardou aquilo para ele, enchia seu coração. Mas também era uma enorme responsabilidade, e ele não sabia ser capaz de arcar com ela.

― Obrigado por guardar isso pra mim.

― Obrigada você por deixar comigo. Não sabe o que aprontei com esse poder. Mas por favor tira isso das minhas mãos. ― Brinca. ― Temos uma nova aliada com o miraculos do coelho. Ela também é temporal, mas um pouco diferente. Ela não pode mudar o tempo como você, mas pode viajar entre ele para o manter na linha.

― Nossa... Incrível.

― Também derrotamos o Hawk Moth. ― Chat Noir pontua afim de acabar logo com o resumo de tudo que ocorreu. ― Como comemoração todos revelaram suas identidades uns aos outros e fizemos uma comemoração. Mas como você não estava... Bem... acabou ficando de fora. Mas agora esta em suas mãos escolher. Voltar para a equipe ou não.

― Chat! Caramba.

― O que eu fiz?

― Foi grosseiro.

― Esta tudo bem, fui eu que sai por motivos egoístas e particulares. ― Luka diz afim de apaziguar o inicio de briga que parecia ocorrer entre a dupla principal. Por algum motivo o herói do manto negro da destruição parecia ainda mais arisco que o normal; que já era muito. Então inconscientemente deu um passo para traz.

― Cuidar da carreira não é ser egoísta. E se você não tivesse saído esse cabeça oca aqui estaria morto. Então obrigada.

― Como?

― Longa historia. Te contamos aos poucos. ― Ele responde ainda desgostoso. ― E então? O que vai ser? ― Ele pergunta serio e o outro olha o miraculos uma ultima vez antes de fechar a caixa.

― Tudo bem. Eu aceito essa responsabilidade. ― Ele diz serio e ela logo sorri dando um gritinho e o abraçando. Coisa que deixa Chat Noir realmente puto.

― Certo. Então põe seu manto e vem. ― Ele diz ao simplesmente puxar ela dali, mas ela apenas ri. Ate por que sabia que as coisas iriam ficar muito complicadas assim que eles revelassem suas identidades.

Não tinha como ela prever a reação de Luka, mas já tinha boa noção da de seu namorado esquentadinho e muito ciumento. Realmente gostando um pouco do fato de ele não ser tão perfeito assim, e assim como ela fazer idiotices por ciúme e perder a noção das coisas. E sendo assim pensava a melhor forma de iniciar esse assunto e controlar toda a situação.

Pararam então sobre um dos prédios ali próximos onde ninguém poderia os ver.

― Preparado? ― Ela diz o vendo acenar que sim com a cabeça e logo começa a falar enquanto seu manto se desfazia lentamente. ― Antes de mais nada eu queria, muito mesmo te pedir desculpas. Nossa ultima conversa não foi como deveria ter sido.

E ao ver sua ex namorada ali ele da um passo involuntário para traz quase caindo do telhado, mas é segurado por Chat Noir.

― Pode acalmar o coração. Esta tudo bem. ― Diz ao o empurrar de volta para o centro do prédio e o tirar da beirada. ― Eu sei que vocês têm “muito” a se resolver. Mas ela me contou que eu to na conta então... ― Diz ao desfazer seu manto e Luka quase perde o ar. ― Relaxa. Ela já sabe o seu segredinho, mas esta tudo bem. Entre o time ninguém é homofônico, e aquela não foi a ultima cantada que tomei de um cara e sei que não será a ultima. ― Diz ao dar de ombros. ― Só fiquei puto por que você era namorado de uma amiga. Só isso mesmo. ― Diz ao olhar para Marinette que não sabia o que o dizer. ― Posso falar com ele sozinho um pouco?

― Só se me prometer não falar merda.

― Não prometo nada. ― Diz ao se virar indo em direção a Luka e ela buffa saindo de lado, mas pedindo que Tikki escutasse a conversa para a contar depois. ― Ela me contou como foi o termino. Você esta bem mesmo em saber das nossas identidades? Se quiser mais um tempo pra digerir esta tudo bem.

― Você sempre soube ou...? Eu estou bem confuso.

― Eu sei. Era ciúme bobo porque eu queria ter conseguido ser bom com esse miraculos, mas realmente não levei jeito com a coisa do tempo. ― Confessa enquanto Plagg pousa em seu ombro. ― Mas agora eu só... Estou preocupado com a sua cabeça assim como você ficou comigo aquele dia. Isso não é nenhum gatilho é? Afinal você teve uma reação exagerada com o termino. ― Sorri e o outro entende.

