Entre Extremos escrita por Bella P


Capítulo 42
Capítulo 41




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Dallas não permaneceu o resto das férias na casa dos Weasley, até porque não havia espaço para isto. A contragosto e sob os protestos acalorados de Potter, ela foi realocada para a casa dos Gordon no mesmo dia em que os Winford foram retirados discretamente da Inglaterra, escoltados por um grupo de aurores integrantes da Ordem, enquanto os tablóides britânicos especulavam e tentavam descobrir a verdade sobre o assalto mal contado que a mansão Winford sofreu durante a festa de debutante de Dallas. As testemunhas tinham uma memória vaga do ataque, nada de grande valor foi levado da casa e, depois do ataque, o que foi deixado para trás foram mortos e feridos, incluindo Meredith Winford que teve um funeral a portas fechadas à imprensa e no qual somente Nicholas, Albert e Amélia estiveram presentes como membros da família. 

A nota oficial dada a imprensa foi de que os Winford estavam indo para o château que tinham em Provence para se recuperarem desta tragédia, e enquanto repórteres e paparazzi corriam atrás do rabo tentando dar sentido a está história, a família seguia rumos diferentes, sem a certeza se veriam novamente a caçula dos Winford.

Neste meio tempo, entre o ataque, o resgate e a mudança para a casa dos Gordon, um detalhe essencial neste cenário que Dallas percebeu estar ausente foi Narcissa. Era impossível a mulher não ter sabido do ataque e para alguém que clamava amar Dallas com todas as forças de seu ser, apesar de não ser exemplo de mãe perfeita, a ausência de notícias pela parte dela, uma coruja que fosse para perguntar se ela estava bem, fazia Dallas questionar se deveria sentir-se desapontada com esta situação ou conformada. Curiosamente, também havia uma grande ausência de cartas de Draco atolando os seus ouvidos sobre as futilidades que fez naquelas férias e sobre a injustiça que era a vida e o fato de todos puxarem o saco de Harry Potter.

— Acho que é porque ele deve estar mais preocupado com isto. — Patrick largou um antigo exemplar do Profeta Diário sobre o colchão da cama, em frente a Dallas, logo depois que ela comentou sobre a ausência de correspondência pela parte dos Malfoy. Na capa do jornal havia uma matéria cuja chamada ocupava metade da primeira página e falava sobre o ataque ao Departamento de Mistérios no início do ano e a prisão de alguns Comensais da Morte, incluindo Lucius Malfoy. — E isto. — outro jornal foi posto sobre o primeiro e agora este falava sobre uma fuga em massa de Azkaban e na lista de fugitivos estavam nomes que Dallas tinha lido nos livros de História da Sessão Restrita. Eram Comensais que, comparados à eles, Lucius era um anjo de pessoa, do tipo que ajudava velhinhas a atravessarem a rua e dava doces a crianças no parque.  

Dallas recolheu o jornal com as pontas dos dedos e uma sensação desagradável lhe embrulhando o estômago.

— O quão fiel Lucius Malfoy era a Voldemort na primeira guerra? — perguntou, porque Patrick sabia das coisas e Aurora fazia questão de compartilhar as informações da Ordem com o irmão, dizia que ele deveria estar preparado para tudo, e junto com Pietro havia intensificado o treinamento de Patrick para Defesa Contra as Artes das Trevas e outros treinamentos de combate que geralmente eram oferecidos somente pela Academia de Aurores. 

— Por quê? 

— Porque eu lembro de Draco discutindo com Potter sobre ser culpa dele por Lucius estar preso. Do jeito que Voldemort é obcecado por Potter, ser vencido  neste round deve ter ferido o ego e ele tem cara de ser alguém que desconta as frustrações de seus próprios erros nos outros, ao invés de assumir a culpa. 

— Por favor, não psicanalise Voldemort, é assustador. Mas se for isto mesmo que aquela mente psicótica está pensando, ele culpa Lucius pelo fracasso da missão, seja lá qual tenha sido ela, e vai puni-lo de acordo. 

