...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 21
Nos atacar


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (De novo, mil desculpas pela cena de combate... É que animação tem muitas e não da pra ficar sem isso nessa fick. Mas eu sou muito ruim com elas. E ta osso segurar as cenas românticas pra não ter hot... Mas ponho os hots na continuação, ok? Promessa.)



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Estavam em reais apuros ali.

Todos os seus inimigos eram fracos para as habilidades que tinham agora, mas juntos seriam um problema ate mesmo para eles com os trajes, mas sem... estavam praticamente mortos.

                                 Tanto que os inimigos os cercam saboreando o momento.

― My Lady... acho que desta vez... você errou feio. ― Diz ao pegar um cano qualquer para tentar se defender do inevitável enquanto ela ligava pra Alya trazer todos o mais rápido possível já que ainda faltava algumas horas para o encontro.

Mas mesmo que ela conseguisse completar a chamada eles teriam de se teleportar para chegar a tempo de fazer qualquer coisa.

Isso contando o fato de os inimigos não permitirem tal ato, quebrando o aparelho da moça antes do segundo toque com um disparo de longe que chega a ferir sua orelha.

― Droga. Desculpa gatinho. Eu... Eu só... ― Comenta tremula. Justo agora que pensou que tudo se resolveria e poderia viver feliz junto dele,         acabaria.

Adrien tentava lutar para defendê-los, mas não importava o quanto ele fosse habilidoso os inimigos tinham armas muito poderosas e as tentativas do garoto apenas serviam de diversão e deleite para seus carrascos que queriam muito ver o desespero no olhar deles.

                                                 Queriam que gritassem e implorassem em seu ultimo suspiro.

E de fato não tinha nada que eles podiam fazer a não ser, segurar na mão um do outro e esperar o fim. Marinette fecha os olhos e vira o rosto, tremendo por conta do peso de toda culpa que sentia de ter confiado em seu pior inimigo. Com toda certeza tinha sido ele a dizer que estariam ali vulneráveis daquela forma.
Mas Adrien não vira o rosto e nem se deixa abalar.

Não daria esse gosto a eles nem em seu ultimo suspiro, coisa que incitava ainda mais os inimigos que apontam suas armas prontos para acabar com aquilo de uma vez.


― Cataclismo. ― A voz forte e imponente de Hawk Moth pode ser ouvida e todos os inimigos conseguem apenas ter tempo de se virar e olhar a figura assustadora do notório vilão se aproximar com seu traje fundido aos dois miraculos dos heróis antes de serem atingidos.

E simples assim, todos desaparecem em pleno ar, não sobrando um único vestígio de suas existências. E ele logo pousa a frente dos dois. Retirando os dois miraculos extras e os devolvendo. Frio e severo; como se o que acabou de fazer não fosse nada de mais.

― Trato é trato. Deixarei o ultimo no pé da torre. Ele não precisa descobrir quem sou. ― Diz ao sair dali calmamente os deixando perplexos.

Marinete ainda tremia no lugar.

Ele havia mesmo matado todas aquelas pessoas? Parecia que nem mesmo se abalava com tal ato. Que tipo de homem ele era? Um monstro...

Um monstro com seus pontos fracos.

Pensou ao olhar para Adrien que voltava a por o traje, lembrando que esse tinha a mesma capacidade assassina que seu pai.

Não.

Não iria permitir.

Disse que sempre estaria ali. Que sempre seria a solução mesmo que um dia ele se tornasse o pior problema do mundo. Ela ainda o amaria e o ajudaria a voltar e encontrar a luz.

― Esse com toda certeza era um plano dele para nos destruir. Por que ele... mudou de idéia e ainda eliminou seus aliados? ― Ele diz pensativo ao olhar o céu que há poucos segundos estava preenchido por seus piores inimigos e agora estava limpo assim como a cidade.

Mas Marinette o analisava simplesmente tentando entender se ele mais uma vez escondia suas emoções ou se realmente não se importava de ter visto tantas pessoas morrerem assim na sua frente.

― Não da pra entender. ― Ela diz ao por o manto e descer com seu ioio em busca do ultimo miraculos. ― Eu nunca vou conseguiu entender a mente de alguém que consegue tirar uma vida assim sem pestanejar. ― Completa ao voltar com o miraculos em suas mãos comprovando que ele havia cumprido sua parte no combinado.

Adrien podia muito bem viver o resto da vida sem saber a verdade sobre seu pai. E talvez fosse o melhor. Mas se sentiria mal em omitir dele toda a verdade. Afinal tinha o visto morrer questionando por que as pessoas que ele amava não confiavam nele.
E isso ainda a afetava.

― Na verdade eu sei. O que o fez mudar de idéia e nos salvar. Mas... ainda não posso te dizer. ― Diz ao ver que os seus amigos chegavam. Atrasados mas chegavam.

― Você esta bem? Sua orelha esta sangrando. ― Rena Rouge se alarma ao se aproximar da amiga. Muito preocupada por receber uma ligação do nada e ter visto a aglomeração na torre há poucos minutos. ― Onde estão todos?

― Destruídos pelo cataclismo. ― Ele responde e todos o olham confusos e assustados.

Não imaginavam que ele mataria os criminosos, não importava o crime Chat Noir sempre respeitou a lei.

― É uma longa historia. ― Ela diz ao mostrar os dois miraculos. ― Mas acabou. Hawk Moth desistiu. ― Sorri, e todos se aproximam curiosos e espantados. ― Bem. Mas não viemos aqui por isso. Comemoramos essa conquista depois. ― Indaga tendo a atenção de todos. ― Eu pedi para que viessem por que acho que já esta mais do que na hora... Afinal eu sei a identidade de cada um aqui. E sei que a partir deste ano tudo vai mudar na vida de todos aqui. ― Diz ao entregar os miraculos recuperados a seu fiel parceiro. ― Meu plano era fazer a nossa comemoração. A nossa evolução. Do nosso grupo. E confiar a vocês a minha identidade; que dessa forma todos aqui possam se ajudar. ― Ela diz e todos vibram de emoção.

Saber quem era Ladybugg e Chat Noir.

Só poderia ser um sonho.

― Acho que agora vocês vão entender o por que... não podermos ir a viagem com vocês. Mas cuidamos das coisas aqui enquanto vocês vão. ― Ele diz ao desfazer o manto e todos se espantam em ver Adrien Agreste parado ali.

