happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 7
Quando amanhã for demais, vou carregá-los sozinho


Notas iniciais do capítulo

Olá gente.

Como estão?

Depois daquele susto que Rosalie nos deu, estão preparadas para saber a razão de tudo.

O título diz muito sobre o capítulo mais num sentido emocional que físico... Vocês vão entender.

Ponto de vista do papai mais babão do pedaço, espero que gostem!



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Capítulo 7 – Quando amanhã for demais, vou carregá-los sozinho

|EMMETT|

Coloquei Rosalie no carro e agradeci Nathan, prometendo o deixar a par de tudo o que o médico nos dissesse.

—Por que não me ligou? – perguntei meio bravo com a teimosia dela.

—Liguei para tio Carlisle...

—Disso eu sei – falei tirando a tipoia do ombro.

Eu lidaria com o meu ombro depois. Entrei no carro, no banco de motorista, então dei partida.

Tio Carlisle tinha me ligado preocupado e, depois de uma série de questionamentos, mandou eu ligar para o doutor Thompson direto – eu tinha marcado um horário com a secretária dela para o dia seguinte, mas tio Carlisle disse que não era bom o bastante.

Então, eu estava perdendo a minha cabeça bem antes de eu chegar no campus da Columbia e conseguir falar com Nathan.

—Comecei a vomitar logo que falei com ele...

—E as náuseas? Estava sentindo desde quando? – perguntei sério e a escutei suspirar.

—Desde que cheguei na faculdade – ela falou.

Eu resolvi que não falar nada era a melhor resposta que eu tinha a dar para ela, porque se ela refletisse, perceberia o quão negligente foi com a própria saúde. Ela fez um movimento estranho para frente e começou a respirar em arcadas.

Sem tirar os olhos da estrada, puxei a alavanca do banco dela e a empurrei para trás. Meu ombro que se danasse, ela ficou respirando projetada para frente e eu acariciando as costas dela contra a queimação que eu sentia em meus músculos.

Parei no hospital que o doutor Thompson mandou e desci do carro correndo para o lado de Rosalie. Abri a porta e a tirei lá de dentro, ela puxou a bolsa dela e tranquei o carro a levando para dentro, sustentando a maior parte de seu peso com meu braço esquerdo agora, evitando de mexer o direito que doía.

—Desculpa não te ligar – ela murmurou.

—Não tem problema, nós vamos descobrir o que há de errado com você – falei com certeza.

Sentamos no pronto-socorro e não demorou para o médico alto e bem apessoado chegar. Ele sorriu quando nos viu, mas não conseguimos ser gentis a esse ponto.

—Venham, vamos ver o que tem de errado por aqui – ele falou confiante.

Ele estava almoçando quando liguei e eu não conseguia descrever o quão grato eu estava por ele ter aceitado nos ver tão rapidamente, eu estava tão preocupado.

—Qual é o problema? O que tem sentido, Rosie? – perguntou sério ao sentar em sua mesa.

Rosalie contou sobre as tonturas, e vômitos e náuseas.

O doutor Thompson começou a perguntar inúmeras coisas para nós dois e íamos respondendo juntos, às vezes Rosalie tentava dar uma amenizada para o seu lado, mas eu não permiti e contei toda a verdade nua e crua.

—Vamos fazer exames para que eu tenha certeza do diagnóstico, tudo bem? – ele avisou e começou a escrever e nos falar todos os exames que pediria.

Não foi surpresa que tenhamos passado a tarde toda nas salas de exames do hospital. Ligamos para Bella para ela não ficar preocupada e pedimos que ela falasse com os outros.

O doutor achou melhor internar Rosalie por enquanto para vermos o que era e começou a ministrar soro na veia dela porque disse, de cara, que ela estava desidratada.

Em certo ponto, enquanto esperávamos os resultados dos exames, passei com um ortopedista no pronto-socorro que encaminhou-me para um fisioterapeuta depois de cuidar do meu ferimento e colocar uma nova tipoia para imobilizar o meu ombro, mandou que eu começasse as sessões de fisioterapia o quanto antes, mas, como eu já estava sem dor, resolvi deixar para ver isso depois, no momento eu estava concentrado na mulher menos pálida deitada na maca do hospital.

—E aí? – ela perguntou preocupada.

—Ele só suturou o corte, me deu essa nova tipoia e mandou eu voltar com a fisioterapia para ontem – falei sem dar muita importância.

—E você já marcou a consulta? – ela perguntou curiosa.

—Não se preocupe com isso – pedi.

O rosto dela irritado me fez parar de falar.