— Como? — Dallas ergueu os olhos do jornal para mirar Patrick, o embrulho no estômago aumentando a sua sensação de desconforto. 

— Se eles estivessem mortos, o mundo mágico inteiro já saberia. Voldemort é do tipo de deixar exemplo e faz questão de ter o crédito em tudo, inclusive na morte de uma família do Sagrado 28. — Dallas torcia para que Patrick tivesse razão, porque a ideia de perder alguém assim tão rápido, antes mesmo do ápice da guerra, a apavorava. Não era muito chegada a Narcissa, mas havia desenvolvido uma certa afeição por Draco, apesar dos pesares. 

A resposta para se os Malfoy ainda estavam vivos ou não veio quando Dallas e Patrick foram escoltados por Aurora e Pietro ao Beco Diagonal para comprarem o seu material escolar. O clima no Beco era fúnebre, havia várias lojas fechadas e com ar de décadas de abandono, lojas que Dallas havia visitado um ano antes e que borbulhavam com magia e clientes. A quantidade de alunos era ínfima, os poucos bruxos que passavam por eles tinham expressões fechadas e temerosas, e o coração de Dallas acelerou no peito quando ela viu as figuras familiares de Narcissa e Draco ao final da rua. 

Dallas abriu a boca para chamar o nome deles, mas Patrick interrompeu o seu movimento ao segurar-lhe com força pelo braço, apertando a carne de forma dolorida.  Narcissa deveria possuir um sexto sentido forte para perceber quando um dos filhos estava por perto, porque ela virou-se abruptamente no segundo em que Dallas foi impedida de falar e ela mirou a garota com olhos cinzentos largos e temerosos. Havia várias mensagens refletidas nas íris, a mais intensa delas sendo um “não se aproxime” que também estava estampado no rosto pálido e cansado. Draco seguiu o olhar da mãe e quando encontrou os olhos da irmã, ele ficou igualmente pálido, em um tom quase cinzento, que aprofundou-se quando uma figura encapuzada aproximou-se da dupla, pousou as mãos de dedos ossudos no ombro de cada Malfoy e os guiou para a entrada da Travessa do Tranco.

— Eu tenho quase certeza que aquela era Bellatrix Lestrange. — Aurora comentou quando os Malfoy desapareceram na escuridão da Travessa do Tranco. 

— E por que você não a prendeu? — Patrick questionou a irmã. 

— Olhe a sua volta. Estamos em desvantagem completa no momento, veja ali. — ela apontou para um bruxo que tinha acabado de deixar o apotecário, coberto com uma capa de viagem negra e tinha um olhar alucinado e um tanto paranoico, mais abaixo na rua havia uma bruxa magricela e cuja pele macilenta e oleosa precisava urgentemente de sol e tratamento dermatológico, ao lado dela havia um homem de dentes amarelados e sorriso psicótico, metros a frente, um grupo de três bruxos corpulentos e carrancudos, todos usando roupas escuras e com ar suspeito. — Comensais. — murmurou. 

— Como você sabe? — Dallas perguntou enquanto era guiada por Pietro na direção da Madame Malkins. Não havia nada nessas pessoas que denunciasse a sua aliança com Voldemort. 

— Porque eles estão na lista dos Comensais fugitivos de Azkaban. — Pietro comentou baixo quando eles entraram na loja. — Voldemort está espalhando o seu manto de influência e controle no mundo mágico britânico e começou com um dos locais mais importantes: o Beco Diagonal. A ausência de clientes se deve ao fato de que Comensais estão guardando o Beco como se a eles pertencessem. 

