(Re) Nascer escrita por EsterNW


Capítulo 21
Sua canção


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: Acordar de Fresno.



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Almir pegou a última bacia cheia de queijos dos braços do pai, colocando-a no fundo da carroceria da caminhonete.

— Toma cuidado com isso, filho — o caseiro advertiu. — Não deixa virar aí dentro.

— Pode ficar sossegado, pai — o rapaz respondeu com seu sorriso calmo, fechando a carroceria e pulando para dentro dela, sentando-se ao lado das bacias. — Falando nisso, cadê o Lysandre? 

O sol estava começando a se pôr na fazenda, indicando que era hora de partirem. Como Lysandre ainda teria que passar o som com a banda, deveria chegar duas horas antes do início da quermesse. Chico resolveu que todos iriam juntos na caminhonete, aproveitando para já colocar o queijo que venderiam junto da barraquinha de produtos de derivados do leite e doces caseiros em compota de dona Soraia. Já Almir não contestou, ou então teria que ir a pé para o lugar. Nunca que ele perderia uma boa festa.

— Vou ver se ele já tá vindo — Chico avisou, afastando-se do filho, ocupado em mexer em seu celular, aproveitando enquanto ainda tinha sinal de wi-fi.

O caseiro entrou pela porta da frente, encontrando apenas Dragon correndo em sua direção. Foi obrigado a ignorar o cachorro, deixando o canino claramente chateado. Aproximando-se do quarto do fazendeiro, viu a porta aberta, com Lysandre observando seu próprio reflexo em um espelho posicionado ao lado da janela. Aquilo não estava ali antes.

Chico caminhou na direção do fazendeiro, ocupado em ajustar seu cravat no pescoço.

— Isso não tá meio… Extravagante, seu Lysandre? — questionou, olhando-o de cima a baixo.

O fazendeiro usava roupas de cores sóbrias, com uma calça preta, sapatos formais e bem lustrados, além de uma camisa de linho com detalhes bufantes na manga, que combinavam com o cravat verde no pescoço. O branco era sobreposto pelo colete preto desenhado com arabescos escuros, que seria oculto pelo sobretudo da mesma cor do cravat.

— Há um cantor que gosto que costuma usar roupas parecidas — citou, referindo-se a um vocalista e pianista de duas famosas bandas nacionais de metal melódico. — É uma homenagem para ele. E também gosto do estilo — arrematou, pegando o sobretudo de cima da cama e vestindo-o.

— Bem… Se o senhor diz. — Chico deu de ombros e coçou a cabeça. 

Ele próprio estava simples, apesar de trajar uma das suas melhores roupas. Passaria despercebido com a camisa polo amarela, um casaco marrom e o jeans. 

— Nervoso? — Chico questionou, vendo o fazendeiro encarar o próprio reflexo no espelho e soltar um respiro fundo, na intenção de acalmar a respiração. 

— Um pouco — Lysandre respondeu com um menear de cabeça.

— Vai dar tudo certo, seu Lysandre. — Chico colocou uma mão sobre o ombro do outro. — O senhor é talentoso demais.

O fazendeiro deu um sorriso tímido, vendo o reflexo do caseiro pelo espelho, uma cabeça mais baixa do que ele mesmo.

— Vamos? — Lysandre incentivou, com ambos saindo do quarto.

O fazendeiro fez questão de se despedir de Dragon, claramente chateado por ser o único a ficar longe da festa. Lógico que o cachorro não sabia para onde iam, apenas queria brincar. 

Os dois saíram da casa e Lysandre trancou a porta, seguindo Chico para a caminhonete.

— Tá estiloso, hein? — Almir comentou na parte de trás do veículo, quando viu o fazendeiro passar por ele e se dirigir para o lado do carona.

Até o próprio Almir estava sóbrio, com calça jeans, camiseta com uma estampa esportiva e um casaco de malha aberto por cima. Os cabelos loiros na altura do queixo movimentavam-se para lá e para cá com o vento. O inverno começava a mostrar para que viria.

— Meu violão! — Lysandre recordou-se assim que Chico ligou o rádio do carro e foi obrigado a fazer todo o caminho pelo qual veio para buscar o instrumento.

Quando retornou, deixou-o junto de Almir na carroceria, sabendo que seria bem cuidado. Percebendo que não se esquecera de mais nada, o caseiro finalmente deu a partida, colocando o veículo para funcionar. Saindo da propriedade, encararam as escuras estradas de terra batida.

Enquanto a música invadia o carro — Lysandre poderia dizer que estava surpreso por Chico ter deixado numa rádio que tocava reggae, provavelmente influência de Almir, que conseguia ouvir a música de onde estava — e concentrou-se em fazer seus exercícios de relaxamento, que aprendera quando estudara sobre técnicas vocais. O caseiro apenas o observava de canto de olho, dividindo a atenção com a estrada.