A maioria tinha a imagem de Adrien como um cara legal, mas frágil e meigo de mais para lutar assim; mesmo que soubesse algumas técnicas de combate tinham nele uma personalidade mais pacifica e permissiva. Muito longe do herói do manto negro que tinha como maior característica... a destruição. Se bem que muitos fãs o viam de outras formas.

― Cara. É oficial? Ok. ― Nino diz ao desfazer seu manto sendo seguido por Alya e assim todos desfazem suas transformações e por fim ela que teve essa idéia e começou tudo isso.

― Tikki. Destransformar. ― E assim todos os olhos estavam sobre si.

Nem mesmo conseguiam falar.

― Marinette? ― Menos Chloe claro. Que foi a única a se aproximar da líder como se tivesse traída pela mesma. ― Você...

― Eu sei. Eu sinto muito por tudo. ― Marinette diz ao sentir o olhar da loira e ter como comprovação seu tom de voz. ― Realmente foi errado da minha parte misturar as coisas. ― Diz franca. ― Mas... Ele me fez ver como eu estava errada com você. Me desculpa. Não temos de ser melhores amigas. Mas eu te respeito como Queen bee. Você faz um ótimo trabalho. ― Diz ao fazer uma leve reverencia e a loura trava em suas atitudes não sabendo como reagir. ― Cometi muitos erros. Não sou perfeita. Mas esse time junto é. Obrigada por fazer parte dele. ― Diz ao se erguer e olhar nos olhos da loura que ainda estava parada se decidindo o que fazer.

― Você também não foi fácil. Nem eu fui 100% heróico e correto nestes anos. ― Ele diz ao se aproximar da amiga, que sabia muito melhor que qualquer um ali todos os deslizes e quedas do amigo.

― Fala serio. Vocês dois... Unff. Se merecem viu. Ninguém merece uma dupla mais incompetente! Um gato de rua e essa Marinette idiota. Fala serio. ― Diz ao reclamar virando a cara. ― Isso não vai ficar assim. Vocês têm muito a me compensar.

― Eu sei. E obrigado por salvar minha vida. ― Ele diz com um sorriso nos lábios a fazendo chorar.

― Adrianzinho! Seu idiota! Assim não valeeee! ― Grita ao dar uns murros nele e os demais riem com tal cena.

 

― Como fez isso? ― Alya diz ao ir ate Marinette que estava a ver a cena e rir. ― Como derrotou o Hawk Moth?

― Eu não posso te contar. Preciso contar a ele primeiro. Mas ele não esta pronto pra saber ainda. ― Diz ainda a ver a cena enquanto todos riem, fincado seria com seus próprios pensamentos.

Se ele ainda não estava pronto... Quando estaria?

Como o libertaria das garras de Hawk Moth?

― Ta! Mas agora vocês me explicam uma coisa? Você se pegam ou não? ― Kin pergunta descaradamente e logo o guardião do kwami do cavalo tenta o calar. ― O que foi?

Mas os dois se entre olham ficando vermelhos e envergonhados.

― Não e sim. ― Ele responde ao ajeitar os cabelos que tinham ficado bem desalinhados com o combate. Sentindo que não demoraria muito para a tempestade cair. ― Na verdade nós não sabíamos quem o outro era ate hoje. E eu gostava da Larybugg e a Marinette do Adrien. Então nunca rolou nada entre nós. ― Explica meio sem graça enquanto ela só petrifica com a franqueza dele em expor tudo, e assim todos ali riem da confusão que eles fizeram por tanto tempo.

― Porra que rosco. Mas e agora? ― Nino cutuca ao dar uma jogada de sobrancelhas ao amigo que só ri um sorriso de canto de boca passando a mão sobre a sobrancelha e olhando para o lado, o que é resposta suficiente para o moreno pular sobre o amigo. ― Ai sim! Filho da puta! Finalmenteeeee! Caralho!!!

A alegria do moreno era contagiante, principalmente a Alya que compartilhava da mesma emoção.

― Eu vou ser a madrinha e foda-se! ― Grita ao abraçar a amiga que consegue ficar ainda mais vermelha que seu próprio uniforme.

― Aff. Que lindo. Mas a verdade que... Já que o maníaco do Hawk Moth foi derrotado e todos os demais vilões viraram nada. Vocês podem ir “sim” ao meu passeio! ― Chloe impõe revoltada e os dois se entre olham não podendo negar.

― Isso é verdade! Finalmente acabou! Esta livre cara! ― Nino parecia o mais empolgado ali, comemorando mais que Adrien que se sente estranho em ouvir tal confirmação.

― Sim. Se os miraculos perdidos foram finalmente recuperados não tem nada que nos prenda aqui. Podemos ate viajar o mundo e salvar cidades mais problemáticas que essa. Lugares que realemnte precisem da nossa ajuda. Como uma liga da justiça que não salva só um lugar. E sim todo o globo! ― Alya diz totalemnte sonhadora.

Não podia negar.

O mundo era grande de mais para se prenderam a proteger um único ponto.

Mas não tinham como impedir.

Aquele momento era de todos.

Então para comemorarem e se divertirem saíram da Torre Eiffel e logo foram a alguma lanchonete. Afinal, todos estavam animados e empolgados de mais para voltar para suas casas.

Claro que não podiam dizer em voz alta algumas coisas, mas tudo ficava subi entendido em seus comentários gerais.

E por conta disso Chloe fez questão de ir a um restaurante que possuía mesas privativas para que eles pudessem ficar mais à-vontade em tal comemoração.

― Serio que você não sabia que ele tem explosões de raiva? ― Nino chegava a falar com a boca cheia de batatinhas. Logo rindo alto da expressão de Marinette que claramente não sabia onde estava se metendo.

― Mas eu não tenho. ― Adrien ate tenta se defender, mas a expressão de Chloe o desmente todinho.

― E quantos celulares você destruiu este ano? ― A loura pontua e ele cora de vergonha, não tendo como responder.

― Ate parece que eu sou o único que tem vontade de fazer isso...

― Vontade todos temos. Mas fazer? ― Alex ri. ― Mas admito que só não faço isso por que não da pra comprar outro. ― Debocha ainda mais da cara dele.

― Sim. A zueira agora vai ser você ser um riquinho do caralho! ― Kin diz como se tirasse um peso do peito.

Por anos quis brincar e zombar o amigo por coisas que percebia, mas se segurava por achar que o magoaria. Mas agora que sabia quem ele era, tinha plena noção que o amigo não era tão sensível assim e podia sim falar tudo o que tinha vontade na cara lavada; pois ele seria ainda mais descarado que ele.