— E os aurores sabem e não fazem nada? — Patrick disse, com um tom indignado, e Aurora comprimiu os lábios como se estivesse se esforçando, e muito, para não dar uma resposta atravessada para o irmão. A expressão dela era de quem também não gostava em nada da ideia de Comensais rodando livres pelo Beco Diagonal, mas que não poderia fazer nada porque alguém deu a ordem superior de não intervir. Dallas suspeitava que a ausência de aurores no Beco era mais coisa da Ordem da Fênix do que do Ministério. Porque o Ministério era sempre a esposa traída, sempre a última a saber das coisas. Dumbledore? Este sabia de tudo e antes de todos, e gostava de dar corda para os outros se enforcarem. 

Se Dumbledore mandou que os aurores da Ordem não fizessem nada, era porque ele tinha algum plano que envolvia dar aos Comensais da Morte essa falsa sensação de vitória. 

Na noite anterior ao embarque para Hogwarts, uma carta chegou via correio-coruja para Dallas. Não tinha assinatura, não tinha brasão identificando o remetente, só tinha o nome dela em uma letra que já lhe era familiar pelos presentes recebidos nos últimos anos.

“ Draco fez o impensável para nos salvar, salvar a família ”. Foi como a carta começou, sem nem ao menos um olá na primeira linha, como a boa educação mandava. “ Eu preferia a morte ao vê-lo nesta situação, ao ver qualquer um de vocês nesta situação. Olhe por ele, Dallas, não permita que ele se perca ”. O problema era que, se Draco fez o que Dallas acreditava que ele fez, o que estava implícito nas palavras de Narcissa, ele já estava completamente perdido. 

No dia 1º de Setembro, Dallas embarcou no Expresso, após despedir-se dos Gordons, e correu o trem a caça do irmão, o encontrando no último vagão coletivo junto com todos os outros alunos da Sonserina. Ele ria e trocava anedoctas com Pansy e Daphne e soltou um ofego de susto quando Dallas o puxou com força pelo braço, o tirando de seu assento. Draco tinha crescido bastante no último ano, estava alto e esguio como Lucius, mas a herança de Amélia Winford também deu as caras nos genes de Dallas que só nas últimas férias tinha ganhado mais alguns centímetros de altura e o treinamento de Montgomery lhe deu mais força e massa muscular, o suficiente para permiti-la arrastar Draco até o compartimento de bagagens com facilidade. 

— Mostre o seu braço. — ela ordenou, sem preâmbulos.

— Antes mesmo de um olá? — Draco disse com puro sarcasmo, mas Dallas podia ver que sob a fachada de arrogância dele, ele estava pálido e tremia. 

— Draco. — sua voz saiu mais suave que o pretendido, e talvez tenha sido isto o suficiente para fazê-lo dobrar a manga do casaco e expor a pele pálida e horrivelmente marcada com a Marca Negra. Dallas engoliu um soluço, as lágrimas vieram de surpresa em seus olhos, lágrimas que ela achou não ter mais pelos anos que desperdiçou chorando por uma família que nunca iria ter. Pelos anos que passou endurecendo o seu coração. Ela estendeu a mão e com as pontas dos dedos indicador e médio tocou a Marca e o gesto fez Draco recolher o braço em um puxão e cobrir novamente a horrenda tatuagem. 

— Como você soube? — ele perguntou em um sussurro rouco e Dallas deu um relance para a porta da cabine antes de lançar um feitiço repelente e outro de privacidade. O bom do 1º de Setembro era que o Ministério já considerava este dia oficialmente o dia de início das aulas e o Expresso era propriedade de Hogwarts, então feitiços eram permitidos dentro do trem. 

— Eu recebi uma carta da… — Dallas engoliu em seco, pois ainda lhe era difícil dizer esta palavra, mas era melhor do que mencionar nomes caso os feitiços não surtissem muito efeito. — mamãe sobre isto.

— Não me critique! — Draco explodiu, como se o tom de Dallas fosse de crítica quando na verdade havia sido completamente neutro. A perda do controle por nada era sinal claro do absoluto estresse que ele estava vivendo naquele momento, e o fato de que ele começou a perambular de um lado para o outro do vagão, puxando as mechas do cabelo em um gesto nervoso, mostrava que ele estava na beira do abismo, que ele queria pular, mas não tinha coragem. 

