Isabella.

—Bella, meu amor, precisamos ir. - Edward, parado perto das portas automáticas da loja de departamentos do hotel parecia impaciente. Dei um pequeno sorriso ao notar todas as sacolas que ele carregava. - Vamos perder o passeio de barco! Temos que deixar essas coisas no quarto primeiro.

Revirei os olhos com paciência, ele não entendia que eu precisava comprar aquelas coisas.

—Edward, meu amor, se voltarmos para casa de mãos vazias seremos desligados da família.

—Meu amor.-Ele imitou meu tom, parecia lutar para controlar a raiva que, de certa forma, eu entendia, ele realmente queria participar do passeio de barco. -A loja ainda vai estar aqui quando voltarmos do passeio.

—Porque você não soube guardar nossas compras? Eu só vou passar isso aqui no caixa, da pra levar no passeio.

—Bella…

—Por favor! - Me precipitei em sua direção e o beijei rápido nos lábios. Com dificuldade ele envolveu minha cintura com um braço cheio de sacolas para aprofundarmos o beijo.

—Isso não é justo. - Reclamou quando me afastei. - Você consegue tudo o que quer de mim.

—E você de mim. Agora vá, rápido, se não iremos perder o barco. 

Edward fez uma careta, na certa iria me culpar se perdêssemos o tal passeio de barco - que eu não estava tão animada, tinha medo de ficar enjoada em alto mar- mas seguiu para fora da loja sem dizer mais nada. 

Voltei para a ala onde estava distraída, peguei mais dois óculos e um chapéu de palha com uma fita rosa em volta, parecia um pouco espalhafato para o meu estilo, mas eu queria experimentar coisas novas. 

—Não é possível! Bella Swan?! - O tom estridente e a voz anasalada me causaram um revirar no intestino. Sim, no intestino. É por ali que passam nossas emoções. Me virei para a voz torcendo para que fosse um pesadelo e que eu ainda estivesse na cama do hotel completamente nua com Edward ao meu lado. Ela continuou quando viu o meu rosto. - É você mesma! Nunca imaginei que te encontraria aqui! O Maik vai pirar!

Jessica Stanley, melhor Jessica Newton, minha amiga de Forks que ficou com meu patético namorado de adolescência. Parecia que o mundo não era grande o bastante quando o assunto era me fazer encontrar pessoas desagradáveis que eu queria esquecer. 

Meu silêncio já estava ficando estranho, eu deveria responder.

—Jessica. - Seu nome saiu dos meus lábios de má vontade. Eu queria estar em qualquer outro lugar agora, talvez ter ido deixar as comprar no quarto com Edward.

—Estou tão feliz em te ver! - Ela pulou em mim, era um palmo mais baixo e me abraçou pelo pescoço. Ela tinha sofrido uma perda de memória? Nunca que ela poderia me abraçar daquele jeito!

—Maik! - Ela gritou no meu ouvido e acenou. Cinco cabeças viraram em nossa direção. - Olha quem eu encontrei, é a Bella Swan!

Ela disse meu nome com certo desprezo. Pois bem, eu não precisava mais passar por isso. Era uma mulher adulta, bem sucedida e casada com um homem incrível. 

—Cullen. Bella Cullen, Jessica. Estou muito surpresa em te ver por aqui, o salário de professora de jardim de infância cobre esse tipo de viagem? - Soltei o veneno me arrependendo logo em seguida, eu não era assim, não devia deixar que o fato de ainda guardar certo ressentimento dela me transformasse nesse tipo de pessoa. Mas a quem eu queria enganar, aquela era Jessica, ela não se ofende fácil. Arqueou as sobrancelhas e notei certa expressão de desprezo, seu sorriso foi superior.

—Não, como sabe eu não poderia bancar essa viagem com meu salário, mas meu marido é dono de uma grande loja de materiais esportivos... e você sabe, Forks vive para a vida ao ar livre. 

—Parece que sim.

—Bella?! - Maik se juntou a nós, ao contrário de Jessica seu sorriso em me ver era verdadeiro. Senti uma pontada no estômago ao olhar seu rosto, algumas marcas de expressão já apareciam aqui e ali, ainda assim continuava com a cara de bebê. 

—Ei Maik. - Falei mais baixo, eu queria apenas sumir da frente desses dois. 

