A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 40
A Reação


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Capítulo curtinho (para os meus padrões kkk) mas achei justo voltar logo.

Boa leitura ♥



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Renesmee

 

—Vocês passaram um mês longe, eu me acostumei a viver sem vocês, sabe. - Falei dando de ombros, mostrando meu completo desinteresse.

—Claro que sim, por isso se mudou para o  meu apartamento nos últimos dias. -Tia Rosalie comentou.

—Achei melhor ficar com você por causa do bebê. - Esclareci. - Você pode precisar de algo.

—Não vou entrar nessa conversa porque sei que sentiu nossa falta. - Bella disse apertando minha bochecha.

Dei de ombros, é claro que tinha sentido a falta deles. 

—Emmett tem estado com Rosalie? - Bella sussurrou para mim, nossa família estava entretida, falando todos ao mesmo tempo, dava para passar despercebido. 

—Quase o tempo todo, por isso me mudei para lá. Ela está frágil agora, não quero que tome uma decisão e se arrependa depois.

—Muito sábio. - Bella elogiou. 

—Pronta para voltar para o mundo real? - Perguntei.

—Deixa eu pensar… nenhum pouco! 

—Eu queria sair de férias, toda essa pressão sobre faculdade e fim do colégio está me matando. 

—Achei que não fosse para a faculdade em setembro. - Bella franziu a testa.

—Não vou. Mas quero ter essa opção caso mude de ideia. -Dei de ombros. 

—Como estão as coisas com Alec? - Bella me puxou para o sofá, de forma inconsciente se sentou ao lado do meu pai, que sem nem mesmo pensar, colocou uma mão em sua perna, eles estavam de costas um para o outro. A sintonia deles era incrível. Um precisava estar próximo ao outro.  

—Muito bem. -Busquei Alec com o olhar, do outro lado da sala falando com tio Emmett. Ele pegou meu olhar e soltou um beijo.

—Estão numa fase muito boa. - Ela franziu os lábios como quem debocha de brincadeira.

—Eu estou muito apaixonada. -Confessei. 

—Ele também. 

—Eu sei. - Meu rosto esquentou.

—Está tomando seus remédios direitinho? Se alimentando?

—Sim mamãe. - Revirei os olhos. Mesmo estando longe, tanto ela quanto o papai me enchiam de ligação e mensagens sobre isso. - Alec e mamãe, e até a tia Rose tem pegado muito no meu pé sobre isso. E eu tenho tido um comportamento exemplar!

O cuidado com a minha saúde estava se tornando uma extensão dos cuidados que eu já tinha com a minha aparência e agora com a minha mente. Finalmente com meu corpo.

—Fico feliz por isso. 

—E o que foi aquela história de encontrarem seu ex namorado! - Tia Alice se jogou no chão aos nossos pés pegando as mãos de Bella.  

—Foi lindo, Edward e Mike viraram melhores amigos. - Bella cutucou o ombro do meu pai que fez uma careta.

—Ele até que é um cara legal. - Se defendeu.

Bella se lançou numa descrição minuciosa do encontro com eles e eu me desliguei, trocando olhares com Alec de novo. Eu queria levar ele para o meu quarto. Nos últimos dias parecia que nunca tínhamos tempo o bastante para nós dois, sempre tinha alguém querendo a nossa presença, querendo se interpor em nossas saídas. Não tínhamos tempo apenas para nós dois. 

Minha família parecia muito feliz em se reunir, o almoço se estendeu, e na parte da tarde ninguém parecia disposto a seguir com suas responsabilidades. Quando me vi na sala de jogos com meu pai, tio Emmett e tia Rosalie, o sentimento de nostalgia de nossas tardes de jogos veio com uma sensação de completude; tínhamos outras pessoas em nossas vidas agora; meu pai tinha Bella, rindo e apertando todos os botões da manete; tia Rosalie tinha sua bebê em sua barriga, que nasceria a qualquer momento; eu tinha Alec. 