— Draco? Draco! — Dallas o chamou e o segurou pelos pulsos, porque ele estava literalmente arrancando fios de cabelo da cabeça a cada puxão nervoso. — Por quê? — sim, ela queria saber o por quê. Draco sempre espelhou os pensamentos preconceituosos de Lucius, mas nunca teve uma opinião própria sobre o assunto que era o racismo de Voldemort contra nascidos-trouxa, portanto nunca verdadeiramente mostrou apoiar os ideais mágico-nazistas do bruxo. E menos ainda expressou vontade de segui-lo algum dia. 

— Por que você acha? Ele não está feliz com o fracasso de Lucius…

— E está descontando em você? 

— Você acha que eu quero esta marca medonha em mim? — Draco sussurrou, desespero permeava a sua voz e os seus olhos estavam vermelhos pelo choro mal contido. — Seguir aquele psicopata nunca foi a minha aspiração de carreira. Podemos compartilhar alguns ideias, mas o Lorde das Trevas já perdeu há muito tempo a sanidade. E gente insana não precisa de razão para torturar e matar os outros. Você sabe o que eu presenciei nestas férias? — e Draco pôs-se a contar, ainda de forma desesperada, como Voldemort fez da Mansão Malfoy a sua nova base de operações, como ele torturou e assassinou opositores e deu os seus restos mortais para Nagini comer. Como ele torturou seguidores e aliados somente porque eles o desagradaram. 

Ao final do relato, ele estava cinza e com aspecto doentio e Dallas não deveria estar muito atrás, porque também sentia uma vontade imensa de vomitar diante do que ouviu. 

— E então, ele ficou sabendo de você. — os olhos cinzentos ganharam um brilho de histeria que foi refletido na voz dele. — Ele sabe que você é uma Black, ele sabe que você é filha de Narcissa. Ele sabe que Harry Potter é apaixonado por você! O ataque a Mansão Winford? Este foi um recado para Potter, um recado para mim. Por que você não foi embora com o restante da sua família? Por quê?!

— Draco…

— Não! Você estaria segura, estaria a salvo, em qualquer buraco que Amélia tenha escondido os Winford! Mamãe e eu conseguiríamos nos virar, não nos importamos com as torturas e ameaças, com a morte, mas ao menos você estaria segura! 

— O quê? — Dallas recuou diante da veemência dele e diante do choque pelo que ouvia. 

— Você acha que eu aceitei esta merda para salvar Lucius?! — Draco puxou com força a manga do casaco, expondo a Marca novamente. Lágrimas escorriam por suas bochechas, sua voz era puro desespero, e ele tremia como galho seco ao vento, prestes a partir a qualquer momento. — Lucius que aceite as consequências dos atos dele! Eu fiz isto por nossa mãe, eu fiz isto, principalmente, por você !

— Por quê? — a relação deles nunca foi boa, nunca foi próxima. Eles tinham os seus momentos de raro amor fraterno, mas, como dito antes, estes eram raros. Por que, então, Draco se arriscaria desta maneira?

— Porque você é minha irmã , sua imbecil! Por que mais motivo eu faria isto? Não sei que criação você teve com a sua estúpida família trouxa, mas você está no mundo mágico tempo o suficiente para saber que para nós bruxos, família é tudo . Eu me importo com você, Potter se importa com você, Gordon se importa com você, e não é por causa do seu adorável charme veela. — disse com deboche, para a surpresa de Dallas. — E sim, eu sei deste seu segredinho, eu não sou idiota. Nós nos importamos com você porque conexões mágicas, depois de formadas, são poderosas demais para serem ignoradas. Por que acha que Weasley e Granger seguem Potter como cães fiéis e vice e versa? Por que acha que Gordon e você são tão próximos quando não têm nada em comum? Por que acha que Amélia Winford não te largou em um orfanato? 

