Cupido, Traga Meu Amor escrita por Tricia


Capítulo 10
Alix


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Ivan se tornara a verdadeira personificação do entusiasmo enquanto compartilhava todos os seus planos para o futuro restaurante que deveria ter a sua cara, mas ainda não tinha um nome.

— Contratamos alguém para resolver as partes chatas da reforma e da decoração e você não esta deixando ela trabalhar – Adrien resmungou enquanto ocupava uma das mesas do restaurante e faziam seu pedido ao primeiro garçom que surgira rapidamente visto que a hora do almoço já havia passado há algum tempo.

— Eu não consigo evitar. Você viu que eu tentei – mentira – A minha alma esta nesse projeto, então eu quero participar de tudo porque não existe parte chata para mim.

— Ela não vai querer trabalhar para nós depois facilmente – Ivan não negou, rindo.

— Se você sorrir eu acho que ela aceita. Ela te secou tanto que pensei que seu corpo ficaria desidratado mano, de verdade.

Realmente.

 – Ela não faz o meu tipo.

— A Choué também não é seu tipo e por algum motivo você topou sair com ela – o amigo retrucou – Quando a Alya me contou eu fiquei pasmo, a gente até apostou o resultado disso.

— Não me diga... Quem ganhou?

— Ela; apostou que você fugiria dela o quanto pudesse depois – ele de fato fez isso – Quando nos conhecemos eu pensei de verdade que você seria um galinha do caramba porque você tinha tudo que fazia uma garota olhar e grudar em você. o Principe dos Sonhos. 

— Você me julgou mal.

Ivan maneou a cabeça concordando. No começo fora um tanto estranho simpatizar com o garoto perfeito que entrara no colégio roubando as atenções de todos para si e trazendo uma grande quantidade de rivalidade feminina que buscavam ser o centro do universo do loiro quando este era o delas.

Se não fosse por Nino jamais teriam se tornando amigos.

— Como esta a Mari? Deveria ter pedido para você trazer ela, quem sabe ela poderia dar algumas ideias também.

— Ela teve uma sessão de fotos essa manha e a tarde ia sair com a Alya.

O garçom voltou colocando os pratos sobre a mesa. Ivan se pôs a analisar seu pedido, um habito comum daqueles que mexiam com comidas, Adrien supunha assim como ele próprio analisava bem as roupas que vestia que não faziam parte da grife de seu pai.

— Entendi. Dia das garotas – o loiro deu de ombros concordando – Quanto tempo ela ficara na sua casa?

Adrien cruzou os braços, ponderando. Realmente não havia pensando muito sobre o fato quando no primeiro momento apenas imaginou que poderia resolver tudo em menos de 48 anos, mas já havia se passado alguns dias. Não era incomodo, talvez um pouco estranho na tese para os de fora.

Até para ele deveria ser estranho por estar acostumado a viver sozinho, mas não. Marinette nunca invadia seu espaço ou fazia coisas que o irritaria. Estar com ela no mesmo cômodo era fácil, agradável até ousaria dizer.

— Pouco tempo – respondeu por fim.

— Aproveita esse tempo então.

— Aproveitar?

— Ela é uma garota legal que você não afastou depois do que houve com a Kyoko. Estar com ela tão perto pode ser bom de muitas maneiras para você.

— Esta mesmo tentando bancar um cupido aqui.

— Eu estou sendo um bom amigo que esta te ajudando a desencalhar.

— Você também é solteiro – alfinetou.

— Estou em um relacionamento com o meu restaurante dos sonhos – Ivan rebateu – O foco aqui é você!

— Porque não me surpreende você gostar dela?

— Mano, como uma pessoa não gosta de alguém como ela? Mari é aquele tipo de pessoa que você quer botar num potinho e levar para casa de tão maravilhosa que é.

— Tem certeza que não é você que esta interessado nela?

— Tenho. Vejo ela como vejo a Alya, adoro, mas sem segundas intenções.

— Que bom moço você é.

— Eu sou – ele afirmou com uma mão no peito – Se você se casar com a Mari, eu garanto um bufe mais maravilhoso da história.