—Você briga comigo se negligencio a minha saúde, mas você o pode fazer? Não me venha com “você está com o bebê” porque ele vai precisar de você uma vez que sair de mim e você com o ombro podre não será de ajuda nenhuma – falou irritada.

Gostei de vê-la se preocupando comigo, então vi um fisioterapeuta que o convênio do meu pai cobria e liguei para ele marcando uma sessão para quarta-feira.

—Gosto assim – ela murmurou quando desliguei o telefone.

—Mandona – murmurei.

Ela ia me responder, mas o doutor entrou no quarto.

—Como está se sentindo, Rose? – ele perguntou abrindo alguns envelopes.

—Melhor – ela murmurou.

Sentei ao lado dela na cama. Nossas mãos entrelaçadas era nossa nova mania, um passando força para o outro enquanto esperávamos as notícias que o doutor nos daria.

—Descobri o que tem e não é algo muito divertido, mas prometo que é completamente tratável – o doutor falou parecendo mais animado.

—O que é? – Rose perguntou ansiosa.

—Chama-se hiperêmese gravídica, é uma doença bem rara, então você pode se sentir meio única nesse momento – ele disse querendo melhorar o clima – Somente uma média de 2% das mulheres desenvolvem isso na gravidez – ele disse e Rose bufou.

—Estou me sentindo tão sortuda – ela falou irônica e ele riu.

—O que é isso doutor? – perguntei aflito, sem entender aquilo.

—É uma condição que faz a grávida vomitar mais do que o normal, muda muitas coisas no intestino delas, mas o principal problema é que causa a falta de vitaminas no corpo, por elas expelirem tudo o que comem. Por isso Rosalie está tão magra, até mais do que quando engravidou, como vocês mesmos e Carlisle me disseram desde o começo – ele disse e se sentou perto de nós dois.

—E o que pode acontecer? – perguntei preocupado.

—Não vamos pensar nisso, vamos pensar no que vamos fazer – ele disse decidido – Antes de qualquer coisa, quero que saibam que você está terminantemente proibida em parar de se alimentar como estava fazendo esses últimos dias, querendo comer só as grandes refeições. Não. Você vai comer pequenas porções de alimentos riscos em proteínas de três em três horas e nada de se sentir muito cheia também. Sempre apenas sentir-se saciada – ele falou sério.

Rosalie me cutucou e eu franzi o cenho.

—Escutou né, ô força-alimentos? Nada de eu comer muito, quando eu disser que estou saciada significa que realmente estou – ela disse e eu ri.

O doutor se divertiu também, quando voltei o olhar para ele, ele sorria.

—Certo, dito isso, vou prescrever vitamina B6, ela é muito bem usada para evitar as náuseas, é muito comum as matinais, mas se perceberem um crescimento nelas, devem voltar imediatamente para cá, já coloquei vocês como emergência, então a minha secretária sabe que quando vocês ligarem são prioridade, mas não se acanhem em ligar diretamente para mim – ele disse – O que mais? – murmurou pensativo – Ah, acho que vocês estão descobrindo os cheiros que a fazem passar mal então evite-os a todo custo, não queremos apoiar as náuseas – ele disse e concordamos.

Rosalie conversou sobre a faculdade e ele disse que não a proibiria de ir, por enquanto, mas o cuidado seria dobrado. Precisaria sempre estar muito bem alimentada e sair da sala de aula de três em três horas para comer coisas nutritivas, nada de salgados e besteiras na faculdade e eu prometi que cuidaria daquilo.

Ao perguntarmos sobre as causas dessa doença tão rara, senti meu ressentimento crescer pelos avós do meu filho. O estresse poderia ajudar a aumentar aquilo, além do fato de ser a primeira gravidez dela, ela ser nova e mais algumas coisas que ele falou que poderiam ser a causa, mas garantiu que ninguém sabia a causa certa do porque aquilo acontecia.

—Ei, sabia que é uma doença meio chique? – o doutor falou bem humorado – Estava conversando com uma colega e ela disse que, a única pessoa que ela conhecia que teve hiperêmese gravídica foi a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, esposa do Príncipe William.

Olhei para Rosalie sorrindo.

—Você é tão chique que até doenças desenvolvidas no Reino Unido você tem, eu não te aguento – brinquei e ela gargalhou revirando os olhos.

O doutor se levantou e ajeitou a medicação, prometendo voltar logo para nos ver, então fiquei sozinho no quarto com ela.

—Parece que ganhamos na loteria, mas ao contrário – ela murmurou e eu sorri beijando o cabelo dela.

—A gente sabia que não seria fácil. E a Kate também tem, estou meio que me sentindo – eu brinquei tentando deixa-la mais relaxada, mas ela apenas suspirou.

