Semanas depois. 

Isabella.

—As vendas do livro duplicaram depois do lançamento do filme, você tem noção disso? É o próximo Harry Potter! -Angela gritou do outro lado da tela do meu celular.

—Te garanto que não tem nada de Harry Potter no meu livro. - Fiz um biquinho.

—Estou comparando o sucesso Bella, e a legião de fãs. Você conseguiu alcançar meninas e meninos! Ah, dê uma olhada na sua conta bancária, querida.

Ri da cara de êxtase que ela fez. 

—Por um acaso já vi. Sem você nada disso teria acontecido, você sabe.

—Eu só mexia os pauzinhos, você fazia mágica. Quando terei você em Los Angeles novamente?

—Ang, não tenho nada a fazer em Los Angeles. 

—Sinto sua falta.

—Pode vir com Ben me visitar aqui, iremos adorar receber vocês.

—Trabalho demais por aqui, para o Ben também. As coisas não são mais como quando estávamos na faculdade. 

—Mas nossa amizade é inquebrável. 

—Sim, senhora Cullen. Como vai a vida de casada?

Como se essa fosse a deixa dele, Edward apareceu na porta do quarto me chamando.

—Mulher casada, lembra? - Ri para a careta que ela fez para Edward, e ele mostrou a língua para ela, numa atitude muito adulta.

—Não consigo decidir que roupa usar na formatura.

—Sua roupa está lá embaixo, junto do meu vestido, que buscamos ontem.

Ele deu um tapa na cabeça.

—É claro. E quando virá passar uns dias conosco, Ang?

—Estava pensando em vocês virem para Los Angeles, tenho alguns amigos querendo te ouvir cantar.

Edward e eu trocamos um olhar que não passou despercebido a Ang.

—O que vocês tramaram?

—Sobre a música… - Edward começou. - Talvez eu tenha gravado uma ou duas, aqui no estúdio e esteja, talvez, querendo colocar na internet.

Os olhos de Angela parecem saltar na tela.

—Ang, Edward não quer ser agenciado, está apenas se divertindo com a música de um novo jeito. 

—Mas…

—Mas se eu mudar de ideia, eu adoraria ser agenciado pela sua agência. - Ele completou. Edward estava descobrindo novas formas de fazer música, descobrindo como amava cantar. Mas ele não queria toda a pressão da indústria da música sobre ele, sobre nós.

—Deem os parabéns a Nessie por mim, pela formatura. 

—Pode deixar. - Soltei beijos no ar enquanto nos despedimos.

—Pode, por favor começar a se arrumar? Não quero chegar atrasado. 

—Não vamos chegar, e por que você está tão irritado? - O segui pelo corredor para o andar de baixo. 

—Eu não sei, é só… tudo?! Nessie já está se formando, eu sinto como se um botão tivesse sido apertado e várias etapas tivessem sido puladas, e agora eu perdi minha filha.

—Ah Edward…

—Eu sei que estou sendo bobo, que nada vai mudar muito, mas… - ele buscou com olhar a foto de Renesmee - uma das várias- dispostas na sala. - ela cresceu tão rápido.

—Não está sendo bobo, só está sendo pai. 

—Ela nem quis ir com a gente. - Ele se queixou. Renesmee estava passando muito do seu tempo livre no apartamento do namorado, Alec Volturi, na maior parte do tempo Edward não reclamava, mas eu sabia que teria seu preço a longo prazo.

—Todos fazemos o mesmo quando temos dezoito anos. Ou quase dezoito. Agora… -peguei sua roupa no saco jogado por cima do sofá e estendi para ele. -você vai vestir esse smoke, colocar o melhor sorriso de pai orgulhoso na cara, e não vai chorar…

—Eu vou chorar…

—Você vai chorar. - ri e ele me acompanhou. Segurou minhas mãos quando passei o saco com a roupa. -Ainda vai me amar quando me ver acabado em lágrimas?