— Nunca vou entender essas coisas — disse mais para si mesmo com um riso, deixando o fazendeiro em silêncio para se concentrar.

Em questão de alguns minutos — e quando parecia que a rádio já tinha tocado todos os reggaes possíveis — as casas da vila se tornaram visíveis. Por ser um pouco depois das cinco da tarde, Chico conseguiu estacionar a caminhonete na lateral da praça.  A estrutura estava completamente montada, porém, parcialmente vazia. Apenas aqueles que trabalhariam no evento estavam lá.

Almir foi o primeiro a pular do veículo, observando o local com um assobio.

— Isso vai ser bom. — Esfregou as mãos, deixando a dúvida se empolgado ou para aquecê-las. — Pra onde eu levo o queijo, pai? — questionou ao ver o caseiro sair do veículo.

— O senhor que ir lá passar o som? — Chico ofereceu para Lysandre. — Eu e o Almir levamos os queijos pra dona Soraia.

Com isso, o fazendeiro deixou pai e filho, que abriram a carroceria e começavam a descarregar as bacias com queijo. Atravessou a fileira de barraquinhas, sendo capaz de ouvir o óleo borbulhando em algumas delas, com os alimentos começando a ser preparados. Em outras o estande ainda estava sendo montado. Cumprimentou algumas pessoas com acenos de cabeça, carregando nas costas seu violão dentro da capa preta.

Logo, aproximou-se da área vazia perto do palco, observando de longe os músicos já com seus instrumentos montados e testando-os, enquanto as pessoas responsáveis pela parte técnica davam os ajustes na mesa de som. Fora o último da banda a chegar.

— Lysandre! — seu Juca o cumprimentou, saindo da beirada do palco, de onde observava os instrumentistas. — Estava preocupado que você fosse demorar pra chegar.

O homem passou o braço pelo ombro do cantor — em uma intimidade que ele não havia dado — e começou a guiá-lo para os poucos degraus que davam acesso à estrutura de metal.

— Acabei demorando um pouco para me arrumar — Lysandre justificou-se, percebendo que seu Juca o analisou de cima a baixo de uma forma não tão discreta.

— Compreensível… — disse em voz baixa e soltou assim que subiram no palco. — Fala com o Gláucio. — Apontou com a mão para o homem na mesa de som na lateral. — Boa sorte — desejou por fim.

Lysandre tirou o violão da capa, arrumando todo seu equipamento com a ajuda de Gláucio. Conectou o cabo no violão, testou alguns riffs e fez o mesmo no microfone em um pedestal, o foco central do palco, dizendo algumas palavras aleatórias no objeto.

— Todo mundo pronto? — o baterista gritou de trás de seu instrumento e todos concordam. Lysandre também, mesmo levemente inseguro. 

Com a batida das banquetas para indicar o tempo, a música começou de forma lenta. Justamente aquela que Lysandre compusera e que ensaiara com os músicos presentes nos últimos dois dias que antecederam aquele sábado.

Estava tudo em sua mente, exceto que dessa vez teria uma pequena plateia. A maioria estava mais ocupada em organizar suas próprias coisas para a quermesse, mas uma ou outra pessoa o assistia, incluindo seu Juca e Almir. Porém, este tirou sua atenção da banda para dá-la à filha de dona Soraia, que a auxiliava na barraquinha.

Tocando a introdução no violão junto dos outros instrumentos, Lysandre engoliu a tensão que começava a se formar em sua garganta e colocou suas cordas vocais para funcionar. Não havia por que temer a música.

— Godofredo! — Marina fez alguns estalos com a boca para incentivar o cavalo a guiar a carroça que levava as três Guimarães para a quermesse.

Marina, Gleice e Clarice iam um pouco apertadas no assento de madeira do veículo. 

— Vamos acabar chegando atrasadas — Marina comentou de cara fechada, totalmente atenta na estrada quase escura. Por sorte, teriam um lampião para retornar depois, mais perigoso com o caminho às escuras. Precisavam de iluminação naquela área. 

— Desde que dê tempo de ouvir o Lysandre cantar, fico feliz — dona Gleice comentou. — Ele era uma gracinha cantando quando era criança. 

Clarice riu da avó, recordando-se que o rapaz era bem tímido quando mais novo. Contudo, sempre cedia aos pedidos da senhora e da própria mãe. 

— Falando nele, vocês já oficializaram tudo, Clari? — dona Gleice questionou, pegando a neta desprevenida.

— Oi?