― Você é mesmo um cara legal. ― Diz impressionado ao se encostar na parede olhando o céu limpo e sem nuvens. ― Eu passei quase um ano fora pra digerir o termino, só voltei agora porque estou melhor. Não tem que se preocupar comigo. Eu só me assustei por serem justo vocês dois.

― Eu sei. Sacanagem do destino. Não? Imagina quando ela me contou quem era? Tomei um susto tão grande que ainda estou digerindo. Ela mesma me confessou que ainda não ligou os pontos completamente.

― Mas e os outros?

― Ah. A Rena Rouge é a Alya e o Nino é o Carapace. Se bem que você não deve se lembrar de toda a turma, mas tudo bem.

― Só sei que a Alya é a melhor amiga da Marinette. ― Ele responde pensativo tentando se lembrar quem era este outro rapaz. ― Nossa... Eu realmente não imaginei que você pudesse ser... o Chat Noir. Sempre achei ele muito...

― Diferente de mim. Eu sei. “Todo mundo do planeta fala isso.”

― Não. Na verdade me sinto burro porque sempre achei vocês idênticos. Mas não podia ser por que você era um modelo mega ocupado e não tinha como dar conta de uma vida dupla. Você não toca piano também? Como consegue dar conta desses horários?

― Costume. ― Responde dando de ombros. ― Mas que bom que você esta bem. Assim não fico preocupado.

― Mas e você? Não andou “caindo” de novo andou?

― Não. Juro. Tive algumas. Recaídas, mas quem não tem? ― Responde em um sorriso forçado sem graça. ― Ontem mesmo a coisa foi tensa quando cheguei em casa… Mas tomei um ar e estou bem melhor agora. Um passo de cada vez.

― Um dia por vez. É… eu conheço como é isso.

― Você não me disse… Por que? ― Diz ao se sentar a seu lado um pouco.

― Bem. Não sei se chega ao que você tinha mas... Não é fácil ser bissexual. As pessoas julgam muito, fui ate expulso da minha antiga banda por conta disso. Por isso participava com a da minha irmã... E também tinha o meu pai. Ele... nos tratava como se eu e a Juleica não existíssemos. Eu me formei e não consegui emprego de nada e nem ir a uma faculdade. Me sentia um completo fracassado.

― Entendo... Pai é um bicho difícil. Não vou nem falar sobre o meu. ― Diz ao olhar o céu límpido sentido o corpo tremer apenas de se lembrar da conversa da noite anterior. ― Mas você não é fracassado. Tudo acontece por algum motivo. E talvez era pra você ficar por aqui para ser o guardião do miraculos da serpente. É um miraculos muito poderoso e difícil. Assim como o meu e o dela, os de tempo são cruciais. E você é o único que consegue não fazer merda com ele.

― Obrigado. Isso... Foi muito bom ouvir isso.

― Foi bom saber que seu pai passou um ano tentando concertar as coisas com você. Espero que o meu faça metade disso. Já vou ficar feliz um terço. ― Pontua ao voltar a se levanta. ― Ser herói ajuda muito. ― Levanta o punho o cumprimentando e Luka o corresponde com um soquinho. ― Só fica longe da Larybugg por que ela é minha.

― Ei! Sabia seu possessivo! ― Volta machado e ele da um pulo para o lado, meio sem graça. ― Unf! Fala isso de novo que te deixo amarrado na Torre Eiffel de ponta cabeça o resto do dia.

― Desculpa. Desculpa!

― Unf!

― Então... Vocês estão juntos? ― Luka pergunta meio apreensivo sem saber como reagir a isso. E logo é ela que não sabe como responder a ele.

― Sim. Você tem algum problema com isso? ― Mas ele responde por ela ao tratar de vestir o traje novamente.

― N-não. Não mesmo. ― Responde um pouco intimidado com o tom e olhar do outro que voltava a parecer muito arisco.

― Ok... Bem tenho mesmo que ir. Vocês sabem como são as coisas em casa. ― Diz ao ir ate a lateral do prédio estando pronto para saltar, mas logo se da conta de que havia esquecido um detalhe que estava a martelar em sua mente desde que a deu carona. ― My lady quer marcar um dia pra... você… sabe nossas famílias se conhecerem? Mas seria bem melhor depois do cruzeiro por que em casa as coisas estão... Complicadas.