—Hum… vou tentar. 

—Bella! - Fiquei na ponta dos pés para alcançar seus lábios. Apenas um roçar. -Amo você, papai chorão. Agora vamos nos arrumar, não sou eu quem está atrasando. 

Peguei meu vestido e segui com ele para o andar de cima, nos arrumamos no closet, eu tentei distraí-lo porque, Cristo, ele parecia prestes a cair em lágrimas. Eu tinha escolhido, com a ajuda da minha enteada, um vestido longo preto, que abraçava meu corpo e todas suas curvas, era brilhoso que o fazia cintilar como várias pequenas pedras preciosas incrustadas, com uma fenda que começa no meio da coxa. 

—Uau… esse vestido deixa pouco para imaginação senhora Cullen. - Edward disse me olhando de baixo, dos saltos agulha, ao meu penteada com cabelos presos no alto da cabeça. 

—Tenho certeza que sua imaginação pode trabalhar com isso.

—Não entendo porque nós homens nos vestimos todos iguais, enquanto vocês fazem esse espetáculo.

—Tenho certeza que você poderia colocar o smoking que quisesse. Ou simplesmente a roupa que quisesse. 

Ele ignorou meu comentário, me olhando como se me marcasse na memória. De certa forma, seu olhar me tirou o fôlego. 

 Você está deslumbrante, será a mais linda. -Ele beijou meu rosto e se afastou suspirando. - E o seu cheiro… ah, Bella, vamos logo antes que eu tire esse lindo vestido de você. 

—Você não vai tirar meu lindo vestido, Cullen, não até eu mandar. - Dei um pequeno apertão em sua cintura. Ele me puxou para mais perto, seus lábios buscando os meus.

—Nada de beijo que irá nos levar para a cama.

—Cama? Não, pode ser aqui mesmo… -Ele passeou com o nariz pelo meu pescoço.

—Edward… - ameacei. Uma buzina impaciente soou. 

—Alice! - falamos juntos. 

—Talvez seja Rosalie. - A irmã mais velha de Edward, estava prestes a dar a luz, como consequência, sua paciência já limitada tinha se esgotado. 

—Poderíamos nos encontrar com eles no teatro. - Ele resmungou, mas pegou minha mão e nos encaminhamos para a garagem. 

Mordi o lábio para evitar falar que a ideia de toda a família Cullen sair juntos da nossa casa, tinha sido dele. 

A família deve chegar junta!

Ele havia dito, já dando os primeiros sinais de emoção com a formatura da filha. 

—Vocês estão se aprontando para o Oscar? Vamos sentar na última fileira desse jeito!

Rosalie, sem dúvidas que tinha buzinado. 

—Você podia…

—Não! - Sublinhei puxando a mão de Edward. Ele não iria dizer nada que chateasse Rosalie.

—Eu podia o que, Edward? - Ela perguntou, o vestido vermelho leve marcava um pouco a barriga protuberante. O nariz estava inchado, e os pés também. Ela tinha aberto mão dos saltos altos por sandálias baixas. 

—Não roubar toda a beleza do mundo. Está radiante, irmã.

Isso não era mentira.

Ela pareceu surpresa.

—Hã… é claro. Vamos logo senão vamos pegar os piores lugares. -Ela voltou para o carro onde Emmett estava ao volante. Emmett, que tinha voltado a ser uma presença constante na vida dela, mesmo com Peter participando das etapas que antecedem a chegada do bebê.  

—Ela não sabe que compramos as entradas? Que os lugares são marcados? -Edward perguntou. A resposta veio do pai dele;

—Eu já a relembrei disso três vezes. - Carlisle disse grave, provavelmente no limite da paciência com a filha mais velha. 

—Ela e Emmett voltaram ou não? - Perguntei a Edward tentando sussurrar o máximo. Rosalie não havia dito nada sobre seu relacionamento com Emmett, nem sobre seu relacionamento com Peter, imaginava que se minha cunhado quisesse que eu soubesse de algo já teria me dito.

