Cidade Perdida escrita por Gabi chan02


Capítulo 2
A visão do sangue


Notas iniciais do capítulo

Quem leu a versão antiga, leu. Quem não leu mas está aqui, não se preocupe 'u'

Mas supondo que alguém leu.
Já perceberam que nunca especifiquei como acontecia a passagem das magas protetoras pra imortalidade? Comentei que não nasciam imortais, mas nunca como ou o motivo.
Agora tem esse capítulozinho sombrio de uma das minhas Rinzinhas mais fofas, que eu literalmente não sei mais escrever fofinho, então vamos de trevosidade. Mas ela ainda continua sendo mais amorzinho (pelo menos comparada com as outras dos meus universos pffff), só mais evoluída e madura.
Aliás, ninguém mais aqui tem 14/16, quase tudo 18 pra cima.
A idade anterior limitaria demais a nova versão desse universo.
Aguardem oohoho~

Fun fact 1: em Sentimento Incompleto, minha outra filha fanfic, a Rin é uma INTJ e o Len INFJ. Aqui eu inverti isso nos dois, vai ser divertido escrever hihihi
https://www.16personalities.com/br/personalidade-intj
https://www.16personalities.com/br/personalidade-infj
https://www.16personalities.com/br/teste-de-personalidade

Fun fact 2: já repararam que a capa é meio que Rin no País das Maravilhas? Eu NUNCA tinha feito essa ligação até finalmente achar a arte original no Pixiv, depois de anos alheia nesses detalhes. É de uma música até, pelo jeito.

Fun fact 3: os motivos de eu ter excluído a versão antiga, lá de 2013 dfckfvikjdf
Primeiramente, pra evitar spoilers. Já com Destino Perdido, tô acreditando que vocês vão segurar esses fogo no rabo de curiosidade e não pular pra segunda temporada antes de ler a primeira (essa), até porque a leitura não vai ter sentido e eu NÃO vou continuar aquela versão*!!! Por favor, não façam isso. Eu sou EXTREMAMENTE contra spoiler, mas não quero apagar minhas collabs com a Nana, então, me ajude a te ajudar :)
*Tudo o que tinha planejado lá vai vir para cá e vai ser tudo uma coisa só.
Segundo porque quero que seja como eu fiz com a finada MDQUDS (rs) e Sentimento Incompleto: não é pra fuxicar no trabalho antigo, não vale a pena :D
Maas, diferente de MDQUDS, a primeira versão de Cidade Perdida será restaurada quando essa aqui acabar, então podem ficar sossegados ♥
É isso, eu me sinto oficialmente um dinossauro nesse site.

Vejo vocês nas notas finais~
Boa leitura ♥



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Cidade Perdida, 1674,

Rin POV

Dois anos enfim haviam se passado, desde que Lily, minha irmã mais velha, foi levada para sempre. A típica neve do meu aniversário escurecia ainda mais o final da tarde. Unida ao vento frio uivando ao passar pelas frestas da janela que eu demorava a consertar, o ambiente a minha volta era assustador.

Dois anos completamente isolada. A maior distância que percorria era 7 minutos, até a casa de uma amiga próxima. Anos melancólicos, onde fiz todo o esforço possível para mesmo assim completar o mínimo necessário até o dia de hoje, inclusive nos piores dias. Desse momento em diante, possuiria uma eternidade para me recuperar do luto e focar em melhorar minhas habilidades e deveres.

O ritual exigia no mínimo duas testemunhas, no máximo quatro, todas familiares ou amizades de extrema confiança, nível de vida ou morte. Na verdade, eram mais uma garantia de que nada correria mal, ou mesmo um suporte emocional. Miku e Luka eram minhas únicas escolhidas, e únicas opções, plantaram seus corpos atrás de mim. Eu, de costas para as duas, vendada de branco e de vestes vermelhas como dizia a tradição. Um modo de ser identificada no "outro lado", mas não identificar nada nem ninguém: é o que dizem.