― T-tudo bem. Falamos disso depois. Xauzinho gatinho. E não apronta nada em! ― Diz ao realmente o empurrar do beiral por saber que esse sempre caia de pé e cair dali não era nada para suas habilidades. ― Desculpa por isso.

― Tudo bem. Ele é bem ciumento né.

― Muito. {Mas eu também sou...} Mas vou podando isso aos poucos. Meio que oficializamos ontem então... Ontem foi um dia muito agitado.

― Eu imagino. Bem... me desculpa por dizer que... você nunca iria conseguir chamar a atenção dele. Eu vi que ele era um cara legal e tudo, mas... tenho uma impressão bem ruim dessas pessoas como ele. É difícil de explicar. Meu pai... ele... largou a minha mãe quando a Juleica nasceu e só liga para a carreira dele. É complicado.

― Tudo bem. Sei que não fez por mal. Na verdade eu tenho que te agradecer. O que você me disse era verdade. Nem ele esta a altura do Adrien imaginário que eu criei pra mim. Ninguém estava. E eu... estou gostando de conhecer esse Adrien real com todos os seus defeitos e complicações.

― Fico feliz em ouvir isso Marinette. ― Sorri. ― Acho que não daria certo mesmo entre nós. Afinal eu não consigo ficar só com garota ou só com um garoto. ― Diz meio sem graça e ela cora de leve em ouvir isso.

― B-bem. Desculpa por não ter parado para ouvir o que você tinha pra me explicar aquele dia. Espero que você encontre a pessoa certa... As pessoas certas.

Ri sem graça. ― S-sim. Amigos?

― Claro!





Pouco tempo depois todos estavam no cais empolgados e preparados para o tão esperado cruzeiro programado por Chloe.

Nino mal havia dormido.

Sua mala era a coisa que menos se preocupava. E também não conseguia debater com os demais sobre as maravilhosas atrações do lugar, o que o fazia surtar e suar frio era o “combinado” feito desde o inicio do ano anterior com sua namorada.

Alya por sua vez estava explodindo de animação.

Tinha preparado tudo perfeitamente, e escolhido a dedo um o biquíni perfeito; e que deixaria uma linda marquinha alem de fazer o mesmo por Marinette que estava nervosa de mais em ir para lá junto de Adrien, como um casal oficial.

Felix estava imensamente incomodado com isso.

Ter de ir a um lugar como aquele não era o seu perfil ou estilo, mas Chloe havia o convidado pessoalmente e isso fazia parte da conciliação dos dois, já que a loura havia dito que teria uma surpresa especial para ele a bordo; e mesmo quebrando a cabeça não conseguia imaginar outra coisa que não safadezas.

Enquanto que Chloe não podia estar mais segura de si.

Ela havia preparado tudo com perfeição e estava ansiosa por isso, separou suas roupas e logo Jean pois tudo em suas malas e as levou ao carro enquanto a animada garota conversava com sua melhor amiga sobre tudo o que havia acontecido sem revelar a identidade de nenhum dos heróis; e tudo o que estava a planejar para sua vida de ali em diante, e Sabrina por sua vez não poderia ficar mais radiante com o que ouvia.

Mas se tinha alguém com sentimentos mais contraditórios que Adrien esta era Marinette.

O recém casal estava nervoso em finalmente agir como tal; pensando o que o outro iria esperar de si e temendo por cometer um erro justo agora que estavam finalmente juntos.

Ambos fizeram suas malas pensando o que o outro iria achar de cada misera peça de roupa que pegavam. Vaidoso ele separou seus produtos enquanto ela levava os materiais de desenho para terem mais assunto caso tenha algum momento de constrangimento para assim quebrar o gelo, e voltar a conversar sobre a coleção que montavam juntos desde antes de isso tudo acontecer.

Respiraram pesado ao ver a aquela enorme embarcação que os levaria para longe de seu lar por um período que poderia variar de extenso a curto dependendo do que acontecesse abordo. Se tudo fosse perfeito seria curto de mais. Mas se fosse uma tragédia seria uma eternidade. Não teriam para onde fugir.

― Vai dar tudo certo. ― Os Kwamis os encorajam, e assim descem do carro percebendo que haviam estacionando um ao lado do outro.

― Oi. ― O tom de ambos sai tremido e tímido e logo os dois riem por se darem conta do nervoso do outro.

― Pronta My Lady. ― Brinca ao lhe fazer uma reverencia como fazia quando estava com seu traje ela corresponde da mesma forma.