—Eu não sei, Emmett age como se tivesse. Mas Rosalie…

ele deixou no ar. Era difícil definir, e por mais que gostasse de Emmett, eu não sabia se o perdoaria por anos de mentira, não ao ponto de ter uma vida com ele, dividir uma vida com ele. 

Uma filha. Porque, querendo ou não, se ela fosse fazer parte da vida de Rosalie agora, ele seria um pai. Mas Emmett era um irmão incrível, foi o que Renesmee me disse e eu um tio melhor ainda. Por que não seria um padrasto incrível?

Era tudo questão de querer.

—Você vai perguntar a Rosalie. - Edward sussurrou para mim.

—Pergunte você, ela é sua irmã. O amigo também é seu. 

—Ai. Não posso parecer fofoqueiro.

—Não é fofoca! É preocupação sincera com sua irmã. -Sorri brilhante para ele, que revirou os olhos para minha declaração. 

—Talvez eu pergunte. -Sentenciou por fim. Saímos em procissão em direção ao teatro onde aconteceria a formatura de Renesmee, cada par em seu próprio carro.

…

—É a formatura ou a premiação do Oscar? - Questionei quando Edward parou o carro exatamente em um tapete vermelho e um manobrista abriu a porta para ele. 

Ele não respondeu, saindo do carro deixando a chave na mão do rapaz, novinho, devia ter uns dezoito anos no máximo, e deu a volta para abrir minha porta. 

—É a escola de Renesmee. - Ele deu de ombros como se isso justificasse tudo. Afinal, na escola dela havia filhos de políticos, celebridades, ricaços… pessoas muito influentes. 

—Parece um grande espetáculo. -cochichei.

—E eles adoram. - Ele sussurrou no meu ouvido me guiando pelo tapete, onde uma profusão de fotógrafos clicava cada pessoa no tapete, pousamos para as fotos.  

Com toda a certeza essas fotos de formatura seriam vendidas por um preço exorbitante. Estremeci com o pensamento. 

Nos acomodamos em nossos assentos, Tanya já estava lá, em um deslumbrante vestido vermelho.

—Chegou cedo. - Edward observou ao sentar ao seu lado. 

—Não queria perder nada. - Ela sorriu para nós. -Está linda, Bella.

—Obrigada, você também. -Falei meio sem jeito com o elogio. 

—Não demorou muito para que o mestre de cerimônias começasse. Eu nunca tinha visto uma formatura como aquela, onde havia sim uma premiação.

Cada aluno que foi destaque em cada matéria, cada aluno que fez a diferença na escola. E os discursos, vários alunos, eu tinha o palpite que os filhos de político eram os que mais falavam. Os professores também falavam. Apresentação de música. Apresentação de dança.

Eu tive a impressão de que estava sentada por três horas, mesmo Edward me garantindo que não era verdade, quando finalmente vimos os formandos sentados no seu lugar, e eles começaram a chamar os nomes.  Eles usavam becas azul marinho, com detalhes em dourado. 

—Olha, lá está ela.-Edward disse com a voz um tanto embargada e, Tanya e eu acompanhamos para onde ele apontava, vimos Renesmee sentada com um sorriso imenso. 

—Você fez um bom trabalho, Edward. - Tanya disse. 

—Nós fizemos. Nós. - Ele pegou a mão dela. mantive os olhos em Renesmee, buscando dar um pouco de privacidade para eles. 

Eles tinham, afinal, uma filha. 

—Ela se parece tanto comigo. -Rosalie disse do meu outro lado. Sua mão na barriga protuberante.

Os Cullens e os Danali presentes estavam muito emocionados com a formatura.

Eu estava saudosa, e reflexiva. Minha vida tinha tomado um rumo muito diferente do que imaginei desde minha formatura, e eu não poderia estar mais grata e feliz para onde minha escrita havia me trazido.  