― Serio? ― Mas Adrien retruca o comentário com um tom e um sorriso que faz Kin repensar a vida.

― Ei! Por que não libertamos nossos Kwamis também? Estamos em uma mesa restrita e eles sabem se esconder se alguém aparecer. ― Alya desconversa vendo que mais uma vez Marinette se perdia babando um pouco no sorriso de Adrien, agora imaginando que esse era de fato seu namorado.

― Um... pouco perigoso não? ― Adrien a responde preocupado com a reação que seu parceiro poderia ter. ― O Plagg esta sempre livre por ai. Mas não acho bom ele ficar perto de outros humanos.

― Plagg? É o nome do seu Kwami? Você deixa ele livre? Tipo fora do Miraculos? ― Max questiona surpreso.

― Sim. O tempo todo. Desde que o conheci; vocês não deixam?

― Na verdade comecei a deixar depois que conheci o Plagg. ― Alya diz meio sem graça. ― Ele é um Kwami interessante de se conversar. Não tem papas na língua mesmo.

― Isso ele não tem mesmo. ― Ri ao se lembrar de como o pequeno parceiro andava arteiro. ― Tudo bem então... ― Diz ao abrir a blusa e o pequeno que se escondia em seu bolso interno voa direto parar as batatinhas com queijo! ― Plagg! Ai... você.... ― Murmura ao tirar o pequeno ser do prato, vendo que esse se empanturrava com o queijo que estava por cima de tudo.

― O que foi? Vai dizer que não posso comer? ― Diz ao fazer a maior carinha de pena, uma vez que esse deveria estar faminto por usar o cataclismo mais cedo e Adrien ter se empolgado muito e esquecido de o alimentar.

― Desculpa. Claro que pode. Vou pedir algo só pra você. ― Sorri meio sem graça e logo vê que todos pareciam muito curiosos com a forma que ele conversava com seu Kwami já que tirando Tikki e Marinette os demais não conversavam com eles. ― Um... To fazendo algo estranho?

― Não. É que nós não estamos acostumados a conversar com eles. Comecei a conhecer a Trixx a pouco tempo. ― Alya diz sorridente. ― E você? Esta feliz? Destruidor de auto estima. ― Brinca ao se lembrar da ultima conversa que teve com o pequeno ser.

― Siiiimmm! Vou poder ver a minha docinho toda hora! ― Diz alegre o que mata Marinette de vergonha e só faz Adrien sorrir satisfeito.

― Um? O que foi Marinette? Ele esta errado? ― Adrien diz meio temeroso com a reação dela; e essa entra pra dentro de si como uma bolinha.

― Vem Marinette! Vamos pegar algo para os Kwamis comerem! ― Alya diz ao puxar a amiga para fora da mesa e Adrien apenas fica as olhando sair com um olhar preocupado.

Será que mesmo assim ela não se sentia bem perto dele?

Que saber que ele era Chat Noir estragou o que ela sentia por Adrien?

Não.

Não queria pensar essas coisas. Não seria pessimista.
Mas tinha medo.

― Se acalma garota. ― Alya diz ao pedir uma porção de varias coisas diferentes e seguir em direção a mesa parando um pouco antes de entrar na porta da área privativa deles. ― Você não conversou com ele ainda? Não vai me dizer que não se declarou ainda!! Eu vou te matar na porrada garota!

― Não! Sim! Eu me declarei. Estamos namorando oficialmente. Mas... O que o Plagg disse me matou de vergonha! Ele quer dizer que vamos passar mais tempo juntos sem o manto.

― E o que isso tem de errado? Afinal vocês não podem “namorar” de manto. E os kwamis podem se ver e conversar enquanto isso.

― N-na-namorar...

― Claro. O que você queria com ele todos esses anos? Brincar de adoleta? ― Alya diz tranqüila e Marinette queima um fuzil. ― Ai... Isso vai ser bem complicado. OK. Meu trabalho não acabou mesmo né? Vamos lá eu te ajudo ok. Podemos sair em encontros de casal um pouco. Vai ser divertido.

― O-obrigada!

― Disponha.

― Aaah! Ele é tão fofo! ― Mas ambas se surpreendem como Chloe estava tratando o Kwami gato. ― Olha essa carinha

― Sim. A carinha de um pilantra travesso. Isso não é um bebe não. ― Adrien ate tenta argumentar, mas estavam todos completametne apaixonados pelo Kwami gato. ― Desisto. ― Diz ao apoiar o rosto sobre a mão. ― Marinette? ― Indaga um pouco assustado em a ver ali e logo Alya a faz se sentar a seu lado. ― Esta tudo bem?

― S-sim. Esta sim. Me desculpa. É que o Plagg falou uma coisa tão simples e lógica e minha mente foi longe.

― Longe ou “longe”? ― Sussurra a pergunta e ela quase explode.

― Pega leve Romeu. Que a Julieta é muito, mas muito tímida e tem uma crise nervosa sempre que você esta perto. ― Alya diz ao parar atrás dele e sussurrar em seu ouvido.

― Ata. Entendi. ― Ele logo corresponde lembrando como Marinette agia estranho perto dele, e também como ele ficava muito mais envergonhado perto de Larybugg; mesmo que com o traje conseguisse se expressar melhor que sem ele. Lembrando como ela também conseguia agir mais normalmente perto dele mesmo quando ele estava sem o trague quando ela usava o dela. ― Complicado. Mas entendi. Desculpa Marinette. O Plagg só quer passar mais tempo com os outros Kwamis. Ele esta feliz em poder ficar perto da Tikki agora que sabemos nossas identidades; eles podem se ver. Tipo... marcamos de ver um filme? Serie? Desenho?

― Si-sim. Eu que viajei! Não precisamos morar juntos agora né? ― Diz ainda em seu pequeno surto, logo tapando sua própria boca e ele cora levemente com as viagens dela sabendo o que exatamente ela imaginava pra ficar tão tímida.

― Sabe. Gostei da sua viagem. Mas eu pensei que você fosse morar com a Alya durante a faculdade. ― Completa meio sem graça e ela volta a olhar para o próprio colo.

― V-vou sim. Seu pai... ele conseguiu uma vaga pra mim em uma das melhores faculdades de moda do mundo e a Alya vai para uma de jornalismo. Ambas ficam próximo do metro e podemos morar juntas e trabalhar por lá.