― Sim gatinho. ― Brinca olhando que seu motorista já estava de volta ao trabalho, tendo agora uma tatuagem tribal em seu rosto no lado esquerdo o que o fazia ainda mais intimidador. E que na parte de traz da limusine um sorridente Gabriel conversava com uma linda mulher que tinha uma aura tão angelical quanto à de Adrien.

Não conseguiu deixar de se perder naquela visão.

Seu inimigo parecia estar no céu. Um que não merecia, mas estava.

― Meu pai contou que ela estava em coma. E como foi desacreditado que voltaria achou melhor me dizer que ela tinha morrido para eu seguir em frente já que ele não conseguia. ― Ele diz ao olhar de volta para o carro não acreditando em seus olhos ainda.

― Não conseguia mesmo... ― Ela murmura baixo. ― Pronto gatinho? Ou tem medo de água? ― Brinca ao caminhar em direção ao imenso navio tentando deixar o passado para traz. Mas ainda pensando que um dia teria de saber como o contar toda a verdade. E talvez esse cruzeiro a ajudasse nisso.

― Eu não tenho medo de nada.

― E é disso que eu mais tenho medo.

― Atrasada como sempre Marinette Dupen Cheg. ― A voz da loura chama a tenção dos dois. ― E eu sei que as coisas na sua casa estão de ponta cabeça com o retorno da sua mãe Adrianzinho. Estou tão feliz por você! ― Diz com um sorriso de canto a canto do rosto.

E Marinette apenas olha pra isso e sorri.

Era bom saber que mesmo depois de saber sua identidade ela não mudou seu jeito de ser com ela ou com ele. Chloe podia ser muitas coisas, mas não era falsa, diferente de muitas pessoas ela sempre dizia o que precisava na cara. Doa a quem doer...

― Chloe. Obrigada. Esse lugar é lindo. ― Diz feliz ao cumprimentar a nova amiga que ainda não era tão afável com ela como era com o loiro. E de fato nuca seria. Mas não precisava mais morder.

― Claro que é. Fui “eu” quem escolheu. E esses são seus quartos. Tive de fazer umas mudanças depois das “ultimas informações”. ― Diz com um tom de bronca que faz a nipo- francesa corar. ― To de olho em você com as suas garras no meu Andrienzinho! Ouviu bem Marinete Du pen cheng???

― Sim… ouvi. ― Diz quase sumindo de vergonha.

― E eu estou de olho é nas “garras” dele. ― Alya diz ao surgir em resgate da amiga, puxando a menor de lado. ― Você não tem nada “melhor” pra fazer não. ― Pontua ao apontar com o rosto para Felix que conversava com o irmão e é a vez da loura corar e sair de perto das duas.

― Obrigada Alya. Você é mesmo incrível.

― Sabe que sempre pode contar comigo não. ― Sorri confiante indo ajudar a amiga a encontrar seu quarto.

― Unf. ― Nino suspira nervoso ao ver a namorada partir. Já tinha deixado tudo em seu quarto, e ainda sentia as pernas bambas.

― Cara. Se você não esta pronto ainda, fala pra ela. ― Adrien se aproxima pondo a mão no ombro do amigo que só consegue olhar para o mar.

― Se você não consegue nem conversar sobre sexo com a pessoa. É lógico que não vai conseguir fazer. ― Felix aparece impondo-se e Adrien olha para ele como se o expulsasse dali.

― Você esta certo. Mas como eu faço pra... ― Ele ate tenta dizer algo, mas antes de completar o raciocínio o loiro clonado, agarra seu braço e o arrasta com sigo ate os corredores dos quartos onde Alya e Marinete estavam. ― O que esta fazendo?

― O que o idiota do meu irmão tem vontade de fazer e não faz. ― Diz ao abrir a porta e o jogar para dentro. ― Hora de vocês conversarem sobre isso. Marinette vem. Deixa eles. E você não sai daí ate falar direito com ela. Cassete de gente travada! ― Reclama ao sair pelo corredor e as duas só ficam confusas ate ver o rosto vermelho de Nino e Marinette apenas acata ao pedido de Felix saindo do quarto e os deixando sozinhos.

― Você é bruto como um cavalo as vezes sabia. ― Ela pode ver Adrien vir atrás do irmão que da de ombros com o comentário do mesmo.

― Tenho a elegância e a brutalidade de um. ― Zomba ao deixar o irmão no corredor junto de Marinette indo de encontro a Chloe que sabia que o evitaria ate o ultimo segundo; não tendo muita paciência para este tipo de coisa.

― To com pena da Chloe... ― Ela murmura baixo.