Eu poderia ter me encantado por Alec como o irmão mais velho e gato da minha melhor amiga, por ele ser algo meio inalcançável, mas em algum momento o sentimento se tornou muito real e só bastava olhar para ele para que eu quisesse estar com ele e sonhar com seu beijo e seu toque. E agora, ele era todo meu. A família tomou cada um seu rumo depois do jantar, meu pai estava revirando os olhos e apertando a ponta do nariz com uma frequência alarmante, e para todos os presentes que o conhecem minimamente bem, ele queria todos fora de sua casa. 

Meus avós foram os primeiros a dar boa noite e a procissão o seguiu.

Tia Rosalie saiu com tio Emmett, recebendo um olhar alarmado de Bella. 

—Vamos para a excess? - perguntei a Jane sem a menor vontade de encerrar a noite, algumas horinhas antes de ter Alec todo para mim poderiam ser úteis. 

Ela fez uma careta.

—Não mesmo, estou morta. Só quero cair na cama.

—Mas ainda não são dez horas! - Reclamei. 

—Desculpe, Ness. -Ela deu de ombros culpada. 

—Tudo bem, Jane. -Apertei sua mão. Será que Jane e eu estávamos começando a nos afastar? Vivendo em etapas diferentes da vida… como ficaria nossa amizade? 

—Vamos, a gente deixa você na casa do Seth no caminho. - Alec disse. Seth tinha saído mais cedo dizendo que tinha coisas a resolver. 

—É tão difícil dizer, deixo você em casa? -Jane perguntou se levantando com certa dificuldade do sofá. 

—Aquela casa não é sua, é dele. Nem dele, é da família dele. 

—Alec, eu moro lá agora.

—Se me ouvisse…

—Não vou aceitar que pague um lugar para nós, não é certo!

—É um empréstimo, aquelas empresas são tanto minhas quanto suas. E eu não vou administrá-las, você vai. 

—Podemos falar disso em outra hora? Eu realmente estou com muito sono. 

—Para onde vocês vão? - Meu pai perguntou, se aproximando e passando um braço sobre meus ombros.

—Só dançar um pouco. - O abracei pela cintura. 

—Vai voltar para casa?

—Hã… -como falar para o seu pai que você vai dormir na casa do seu namorado?

—Ela tem as chaves de casa, Edward. Não se preocupe com isso.-Bella me salvou. -Se cuidem, crianças. 

Ela piscou para mim. Meu pai estava olhando desconfiado, mas deixou passar. Conseguimos nos despedir dos dois sem grandes transtornos, no fundo meu pai com certeza nos queria fora para ''estrear a casa com sua esposa’’. A imagem que veio a minha mente me fez estremecer, eca.

Seguimos para a casa de Seth para deixar Jane, ela estava bastante cansada, tinha encostado a cabeça na janela do carro e parecia cochilar. 

—Um beijo pelos seus pensamentos. - Alec disse quando pescou meu olhar para sua irmã pelo retrovisor. 

—Está valendo dois.

—Três então. - Ele pegou minha mão e beijou meus dedos. Eu não queria falar aquilo no carro, com Jane no banco de trás, e se ele estivesse acordada? 

—Depois.- sussurrei e ele não insistiu.

Quando paramos em frente a casa de Seth, Alec se virou para trás, estendendo a mão para os cabelos da irmã.

—Jane? Ei, chegamos. 

Ela abriu os olhos um pouco sobressaltada, uma mão indo direto para a barriga. 

—Não acredito que dormi.

—Foi um dia longo. -Comentei.

Seth estava descendo as escadas em nosso encontro. Ele abriu a porta onde estava Jane e a ajudou a sair do carro. Desci também.

—Você parece cansada. - Ele disse abraçando minha amiga. 

—Estou morta. -Ela resmungou.

—Vamos colocar você na cama. - Ele beijou seu rosto. -Juízo vocês dois.

—Sou um poço de juízo, Seth. - Falei. -Boa noite, Jane. -Falei e ela acenou subindo as escadas com ele. Alec ficou ao meu lado até que eles tivessem entrado e fechado a porta. 

Entramos no carro em silêncio, eu sentia que podia sufocar a qualquer momento. 

—Tudo bem se fomos para o seu apartamento? -Falei.