― Não vai mais estagiar com o meu pai?

― E-eu não sei... Não sei como ele vai reagir quando souber de nós. ― Diz pensando que seu patrão agora sabia quem ela era e provavelmente estava demitida. E talvez bem queimada no mercado.

― Ain! Plagg e Tikki são tão fofinhos juntos! É injusto não conseguir tirar uma fotinha sequer! ― Alya reclama um pouco o que faz Marinette rir.

― Eu desenho eles pra você depois. Afinal... vou ver mais o Plagg. Né. ― Diz ainda envergonhada com a idéia, tentando se acostumar com ela.

Mas logo ela começa a prestar mais atenção nas conversas da mesa, o que a tira completamente deste seu momento de paraíso a jogando a um turbilhão de emoções ruins.

Afinal havia esquecido completamente de um problema.

― É uma pena que o Viperion não esteja aqui. Ele foi o único membro da equipe a ficar por fora dessa comemoração. ― Nino diz ao conversar com Max e ela não consegue evitar se recordar o real motivo de esse não estar ali junto a eles.

Não conseguia deixar de se sentir extremamente culpada.

Alem de destroçar o coração do garoto havia o excluído deste momento de confraternização tão importante para todos.

Parando então e olhando para Kyoko que parecia evitar contato visual com ela.

Marinette então engole seco e se levanta indo ate a garota que parece perceber seu ato e deixar a mesa.

― Kyoko desculpa eu...

― Você não fez nada de errado! ― A menor grita ainda de costas. ― Ele te amava. Só não sabia que era você. Ele já tinha te escolhido muito antes de eu o conhecer... Eu não tinha chances desde o começo.

― Kyoko... ― Marinette não tinha o que dizer a ela. Realmente não tinha culpa do que ouve entre os dois. Mas entendia completamente como ela deveria estar se sentindo a os ver posar juntos assim perante o grupo todo devia ser difícil.

― Não foi sua culpa Marinette. ― Mas a própria se vira a olhando. ― Você foi uma boa amiga. Gostava dele e... Eu nem mesmo percebi. Você gostava dele há mais tempo e eu fiquei com ele. Isso não é coisa de amiga. Sinto muito.

― Não. Olha você também não fez nada de errado. Eu... Dei vários foras nele e ele foi pra você. Ninguém fez nada errado. Nem você nem ele. ― Diz ao se aproximar da estrangeira que parecia tremer de nervoso. ― Você é tão linda e segura. Eu morri de ciúmes sim. Mas principalmente por que entendi o por que de ele ficar com você e não comigo. E isso doeu. Doeu muito.

― Eu... nunca quis ser um empecilho pra vocês.

― Você não foi. Nós fomos um para o outro. Por favor. Continue sendo minha amiga. ― Ela diz quase a chorar e Kyoko não sabe como reagir a isso.

― C-claro. ― Sorri por fim.

E logo as duas se abraçam.

Não queria perder uma amiga por causa de um garoto.

Era o que ambas pensavam naquele momento.

Tinham tanto a aprender uma com a outra.

E ao ver esta cena escondidos os dois Kwamis sorriem entre si, esperançosos de que desta vez tudo daria certo. E Tikki aceita os planos de Plagg de os ajudar a ficar juntos.

― Bem... mas em falar de ex e complicações... ― Marinette diz ao desfazer o abraço afim de confessar uma coisa que nunca teve coragem de dizer nem mesmo a própria Alya. Mas imaginou que Kyoko teria uma compreensão diferente, e que esta pudesse a ajudar a resolver isso de uma vez por todas, agora que haviam finalmente posto tudo na mesa. ― O Viperion é o Luka meu ex namorado e nosso termino não foi nada como o de vocês... ― Confessa tremula ao ouvir as conversas da mesa atrás de si, e Kyoko a encara seria.

― O que você fez?

― Pisei e usei o coração dele como se fosse... o meu parque de diversões particular. ― Confessa ao olhar para a mesa sem saber como contar isso a Adrien. ― Eu não sei se ele tem que saber isso. Afinal ele sabe que eu namorava o Luka, mas nunca soube como terminamos. Todos da nossa sala acham que terminamos de uma forma amigável por que ele ia viajar com a banda dele. Mas não foi isso. Ele foi embora justamente pra ficar longe de mim...

― Nossa. Eu... sinto muito. Essas coisas são muito difíceis. ― Ela diz pensando em como ajudar a amiga.

Era de fato uma coisa complicada de se resolver. Principalmente depois de tanto tempo.

― Sabe. Antes de eu saber que o Chat Noir ele era o Adrien... Ele me confessou que tinha terminado com a namorada. Ele me contou como foi e como se sentia mal em como foi o termino, mas também... ― Confessa sem saber ao certo por que estava dizendo aquilo para ela. ― Só que na época eu achei que fosse mais uma indireta dele pra mim. Por que disse que não podia tratar ela, você, assim. Ficar com ela amando outra pessoa. Mas agora eu entendo... ele foi correto e eu... Eu quem fui o monstro. ― Diz ao tentar segurar as lagrimas, não conseguia aceitar ainda como estava errada em todas as suas atitudes. ― Achei que você tinha que saber isso. Como ele se sentiu mal com o termino e tudo mais.

― Mas eu sei disso. ― Sorri. ― O Adrien é uma pessoa muito carinhosa e amorosa. Tem seus defeitos? Sim. E quem não tem? Mas ele transborda de qualidades ate mesmo nelas. ― Ri carinhosa. ― Só me prometa que serão muito felizes esta bem.

― Claro! ― Sorri.

Não podia acreditar na reação de Kyoko, nunca que em seu lugar conseguiria agir de tal forma. De fato a guardiã do Dragão tinha uma personalidade incrível.

― Olha. Você me desculpa, mas eu ainda não consiga acreditar que “você” é o Chat Noir. ― Marinette pode ouvir Max comentar com um tom bastante complexo. Parecia extremamente indignado com o fato. ― Você... ― Murmura envergonhado por começar a falar sabendo que agora tinha de terminar seus argumentos. ― Você é todo delicado e o cara bota pra quebrar sem medo do amanha. Não tem como você ter aquele porte físico. ― Ele argumenta temeroso em acabar por ofender o amigo, mas Adrien parece muito tranqüilo com seus comentários, mas assim que ouve o segundo arguemento é Nino quem o responde.

― Não mais. ― Ri alto com a cara que Adrien faz.