—Estava dizendo a Bella que os negócios vão muito bem. - Jessica se pendurou nele e eu não consegui suprimir o suspiro. Eu não apresentava risco nenhum para o casamento deles, como ela representou para o nosso namoro. 

—Você nunca mais apareceu em Forks. - Ele disse, seus olhos eram só para mim e eu senti pena dela. Claramente o que tinham não era forte o bastante. Respirei fundo mais uma vez assumindo uma atitude mais ativa e relaxada, não havia nada naquele encontro que pudesse me abalar.

—Estive lá no Natal, passei alguns dias. -Maik parecia querer dizer algo, mas o que poderia dizer? Que eu deveria ter ligado? Nós nos falávamos, mas não éramos amigos. Não mais. 

—Mas o que faz aqui, Bella? -Ela arrastou meu nome como um desdém. - Veio buscar inspiração para escrever? Eu acho extremamente triste vir para cá sozinha.

Talvez fosse a convivência com Renesmee, ou com Rosalie. Ou talvez eu apenas tenha mudado. Passei a mão esquerda pelos cabelos, deixando à vista meu anel de noivado e casamento, olhei para a mão como quem se lembra das joias e estendi para ela. 

—Ah, estou em lua de mel! Não vou acreditar que não sabia do meu casamento, Jessica. Saiu em várias revistas e eu tenho certeza de que você continua a respirar a vida das celebridades.

Ela ficou sem fala. Era um feito e tanto tirar as palavras de Jéssica. Seu rosto muito pálido - feito de uma vida em uma cidade onde o sol quase não se fazia presente - avermelhou-se. Por um momento perguntei-me se ela sufocaria.

—Sabíamos que iria se casar, meu parabéns. - Maik disse reconhecendo o pré-chilique da esposa e a abraçando pelos ombros. Aquele gesto teve carinho e a expressão dele ao fazê-lo me confirmou; ele a amava.

—Bom não vamos tomar mais o seu tempo…- ele começou, para ser interrompido por ela.

—Mas onde está o tal marido?!

Como se estivesse esperando sua deixa, Edward surgiu ao meu lado, um braço firme em minha cintura. Ele tinha voltado com uma bolsa transparente vermelha com detalhes rosa que combinavam com o chapéu que eu tinha escolhido. Era possível ver a carteira, protetor solar e uma garrafa d'água dentro. 

—Cuidando dos presentes é claro; ‘’leva as sacolas para o quarto, Edward, eu só vou comprar uma coisa a mais ``. - Ele mesmo respondeu com a voz mais fina. Mike riu relaxado.

—É o nosso papel, cara. É um prazer te conhecer, Mike Newton. - Para o meu choque, Maik estendeu a mão para Edward e um comprimento. 

—Edward Cullen. - Edward e ele trocaram um aperto. 

—Foi muito bom encontrar vocês. - nem tanto - Temos que ir agora. - Espalmei a mão em seu peito deixando a aliança visível para Jessica. 

—Sim, já vi vários hóspedes indo em direção ao cais. Temos que ir!

—Vocês vão ao passeio de barco?! - Os olhos de Mike brilharam. 

—Sim! vocês também?!

—É claro! Vamos juntos, parece que poderemos ver alguns tubarões!

—Sim! Você viu o folder de propaganda?! Todos aqueles dentes! Temos que ver!

Para o meu choque e de Jessica, Make a soltou e Edward me soltou, os dois seguiram na frente, Edward o mostrando a nossa programação de ‘’aventura’’ pelo oceano.

—O que foi isso? - Jessica parou ao meu lado, vendo os nossos maridos saindo da loja.

—Acho que fomos deixadas para trás. - Falei. Sacudi a cabeça, tratei de passar no caixa pagando meus óculos e chapéu, Jessica me esperou e seguimos juntas para encontrar nossos maridos já a caminho do cais, completamente imersos em sua conversa sobre barcos, pesca e tubarões. 

…

Havia mesmo razão no meu medo de entrar no barco. Eu fiquei enjoada. Mas não foi o balanço do mar, foi o fato de que meu marido e o meu ex namorado estavam se comportando como um casal em lua de mel, enquanto Jessica e eu ficamos sentadas no canto.