Renesmee foi chamada para discursar.

Por essa não esperávamos. 

Ela subiu no palco com a confiança que se esperava dela, os saltos agulha na cor rosa em destaque. Parou no púlpito e abriu um brilhante sorriso.

—Eu não preparei um discurso para vocês. Fui chamada em cima da hora e não consegui me concentrar para escrevê-lo; me desculpem. 

As reações foram diversas, em maioria um burburinho.

—Mas isso não quer dizer que eu não tenha nada inspirador para dizer a vocês, então lá vai; Seja forte e corajoso. Eu passei os últimos dois dias surtando com o que poderia dizer a vocês, até que hoje estive com a minha avó Sasha, que está lutando contra um câncer, e ela estava lendo a bíblia, em voz baixa para si mesma e eu ‘’pesquei’’ essa frase. Eu realmente acredito que a vida como um todo é sobre isso; ser forte e corajoso. Em várias situações da nossa vida, vamos ter medo, como tivemos desde pequenos, mas agora… agora estamos um pouco mais por nossa conta. Alguns vão para outras cidades, outros estados, países… lembrem-se de ser fortes e corajosos. Não permitam que o medo te paralise, impeça você de seguir adiante.Alguns irão para a faculdade com que sonharam todos esses anos, e isso é ótimo, não deixem que o medo de errar impeça você de ir. Outros vão para a faculdade que os pais escolheram, eu sei, mas pensem se é isso mesmo que vocês querem. Se for, não tem nada de errado em seguir o caminho do pai, da mãe. Sejam fortes. E se você não vai para a faculdade, assim como eu. - ela fez uma pausa para rir e alguns amigos a acompanharam - sejam corajosos para serem adultos.  Não deixem o medo te impedir de seguir em frente, de conquistar, de crescer!

Seus colegas de classe levantaram e a aplaudiram, levantamos juntos. Depois disso começou a chamada para pegarem o diploma e tudo pareceu muito mais rápido.

Renesmee veio para perto de nós depois de abraçar seus amigos, se jogar no colo do namorado. abraçou a mãe, o pai, que estava aos prantos, e me abraçou.  

—Parabéns. - Falei. 

—É só o High School, vocês agem como se fosse algo muito grande. 

—É um marco a vida agora será… - Deixei no ar, era melhor deixar que ela descobrisse por conta própria. 

—Pai! Você precisa parar de chorar! - Ela abraçou o pai novamente. 

—Eu estou com uma alergia terrível. -Edward disse com a voz embargada.

—Minha bebê já é uma adulta. - Rosalie a pegou nos braços.

—Você terá uma bebê substituta em breve. 

—Não é substituível, Ness. - Rosalie disse séria e beijou a bochecha da sobrinha. 

—Onde será a festa mesmo? Já tá bem caído esse ambiente. -Alice se manifestou. Renesmee estava distraída falando com os avós paternos. 

—Parabéns mostrinha! -Emmett a pegou num abraço de urso. 

—Tio me coloca no chão! - Ela gritou rindo. Mas ele não a colocou imediatamente no chão, percebi que sussurrou algo no ouvido dele, e quando a soltou, Emmett tinha uma expressão grave e solene. Assentiu para ela que pareceu satisfeita. 

—A festa vai ser no prédio ao lado, seguindo por ali tem a entrada adjacente. Tia Irina, tia Kate! Renesmee gritou pelas tias que estavam apenas na fila de trás. 

Seguimos para o local indicado, Edward e Tanya engataram em uma conversa, afaguei sua mão para soltar a minha e indiquei Rosalie com a cabeça, fiquei para trás para acompanhar ela. 

—Rosalie…

—Sim, nós voltamos. -Ela me cortou. Paramos no lugar, deixando que os outros seguissem. 