—Escutou o que ele disse? Foi por causa de todo o estresse que tive nessas semanas, estou me sentindo tão culpada – ela confessou.

—Ei, você não tem culpa de nada e nem pense nisso, o doutor disse que não temos como saber o que, de fato, causa isso – falei rapidamente, querendo evitar aquele assunto.

—Vai ser ainda mais difícil, Emm – ela murmurou – Tem certeza que não vai sair correndo? Parece que a cada segundo a gravidez complica – falou chateada.

Eu imaginava como ela estava se sentindo.

Primeiro tudo com Royce, a falta de apoio dos pais, agora essa nova coisa. Ela deveria estar com tanto medo e eu não estava muito diferente, mas neguei-me a sofrer, porque ela já o estava fazendo.

—Prometo isso desde o primeiro momento, mas estamos mesmo juntos – falei e ela me olhou, como quem pedia para eu tranquiliza-la – E, sabe, nada o que é fácil é tão legal... Vamos fazer isso e, quando sentir que é muito para você, é só gritar que estarei aqui te carregando no ombro – falei beijando a cabeça dela – Estamos juntos, e esse bebê aqui vai chegar para o amor mais puro que já senti, Rose – prometi colocando a mão em sua barriga.

Ela começou a chorar e eu a abracei, escondendo seu rosto, delicadamente em meu ombro machucado. Ela era mãe, nova, e estava morrendo de medo de fazer errado ou que o pior acontecesse com nosso filho, mas eu não ia deixa-la ficar naquela aflição. Diariamente, aprenderíamos e cuidaríamos juntos daquele neném.

Entretanto, a deixei sentir o receio um pouco, deixei-a chorar o quanto precisou, até que as lágrimas secaram e o rosto da minha companheira de aventura ficou determinado como eu conhecia.

Ela sorriu de canto para mim.

—Vai dar tudo certo, não vai? – perguntou vacilante e eu sorri.

—Vai dar tudo certo – jurei.

Ela ficou mais tranquila e desci da cama para deixa-la descansar. Ela dormiu um pouco, com certeza se sentindo bem como a dias não se sentia, então recostei na poltrona ao lado da cama dela e comecei a ler matérias online sobre essa doença recém-descoberta.

Descobri que Kate Middleton ter a doença ajudou minha vida, porque a quantidade de artigos sobre a condição da duquesa não paravam de aparecer e li cada um com atenção, vendo os sintomas de Rosalie em alguns e, aterrorizado com algumas consequências que poderiam aparecer.

Resolvi parar um pouco com aquilo e entrei em sites que eu costumava visitar quando via coisas para cozinhar para meu avô. Comecei a fazer uma lista de compras no meu bloco de notas para ter tudo o que eu precisaria, conversaria com Bella, mas eu estava pensando em tornar a alimentação de Rose parecida com a de vovô, mas com um pouco de carne.

O médico apareceu e ficou satisfeito em ver Rosalie dormindo. Conversei com ele sobre umas matérias que tinham me assustado e ele foi super gentil, respondendo minhas dúvidas e me explicando como a doença era rara e, ainda mais, como cada caso sempre seria único. Fiquei mais tranquilo e o agradeci, pedindo desculpas por acreditar tanto no Google.

—Não tem problema, eu agradeço por confiar em mim, tem pais que não me deixam nem dizer o primeiro “a” já falam comigo em termos médicos que eu nunca nem ouvi – ele disse e eu ri, gostando mais do médico agora.

De primeira, o ciúme infantil me tomou, mas ele seria a pessoas que traria meu filho ao mundo, tínhamos que ser amigos e a confiança tinha que existir naquela relação.

—Bem, quando Rose acordar, vocês estão liberados, tá legal? – ele disse e eu assenti mais tranquilo – Passem no meu consultório que eu entrego os exames e prescrições, compre as vitaminas hoje ainda – ele falou e eu assenti, concordando.

Fiquei o resto da tarde e começo da noite esperando-a despertar e, quando o fez, fomos cumprir os pedidos do médico e depois seguimos, finalmente, para casa, com uma Rosalie muito melhor ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Na primeira versão dessa história, a Rose tinha uma coisa ruim não diagnosticada que causou complicações, nessa eu resolvi nomear depois de ver tanto sobre essa condição na gravidez...

O Emmett está sendo o melhor de todos os parceiros, eu amo tanto a relação deles e o cuidado extremo que ele toma com tudo.

Bom, o próximo capítulo temos uma aparição especial hahaha Estarei aguardando os reviews.



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