— Porque magia a obrigou? — Dallas disse com desgosto, porque tudo que ela ouvia é que magia foi a responsável por esses sentimentos, que não foi algo naturalmente desenvolvido a partir da cerne de cada indivíduo. Draco riu de forma desagradável. 

— Você é muito idiota! Conexões mágicas não forçam emoções, Dallas, apenas desenvolvem e fortalecem o que já existe. Conexões mágicas pegam uma faísca e a cultiva até essa se transformar em uma gigantesca chama. 

— Oh. — Dallas não tinha resposta para isto, não mesmo. Porque a confissão de Draco não era teatro, não era mentira, não pelo tom de desespero na voz dele, pela frustração dela ter ficado ao invés de ter fugido, não pelo modo como ele a olhava como se o seu mundo fosse desmoronar por completo se algo acontecesse a Dallas. 

— Por que você não foi embora, Dallas? — por quê? Por Potter, por Patrick e, agora que pensava melhor no assunto, também por Draco.

— Conexão mágica. — respondeu de forma displicente e com um dar de ombros e Draco soltou uma risada rouca e desesperada antes de abraçá-la com força contra o peito largo. Dallas surpreendeu-se com o gesto. A única pessoa a abraçá-la de maneira tão intensa até hoje foi Potter e, como os abraços de Potter, o de Draco também era caloroso e acalentador, para o completo choque de Dallas. — Okay, chega, chega. Recomponha-se! — Dallas brincou, afastando-se de Draco e com gestos nervosos e somente para ter com que ocupar a sua mente e mãos, para esconder o embaraço daquele breve momento emocional, ajeitou as roupas dele, escondendo novamente a marca, e com um girar de varinha apagou os traços de choro do rosto de Draco e penteou novamente o cabelo dele. 

— Dallas. — Draco a segurou pelos ombros antes que eles deixassem o vagão. — Sobre Potter… 

— Pode esquecer. — Dallas declarou. Não iria deixar-se intimidar por um psicopata com uma obsessão doentia por um garoto de dezesseis anos. Draco riu de forma curta e amarga e a soltou. 

— Você é mais corajosa do que eu. — declarou e Dallas deu um relance para o braço coberto dele. 

— Não, não sou. Acredite. — Draco era mais corajoso, porque ele estava colocando a sua sanidade mental em jogo, porque Dallas sabia que Draco não iria aguentar a pressão mas iria ao fundo do poço se fosse necessário para proteger a família. Dallas sempre desejou que Draco despertasse para a vida, amadurecesse, e sempre acreditou que isto só fosse acontecer quando ele vivenciasse alguma experiência traumática o suficiente para abrir-lhe os olhos, mas não era exatamente isto que ela tinha em mente. Voldemort, guerra, a Marca Negra e com certeza alguma missão louca que o bruxo das trevas deu sob a promessa de que, com o sucesso, a segurança dos Malfoy e de Dallas estaria garantida. Não era nem de longe o que Dallas tinha em mente. E, ainda sim, para ela, Draco era muito mais corajoso do que ele acreditava ser. 

Dallas deixou o compartimento primeiro, para dar a Draco tempo para terminar de recompor-se e retornar para os colegas com toda a pompa que lhe era característica. Ao passar pelo vagão coletivo ocupado somente pelos sonserinos, trocou um olhar significativo com Davon Yale e percebeu, de rabo de olho, algo tremular no ar. Franziu as sobrancelhas, porque este tipo de miragem era estranhamente familiar para ela, Dallas já viu este efeito antes, em algum outro lugar, até que lembrou-se de um encontro no corredor de acesso a diretoria, em seu quinto ano, quando foi puxada para sob uma Capa da Invisibilidade. Quis parar por um segundo, tirar satisfações, denunciar Potter e a clara espionagem dele dos colegas dela de casa, mas achou melhor não começar conflitos agora tão cedo no ano letivo e portanto seguiu silenciosamente o seu caminho de volta à cabine que costumava compartilhar com Patrick.


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