—Eu só queria saber onde encontrar esses sapatos, passam a vibe de confortáveis. 

—Bella. -Ela revirou os olhos e riu. 

—Você está feliz?

—Muito. Eu o perdoei Bella, eu o amo demais e o quero na minha vida, fazendo parte disso. Sei que Emmett vai ser um pai incrível, ele já é.

—E Petter? 

—Petter também será um pai incrível. Vamos fazer dar certo.

—Só não quero que você saia disso magoada.

—Não vou, prometo. -Ela me pegou pela mão. Agora vamos comer alguma coisa, achar um banheiro, tirar umas fotos, não nessa ordem.

Rosalie ficou levantando a cada cinco minutos para ir ao banheiro.

—Rosalie já preparou a bolsa para a maternidade? -Esme perguntou a ninguém em específico. 

—Sim vovó, eu ajudei. -Nessie disse de boca cheia recebendo um olhar censurado da mãe. 

—Essa criança vai nascer de hoje para amanhã, é a sexta vez que ela vai ao banheiro. 

Emmett pareceu nervoso. 

—Mas a médica dela não está na cidade, a previsão é para semana que vem…

—Emmett, respire. - Edward disse. - Se Rose entrar em trabalho de parto, vai ocorrer tudo bem, ela está pronta para isso.

—A pergunta é se Emmett está. - Tanya abriu um sorriso felino. 

Emmett se despertou.

—Claro que estou. 

Rosalie voltou a mesa, parecia sentir algum desconforto, mas não disse nada e chamou a sobrinha para tirar fotos. 

Edward me levou para a pista de dança e passamos um bom tempo ali, até Renesmee e Alec se juntaram a nós. 

Uma Jane com expressão cansada se interpos entre nós. 

—Estou indo. - Gritou acima da musica.

—Já?

—Minhas costas doem, meus pés estão imensos. - Ela resmungou. Renesmee a abraçou, Seth e Alec trocaram um aperto de mão. 

—Está muito gostoso senhor C. 

Edward riu desavergonhado, alto dos drinks que havia tomado. 

—Eu tenho malhado. -Edward respondeu, e colocou a mão nos botões do smoking com a intenção de abrir.

—Acho que nós também já vamos. - Anuncie segurando sua mão. Foi inesperado, mas acabei dirigindo o carro de volta para casa, com um Edward bêbado no banco do carona. 

—Eu não vou deixar você esquecer isso tão cedo. -Ri bastante no caminho de volta, ouvindo ele se lembrar de cada fase de Renesmee. 

—Bella? - Ele me chamou quando já estávamos na cama, prontos para dormir. 

—Sim? - Estava fazendo um cafuné em seus cabelos bagunçados. 

—Vamos fazer um bebê?

—Claro. Mas hoje não. 

—Pode ser amanhã? - Ele pediu com os olhos fechados.

—Claro amor, amanhã parece ótimo. - Brinquei. Mas ele dormiu com um sorriso no rosto, e no fundo eu achava que amanhã seria um ótimo dia para fazer um bebê.

…

Ou ter um bebê. Provando que intuição de mãe é certeira, acordamos cedo com o telefone tocando, tanto meu quanto o de Edward, anunciando que Rosalie estava a caminho do hospital, que a bebê iria nascer. 

—Já se acostumou com a família Cullen, Bella? - Jasper, marido de Alice me perguntou. 

—Eu que deveria estar te fazendo essa mesma pergunta, Jas. -Ri. Estamos lotando o quarto de Rosalie, que deitada na cama parecia prestes a… bem, ter um bebê. Ao seu lado direito estava um Peter pálido, do seu lado esquerdo um Emmett vermelho. 

—Gosto dessa família grande, nunca tive uma assim.

—Eu também não. -Sempre tinha sido apenas Charlie, Renée e eu. A união e o barulho de uma grande família, em todo tempo eu me sentia amada e acolhida.