A adaga de diamante da minha família era tão antiga que ninguém reconhecia suas origens exatas. Todas as magas protetoras (ou magos, mas são mais raros) possuem uma para suas linhagens, usadas para este final. Não nascemos imortais, como os magos puros e feiticeiros. Alguns de nós vem do sexo, e nascemos e crescemos até certo ponto como os humanos, mesmo os que vem da matéria da nossa magia, como no caso de casais iguais. Tudo isso é feito para nos aproximar daqueles que devemos proteger, um dever que nasce conosco e é parte da nossa natureza. Inclusive, a experiência de "morte" e dor pela adaga, também têm esse propósito.

O ritual é simples e curto, datado no aniversário de quem for realizá-lo, por volta da mesma hora do nascimento. Primeiro, um corte diagonal na palma da mão esquerda que irá agarrar a bainha da adaga apontada para o coração. Minhas amigas pareciam tensas, mesmo já tendo presenciado minha mãe e irmã no mesmo processo. Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida, minhas mãos tremiam tanto que temia errar meu coração, por mais que disfarçasse para que não fosse visível, com ambas as mãos apertadas em torno do cabo e braços colados ao meu corpo ajoelhado.

Tinha de ser eu mesma, minhas próprias mãos. Se fosse qualquer outra criatura, ao invés de retornar imortal, eu morreria sem volta. Recebi a instrução de contar os segundos de dor, talvez até minutos, até ficar inconsciente. Nunca passaria de 5 minutos, e se fosse de uma linhagem forte, poderia ser bem menos. Me disseram que minha mãe contou 1 minuto e Lily apenas 30 segundos, respirei fundo. A voz de Miku transparecia uma tensão que era típica dela, mas Luka também estava nervosa, algo raro, que me fez esperar por mais alguns segundos. Senti uma gota do meu sangue pingar da minha mão ao chão.

Por que? De todas as coisas do meu mundo, essa também me incomodou. Sentiria essa única dose de dor, e depois nada nunca mais me faria mal, na teoria. Deveria ser um sacrifício digno de seus propósitos, mas por que eu sentia tantas coisas fora do lugar?

Algumas lágrimas começaram a umedecer minha venda. Antes de qualquer outra hesitação, cravei de uma vez a lâmina em meu peito. Ouvi apenas o susto de Miku junto ao meu grito esganiçado, contei 2 segundos e apaguei. Não me lembro de nada até que...

Abri os olhos enfim livres a tempo de ver a lâmina ainda vermelha, não pelo meu sangue, mas pela cor que o diamante tomava pelo ritual. O rasgo no meu vestido estava ali, mas nem uma gota do meu sangue fora a do corte da minha mão na bainha e a do chão. Sem marcas no meu corpo, nem mesmo cicatrizes antigas de peripécias da minha infância: eu havia renascido de corpo e alma. A adaga estava estranhamente longe de mim, parecia ter sido jogada para lá. Miku e Luka choravam de alívio e medo comigo nos braços, murmurando alguma coisa sobre nunca ter sido tão rápido, que eu era forte.

Por que tanto medo e lágrimas, então?


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Notas finais do capítulo

Eu gostei tanto de escrever esse capítulo, tô gostando tanto de reescrever essa filha aaaaa ♥
A partir do próximo capítulo, a história começa de onde alguns de vocês já conhecem e o tamanho dos capítulos vai aumentar bastante.

Enfim, eu literalmente passei a semana inteira sendo acordada e perturbada de manhã e sem conseguir dormir direito. A meta de postagem fica pra amanhã pq nada mais faz sentido nessa vida fdmfghbkjdshj
E eu não tô nem sóbria, então vou ter que revisar e reler tudo o que escrevi depois e quero poupar minha eu pós sono acumulado/ressaca que quer fazer bolo pra comemorar aniversário de software ahahaaa
É sério, eu preciso dormir. O diário de nota fica pra SI.
Até o dia raiar eu com certeza vou lembrar de mais coisas e arrumo isso aqui.
Até logo, meus diamantinhos ♥



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