― Cala a boca Nino! ― Adrien se revolta, mas a imagem já estava formada na mente de todos.

― Fala serio. Você deu uma bela engordadinha esses meses que ficou de cama.

― Aff. Claro. ― Bufa virando a cara. ― Como não engordar? Tomando todos aqueles remédios e ainda não podendo fazer “nada”? Esqueceu que não dava nem pra andar?

― Não to tirando o nível da gravidade dos seus ferimentos. Mas você é humano uai. Se fica tanto tempo parado assim... Em-gor-da! ― Nino ri, mas logo toma um cascudo. Pois Adrien não se importa em apoiar uma das mãos na mesa para acertar o amigo que estava do outro lado da mesa com a outra surpreendendo as todos com suas atitudes mais “soltas” que o normal.

― Ok. Ta ai. Vi um pouco do Chat Noir. Você pode se comportar assim o tempo todo. ― Max volta a se questionar.

― Verdade. É mais divertido. Não tem que ser o príncipe encantado. Isso é meio chato. ― Kin completa.

― Em? ― Mas tais palavras soam estranho para ele. Nunca havia se segurado de propósito ou tentado ser perfeito. E então sorriu imaginando que estava mesmo bem melhor se libertando aos poucos de suas próprias amarras. ― Ta ok... ― Sorri meio sem graça se auto avaliando um pouco, mas durante essa distração Nino aproveita para levantar sua camisa. ― …???!!!!!

― Viu como deu uma bela engordadinha! ― Brinca enquanto o amigo tem um delei em resposta a seu ato. Logo tomando um belo mata leão.

― Ta maluco? Vou arrancar sua blusa em publico também pra ver se é gostoso! ― Diz bem irritado com a atitude do amigo que se esgueirou por de trás de si dando a volta na mesa só pra o sacanear, aproveitando de seu momento de distração.

― Fala serio... O Adrien fora de forma ainda da bem melhor que eu na minha melhor forma... ― Max comenta um pouco envergonhado, afinal Nino estava certo, o louro havia ficado meses de cama sem nem poder andar e tomando medicamentos fortíssimos que sempre acabam engordando.

― Calma calma. Eita gatinho bravo! ― Nino não parava de rir. Estava gostando muito de ver Adrien se soltar mais como estava fazendo ali. Ver o amigo realmente feliz. ― Mas você sabe que to te zuando por que sei que essa pancinha vai durar pouco. Agora que foi liberado a fazer exercícios... Aff. Queria metade dessa força de vontade pra fazer exercícios... Só metade tava bom. ― Diz ao voltar a se sentar em sua cadeira, dando uns tapinhas em sua própria barriga sabendo que estava bem mais fora de forma que o amigo que tinha motivos para estar.

― Unf. Por que não inverte? Passa um tempo na minha casa que te ponho em forma. ― Diz ao pegar um copo do chá que estava tomando e sorver um gole.

― A-do-re-i a idéia! ― Alya diz zombeira não perdendo a oportunidade de tirar o sarro do namorado. ― Volta Boy delicia também. E se alguma piranha vier folgar pego o Plagg emprestado e arranco os olhos dela. ― Brinca ao girar o boné de Nino para traz e o dar um beijinho na bochecha. ― Serio. Pra ser um bom super herói é bom todos vocês aprenderem a serem como o Adrien. Fazer exercícios regularmente e cuidar do corpo. Peguem o exemplo dele seus folgados, poxa.

― Ta loca? Ele não tocou nas babtatinhas! Batatatinhas!!! Eu não vou fazer dieta e deixar de comer meus hanburgões! Sou nem loco. Não viaja!

― Você não tem que fazer dieta de modelo sua anta! Mas um exercício não vai te matar. Eu comecei a fazer desde que ganhei o colar definitivamente. ― Alya diz ao mostrar o braço e Nino poder ver que o braço dela estava mais definido que o dele.

― Ok... venceu. Adrien fico um tempo com você. Ta dando não... ― Assume cabisbaixo e o louro assim como o resto da mesa apenas ti alto.

Marinette via a tudo isso enquanto conversava com Kyoko sobre como tratar o assunto de Luka, sabendo que não adiantava fugir do assunto. Uma hora ela teria de resolver este assunto de uma vez. Sempre apareceria cosias novas em seu caminho e não poderia se deixar abalar por seus próprios tropeços seu almejava ser a luz na escuridão que ele carregava com sigo.

― Vamos embora! Eu não quero pegar chuva de novo! Odeio água! ― Mas logo elas podem ouvir os gritos de Plagg do lado de dentro da sala.

Os trovoes ficavam mais fortes e o vento soprava cada vez mais gelado.

A temperatura estava mesmo caindo, e apesar de parecer que o mundo estava querendo dizer que as coisas ficariam tristes, na verdade todos ali estavam muito felizes e animados indo totalmente contra o que o clima indicava.

De fato o clima era apenas o clima e não comandava as emoções do grupo.

― Para de ser chato. Juro que não vou pelos telhados ok? Chamo um taxi ate em casa. ― Adrien argumenta com o pequeno e Nino apenas ri.

― Ele não vai acreditar muito não. Você ama ir pelos telhados.

― Poxa.

― Tem personalidade de gato mesmo. ― Alya se acaba de rir e logo Marinette e Kyoko se juntam ao grupo rindo um pouco deste detalhe que não perdia a graça.

― Eu não entendo o que quer dizer personalidade de gato. ― Adrien diz meio confuso o que só faz os demais rirem mais ainda.

De fato todos estavam se divertindo de mais ali.

E com isso Marinette acha que seria melhor adiar o assunto mais uma vez.

Aproveitar esse momento único com seus companheiros e amigos; e com seu namorado.

― Fala serio. Votação? Eu odeio esses top que você faz! Serio! ― Alex diz ao brigar com Alya pegando o celular e a mostrando uma de suas enquetes mais famosas no Laryblog. ― Por que você fica fazendo isso? Dizer qual herói é o melhor? O mais famoso e amado. Isso é um saco. Não da pra ganhar da dupla e não da pra ganhar da Larybugg. Isso é hipocrisia.

― Calma. Eu só dou o que o povo quer.

― Ok! Vamos fazer uma competição entre os dois aqui. O que a equipe deles acha de cada um. ― Impõe e todos ficam bem desconfortáveis, lembrando que inúmeras vezes já falaram em voz alta o que achavam de cada um na sala de aula.

Mas Adrien apenas ri e olha para seu Kwami.