—Rose, o que posso fazer? - Peter implorou.

—Trocar de lugar comigo. Só isso! - Ela bufou. 

—E onde está esse médico? 

—Ainda não está na hora. - Esme disse mantendo a calma. - Ela ainda não chegou a sete centímetros de dilatação. Está longe.

—Muito motivador, mãe. - Rosalie fuzilou a mãe.

Uma contração varreu seu corpo e ela estremeceu, cada mão segurando uma mãe de seus…parceiros. Apertou elas com força, prendeu a respiração. nenhum grito.

—Acho que a gente não está sendo de muita ajuda aqui. -Renesmee disse pela primeira vez. Eu concordava.

—Como vai a… vocês não podem ficar aqui. - Uma enfermeira jovem, com um jaleco rosa pareceu assustada com as oito pessoas a mais do que ela esperava ver. 

—Somos a família. - Carlisle disse. 

—Sim, mas só o papai  e a mamãe são necessários nesse momento. Vocês podem estar agitando ela, e eu tenho que fazer o exame de toque. 

Edward franziu a testa, Jasper parecia estar ouvindo outro idioma. 

—Vamos… aguardar lá fora. - Carlisle tocou no ombro dos rapazes e indicou a porta. Alice e Esme não se moveram, então não me mexi também. 

—Ela estava com seis centímetros. -Esme informou. 

—Vamos esperar que já tenha ganhado mais alguns… oi mamãe, como estamos?

—Ansiosa para segurar minha filha nos braços. -Rosalie deu um sorriso cansado e meu coração apertou. Apesar da loucura, era um momento lindo. A enfermeira começou a trabalhar nela.

—Vamos nos preparar mamãe… está perto agora. novo centímetros. 

—O que? Isso foi rapido. - Esme disse sorrindo radiante. 

—Graças a Deus. - Rosalie grunhiu, sendo acometida por outra contração ao julgar pela sua expressão. Apertou a mão de Emmett e Peter novamente. 

—Ok, a sala de parto já está pronta. Você consegue levantar? Vou trazer uma cadeira para você. 

Peter e Emmett, parecia uma unidade, agindo juntos para amparar Rosalie. 

—A família pode aguardar aqui no quarto, o papai vem com a gente?

—Sim.

—Sim.

—Com certeza!

Os três responderam juntos, e a enfermeira, coitada, olhou para os homens ao lado de Rosalie.

—Hã… e quem é o papai?

—Eu!

—Eu!

Eles responderam juntos. Ao meu lado, Alice riu. 

—Gênios, apenas um pode ir com a mãe. - Ela disse.

—Petter e Emmett se encararam.

—Emmett… - Rosalie olhou para ele, um claro pedido de desculpas no olhar. Mas Peter, colocando a mão no ombro dela a interrompeu.

—Estamos juntos nessa. Somos pais, e mãe desse bebê, precisamos estar juntos. Os três.

—Peter… - o que Rose iria falar ficou preso, quando mais uma contração a fez perder fôlego. 

—Tudo bem, venham comigo. - A enfermeira assumiu o lugar atrás da cadeira para a empurrar.

—Mãe! - Rosalie chamou. 

—Oi bebê. - Esme estava ao seu lado, limpando suas lágrimas em uma batida de coração.

—Estou com medo. -Confessou.

—Não há o que temer. Vai ficar tudo bem e você logo terá sua bebê em seus braços. -Esme encostou a testa na testa da filha e as duas respiraram juntas. -Amo você, filha. 

—Amo você mãe.

Eles seguiram para a sala de parto, e ficamos, Alice, Esme, Renesmee e eu, paradas no quarto, até que o choro de Esme se tornou mais alto e nós três a abraçamos. 

Eu não achava que seria possível meu coração crescer com tanto amor. Mas coisas impossíveis acontecem todos os dias. 

Não demorou muito e eles estavam de volta com a pequena Lua.