— Você esta com a cabeça muito longe da razão.

 

~&~

 

Ir ao cinema não era uma grande novidade para a cupido, mas ir como uma verdadeira pessoa pagando ingresso, comprando comida para acompanhar e ter companhia não parecia uma má ideia. O convite podia ter partido de Alya que só queria alguém para fazer-lhe companhia em sua folga, todavia, não era como se tivesse muito o que fazer também. Por que não?

Passear no shopping não era chato.

— O Adrien já te pagou não é – maneou a cabeça positivamente fazendo a morena continuar – Por que não aproveitamos e compramos algo para você, um mimo depois de todo o trabalho duro.

É razoável.

— Ok, mas o que?

Alya sorriu.

— Temos três andares de lojas para procurar e um dia inteiro para gastar aqui. Tem que ter algo que te agrade.

A morena enganchou o braço no da cupido dando inicio a uma maratona de experimentações de roupas e sapatos. Adrien Agreste havia lhe dado muitas peças para usar por consideração a sua atual situação desastrosa, mas o poder de poder conseguir algo a partir de seu próprio ganho era realmente bom.

— Olha isso – a morena apontou quando saiam de mais uma loja de mãos vazias. Na vitrine ao lado uma edição da revista Lotus trazia em sua capa o Anjo de Kang maravilhosamente – Vamos.

Alya a arratou sem cerimonia para dentro do local em direção a banca de exemplares, puxando uma e dando nas mãos da cupido.

— Coloca ao lado do seu rosto, eu vou tirar uma foto.

Marinette obedeceu e logo Alya exibia fotos que de alguma maneira estranha que Marinette não sabia explicar em palavras se precisasse, mas a faziam sorrir feliz.

— Eu quero levar essa revista.

— É isso ai amiga! Alimenta esse espirito capitalista que habita em você – a morena comemorou.

— Você é a mulher nessa revista – as duas se voltaram para o trio de garotas que estava próximo a elas.

— É ela mesma –Alya afirmou prontamente.

Os rostos daquelas três garotas se iluminaram enquanto olhavam daquela capa para a mulher em sua frente. Tão bonita quanto era mostrada.

— Podemos tirar uma foto com você – uma delas pediu.

A cupido não sabia bem o que fazer, mas lá estava Alya incentivando-a com gestos sutis. Isso não lhe causaria problemas, certo?

— Tudo bem.

Um celular de capa colorida foi dado a Alya ao mesmo tempo que as três rodeavam a cupido perto da banca com sorrisos animados, um tanto desconcertada Marinette sorriu.

— Você é muito bonita.

— Obrigada. Vocês também são lindas.

— Nada mal – Alya comentou quando já estavam longe, o exemplar da Lotus vinha em uma sacola de plástico na mão da cupido.

 Próximo à praça de alimentações aonde fizeram uma longa parada para experimentar a comida de um dos lugares favoritos da morena recém descoberto elas encontraram uma loja recém aberta com atendentes educadas e amistosas que mostravam ótimas peças de roupa para elas. Alya e seus comentários não pareciam ter fim quando o assunto era ajuda com visual.

— Todos estão te pintando como o ser humano mais puro que pisou nessa terra, combina com você, mas ousar de vez em quando pode ser bom.

Um cabide fora empurrado ao mesmo tempo que era trancada no provador para provar a peça sugerida pela Césaire.

Um vestido preto brilhante moldava o corpo magro da cupido quando esta deixou o provador pondo-se a frente de um grande espelho com um par de sapatos que a morena logo trouxera para combinar.

— Ele fica perfeito em você – a atendente comentou. Alya concordou prontamente se aproximando mais.

— Acho que esse é o mimo que você merece – a cupido sorriu e aquilo foi como um sinal positivo para Alya que voltou-se a atendente – Vamos leva-los. Sapato e vestido.

Com dois pares de sapatos a morena se afirmou satisfeita com sigo mesma. A cupido por outro lado ainda acabara perambulando pelo estabelecimento regado de roupas até a sessão masculina, uma gravata clara chamava-lhe a atenção. Era um pouco parecida com o tipo que sempre via Adrien usando. 