Aquele não era o passeio romântico em alto mar que Edward tinha me prometido, eles estavam tirando peixes do oceano, tirando fotos com eles e os devolvendo ao mar. 

—Teria sido melhor ficar na piscina do hotel.-Jessica bufou.

—Nem me fale. - Respondi.

—Bella! - Ele lembrou da minha existência. Correu com cuidado no espaço limitado. - Você viu o tamanho daquele peixe?

—Já vi peixes maiores quando meu pai me obrigava a ir com ele pescar. - Murmurei.

—Isso não é muito divertido para você não? - Ele pareceu preocupado. O passeio de casais romântico que eu achei que iríamos estava em uma lancha a distância, enquanto nós quatro estávamos naquele barco de pesca. Mas Edward estava tão feliz e sua amizade inesperada com Mike era até engraçada.

—Não, não é. Mas você está feliz e isso me deixa feliz. - Ele abriu o sorriso e me beijou rápido.

—Edward! É um tubarão! - Mike gritou e Edward se aprumou para onde o outro estava.

—Você teve muita sorte. - Jessica disse enquanto olhávamos nossos maridos em pólvora por conta dos tubarões que tinham se aproximado do barco.

—Não tem nada de sorte. Eu trabalhei duro para ter minha vida. Não só eu, mas Angela que fez acontecer. 

—Edward também é trabalho duro?

—Ah. - parei olhando meu marido. O sol refletindo nos seus cabelos, partes loiras, partes cobres. O sorriso falando com os pescadores, seu corpo forte. - Fruto do trabalho duro que me levou até ele. 

Falei sabiamente. Jessica riu tocando seu ombro com o meu.

—Você pode até não acreditar, mas estou feliz por ter te encontrado aqui.

— Aliviada de ter companhia para esse momento.

—Exatamente! -Ela concordou e rimos juntas. Acabamos nos aventurando e espantando com os tubarões, Edward quis ir nadar e eu não permiti, ele tinha chegado ali com dois braços e duas pernas e voltaria dessa forma no que dependesse de mim. 

Na volta para o hotel ele e Mike marcaram de jantar os quatro juntos.

—Não acredito que Mike é tão legal. Quase me esqueci que ela já namorou você. - Edward disse assim que nos despedimos deles na recepção do hotel. - Não foi estranho foi?

—Agora que você me pergunta isso? - Tentei fazer cara brava, mas estava tranquila. -Foi estranho porque eu tenho certeza que vocês dois pareciam um casal.

—Ah claro. -Ele revirou os olhos.

—É verdade, era até bonitinho de ver. -Eu ri. - Jessica concordou comigo, ficamos com medo de sermos deixadas de lado.

—Devo supor que não vamos jantar com eles?

Tínhamos entrado no elevador sozinhos. 

—Não me importo de jantarmos com eles, mas dê um pouco menos de atenção à Mike. - Reclamei.

—Hum… a minha esposa se sentiu preterida? - As portas se fecharam. Seu olhar mudou, parecia um felino, recuei encostando na parede do elevador. Ele tirou a bolsa do ombro a deixando no chão do elevador.

—Edward? - Sussurrei.

—Shi… preciso te dar atenção. - Ele apoiou uma mão na parede atrás de mim, paralelo a minha cabeça. A outra mão em minha cintura descoberta, eu estava apenas com a parte de cima do biquíni, uma saia jeans. 

Eu queria desesperadamente rir, mas isso iria quebrar o clima. Me controlei respirando fundo e sentindo seu cheiro de sol, sal, mar. Fechei os olhos quando senti seu nariz roçar no meu. Nossas respirações se misturam.

—Nada se compara a você, senhora Cullen. -Ele sussurrou em meu rosto, seu nariz traçando o meu nariz, o meu queixo, meus lábios. -Você está tão linda, tão gostosa. —Seus lábios capturaram os meus em um beijo faminto. 

Minhas mãos se apossaram de seus cabelos, estavam mais grossas, a maresia tinha seu efeito sobre ele, só o fazia mais desejável. Ele me ergueu, cruzei as pernas em sua cintura, sentindo ele todo colado a mim, minha saia subiu em meu quadril e eu senti seu membro tocar minha intimidade.

—Edward. - meu suspiro foi abafado pelos seus lábios exigentes. Que se dane, pensei, vamos dar um show no elevador.  

