Lars não era bom em recomeços. Não era bom em fins, nem começos ou meios.

Talvez fosse eufemismo se pensar dessa forma, mas era assim que ele se via. Sem uma resposta. Sentia-se perdido em meio a fase na qual estava em sua vida, tentando encontrar o seu lugar naquela pequena cidade, no mundo.

Tentando encontrar o seu próprio mundo.

E falhando miseravelmente, por mais que dissesse a si mesmo o quão bom era, ele sabia que grande parte daquele bravado era mentira - enganando a si mesmo e aos outros que o rodeavam, bom ao menos nem todos, haviam alguns poucos que sabiam ver quem ele realmente era.

Em algum canto, escondido.

Quem diria que para se orgulhar de si mesmo ele teria de ir até o mais distante universo, se descobrir, e aceitar os equívocos que cometera no passado para assim, ser um novo Lars.

E ter quase morrido em parte desse processo.

Até que agora, ele tinha ficado ainda mais incrível com o rosa cobrindo todo o seu ser - agora ele conseguia enxergar sem tanto estranhamento a sua nova cor, o seu novo ser.

De alguma forma, ser e estar rosa marcava para ele uma nova fase.

Um novo Lars.

Para obterem mais informações a respeito dos arcanos maiores (e outras cartas do tarô), leiam esses links: Former Fujoshi que fez uma análise incrível do baralho que a Kohske desenhou para os personagens de Gangsta, Tarot Meanings que na minha opinião é o site mais completo sobre o assunto. Ambos estando em inglês!