—Claro, vida. Avise a Bree e Diego que não vamos mais. 

Mandei uma mensagem de texto para Bree.

—O que houve que você ficou estranha de repente? Antes de sairmos da casa do seu pai…

—Será que minha amizade com a Jane vai mudar? Quando o bebê nascer? Quero dizer… agora parece que ela tem mais assunto com a tia Rosalie do que comigo!

Falar em voz alta fez com que eu me sentisse uma criança birrenta.

—É normal, vida. As duas estão passando por algo parecido.

—A mesma coisa você quer dizer.

—É. O que? Também quer um bebê para ‘’ficar por dentro do assunto’’? -Ele brincou, mas senti meu intestino travar. Não, eu realmente não queria um bebê para me enturmar.

—Só não quero perder minha amiga, Alec. 

—Não vai perdê-la. Achei que estivesse tudo bem, vocês três têm saído juntas…

—Só para aulas de maternidade, compras para os bebês e consultas. Sinto saudades do boliche, dos parques, de andar de patins… 

Me interrompi suspirando. 

—Se fosse outra situação, diria para conversar com ela, mas nesse momento…

—É o momento dela, eu sei. Só estou reclamando um pouco.

—Tem certeza de que não quer ir encontrar os outros?

—Tenho, prefiro ficar com meu namorado. 

—É estranho agora, com seu pai na cidade. -Ele riu um pouco meio nervoso. 

—Não é como se meu pai achasse que eu sou uma virgem pura. - provoquei. 

—Mas ele não sabe que estamos dormindo juntos.

—Alec… -resmunguei.

—Vou me sentir melhor com ele sabendo.

—Você vai conversar com meu pai e contar que está deflorando a filha dele? -Mordi o lábio, levei minha mão esquerda para passear em sua coxa. 

 -Renesmee… - seu tom mudou imediatamente. 

—Alec. -Ergui as sobrancelhas. Ele manobrou o carro entrando na garagem do novo prédio. Eu tinha sugerido que ele devia ter o próprio espaço assim que o visitei no dormitório da faculdade. Era pedir demais que um herdeiro do porte de Alec tivesse o próprio apartamento? Não né. Levou dois dias para que eu achasse o lugar perfeito. 

Era convenientemente próximo a faculdade dele, não ficava distante da nova casa da irmã, e era um espaço incrível. Eu quis o apartamento da cobertura, mas ele não permitiu, disse que era um exagero, então tive que me contentar com o segundo melhor. Tinha dois quartos, um que o ajudei a transformar em escritório, onde ele podia aproveitar para escrever e estudar, uma sala/cozinha grande com uma parede toda de vidro que dava para uma vista incrível da cidade. Gostávamos de deixar tudo à meia luz.

—É muito invasivo eu dizer que me sinto em casa aqui? - Tirei as sandálias de salto que tinha posto quando tinha decidido ir a excess. Joguei no canto e me larguei no sofá. 

—Não, afinal tem seu toque em cada canto daqui. Eu estava pensando… - Alec se deteve.

—Pensando… - incentivei. Ele sentou puxando meus pés para seu colo e massageando. Soltei um gemido quando ele tocou num ponto sensível. 

—O que acha de vir morar comigo? 

Os remédios do coração tinham parado de fazer efeito? Acho que meu coração parou de bater.

Renesmee, você precisa responder algo, o sorriso nervoso e meio hesitante dele irá sumir. Você precisa falar, logo! 

Morar com Alec! Nós estávamos namorando há cinco meses? Seis? Hã? Morar juntos? Tipo casar?

—Vida, respira. -Tarde demais, o sorriso se foi. Tirei os pés do colo dele, me sentando melhor no sofá.

—Péssima ideia, péssimo momento. - Ele respirou se endireitando. Eu queria encontrar a minha voz, mas parecia que eu tinha perdido a capacidade de falar. 

—Nessie… - Ele tocou meus cabelos. - Desculpe. Foi estupido. É só que... quando eu tenho você aqui, tudo parece tão...certo. Sei que estou apressando as coisas, por favor não… - ele tentou pegar em minha mão, mas me afastei. Dor cruzou seus olhos.