Seus lábios desceram pelo meu pescoço, encontrando meu colo, desesperadamente perto de meu seio esquerdo, eu queria meu mamilo em sua boca. 

—Edward… - era uma súplica.

—Shi… eu vou te dar. -ele esfregou o quadril de encontro ao meu com força, deu uma pequena mordida em meu seio. Gemi. Então ele se afastou, me descendo com cuidado e abaixando minha saia no processo. Pegou minha bolsa no chão e colocou no ombro, na frente do corpo, de modo que escondesse o volume em sua bermuda e ficou ao meu lado pegando minha mão, ignorando meu arfar, quando ele próprio respirava normalmente. As portas do elevador abriram, um casal de idosos entrou olhando para nós com os olhos estreitos. A mulher bufou, Edward tossiu para abafar uma risada. Eu estava completamente congelada.

—Ah, Vera, lembra da nossa época? -A senhor disse apertando a mão da senhora, e eu juro, ela corou por debaixo das rugas. Encostei a cabeça no braço de Edward.

—Não seja atrevido!- Ela disse dando um fraco tapa no braço dele. 

—Ah, não me venha com falso pudor! -Ele deu um tapa forte na bunda dela e Edward e eu não aguentamos, caímos na gargalhada, e logo tentamos disfarçar com toses. 

—É o nosso andar. - Edward nos puxou para frente.

Ganhamos o corredor a gargalhadas.

—O que foi isso?

—Acho que quase estreamos o tipo de porno que o velho casal estava precisando.

—Edward! Será que seremos assim na velhice?

—Não, nem um pouco. - Ele passou o cartão na nossa porta.

—Por que não? - Me espantei quando o casal parecia algo a almejar. 

—Você não será uma velha com falsos pudores. - Ele fechou a porta assim que passei, jogou minha bolsa no chão, se livrou dos chinelos. 

Desabotoei minha saia, não queria ela novamente presa a minha cintura, deixei que caísse aos meus pés ficando só de biquíni.

—Esse biquini é lindo, mas eu prefiro você sem ele. 

—Vem tirar em então. - Provoquei dando as costas e correndo em direção ao quarto. Ele pegou pela cintura antes que eu pudesse chegar à cama, encostou sua testa na minha.

—Eu amo você. - disse.

—Eu amo mais. - respondi, minhas mãos seguindo para seu cabelo. Ele me ergueu, minhas pernas circularam sua cintura, fui colocada na cômoda, sua boca tomou a minha, suas mãos em minhas costas, desfazendo o laço da parte de cima do meu biquíni e então meu seios estavam livres e intumescidos. Ele se afastou para contemplá-los, os tomou em suas mãos. Eu estava tomada demais pela paixão para enrubescer, meu rosto todo parecia queimar, eu só não sabia que participação o dia ao sol tinha nisso. Ele inclinou em direção ao direito o tomando na boca.

—Edward. - seu nome saiu de meu lábio como uma prece. Sim, não pare, sim, faça isso. Minhas mãos o mantiveram em meu colo, eu torcia seus cabelos em meus dedos. Suspiros e arquejos saiam de meus lábios. Eu não conseguia ter mais dele?!

Com uma mão em meu quadril, desfez o nó da minha calcinha, seus lábios exploraram o outro seio.

—Calma. -pedi.

—Não. -Ele se afastou, puxando as peças do meu corpo.

—Edward! - Reclamei da distância.

—Shi. Quero ver você. - Ele se afastou, e tomada pela paixão abri mais pernas, sentada na cômoda, exposta para ele.

—Gosta do que vê? - Provoquei.

—Não sabe o quanto. - Respondeu se desfazendo da bermuda junto da sunga. Ele estava pronto para mim.

—Vem. - Estendi os braços. Ele não se demorou, me pegou novamente nos braços me deitando na cama. As coisas pareciam desacelerar a nossa volta, voltando ao nosso ritmo, mais calmo, mais profundo. Uma brisa soprou pelo quarto arrepiando os pelos do meu braço, mas não me importei, eu estava quente onde estava. Inverti nossas posições, o acomodando em baixo de mim, guiei-o para dentro de mim. Ambos gememos com o contato completo de nossos corpos de nossas almas. 