Não seria tão errado.

— Quer levar esta para seu namorado, senhorita? É uma ótima escolha.

— É para um amigo – corrigiu rapidamente.

A morena se pôs ao lado da cupido passando um braço ao redor dos outros da cupido olhando aquela peça nas mãos da jovem modelo. Um sorriso divertido e um tanto zombeteiro moldou a face da mulher.

 – É um amigo muito bonito que ela pode contar para tudo.

—Entendo – aquele sorriso cúmplice que a atendente devolveu era realmente estranho.

— Eu vou dar uma olhada nas jaquetas e te deixo aqui procurando seu presente, pode me mostrar.

A atendente maneou a cabeça apontando uma direção e seguindo por ela com a morena deixando a cupido com seus pensamentos. Adrien gostava de azul e verde e algumas vezes até usava algumas com estampas bonitas. 

— Mari – a cupido pulou para o lado quase soltando a pequena caixa ao mesmo tempo que se voltava para a figura de cabelos rosados que lhe chamara. Alix. Uma cupido – O que esta fazendo olhando isso?

A colega era consideravelmente mais velha, com um histórico excelente em juntar casais em tempo recorde por causa de suas artimanhas arriscadas que quando feitas por alguns cupidos que ousaram tentar fora como um belo tiro no pé. Arriscar tanto como ela fazia era algo que Marinette jamais ousaria tentar novamente.

— Passando o tempo, enquanto trabalho. 

— Quem é a sua missão?

Em uma velocidade absurda a cupido varreu o lugar com os olhos o mais discretamente possível até parar em Alya.

— A morena de óculos.

— Ela é familiar.

— É jornalista – havia um pequeno desespero no tom da cupido que só torcia que isso fosse o suficiente para convencer a colega ao mesmo tempo que pedia silenciosamente para Alix não ter sido a cupido responsável por juntar Alya e Nino.

A atenção da cupido ainda permaneceu sobre Alya por dois ou três minutos antes de finalmente voltar-se para Marinette.

— Ela parece ser fácil de trabalhar. É comunicativa.

— Sim. Estou me dedicando bastante nesse caso.

— Percebe-se, faz um tempinho que não te via. Me diz que esta pelo menos lembrando de atualizar os registros?

— Estou.

Uma bela bagunça de registros a estaria esperando.

— Eu preciso ir encontrar a minha missão que não é nada agradável – um suspiro cansado deixou os lábios da cupido que bagunçou um pouco mais os cabelos curtos rosa claro – A gente se vê, Mari.

— Boa sorte. Até – tão rápido quanto surgira, à outra cupido desapareceu para sabe se lá onde daquele lugar – Foi por pouco.

— Mari.

Desta vez a caixa definitivamente foi para chão e o resto de cor do rosto da cupido ia junto.

— Por que me assustou, Alya?

— Não foi minha intenção. Você parecia estar falando com alguém.

— Estava apenas divagando.

— Okay – a morena maneou a cabeça, pegando a caixa caída e a estendendo para a cupido – Você tá meio pálida.

— Acho que comi doces demais, não estou me sentindo muito bem. Podemos deixar o filme para outro dia?

De preferencia um que não haja qualquer cupido por perto...

— É claro. Vamos pagar isso e ir embora para você descansar um pouco.

Ir embora para longe de Alix soava como um ótimo plano se mais nada acontecesse no caminho para dificultar de alguma maneira.

Rezar não era comum para cupidos, mas estranhamente estava se tornando para Marinette para apartar um pouco o medo do desconhecido que poderia prejudica-la de alguma maneira.

Humanos viviam suas vidas com incertezas sobre seu futuro constantemente, isso era algo conhecido que Marinette descobriu não gostar nada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, consegui traze-lo mais cedo
O mundo dos humanos pode ser divertido, mas Mari não é o único ser não humano que anda nele.
Lembrem disso porque pode ser importante no futuro.Espero que tenham gostado do capítulo, consegui traze-lo mais cedo
O mundo dos humanos pode ser divertido, mas Mari não é a única cupido que anda nele.
Até o próximo
Bjs



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