Aquilo foi o estalo que eu precisava, encontrei minha voz.

—Desculpe, Alec. Eu estava realmente pensando em como as coisas estão mudando rápido demais… eu só tenho dezessete anos.

—Eu sei, foi estupido...

—Eu amo você. Eu amo estar com você, eu amo esse lugar… - gesticulei a nossa volta, realmente cada detalhe daquele espaço gritava nós dois, eu tinha pensando cada pedacinho, cada móvel e quadro decorativo. -Tenho medo das coisas irem rápido demais entre nós e você enjoar de mim. 

Ele me olhou incrédulo.

—Sério? Enjoar de você? Como se você fosse, o que? Um sabor de sorvete? - Ele deu um sorriso provocativo. Dei um tapa fraco no seu ombro, ele riu e eu tive que acompanhar. 

—Nessie… pensei que ficou assustada por não querer se amarrar a mim. 

—Eu quero. - Falei. - Quero me amarrar a você, Alec Volturi. Mas se agora, se eu vier morar com você, agora.. - me interrompi buscando as palavras certas, sem querer magoar ele e querendo que ele entendesse a confusão dentro de mim. Respirei fundo algumas vezes. -Eu me sinto muito dependente de você. E isso não é saudável, Alec. Eu não quero usar você de apoio, não quero que meu mundo gire em torno de você.

—Au. - ele colocou a mão no peito de forma teatral. Peguei sua mão.

—Me diga, se eu terminar com você, como você se sentiria?

Ele logo abriu a boca para responder, mas o encarei séria queria que ele levasse isso a sério. Ele parou para pensar. 

—Eu me sentiria misseral. Eu iria me rastejar atrás de você implorando que me aceitasse de volta, tentaria entender o que fiz de errado…

—E se o problema não fosse você? - Perguntei. - E se eu apenas não quisesse mais? 

—Eu ficaria péssimo. Péssimo mesmo, ok? -Ele riu nervoso. -Ouso dizer que choraria. Escreveria poemas e músicas tristes.

—Mas você ficaria bem, não é? 

—Está dizendo que eu não amo você tanto quando você me ama?

—Não… não é isso. Eu consigo sentir o seu amor em tudo. - Me aproximei mais dele, deixando que minha testa tocasse a sua. Fechei os olhos, nossas respirações se misturando. - Eu sinto o seu amor por mim em tudo, no seu toque, no seu beijo, no seu cuidado. E eu quero que o nosso amor continue assim, forte, saudável. Que nunca me sufoque que se um dia você me deixar… eu quero sofrer, mas não quero morrer. E agora, eu ainda não me sinto preparada para isso, para viver mais de você. Dividir a vida com você. Desculpa, Alec. -Eu comecei a chorar, me sentindo sufocada. Deixei que lágrimas escorressem pelas minhas bochechas livremente.

—Não era bem assim que imaginei esse momento. - Alec sussurrou as limpando. 

—Eu amo você. - Repedi. - E eu só não estou pronta para algo tão sério.

Alec ficou em silêncio e tive medo de que ele não entendesse meu argumento. Eu não tinha mais nada para falar, não queria me embolar mais nas palavras, então recostei no sofá de olhos fechados, coração aos saltos. Alec também continuou ao meu lado em silêncio por um longo tempo.

Talvez tivesse sido melhor ir para a excess

....

Acordei na manhã seguinte da melhor forma; Alec me abraçava por trás, seu corpo bem junto ao meu. Ele ficou extremamente quieto depois de nossa conversa de ontem, um pouco distante talvez. Estava ali de corpo, mas a mente parecia há quilometros. Assistimos alguns episódios de Dark até que pegamos no sono, abraçados. 

Continuei de olhos fechados, completamente em silêncio, será que Alec também tinha acordado?

Não queria me mexer, não queria ser a primeira a falar…

—Está acordada? -Ele sussurrou no meu pescoço.