Suas mãos em meus quadris tentavam ditar um ritmo, mas eu estava no controle. Me movi conforme queria, dando prazer para ele, recebendo prazer.

—Bella… - ele me advertiu.

—Calma… ainda não. - Eu estava perto, não isso teria que durar um pouco mais. Acalmei o ritmo me deitando sobre ele, tomando sua boca na minha, sua respiração foi acalmando, ele estava no meu ritmo. Me ergui levando meu seio a sua boca, aumentando o ritmo. Seus dedos cravaram em meus quadris. Ele estava perto. 

—Vem Edward. -Ele assumiu o controle, sentando, se possível senti ele ainda mais dentro de mim e gritei, continuamos nossa dança, envolvidos, rendidos, e atingimos o ponto mais alto do prazer. 

…

—Estou com fome. - Declarei após horas de silêncio, só interrompidos pelos nossos gemidos e suspiros. A noite caía lá fora, era visível pelas portas que davam para a varanda do nosso quarto.

—Podemos pedir algo. - Ele sugeriu. 

—Esqueceu que marcou de jantar com Mike?

—Ele está em uma segunda lua de mel, vai entender. -Edward bufou.

—Essa tarde pareceu que a lua de mel era com você. 

Ele fechou a expressão. Ri e beijei seus lábios.

—Fiquei feliz porque você pode  compartilhar sua paixão pela pesca com alguém, mesmo que tenha sido um ex namorado meu. 

—Foi estranho demais aquilo não foi? - Ele fez uma careta.

—Esquece isso, Edward. Ainda vamos jantar com eles?

—Só se você quiser.

—Eu quero sim, no barco as coisas ficaram bem tranquilas entre Jessica e eu. E eu quero exibir meu vestido novo! - Pulei da cama, rápido demais e caí de volta sentada.

—Bella?!

—Pressão baixou. - Ri. Fiquei um tempinho sentada e me levantei com mais cuidado. - Você vem? 

Convidei.

—Se eu for, não vamos tomar banho.

—Podemos fazer coisas mais interessantes… - deixei no ar caminhando nua para o banheiro. Seus braços me envolveram antes que eu cruzasse a porta. 

...

Caminhamos de mãos dadas para o restaurante ao ar livre do hotel. A brisa da maresia soprava meus cabelos os fazendo bater nos ombros de Edward constantemente. Eu estava amando ele todo relaxado, com uma camisa de fundo branco e estampas floridas que  combinavam com meu vestido longo.  

A bermuda branca, os chinelos. Estávamos bronzeados, relaxados e amando. Circulei sua cintura com o braço.

—Podemos ficar aqui para sempre?

—Não me oporia a isso. - Ele me apertou ao seu lado e beijou meus cabelos.

—Bella! - Jessica acenou, já tinha escolhido uma mesa.

—Ainda tenho tempo de desistir? -Choraminguei.

—Não se esqueça que você concordou com isso. Olhe o sorriso de Make, está super feliz em me ver!

E eu não podia negar, nem achar que era para mim. Mike só tinha olhos para Edward. Eles trocaram um aperto de mãos sentados lado a lado e eu do lado de Jessica, estávamos em uma mesa redonda com quatro lugares. Edward se acomodou com as mão no colo. Estranho.

—Já estava achando que não viriam. -Maik disse e pareceu um pouco bravo.

—Eu disse a ele que vocês poderiam querer passar o resto da noite no quarto. - Ela revirou os olhos.

—Como ficar num quarto num paraíso como esse? Há tanto a se fazer em todos os lugares!

—Sim, Mike, há muitos lugares para fazer… - Edward começou, senti um aperto na coxa, explicando as mãos escondidas. 

—Comporte-se. -Subilinei.

Mike fingiu ou não entendeu o duplo sentido na frase de Edward.

Pedimos bebidas, Maik mergulhou numa descrição completa da vida ao livre em Forks, das atividades que Edward poderia fazer lá além da pesca. Jessica se lançou a um questionário sobre minha vida, da faculdade a ‘’fama’’ e eu respondi seus questionamentos com tranquilidade até que caímos em uma conversa agradável. O jantar foi tranquilo, em dado momento fomos para a pista de dança com nossos maridos e nos divertimos. Por um momento parecia que éramos exatamente aquilo, dois casais em lua de mel que acabaram de se conhecer. Claro, até entramos em uma coreografia com troca de casais, e eu acabar dançando com Mike

—Fico feliz que tenha superado tudo que houve entre nós.