― Eu falo ou você fala? ― Brinca demonstrando que já sabia de cor o que cada um ai pesava de si e de sua parceira.

― Ops.. tem isso né? ― Alex diz sem graça ao se recordar de tudo que já disse de cada um deles, ate mesmo para eles.

― Sim. Nós já sabemos. ― Ele sorri e ela apenas concorda tentando não gargalhar da cara de todos ali.

― Ain... Verdade. Desculpa. ― Alya diz olhando para Adrien que realmente não parecia se importar. ― Eu falei cada coisa sobre você. Ate postei teorias no Laryblog... Sinto muito mesmo.

― Esta tudo bem Alya. Serio. Eu não estou bravo com você por isso. Na verdade acho bom que você não mude drasticamente o que fala do Chat Noir agora que sabe quem sou seria estranho de mais.

― Esta certo. Mas... já que estamos tocando neste assunto... Tem como me responder algumas coisas?

― Anh. Claro?

― Certo. Vem aqui no cantinho. ― Diz com um sorriso malévolo ao se levantar e sair da salinha, coisa que o faz engolir em seco.

Mas ele respira fundo e sai da mesa, e os demais apesar de extremamente curiosos ficam só a observar de longe mesmo.

― O que acha que ela tem pra falar com ele em particular? ― Kyoko questiona a Marinette um pouco preocupada vendo a feição da amiga.

Afinal essa não sabia mesmo esconder suas emoções quando se trava dele.

― Ok. Você vai me perguntar quais são as minhas intenções com ela ou coisa assim? ― Questiona ao fechar a porta atrás de si. Demonstrando uma segurança que Alya reconhece facilmente que Chat Noir possuía e sobrava para alugar a quem precisasse de um pouco.

― Calma ai. Não vamos por a carroça antes dos bois. Eu sei que você gosta dela; já provou muito isso mas... Nada explica esse seu “jeitinho” de ser. Pode me explicar por que muda tanto?

― A? Isso? Bem... eu já falei disso com ela. Mas realmente não noto tanta mudança assim. Ela disse que acha que com a mascara eu me sinto mais livre para ser eu mesmo. E sem ela eu me... “retraio”, sei lá.

― Você se “compota”. ― Indaga muito convicta e ele da um pouco mais de atenção as observações da garota. ― Se comporta como acha que tem e como esta acostumado. Entendi. Ok. ― Diz seria logo tomando uma pose mais agressiva. ― Mas você não é um galinha é? Se não eu arranco sua alma em!

― Não! Claro que não. Juro Alya. Eu só tenho olhos pra a Bag Boo. Ate tentei namorar outra pessoa mas... não deu muito certo. Não consigo ficar com outra pessoa.

― Tudo bem. ― Sorri satisfeita. ― Eu vou tentar ajudar ok. A Marinette só é extremamente tímida. Vai ter que ter muita paciência com ela. Ela pode ser uma super heroína segura mas... fica bem insegura quando se trata de você, e morre de vergonha.

― Tudo bem. Obrigado por... ajudar ela. Mas... desculpa falar assim mas... Se estamos namorando acho que deveríamos resolver nossos assuntos sozinhos sem a intromissão de terceiros. Se ela é tímida tudo bem, obrigado por me contar assim não imagino tanto que eu tenha feito algo que a desagradou, e também me controlo melhor. Mas eu tenho que ver com ela se o faço que faz ela agir assim o que a desagrada ou não.

― Nossa. Ok... {Tomei uma patada na orelha. Ok mereci por me meter...}

― Desculpa. Não quis ser grosso. Sei que esta a ajudando a muito tempo e só quer dar apoio mas...

― Tudo bem Adrien. Você é diferente dela. Não fica falando de quem gosta o tempo todo com o Nino. E nem pede ajuda dele, mesmo depois de ele saber seu segredo e poder ajudar. ― Diz um pouco pensativa. Afinal sempre acompanhou a versão de Marinette e nunca parou para pensar como Adrien age com esses assuntos. ― Esta certo. Vocês vão ter de aprender a se adaptar um ao outro. ― Sorri satisfeita com a maturidade dele em lidar com o assunto.

― Obrigado por entender. E desculpa mesmo. Ter te dado esse corte.

― Tudo bem. Depois de ficar alguns dias com o Plagg agüento qualquer patada.

― Hehe. Ele é doze pra leão.

― Pra elefante. Como você aquenta?

― Tenho personalidades piores na minha vida acredite. ― Diz saudoso voltando para a mesa.

Mas mesmo que tudo estivesse uma delicia, as horas passavam e logo ia ficando cada vez mais tarde. E todos precisavam ir para casa.                             Afinal o lugar iria fechar.

― Temos que fazer isso mais vezes! ― Nino diz alegre ao esperar por Nora embaixo do toldo junto de Alya.

― É, vamos sim. ― Marinette diz saudosa ao olhar a chuva que caia pesada; logo vendo o casal se despedir e entrar no carro.

E assim todos foram seguindo seu caminho.

Menos ela é claro, que estava muito nervosa para assumir que queria passar mais tempo ali com ele.

― Quer uma carona? ― Ele diz ao ver que seu taxi havia chego. E ela apenas faz que sim com a cabeça.

Mas ele não estava menos nervoso.

Pensou se entrava na casa e se apresentava como namorado dela.

Lembrou como o pai dela era empolgado. E imaginou se ele seria tão afetuoso com ele como havia sido com o super herói. Se iria o oferecer aprender seu oficio assim como fez antes, e se pegou rindo.

― O que ouve? ― Ela pergunta curiosa tentando parecer normal perto dele.

― Nada. Viajei aqui. Lembrei do seu pai. ― Comenta entre um riso fraco. ― Ele é empolgado. Não consigo imaginar um jantar de família. ― Ri com a imagem de seu pai sempre tão serio e comportado confraternizando com tal figura.

De fato o pai de Marinette era uma pessoa muito divertida e animada, e gostava da idéia de o ter como sogro.

Mas ela por sua vez não sabe como responder a seu comentário final.

― S-sabe... se-seria legal... marcar um... jantar de família? Digo pra se conhecerem! Digo... aiiinnn. ― Diz sabendo como Gabriel era uma pessoa formal, e muito provável esperaria tal ação.