― O que eu faço com ele? ― Adrien diz ainda a olhar o irmão, perguntando a Marinette que põe a mão em seu ombro.

― Você me pergunta? Achei que já tinha se decidido. Ate falei com ela. ― Zomba seguindo seu caminho e ele vai com ela.

― Sim. Acho que esse miraculos é perfeito para ele. Com toda certeza ele é o único que vai conseguir usar o miraculos da mariposa depois do que aquele kwami passou.

― Verdade. ― Comenta pensativa, imaginando que Adrien tinha feito a escolha certa; afinal era um miraculos difícil assim como Felix.

Mas sua cabeça ainda girava.

E mais do que isso se preocupava com o futuro.

― Ah. Nunca te agradeci pela ajuda. Aquele arquivo que me mandou foi mesmo muito bom. Acho que já sei o que quero ser da vida. Alem de super herói claro.

― Já agradeceu sim. ― Diz tímida por estarem sozinhos naquele corredor, mas antes de completar o raciocínio é levada para dentro de um dos quartos. ― Opa! ― Exclama confusa olhando em volta e vendo que ele trancava aporta atrás de si; ficando mais nervosa com tal atitude. ― A-Adrien... Gatinho?

― Calma. Só queria conversar com você sozinho. ― Diz parado sobre a porta olhando seus pés a refletir sobre tudo. ― Meu pai... ele me contou tudo. Que você o descobriu e fez aquele acordo maluco. ― Disse em um fio de voz como se fosse sufocar. ― Assim que voltei pra casa aquele dia ele estava na sala me esperando e... Me chamo de Chat Noir. Eu tomei o maior susto da minha vida, mas nada superou o que ele me contou depois.                      Que ele era o Hawk Moth o tempo todo e o seu motivo para fazer tudo o que fez.

― Adrien me desculpa!!! Eu juro que só estava esperando um jeito de te contar! ― Ela diz quase em desespero, mas ele balança a cabeça em negação.

― Não. Na verdade foi bem melhor ouvir diretamente dele. Obrigado por tudo que fez por mim. ― Diz ainda de cabeça baixa medindo cada palavra e se lembrando das de seu pai. ― Ele me disse que temos muito em comum. Que não deve ter sido atoa eu ter recebido justamente o manto da destruição. Que ele via muito dele em mim e por isso me mantinha longe de tudo e todos. Como se eu fosse um perigo, assim como sabe que o meu irmão é.

― Isso não é verdade!!! ― Impõe revoltada com o que ouvia.

Como aquele homem podia dizer tal coisa dos filhos? Era de fato uma pessoa terrível!

― Esta tudo bem. Eu não acho que ele esteja errado. Mas... ― Finalmente levanta o rosto a olhando. ― Ele me disse que vai ficar tudo bem desde que eu tenha uma luz na minha vida. E não a deixe apagar.

― Adrien...
Ela não sabia o que dizer.

Aquele olhar dele foi mais do que as palavras podiam dizer.

Sempre se perdia naquele olhar.

Se sentia mesmo como um pequeno inseto atraído pela luz. Completamente hipnotizada.

― Esta mesmo bem com tudo isso? ― Pergunta entre a idéia de se aproximar dele e acariciar seu rosto ou se manter distante para conter suas emoções, se sentando na cama.

― Sim. Acabou. ― Diz franco olhando a tudo com uma respiração pesada de alivio e ela ri baixo.

― Que bobo. Claro que não. Isso foi só a primeira parte. ― Sorri sapeca e ele corresponde sorrindo com daquele jeito de canto de boca que a fazia suspirar, entendendo muito bem o que ela queria dizer com isso.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Bem... A fick oficialmente acaba aqui. o/ Mas eu vou postar um extra “sim” pra dar um gostinho a quem não quer ler uma continuação ok. E eu irei fazer a continuação direta a partir deste ponto mesmo. Pra quem quer que a fick acabe aqui, o próximo cap vai resumir tudo o que importa e terá na continuação. Para quem quer que continue e não liga para ela se tornar +18 e ter coisas bem mais polemicas e complicadas do jeitinho que eu amo fazer pq amo causar; fique mega convidado para ler ^_^ só acho justo deixar esse aviso que o teor vai aumentar justamente pq vai se tratar da relação deles, lidar com as famílias e tudo mais que engloba isso. Mas pra quem não quer semana que vem tem o cap extra deste ok! Bjs S2 S2 ---- >>> https://fanfiction.com.br/historia/792375/E_um_hamister_chamado_2/ )



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