—Não havia grande coisa a superar. - falei em seu ouvido. -Era tudo muito bobo, Mike. Estou feliz que esteja com Jessica, ela ama muito você.

Ele pareceu pensar, talvez minhas palavras tenham surpreendido ele. 

—Essa é uma viagem para tentar salvar nosso casamento. 

—O casamento de vocês está no começo, Mike. Por favor, se esforce. 

—Eu não sei, às vezes parece que fiz todas as escolhas erradas. Não ter ido para a faculdade na Califórnia como eu queria, ter assumido a loja, ter… decepcionado você.

—Não vou negar que você me decepcionou. Que me machucou. Mas passou e eu te perdoei. Estou muito feliz.

—Estou vendo. - Ele sorriu.

—E você também pode ser muito feliz. Jessica te ama muito, e eu sei que você também a ama. Por favor, não desista sem antes tentar de tudo. E… - Voltei para mais próximo ao seu ouvido novamente. - Esse paraíso não é só para fazer várias atividades. É para fazer várias atividades com sua esposa, passar bons momentos juntos. 

—Entendi, entendi. - Ele sacudiu a cabeça. Demos mais algumas voltas e eu estava de volta aos braços de Edward.

—O que foi toda aquela conversa com Mike? Algo a resolver?

—Apenas ajudando ele com o casamento. Parece que essa é uma viagem de reconciliação, para tentar salvar o casamento.

—Make é um sujeito engraçado, legal até. Espero     que eles consigam resolver isso.

—Eu também. -Deitei a cabeça no peito de Edward, a música era um tanto animada demais para isso, mas eu estava cansada do dia cheio de atividades e queria apenas aproveitar a aproximação com meu marido. Ele me apertou mais e suspirou em meus cabelos.

—Amo você, senhora Cullen.

—Amo você, senhor Cullen.

Devolvi. Continuamos nos movendo de forma lenta, até que paramos completamente e nos beijamos. 

…

—Foram as melhores férias da vida! -Exclamei quando finalmente conseguimos colocar todas as nossas coisas em um táxi.

—Não me sinto pronto para voltar a nossa rotina. Quero ficar grudadinho em você. -Ele me abraçou pelos ombros.

Tínhamos estendido nossa estadia no Caribe, visitando as ilhas e fazendo inúmeras atividades -talvez tenhamos dormido um pouco demais também,- terminamos nossa lua de mel no México, onde passamos duas semanas. Um mês viajando e eu compartilhava do seu pensamento de que seria difícil voltarmos a nossa rotina em Nova York. 

Um mês era tempo demais talvez, o barulho fervilhante de Nova York me deixou agitada, eu queria mais do que tudo estar em casa no meu quarto. Eu tinha esquecido toda a agitação da cidade.

—Pode parecer meio bobo da minha parte, mas eu estava esperando uma recepção no aeroporto. -Comentei quando o táxi entrou no condomínio.

—Pensei que você não iria querer, Alice tinha dito que queria nos receber lá.

—Você pediu para ela não ir?

—Achei melhor, poderia acabar ficando muito tempo lá com todas essas coisas.

—Hum… acho que tem razão. -A casa de Edward, nossa casa, parecia incrivelmente silenciosa quando paramos em frente a ela. Talvez eu estivesse esperando uma festa de boas vindas.

O ajudei a tirar nossas coisas do táxi.

—Não nada disso. -Edward tirou uma das malas da minha mão quando fiz menção de me dirigir para a casa com ela. -Temos que fazer isso direito. 

—Como? Edward não vamos deixar as coisas aqui fora! - Era tarde demais ele me pegou nos braços e eu dei um pequeno gritinho. 

—Tenho que passar pela porta segurando minha esposa. - Seus lábios encostaram nos meus por um momento.

Comigo nos braços, Edward caminhou para a porta, que estava destrancada. Ela mal se abriu e um coro de ‘’bem-vindos’’ nos alcançou.

Nossa família estava toda ali, ou quase; Nessie, seu namorado Alec, Esme e Carlisle, Alice e Jasper, Rosalie com Emmett, (Rosalie com Emmett?) Jane, Seth, Angela e Ben. 