― Sim. Acho que seria sim. Vou tentar tirar o meu pai da toca e marcamos. ― Sorri para ela tentando a fazer se acalmar, mas isso só a faz ficar ainda mais embolada. ― An... bem... Chegamos. ― Diz ao mostrar que haviam chego a padaria de sua família, e ela suspira por ter sido tão rápido. Afinal com essa chuva tão pesada há tanto tempo ate o transito já havia se dissipado pois não tinha como sair de casa.

― Sa-sabe. È que tem uma coisa que eu queria muito conversar com você. É algo serio. ― Diz ao por a mão sobre a porta indo a abrir. ― Podemos conversar a sós depois?

― Claro. Eu posso passar aqui depois. Só tenho que chegar em casa, agüentar as broncas por ter ficado ate essa hora fora sem falar nada e depois fujo como faço nas rondas. ― Diz tranqüilo e brincalhão e ela suspira ao ouvir como seria seu tratamento em casa se lembrando do segredo se seu pai, logo abrindo a porta para ir logo para casa. ― Marinette? ― Mas a voz dele a chama de volta e ela para antes de sair. ― Toma. ― Diz ao lhe entrega um guarda-chuva ainda fechado.

O mesmo gesto que a fez se apaixonar por ele.

Uma cena tão parecida e oposta que lhe trazia uma nostalgia estranha, agora no final de tudo.

― Obrigada. ― Diz ao lhe dar um beijinho na bochecha e deixar o carro sentindo o corpo flutuar no ar.

Estava moída.

De fato tinha sido um dia extremamente cansativo.

Mas muito mais proveitoso.

Tinha conseguido finalmente se declarar. Alem disso havia conseguido, vencer seu inimigo, contar sua identidade a todos e ter esse jantar maravilhoso alem de voltar para casa junto dele como namorados.

Apensar de seu corpo todo doer pelo combate que teve com os múltiplos inimigos e ainda pensar em como Gabriel Agreste era um ser humano perigoso e terrível ao ponto de matar tantas pessoas sem ao menos pestanejar; ela estava feliz. Extremamente feliz.

Tomou um banho quente e se deitou ouvindo os trovões e pensando como tudo estava perfeito, e em como resolver as pontas soltas que havia esquecido no percurso.

Claro.

Tomou um tempo exaltando sua alegria ao contar a seus pais que em fim estava namorando com o garoto de seus sonhos, e como ele era completamente perfeito ate mesmo em seus defeitos mais irritantes. E seus pais por sua vez não tinham como não se sentir envolvidos por tal alegria, mas mesmo assim impõem que queriam muito de conhecer o garoto antes de dizer qualquer coisa; mesmo que ela mesma já tenha dito que o próprio quis marcar este encontro.

Mas a verdade era que não conseguia mais deixar de pensar em Luka e em como resolver este ultimo ponto que havia esquecido de amarrar.
Ate pensava se esse era mesmo o ultimo ponto solto. Afinal, sempre que pensava isso aparecia outro... parecia ate uma maldição!

E assim apagou, sendo realmente muito tarde da noite quando foi desperta por um som vindo de sua janela.

Despertou assuntada e pronta para o combate por estar acostumada aos instintos de combate que adquiriu ao longo dos anos.

― Calma. Sou eu. ― Ele sorri ao fechar a janela, e ela se surpreende ao ver Chat Noir ali a essa hora da madrugada.

Afinal eles podiam muito bem conversar quando amanhecesse, o assunto que queria falar não era algo tão urgente assim.

― Desculpa. Não queria te acordar eu... não me dei conta da hora. Vou embora.

― Não! ― Grita ao o segurar ali pelo cinto em sua cintura como sempre fazia. ― Esta tudo bem. Toma se seca um pouco.

Ele apenas seca seus cabelos, já que o traje era impermeável; tomando cuidado apenas para não molhar todo o quarto da garota.

Mas ela estava tensa.

Seria como nunca viu a parceira estar antes.

Mesmo em seus piores combates.

Parecia ser algo que realmente a havia afetado.

― É sobre o que ouve... a um bom tempo atrás... Quando te salvei de se afogar no mar. ― Ela diz ao se sentar sobre a cama o convidando a se sentar junto a ele, e ele por sua vez se espanta um pouco com o conteúdo da conversa sabendo muito bem onde ela queria chagar com isso. ― E também sobre como você se joga de cabeça pra salvar o dia e principalmente pra me proteger.

― Unf... Eu sei o onde você quer chegar. ― Diz serio ao olhar pela janela e ver que a chuva não daria trégua tão cedo. ― Eu estou bem agora. Juro. Nino e Chloe me ajudaram muito. Mas não tem nada que qualquer um possa fazer a mais. E eu não quero voltar a tomar remédios. Isso não me ajuda.

― Mas o Plagg me contou que os que você tomou não foram receitados. Você...

― Para! ― Grita revoltado e ela se assusta, vendo que ele cerrava os punhos. ― Esta bem. ― Murmura em um tom mais fraco ainda afastando da cama onde ela estava. ― Só para. Não tem como você entender. Então não tenta.

― Eu só quero te ajudar...

― Eu... Eu sei. ― Diz com um tom pesaroso ao finalmente se sentar na cadeira abraçando uma das pernas enquanto com a outra empurra a cadeira em direção ao computador olhando as fotos de si que estavam ali na parede. ― É algo da minha cabeça. Não tem como você magicamente entrar aqui e resolver tudo por mim. Mas eu... to bem melhor eu juro pra você.

― Esta bem. Mas... me promete que se sentir muito... não sei. Você vem ate mim? Não fica sozinho pelos prédios ok?

― Ok... prometo. ― Desvia o olhar.

Ela já o conhecia a tempo suficiente para saber quando as coisas não estavam bem.

Mesmo antes de saber sua identidade esses passavam algumas horinhas juntos entre as rondas conversando sobre assuntos a esmo nos telhados.

E ambos sempre traziam assuntos sortidos e que não tinham relação alguma com suas vidas justamente para não acabarem dando dicas de quem poderiam ser. Mas as vezes, poucas vezes ela percebia que ele não parecia estar bem. Podia ser um olhar, uma ação mais pesada do que precisava durante o combate ou seu jeito de respirar que ficava pesado. Mas ela sabia que ele não podia desabafar então inventaram seu jeito de contar sem contar. Mas agora sabendo de tudo não era difícil para ela fazer as contas e entender de verdade tudo o que ele lhe contava em uma forma tão disfarçada.

― Aconteceu alguma coisa? ― Pergunta temendo sem saber o que. Afinal tinha uma boa noção do que o pai dele era capaz. E que esse ainda não estava liberto dele. ― Pra você ter perdido à hora assim?Você é sempre tão pontual...