— Oficializar tudo, talvez fazer uma festa. Seria uma ótima oportunidade pros seus pais virem pra cá — a senhora continuou. — Lembra quando foi a última vez que o Marcos veio nos visitar, Mar? Porque eu não lembro.

— Vó! — a veterinária soltou como reclamação. — Nós só estamos namorando, não é como se estivéssemos firmando um noivado ou casando pra ter que chamar todo mundo. — Cruzou os braços sobre o grosso vestido verde que usava, sobreposto por um grosso casaco preto. Pelo frio, optara por meias calças e botas para completar.

— Ora! No meu tempo, o namoro era coisa séria! Só podia namorar com o pai ou a mãe por perto, sabia? — Marina e Clarice apenas riram do comentário da senhora.

— O pai foi mais liberal com o Marcos e a Marcela quando eles começaram a namorar — Marina relembrou, referindo-se aos dois irmãos mais velhos.

— Seu pai era um coração mole — comentou, sorrindo com a menção ao falecido marido.

— Eu já falei pra minha mãe que eu tô namorando o Lysandre, vó — Clarice informou. — Ela ficou toda feliz — finalizou com um sorriso.

— E como não ficar? — dona Gleice retomou. — Todo mundo achava que vocês dois iam terminar juntos, viviam grudados quando eram crianças. 

Clarice apenas balançou a cabeça e a tia riu, guiando a carroça pelos poucos quilômetros que ainda restavam.

Em mais alguns minutos — onde Clarice continuava ouvindo sobre o relacionamento com Lysandre, dona Gleice não se cansaria do assunto tão cedo —, chegaram à vila. Tiveram que rodar um pouco as ruas próximas à praça matriz para encontrar um lugar para deixar seu veículo. Com Godofredo e a carroça sob os cuidados de um comerciante local, partiram para a quermesse, sendo recebidas por risadas e conversas, além do cheiro inebriante das comidas típicas. O palco estava vazio àquela hora, apenas com os instrumentos sobre ele e as luzes apagadas. 

— Vai lá procurar seu namorado, Clari — dona Gleice orientou, enganchando o braço no da filha caçula. — Será que tem fila preferencial pra comprar fichas? 

Deixando tia e vó dirigirem-se para onde vendem fichas, Clarice pôs-se a procurar por Lysandre. Passando perto de uma das barraquinhas, encontrou Almir encostado e conversando com a filha de dona Soraia, em um papo que parecia divertido para ambos. Chico também estava longe das vistas.

— Deve estar lá perto do palco — Almir respondeu quando Clarice questionou sobre o paradeiro do vocalista da noite. — Como ele consegue sumir desse jeito? — perguntou mais para a menina com quem conversava. Mais perdida no charme do rapaz, sequer soube responder.

A veterinária deixou-o, quase sendo atropelada por um grupo de crianças que passou correndo. Quando seus olhos varriam as luzes e presentes da praça, sentiu-os serem cobertos por mãos quentes. 

— Lys… — sussurrou o nome dele. — Não precisa nem fazer o jogo do "adivinha quem é", né? — riu, sentindo as mãos saírem de cima de seus olhos.

Logo, Lysandre postou-se em sua frente com toda a sua altura. Clarice sorriu assim que viu a figura do namorado. 

— Como me descobriu? — questionou, colocando as mãos sobre os ombros da veterinária.

— Senti essas mangas bufantes no meu rosto… — Inventou como resposta, questionando-se internamente sobre quem usaria aquele tipo de roupa. — Não sabia que você gostava de usar esse tipo de roupa. Ou é só pro palco? — inquiriu e colocou-se na ponta dos pés, dando um beijo rápido sobre os lábios do cantor.

Ambos deram as mãos, passando a caminhar pela praça em direção a um dos bancos sob as árvores. 

— Costumava usar roupas vitorianas quando morava na capital — Lysandre explicou e ambos se sentaram. — Fui obrigado a deixá-las de lado por causa do trabalho na fazenda — disse com um sorriso triste, sentindo falta daquelas vestes que seu irmão fazia com tanto carinho, também adepto do estilo. Ao menos, restavam-lhe ocasiões como aquela.

— Pelo visto, ainda tenho muita coisa pra descobrir sobre você. — Clarice sentiu quando um beijo foi depositado sobre seus cabelos.

— Teremos tempo para isso — Lysandre respondeu. — Também tenho partes de você que ainda não conheço.

— Temos tempo pra isso — a veterinária ecoou a resposta do namorado, sorrindo para o vocalista e vendo a mesma expressão formar-se no rosto dele.

— Tenho que ir. — Viu-se tendo que se despedir momentaneamente, quando os demais músicos começaram a se aproximar do palco. — Gostaria que prestasse atenção na primeira música.

— Por quê? — Clarice questionou, vendo Lysandre colocar-se de pé.