—Rum…- resmunguei esticando o corpo mais de encontro ao dele, senti sua ereção, me movi de encontro a ele, e ele apertou meu quadril. A mão brincou com o cós da minha calça de dormir, os dedos indecisos em entrar. Seus lábios fizeram um caminho do meu pescoço à bochecha. -Acordada? - Repetiu.

—Bom dia. - respondi virando o pescoço para beijá-lo. Apenas um roçar de lábios, nossos olhares conectados. 

—Eu amo você.

—Esse é o melhor bom dia. - Respondi. Seus lábios desceram em direção ao meu pescoço, seu corpo sobre mim, abri as pernas para acomodá-lo, sentindo sua ereção pressionar minha intimidade. Com as mãos hábeis me livrou da calça do pijama, tirei minha blusa, meus mamilos intumiseram com o frio do quarto. Seu olhar sobre o meu corpo me fez corar. 

—Linda. - Sussurrou, puxei seu rosto em direção ao meu, pensar em minha nudez me deixava desconfortável, ainda. Ele me achava magra demais? Eu sabia que era ilógico pensar que podia ter uma gordurinha ou outra em algum lugar e, mesmo se tivesse, isso não deveria me incomodar...

—Ness. - ele sussurrou em meus lábios. - Está pensando demais.

—Não estou. - Resmunguei ajudando a tirar a cueca. Mordi o lábio com a visão dele completamente nu e todo meu.

Ele estava ajoelhado na cama, eu sentada. Ele colocou a palma da mão em meu rosto, fez um afago. 

—Vem cá. -Ele me puxou, fiquei de joelhos também, nos beijamos com paixão, seu braço circulou minha cintura, puxando meu corpo em direção ao seu, ele se acomodou nos calcanhares, eu em seu colo, uma perna de cada lado, nossos sexos se tocaram e gememos.

—Isso não vai dar certo. - tentação demais, sem camisinha. 

—Podemos lidar com isso.

Eu não fazia ideia do que ele estava falando. O desejo eclipsava meus pensamentos, as neuras com meu corpo sendo postas de lado. 

Comecei a rebolar em seu colo, ele gemeu em meu ouvido.

—Assim eu não aguento.

—Que bom. - Rebati, mordiscando seu ombro. Ele me levantou, me jogando de volta à cama. Dei um gritinho. Alec se esticou para a cabeceira da cama, pegou uma camisinha, rasgou a embalagem, a colocou em tempo record. 

—Você é bom nisso. - elogiei.

Ele não respondeu, vindo para cima de mim onde eu estava pronta para recebê-lo. 

Tinha jeito melhor de começar o dia?

—Alec, sobre falar com meu pai da gente… - comecei quando estávamos na cozinha preparando o nosso café da manhã.

—Ele sabe que você dormiu aqui? - Ele perguntou

—Não. Mas vou falar com ele, ok? 

—Tudo bem. Eu só não quero que seu pai tenha ideias erradas sobre mim, sobre nós. -Ele disse despejando o conteúdo do liquidificador em um copo.

—Não tem e não terá. -Falei tirando as torradas para os pratos. 

—Vou deixar que cuide disso. - Ele se interrompeu. -E sobre ontem, está tudo bem mesmo? 

—Não fui eu quem foi rejeitado num pedido de… - de que mesmo?

—Não era um pedido de casamento. - Ele fez uma careta.

—Não, definitivamente não. -Eu ri. - Está tudo bem. E o estágio?

Alex iria começar um estágio para um de seus professores. 

—Começo amanhã. 

—Tenho certeza que vai se sair muito bem.

—Vou te ver menos nos próximos dias. - Ele fez um biquinho.

—Tenho mesmo que me concentrar nas provas finais. 

—Direito ou moda?

—Vou me inscrever nas duas faculdades e apenas nelas. Se não for aceita em nenhuma, irei tirar um ano sabático. 

—Será aceita nas duas, vidas. -Ele deu aquele sorriso que fazia com que eu me sentisse incrível.

—Veremos. -falei, mas a confiança dele em mim era contagiante. Talvez eu passasse mesmo. 

 


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Notas finais do capítulo

Comentem, recomendem, estamos chegando pertinho do final! ♥ bjs