― Sim mas... ― Suspira. ― Não quero falar nisso. Tudo bem?

― Claro. ― Diz em um tom meigo ao se aproximar calmamente dele. ― Olha você... não precisa me contar tudo se não quiser mas... Também não precisa ficar naquela casa isolado. Pode vir pra cá sempre que precisar.

― O que quer dizer? ― Diz ao finalmente olha para ela.

― Que... não quero que você vá pra lá hoje. ― Diz seria indo em sua direção. Mesmo com o traje a sua viseira não era mais um empecilho para ela ver suas expressões perfeitamente. ― Você não parece estar bem. Aconteceu algo. E não quero que fique sozinho; esta bem.

― Unf.. My Lade... sempre assim... ― Murmura ao voltar a desviar o olhar. ― Esta bem, mas o que espera? Que durma com você? ― Diz por fim corando de leve.

― N-não! Só vamos ficar aqui conversando um pouco ok? ― Sobe ate sua cama e o chama para ir com ela. ― Vamos conversar lá em cima que é mais difícil de alguém no escutar e da tempo de você fugir caso entrem aqui. ― Ela diz ao subir as escadas ate o local que ficava a sua cama. ― Se esta melhor... pode me dizer o que estava sentindo antes?

― Você é mesmo uma teimosa.

― Estou preocupada com você. Muito.

― Unf... ok. Vou tentar explicar... ― Diz pensativo olhando para o chão enquanto senta na beira de sua cama. ― Imagina mente humana como uma casinha ok? E que aconteceram coisas que seria como uma bola de demolição. Ou uma britadeira, que foram quebrando ela aos pouquinhos. Tipo os seus alicerces. ― Ele diz pensativo em como lhe explicar, mas ela só conseguia pensar que o maior alicerce de uma pessoa é a sua família, sua casa. Ela também pode se apoiar em amigos e pessoas de fora, mas a primeira sempre são os pais. E os dele... eram no mínimo complicados. ― Mas agora eu já consegui bons operários para consertar os danos. Juro.

― E eles são Chole e Nino? Por que não posso ser um deles? ― Impõe demonstrando sem medo algum como estava magoada em ficar de fora disso. Tudo bem que ele não podia dizer nada a larybugg que dedurasse sua identidade, e não tinha uma ligação tão grande com Marinette. Mas... eram parceiros e defendiam a vida um do outro. Como ele podia checar a esse ponto e nunca contar nada a ela como parceira?
Se sentia verdadeiramente traída.

Era assim? Sentir que seu parceiro, não confiava nela?
Era mesmo um sentimento horrível.

― Eu... não quero jogar isso em você. ― Ele responde tentando se explicar, mas nada nunca seria o suficiente.

― E por que não?Uma relação “é dividir o peso”! Sempre fomos parceiros! Como pode não confiar em mim?

― Eu confio. Sempre confiei!

― Não... Você só... ― Ela para de falar na metade, sentia que se falasse o que pensava iria o afastar ainda mais deste assunto.

Por que tudo tinha que ser sempre tão complicado?

― Unf.. ok você esta certa. Isso... é uma coisa eu nos afeta certo? ― Ele diz pensativo ao largar o corpo em sua cama ficando a olhar o teto com os pés ainda voltados ao chão. ― É que você é você, e eu... bem eu sou eu. Não queria que ficasse preocupada com isso. Você tem muito mais com o que se preocupar e... Alem disso não podia contar nada sem me revelar. Só te faria ficar preocupada atoa.

― Você podia me contar que estava com pensamentos suicidas... Podia me contar que estava com muita pressão.

― E o que você ia fazer com isso? ― Diz serio ao olhar em seu rosto e perceber uma fina lagrima escorrer. ― Marinette... ― Se senta novamente. ― Se eu falasse isso você só ficaria agoniada. Não tinha o que você fazer.

― Você não queria que eu me preocupasse com você? Eu sempre me preocupo com você! Idiota. ― Reclama ao lhe tacar um travesseiro nas costas. ― Eu entendo que... Você tem como escape ser um super herói e o maximo que eu podia fazer era te afastar disso. Já que não podia saber nada sobre você. Mas... você não é nenhum peso pra mim. ― Diz franca e ele volta a olhar para ela se sentando com as costas na parede onde a cama se apoiava. ― Por favor não se trate assim; como se fosse um segundo plano e só eu importasse na nossa dupla. Eu daria um jeito de te ajudar mesmo sem saber a sua identidade. ― Ela diz com todo o coração e ele sorri de leve meio entristecido.

― Esta certo My Lady. Eu só não queria te por em risco... se eu fosse akumatizado mas... isso acabou acontecendo mesmo assim. Pelo menos não foi quando estava com o traje. Esse era o meu maior medo. ― Diz com o tom de voz completamente afetado pela magoa e ela engatinha ate a beirada da cama e ergue seu rosto. ― Mas estou mesmo melhor. Estrutura da casa refeita e... as janelas e portas que sentia que estavam trancadas agora estão abertas.

― Tudo bem. Mas... qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo, eu quero que me diga na mesma hora que sentir. Esta bem?

― Esta bem. Hoje eu só... discuti com o meu pai de novo. ― Confessa ao voltar a virar o rosto e ela engole seco. ― Ele me falou muita coisa que ainda estou digerindo ok. Só não quero falar disso ainda.

― Tudo bem gatinho.

E assim continuaram a conversar, sobre tudo.

Como ele se acostumou a essa vida sufocante, e como sentir um pouco da liberdade que ser um super herói o dava, lhe mostrou como era verdadeiramente infeliz.

Contou a ela seus temores de a ferir e se tornar um perigo e tudo o que o levou a aquele momento, assim como, como havia contado a Nino sua identidade para conseguir tal apoio; que tinha sido algo feito em meio ao desespero de tentar de novo.

E acabaram por dormir.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Fiz eles conversarem de boas no modo Marinete e Chat Noir. No jantar estavam os dois sem seus mantos, eu estou entendo empredar a diferença que eles se tratam com e sem o manto. Na próxima eu mostro muito mais isso as diferenças já que vai se passar sobre a relação deles. Tbm quis mostrar um pouco do envolvimento da Alya nisso. Eu queria muito fazer a mãe do Adrien ser uma puta vila da porra toda. Mas ia fazer a fick ficar mais longa ainda e prometi acabar logo com ela.)



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