— A compus naquela noite quando viemos à quermesse — explicou. — Passei aquela noite quase toda em claro, compondo.

— Tá explicado porque tava acordado tão cedo na manhã seguinte…

— Ela foi inspirada por você — ele declarou, pegando a veterinária totalmente de surpresa. 

— Lysan… 

Quando teve tempo de pensar em algo para responder — embasbacada com a revelação —, o cantor já estava se afastando, saindo de perto dela com um sorriso no rosto. Para ela, tudo que restou foi esperar aqueles minutos antes do show, carregada de curiosidade. Não só por ouvi-lo cantar novamente, mas também pela música inspirada por ela. Quem mandou namorar um poeta…

— Já vai começar? — dona Gleice questionou, ela e Marina se aproximando com cada uma carregando um saquinho de pipoca.

A senhora começou a tagarelar, com a filha pontuando uma coisa vez ou outra, tomando o papel de Clarice na conversa. A moça estava absorta demais nos próprios pensamentos para qualquer bate papo trivial.

Seu fluxo de pensamentos foi interrompido por um ruído de microfonia vindo do palco. 

— Boa noite a todos! — seu Juca exclamou de cima do palco, sendo recebido por aplausos e gritaria de alguns presentes. — Como todos sabem, nossa comunidade sempre dá a oportunidade para os novos talentos de Vale dos Jucás se tornarem conhecidos pelo público. — Mais aplausos. — Tivemos Glads & Gleidson no sábado passado, já nesse sábado, vamos dar às boas vindas a jovens garotos fãs do bom e velho rock & roll. — Algumas pessoas gritaram.— Aplausos para Lysandre no vocal, Hélio na guitarra…

Seu Juca continuou apresentando a banda enquanto um por um subia ao palco. Quando os músicos estavam todos presentes, o homem se retirou, dando espaço para Lysandre assumir o microfone no pedestal, com o violão atravessado pelo peito, preso pela alça no ombro.

— Boa noite a todos — o vocalista cumprimentou, sendo aplaudido pelo público. — Essa noite, separamos alguns covers para animá-los. — A plateia se manifestou. — Para iniciar, tocaremos uma música de autoria minha, que gostaria de dedicar a uma pessoa especial, que inspirou essa canção.

Mesmo de cima do palco, Clarice teve certeza que Lysandre olhava para ela à distância. Com um sorriso que iluminava a noite, ele soltou um acorde no violão, com o teclado entrando logo em seguida.

A música era uma balada, incentivando alguns casais a tomarem o espaço vazio próximo à estrutura do palco. Almir foi um desses, trazendo em uma das mãos a filha de dona Soraia. 

Clarice suspirou, admirando a voz grave e macia de Lysandre entoando os versos daquela música. O eu lírico que iria sair de onde estava, encantado por uma luz que via brilhar ao longe, finalmente deixando para trás aquela que era sua prisão. Não uma prisão física, mas a prisão de sua alma.

A luz que o guiou para casa, que o guiou para longe das barreiras que ele próprio havia criado. Deixando a dor para trás, finalmente encontrou sua luz. Quando ela tomou forma diante de seus olhos, finalmente soube que estava em casa. Com seu sol à sua frente, nunca mais teria dias cinzentos.

Clarice sentiu os olhos úmidos quando a dinâmica da canção baixou e ela foi findando, restando apenas o teclado e a voz de Lysandre entoando o verso final em repetição algumas vezes. 

Quando as luzes pararam de piscar e a música acabou, choveram aplausos para a banda. Clarice levantou-se de onde estava, deixando vó e tia conversando sozinhas. 

Próxima do palco, viu perfeitamente quando Lysandre sorriu para ela e se afastou do microfone, com os aplausos ainda ecoando. Mesmo que não conseguisse ler o que os lábios do cantor disseram à distância, Clarice sabia o que ele confessava para ela. 

Superando os próprios temores, Lysandre se apresentou naquela noite, recebendo uma chuva de aplausos e de sorrisos. Clarice o assistia ao longe, incentivando-o a fazer o que sua alma desejava. Lysandre apenas sentia a música. 


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Notas finais do capítulo

Acordar, Fresno: https://youtu.be/SmIGWTtsfaI
Foi por causa de Acordar que tive a ideia pro que viria ser a (Re) Nascer. Tudo começou em 2018, quando descobrimos o destino que a Beemov deu ao Lysandre. De um projeto que eu achei que nunca ia sair do papel, acabei tendo um novo ânimo no final de 2019 e terminamos aqui! Obrigada a todos que acompanharam essa aventura ♥
Mas calma lá que ainda não acabou! Vamos dar um salto no tempo no epílogo, espero ver vocês lá :D
Até mais, povo o/



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