Edward me colocou no chão e os braços de Renesmee nos encontraram ao mesmo tempo.

—Ei, garota! Eu não estava preparado para toda essa recepção. - Ele brincou.

—Eu senti tanta a falta de vocês! -Ela disse. Soltei o braço de mim e se pendurou no pai. -Eu sabia que te amava pai, mas um mês fez aumentar o meu amor! Você é tão lindo! Olha esse bronze!

Ela se virou para mim.

—E esse cabelo?! Bella, como alguém passa um mês na praia e volta com esse cabelo maravilhoso?! Você está linda!

Ela se pendurou em mim.

—Nossa, eu não estava pronta para toda essa saudade. - Comentei olhando para Edward.

—Não se deixem enganar, ela bateu o carro. - Rosalie disse.

—Tia! -Renesmee a olhou chocada.

—Já te poupei de ter que contar. - Rosalie deu de ombros. 

—Bem vindos, recém-casados. - Alice empurrou a sobrinha para o lado, que estava levando um olhar severo do pai, e me abraçou. - Quero meus presentes!

—Tem mais do que uma mala de presente. - Edward respondeu. Comprimeitei Esme e Carlisle, Alec, Jane e sua barriga que parecia tão grande quanto a de Rosalie que estava algumas semanas de gestação à frente. 

—Espero que tenham se divertido muito. - Jasper disse.

—Um dos pontos mais altos, com toda a certeza foi o seu apartamento na cidade do México, Jasper. - Tínhamos ficado no apartamento de Jasper, que mais parecia uma mansão. A cobertura contava com três andares e uma piscina incrível.

—É meu prazer servi-los. - Ele inclinou a cabeça como um bom cavalheiro. 

—Mas vamos, queremos saber dos presentes! - Emmett juntou as mãos. 

—Não comprei nada para você. - Fiz uma cara de tristeza.

—Não acredito nisso.

—Acredite, se não fosse por mim, você não teria nem ao menos um chaveiro.

—Essa é a consideração que ela tem por mim. - Emmett estalou a língua. Fiz uma careta para ele. 

—Deveríamos fazer uma viagem assim, toda a família. - Esme disse. 

—Me inclua na família por favor, senhora Cullen. - Jane opinou. 

—É claro que faz parte dessa família, Jane. É minha irmã. - Renesmee abraçou a amiga.

—Que história é essa de bater com o carro? - Edward cruzou os braços.

—Vamos comer? -Renesmee se precipitou para a sala de jantar.

—Alec…

—Foi uma grande bobagem, senhor Cullen. Eu já mandei consertar. - Alec deu de ombros com as mãos no bolso. - Nessie precisa usar óculos.

—Não preciso! - Ela gritou da sala de jantar.

—Precisa sim. - Alec assentiu. - Ela não viu uma lixeira imensa, e

—Eu vi a lixeira! Eu calculei mal a distância. -Ela voltou esbaforida.

—Podemos voltar para o México? - Edward sussurrou para mim.

—Agora mesmo. - Devolvi.

—Eu ouvi isso ai, vocês dois. - Ela apontou para nós.

—Nessie precisa de óculos, não foi só ao dirigir que notei isso, mas ainda não consegui convencê-la a ir ao médico, nem Tanya. - Rosalie declarou. 

—Ninguém precisa me convencer, sou adulta! - O bico que fez ao dizer isto contradiz completamente sua declaração. 

—Vamos amor, você vai ficar linda de óculos. - Alec passou um braço pelos ombros dela. 

—Vamos conversar sobre isso. - Edward tinha voltado ao modo pai.

—Bella, agora é hora de planejar o meu casamento! - Alice bateu palmas.

—Outro casamento?! 

—Finalmente, muito mais direito. - Esme se juntou a nós.

—Já falei que Alice precisa esperar minha bebê nascer para fazer isso.

—A mamãe já acha que esperei tempo demais.

—Ninguém mandou casar em segredo, agora não pode nos arrastar para outro casamento quando estou prestes a dar a luz. 

—Nem tudo é sobre você, Rosalie. 

—Meninas… - Esme as censurou, logo isso poderia se tornar uma briga entre irmãs.

—De volta ao. - Falei para Edward.

—De volta ao lar. -Ele concordou com um suspiro.